Quem acreditava que o (des)Governo YEDA tinha chegado ao seu limite, quem acreditava que após a derrota contundente de 51 X 0 no final do ano passado na Assembléia Legislativa, o governo do Estado seria mais cauteloso no momento de tentar impor suas propostas ridículas, quem acreditou nisso, equivocou-se. O autoritarismo bestial desse governo não tem limites.
Sou obrigado a concordar com o deputado da base aliada, que no ano passado, classificou esse governo, politicamente, de tão estúpido como um elefante em loja de louças. Vejam bem: quem pronunciou essa expressão foi um deputado de sua base aliada, não foi nenhum partido de esquerda ou sindicalista.
O Governo YEDA que durante sua gestão transformou a área do Piratini na maior região sujeita a abalos sísmicos das Américas, responsável por terremotos de intensidade tão violenta, capaz de assustar até chilenos e haitianos, agora, despreparado para o diálogo, vira a mesa da negociação, antes mesmo dela começar. Então, incompetente para o jogo democrático, de atitudes que sempre demonstraram vocação inequívoca ao autoritarismo, apela agora, ridiculamente, à chantagem.
O executivo estadual ao exigir, que para receber o CPERS/Sindicato, esse deveria retirar de sua pauta de reivindicações o reajuste salarial, demonstrou novamente, sua incapacidade de negociação, seu autoritarismo, sua extrema insensatez e falta de sensibilidade à luta de manutenção da dignidade da categoria.
O reajuste salarial dos educadores não pode ser excluído da pauta de negociações, pois nenhum trabalhador negocia o direito à sobrevivência e a sua dignidade. Também não se negocia conquistas históricas da categoria, como os Planos de Carreiras e o Piso Nacional.
A sobrevivência, a dignidade não se negocia! Ao afirmar que o pagamento da Lei Britto fazia parte de sua política salarial, ficou flagrante que a política salarial do Governo YEDA para os educadores era de Reajuste Zero. Assim, caiu a máscara do executivo estadual. O governo do Estado, ao parcelar a Lei Britto, apenas adiantou, para alguns, o que muitos outros já haviam obtido através do judiciário. A quem esse governo acha que engana?
Nossa mobilização precisa continuar forte. Não vamos permitir que o Governo YEDA vá para casa sem pagar o que nos deve. Dias 24 e 30 de Março vamos com representação, ainda maior, a Porto Alegre. Vamos multiplicar o número de quem esteve no dia dezenove na assembleia e na frente do Palácio. É indispensável a presença de professores e funcionários de Escola em destacado número nessa luta. A presença de cada um resultará num somatório de pontos à consagração de nossa Luta e à obtenção da vitória final.
Informe-se no núcleo de sua região os horários de saída dos ônibus nesses dias. Converse com o diretor de sua Escola e mostre que essa luta é pela dignidade de todos. Se nesses dias, você tiver horas atividades, negocie para cumprir em outra data. Se você educador, for residente da grande Porto Alegre, faça rodízio com seus colegas para que manhã e tarde não ocorra esvaziamento da vigília na capital. Convide seus colegas aposentados à Luta.
Vamos mostrar a esse governo, cuja capacidade em apresentar propostas ridículas é superada a cada momento, que quando a questão é mobilização, enfrentamos o desafio e nesse caso, o impossível está desacreditado.
O Professor Siden Francesh é Diretor no 14 Núcleo/CPERS-Sindicato