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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Professores estaduais (PR) fazem passeata por melhores salários

31.08.12

Professores querem cobrar do governo o estabelecimento dos prazos para pagamentos de reajustes salariais. Foto: Joyce Carvalho/Terra Professores querem cobrar do governo o estabelecimento dos prazos para pagamentos de reajustes salariais
Foto: Joyce Carvalho/Terra

Joyce Carvalho, Curitiba. 30.08.12 - 16:53
Professores da rede estadual de ensino do Paraná realizaram nesta quinta-feira uma paralisação de atividades. A categoria ainda promoveu uma grande passeada entre a Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no centro de Curitiba, até o Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado, no Centro Cívico. Tradicionalmente a categoria realiza a mobilização em 30 de agosto, dia que relembra a repressão pela polícia em um ato da categoria em 1988.

Os professores aproveitaram também a data para apresentar ou negociar uma pauta de reivindicações. Desta vez, eles querem cobrar do governo estadual o estabelecimento dos prazos para pagamentos de duas parcelas de reajustes salariais. O projeto de lei que autoriza o aumento foi aprovado na última segunda-feira na Assembleia Legislativa e sancionado ontem pelo governador Beto Richa. 

Os docentes alegam que o governo do Paraná não cumpriu com a promessa de conceder um reajuste de 19,55% para equiparar os salários com o piso nacional da categoria. A negociação inicial entre as duas partes levou ao pagamento do índice em três parcelas. A primeira, em maio, de 5,1%, foi acrescentada aos vencimentos. A segunda seria paga em julho, o que não ocorreu. O projeto de lei aprovado contempla a parcela retroativa a julho, de 6,66%, e mais uma a ser paga em outubro, do mesmo percentual. Ainda não foi definido como vai acontecer o pagamento referente ao mês passado. "Os professores querem saber quando o governo vai pagar as parcelas. A lei foi sancionada, mas queremos o prazo certo", afirmou Marlei Fernandes, presidente da APP-Sindicato, que representa os professores da rede estadual.

Uma assembleia da categoria seria realizada na tarde de hoje, em um clube de Curitiba, com a intenção de avaliar o resultado de uma reunião que representantes da APP-Sindicato e do governo estadual teriam no início da tarde. "Podemos continuar em alerta ou mesmo entrar em estado de greve. Uma greve não está descartada", comentou Marlei. 
Fonte: Portal Terra

Comentário:
Salientado a frase da faixa presente na passeata dos professores estaduais paranaenses; "GOVERNADOR: COMPROMISSO ASSUMIDO TEM QUE SER CUMPRIDO"

Lendo a matéria se percebe semelhanças. Tanto lá (Paraná) como aqui (RS) os professores não recebem o Piso Nacional. No Paraná, o governador não cumpre o que assumiu. Aqui, O Governo Tarso joga a palavra no Lixo.

Mas, a educação é prioridade... Pelo menos nos Palanques Eleitorais...

Não pagam o Piso Nacional aos educadores. Dizem não ter dinheiro...

Enquanto isso, o país gasta, em cada Estado, milhões nas obras da Copa do Mundo.

A quem acham que enganam?

Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.

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Reforma estapafúrdia
A antessala do arrocho salarial
PAULO GHIRALDELLI JR. - 31.08.12
A ideia que o Ministério da Educação (MEC) tem para melhorar a educação brasileira é a extinção do “professor de colégio”. Nunca pensei que se chegaria nisso. É fantástico: não havendo mais a figura do professor, tudo se resolve.

A reforma que o MEC propõe para o ensino médio se resume nisto: ficam extintas as disciplinas tradicionais – português, história, física, filosofia, etc. Seus conteúdos devem ser diluídos em “áreas”, criadas sem respaldo epistemológico, mas apenas como reflexo do mal arrumado Enem.

A proposta foi tema de dois textos nesta seção no último sábado. Com ela, o MEC atual repete o erro da ditadura militar. Pela Lei de Diretrizes e Bases de 1971, foi feito algo parecido, tendo sido necessário voltar atrás sete anos depois, quando foi constatado o fracasso da reforma.

Como não nasci ontem, posso dizer quais as principais consequências da reforma atual proposta.

1) A primeira é gravíssima: desaparecendo a disciplina, desaparece a figura do professor da escola média, ou seja, o tradicional professor de colégio, uma vez que é pelo domínio de um conteúdo específico que ele se caracteriza.

O professor do ensino médio será um generalista igual ao professor do ensino das primeiras séries do ensino fundamental. Ele poderá ser despejado dentro das tais áreas e, conforme o jogo de forças interno a elas, descartado. Professor sem disciplina no âmbito do colégio não é professor.

2) Não havendo mais a profissão de, por exemplo, professor de física, de filosofia ou de história, para que serviriam os cursos de licenciatura na universidade brasileira? Para nada. Isso vai causar desprestígio ainda maior da carreira do magistério e o fechamento das licenciaturas na universidade.

3) Não existindo mais disciplinas na escola média, queiram ou não, haverá um vácuo de três anos na vida do jovem.

As áreas não funcionarão de imediato (se é que algo assim possa funcionar um dia!), como sempre ocorre nesses casos de mudanças esdrúxulas. Haverá, então, o caos na escola: não se saberá que tipo de professor deverá ficar com os alunos e, ao fim e ao cabo, teremos rapidamente na universidade duas ou mais gerações com três anos a menos de ensino.

4) Descaracterizada dessa maneira, a escola média irá se configurar como um “lugar de espera”. Será um tipo de playground para adolescentes (!), que deverão ficar lá, “na bagunça” – provavelmente eles próprios perceberão que não se sabe o que fazer com eles. A escola será um lugar para segurar uma juventude que deverá esperar a universidade para voltar a ter professor especialista!

A universidade, por sua vez, terá de arcar com a tarefa de suprir o que se perdeu nesses três anos. Obviamente, não conseguirá dar conta disso. O ensino universitário sofrerá pressão no sentido de baixar seu nível, uma vez que a maioria dos alunos não estará entendendo coisa alguma em sala de aula.

Tecnicamente, no jargão da sociologia da educação, trata-se aí de “expropriação do saber” do professor, uma conhecida antessala para arrocho salarial e contenção de despesa.


PAULO GHIRALDELLI JR., 55, é filósofo, professor da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e autor de “As Lições de Paulo Freire” (Manole)

* Artigo originalmente publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 29 de agosto de 2012.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/63324-reforma-estapafurdia.shtml
http://www.cpers.org.br/index.php?cd_artigo=430&menu=36

Por Sergio Augusto Weber, Professor e Diretor Financeiro do 14º Núcleo.
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