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Parabéns Educadores e Demais Cidadãos Gaúchos!!! Yeda (Nota Zero, Déficit Zero e Aumento Salarial Zero) Já Foi Demitida, MAS, deixou seus representantes no Governo e na Assembleia Legislativa!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Porto Alegre pode perder investimento de R$ 14 milhões em saúde pela burocracia

31.07.09 - 15:32

Investimentos de quase R$ 10 milhões no Posto de Saúde da Vila Cruzeiro, e mais reformas no Hospital de Pronto Socorro e construção de postos de saúde na Capital podem não acontecer devido à demora na correção dos projetos de obras para estes locais por causa da burocracia.

O secretário da Saúde, Eliseu Santos, afirma que a burocracia é problema no país inteiro.

Em 2007, foi perdido pela prefeitura o valor de R$ 7 milhões para melhoras no HPS por falta de projetos adequados.
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=179312

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pesquisa revela que 87% da comunidade escolar têm preconceito contra homossexuais

Nas escolas públicas brasileiras, 87% da comunidade - sejam alunos, pais, professores ou servidores - têm algum grau de preconceito contra homossexuais. O dado faz parte de pesquisa divulgada recentemente pela FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) e revela um problema que estudantes e educadores homossexuais, bissexuais e travestis enfrentam diariamente nas escolas: a homofobia.

O levantamento foi realizado com base em entrevistas feitas com 18,5 mil alunos, pais, professores, diretores e funcionários, de 501 unidades de ensino de todo o país.

"A violência dura, relacionada a armas, gangues e brigas, é visível. Já o preconceito a escola tem muita dificuldade de perceber porque não existe diálogo. Isso é empurrado para debaixo do tapete, o que impera é a lei é a do silêncio", destaca a socióloga e especialista em educação e violência, Miriam Abromovay.

Um estudo coordenado por ela e divulgado este ano indica que nas escolas públicas do Distrito Federal 44% dos estudantes do sexo masculino afirmaram não gostariam de estudar com homossexuais. Entre as meninas, o índice é de 14%. A socióloga acredita que o problema não ocorre apenas no DF, mas se repete em todo o país.

"Isso significa que existe uma forma única de se enxergar a sexualidade e ela é heterossexual. Um outro tipo de comportamento não é admitido na sociedade e consequentemente não é aceito no ambiente escolar. Mas a escola deveria ser um lugar de diversidade, ela teria que combater em vez de aceitar e reproduzir", defende.

A coordenadora-geral de Direitos Humanos do Ministério da Educação (MEC), Rosiléa Wille, também avalia que a escola não sabe lidar com as diferenças. "Você tem que estar dentro de um padrão de normalidade e, quando o aluno foge disso, não é bem-compreendido naquele espaço."

As piadas preconceituosas, os cochichos nos corredores, as exclusões em atividades escolares e até mesmo as agressões físicas contra alunos homossexuais têm impacto direto na autoestima e no rendimento escolar desses jovens. Em casos extremos, os estudantes preferem interromper os estudos.

"Esse aluno desenvolve um ódio pela escola. Para quem sofre violência, independentemente do tipo, aquele espaço vira um inferno. Imagina ir todo dia a um lugar onde você vai ser violentado, xingado. Quem é violentado não aprende", alerta o educador Beto de Jesus, representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA).

Para Rosiléa Wille, o enfrentamento do preconceito não depende apenas da escola, mas deve ser um esforço de toda a sociedade. "A gente está tendo a coragem de se olhar e ver onde estão as nossas fragilidades, perceber que a forma como se tem agido na escola reforça a rejeição ao outro. Temos uma responsabilidade e um compromisso porque estamos formando nossas crianças e adolescentes. Mas o Legislativo, o Judiciário, a mídia, todas as instâncias da sociedade deveriam se olhar também”.

Fonte: Agência Brasil/CNTE
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2070

domingo, 26 de julho de 2009

Orkut


Agora estamos também no Orkut.
O endereço é http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=92490080
Sejam Todos Bem Vindos!

sábado, 25 de julho de 2009

Competição de Mansão

José Sarney (PMDB-AP) escondeu da Justiça Eleitoral sua mansão de R$ 4.000.000,00 onde reside, ali na Península dos Ministros. A dita cuja foi “comprada” do banqueiro Joseph Safra em 97 e a escritura só foi feita dez anos depois. Sarney negou-se a responder porquê registrou apenas em 2008. Diz somente que “por equívoco do contador, em 2006, foi apresentada à Justiça Eleitoral a mesma lista de bens de 98.” Agora está explicado: ele “esqueceu” de declarar a Mansão aonde mora, na área nobre do Lago Sul de Brasília.

Aqui no Rio Grande também, alguém do PSDB quer esquecer onde mora e continuar com escolas de lata, hospitais de lata, presídios de lata, etc...

Com adaptações http://veja.abril.com.br/agencias/ae/brasil/detail/2009-07-03-446618.shtml

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Torturadores de Crianças. Quem são?


Pois, durante o protesto dos professores em frente à casa da governadora no último dia 16, a chefe do executivo, que tem seu governo acuado por um mar de denúncias de corrupção, perdeu totalmente o equilíbrio e partiu para acusações - que além de ridículas, são também irônicas - às lideranças dos trabalhadores em educação.
Como a chefe de executivo que coloca crianças a estudar em Escolas de Lata pode ter a coragem de chamar alguém de "torturadores de crianças"? E dar essa denominação, logo aos antagônicos da atitude de colocar alunos em cointêiners como se esses fossem mercadorias?
Como um governo que inventou a enturmação, a Escola de Lata, bibliotecas fechadas, ressuscitou a multisseriação, tem a coragem de chamar os que defendem a educação de qualidade, de tal denominação?
Não estaria a governadora tentando colocar em outros o chapéu que lhe cabe perfeitamente na cabeça? Um governo que só trouxe prejuízos à educação não tem moral para fazer acusações desse calibre. Falta-lhe bom senso e auto crítica.
Um governo que em 30 meses de gestão, a única coisa que tem a comemorar é seu falso déficit Zero, não pode apontar o dedo a ninguém.
Agora que a sociedade gaúcha começa a entender que seu pseudodéficit Zero foi obtido através dos déficits de investimento em educação, saúde e segurança, o governo do Estado acuado, cercado por todos os lados, parte à atitudes de desespero.
Ficou mais vez evidenciado no episódio do protesto acima mencionado, que o choque de gestão do Governo YEDA tem como respaldo a polícia de idêntico nome, que corajosamente enfrenta manifestantes desarmados, sendo a maioria mulheres. Melancólico exemplo de autoridade...
O que o autoritário e truculento Governo YEDA tem que se aperceber, que essa categoria não se acovarda nem se intimida e que para a mesma não existe luta perdida, pois como alguém já disse, luta perdida é aquela que nós abandonamos. E os educadores jamais abandonarão a luta pela sua dignidade, não existindo bombas, balas de borracha, polícia de choque que os faça capitular.
Assim, não adianta cenas teatrais, cartazes caluniosos, pois a sociedade gaúcha já sabe que o malabarismo construído através do jogo de números por esse governo para maquiar o embuste do déficit Zero, baseia-se numa equação matemática, cuja principal variável termina subtraindo dos que mais necessitam. Analogamente ao malabarismo dos números na nova forma de enganar, a ginástica de palavras do governo também não ilude mais ninguém.
Entretanto, os sul-riograndenses entendem que acusações do tipo “torturadores de crianças” partem de um governo em situação terminal, que devido ao delírio de sua enfermidade, tenta projetar nos educadores a sua imagem, evidenciando claramente quem são os verdadeiros algozes da sociedade. A quem esse governo ainda acha que engana?
Siden Francesch do Amaral
Diretor do 14º Núcleo do CPERS/Sindicato
e Representante 1/1000

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Nota da CNTE: Governadora do RS criminaliza movimento político e chama educadores de “torturadores de crianças”

O último dia 16 foi marcado por um triste acontecimento no Estado do Rio Grande do Sul, o qual foi largamente divulgado pelos principais veículos de comunicação em meio aos boletins policiais. Os educadores reunidos no CPERS – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Rio Grande do Sul – que protestavam em frente à casa da governadora Yeda Crusius (PSDB), pedindo o impeachment da mesma em razão dos escândalos de corrupção envolvendo o governo gaúcho, tiveram vários de seus membros agredidos e presos pela Brigada Militar, por ordem da governadora. A mandatária-mor do Estado também ofendeu pessoalmente os manifestantes, de dentro de sua residência, através de gestos e cartazes que chamavam os educadores de “torturadores de crianças”.

O triste episódio protagonizado pela governadora gaúcha, indiscutivelmente, reafirma sua postura autoritária e arrogante frente a quem se opõe ao seu projeto político e a quem não admite os atos de improbidade e de corrupção que assolam o governo do Estado.

Porém, para a categoria dos trabalhadores em educação, em particular, outra postura indigna da governadora ficou comprovada: o seu total desrespeito com quem conduz cotidianamente e a duras penas as escolas públicas do Rio Grande do Sul. A ofensa de “torturador”, lamentavelmente, não foi um gesto impensado de quem se encontra no calor de uma discussão, mas significou, sim, a expressão crua da concepção política da governadora sobre os professores e demais profissionais da educação. E isso é muito grave dentro de uma sociedade que preza pela democracia.

O desrespeito aos educadores públicos do RS, no entanto, não para nos dizeres e gestos da governadora. Ele se caracteriza pelas inúmeras escolas de latão espalhadas pelo Estado, pelo salário de R$ 288,60 pago mensalmente a quem ingressa na carreira de magistério para cumprir carga horária de 20 horas semanais. Também se manifesta pelo descumprimento dos demais preceitos da Lei do piso salarial profissional nacional, que prevê vencimentos iniciais no valor de R$ 1.132,40 e a destinação de 1/3 (um terço) da jornada do professor para hora-atividade (trabalho extraclasse). Coincidentemente, a ofensa aos educadores ocorreu exatamente no dia em que a Lei do piso do magistério completou 1 ano, sem que a governadora a cumprisse.

Diante dos fatos registrados pelas lentes fotográficas, câmaras de televisão e boletins policiais, esperamos que o Ministério Público do Rio Grande do Sul assuma sua postura independente para apurar a ação da Brigada Militar, as ofensas da governadora aos educadores e para desvincular o ato político de “crime de formação de quadrilha”, ou qualquer outra tipificação que a governadora tenta imputar aos que exigiam o impeachment de uma mandatária que não consegue mais escamotear a corrupção e os desmandos em seu governo.

Diretoria Executiva da CNTE

Brasília, 21 de julho de 2009

Assim como a nota da CNTE, outras manifestações de apoio e solidariedade foram – e estão sendo – recebidas. Citamos algumas: CTB-RS, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Caio Lustosa (advogado), Carlinhos e Consoloção (PSOL-MG), CUT-RS, Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) e Sindicato dos Jornalistas do RS.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Marcha Mundial das Mulheres promove Plenária Estadual neste sábado

Fonte: Imprensa/SindBancários
A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) promove, neste sábado, dia 25, das 9h às 18h, sua Plenária Estadual, no auditório do CPERS/Sindicato (Alberto Bins, 480). O encontro visa organizar, em nível de Rio Grande do Sul, as ações da MMM para 2010.

Estão sendo preparadas marchas, caravanas, atividades artísticas e culturais, além de diversas campanhas por todo o planeta, que irão culminar em uma grande marcha no dia 17 de outubro de 2010.

Clique aqui e acesse o site do MMMRS

COMUNIDADE ESCOLAR E AMIGOS DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL AYRTON SENNA DO BRASIL

Devido a vários questionamentos a membros desta comunidade escolar, vimo-nos na obrigação de esclarecer as dúvidas sobre o Dia do Protesto (16/7), Paralisações das Escolas Estaduais e a real situação do Magistério e Servidores do Ensino Público do estado do Rio Grande do Sul.
Vamos procurar ser o mais claro possível, sem enrolações, manipulações ou distorções como, infelizmente, tem acontecido através dos meios de comunicação e declarações em rede estadual.
O Governo do Estado, mais uma vez, porém agora desvalorizando e desmotivando totalmente seus professores, já tão sem perspectivas em buscar aprimorar uma carreira digna, em que, após tantos anos de dedicação aos seus jovens – que, muitas vezes, só tem a Escola como meio social para a sua formação integral -, como diz a LDB (lei federal):
“TÍTULO I – Da Educação Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.”
“Título II – Dos Princípios e Fins da Educação Nacional, Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Ainda outras citações da Lei: "... capacidade de aprender, compreensões do mundo como um todo, aquisição de conhecimentos e habilidades, formação de atitudes e valores, vínculos familiares, solidariedade, tolerância, vida social...”, ao contrário do que nos foi apresentado, em DVD, fornecido às escolas, em que nossa Secretaria da Educação, Senhora Marisa Abreu, afirma que a Escola e os professores devem só desenvolver os currículos/conteúdos e que o “resto”que fique para as outras instituições da sociedade, como se fosse possível ensinar conteúdos sem formar atitudes e hábitos educativos saudáveis. Sua posição e desconhecimento da realidade social de nossos educandos e suas famílias desvalorizam e desmotivam os profissionais em educação.
Infelizmente, a Senhora Secretária que, tantas vezes, como oposição, disse claramente que os professores são mal remunerados, devendo merecer maior reconhecimento e que o investimento com a educação é pouco, parece esquecer suas crenças, desconhecer a LDB e até mesmo os Padrões Referenciais de Currículo do RS, em que é citado o seguinte trecho de primordial importância:
“Os educadores têm, todos como horizonte a ser alcançado, a construção de um cidadão analítico, reflexivo, crítico, capaz de viver e conviver, desenvolver-se, continuar aprendendo, participar, interagir e ser feliz num mundo em permanente mobilidade, evolução e conexão a um universo, que se amplia e se redimensiona a cada momento."
“Um cidadão com potencial cognitivo ampliado, versátil, capaz de transitar emocionalmente e intelectualmente, pelos amplos e diversos caminhos da sociedade do conhecimento”, “... o aluno deve usar seu lado racional, criativo, intuitivo, sentimental e suas emoções”.
Não entendemos como valores educacionais, de extrema importância para uma sociedade que deseja evoluir, podem ser tão esquecidos por nossos governantes, descaracterizando, inclusive, a importância da Escola na formação de um cidadão para que busque o bem comum de sua sociedade.
Com o plano proposto por este governo, não valerá a pena, por exemplo, investir em aumento de carga horária de trabalho e nem em se qualificar, pois nem mesmo querem fazer uma média dos salários, durante os anos trabalhados, para que os professores tenham direito a uma aposentadoria digna.
Assim, por suposição: um professor que trabalha 40 horas semanais, com adicionais por tempo de serviço e gratificações por cargos de maior responsabilidade e gastos, ao se aposentar, não terá direito nem a média dos seus salários durante os anos trabalhados, mas sim, só se aposentarão com o salário de 20 horas semanais. Exemplo: 25 anos de 40 horas + 20% por tempo de serviço + direção-vice R$800,00 + R$160,00 + R$ 135,00 = R$1095,00 quando estiver trabalhando, ao se aposentar, o salário fica em torno de R$500,00. Que vergonha! Que motivação!
Fala-se de formação continuada. Com estes salários? Impossível pagarmos! Oferecida pelo Estado? Quase nunca. O que tem acontecido? Tem sido financiada pelo Governo Federal. Não estamos aqui para favorecer este ou aquele governo ou partido, mas sim, precisamos solicitar consciência política em favor do único meio que temos para construir um país de qualidade: O direito a toda nossa sociedade de uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE e de DIGNIDADE aos educandos e educadores.
Somos totalmente favoráveis aos concursos de qualidade; à formação para qualificar os professores; ao apoio pedagógico para que o profissional consiga conviver com a desvalorização da educação por falta de políticas sociais que garantam seus empregos, motivando os alunos a desejarem concluir seus estudos; aos investimentos na melhoria dos prédios e dos materiais das escolas estaduais; ao cumprimento e entrega das verbas já destinadas pelo governo estadual, que nunca chegam - pois em nossa escola, por exemplo, o que foi realizado, nestes últimos anos, contou apenas com verbas do Governo Federal. Somos a favor do controle e avaliação - por pessoas qualificadas - para os professores novos, para que realmente permaneçam aqueles mais capazes e mais qualificados.
Precisamos de professores, técnicos de informática, orientadores, supervisores, coordenadores, bibliotecários, secretários, seguranças que supram todos os turnos das escolas, para maior qualidade no atendimento aos nossos alunos. Desejamos cursos que qualifiquem diretores , vices e até para os funcionários de escola de todos os setores. Que os diretores de escola sejam eleitos por toda comunidade escolar, por eleição direta e que não venha a se tornar novamente um cargo político, portanto, que somente educadores possam ser eleitos diretores.
Somos a favor dos Conselhos Escolares e dos CPMS. Estamos de acordo com o constante contato com as Coordenadorias de Ensino e, até mesmo, com setores da SEC, desde que, orientem-nos a buscar as melhores soluções, mostrem-se prestativos em nos ajudar a encontrar caminhos adequados a toda comunidade escolar, respeitando suas realidades particulares e autonomias em benefício de cada comunidade.
Somos contra remunerações diferenciadas, pois as realidades socioeconômicas de nossas escolas são muito diferentes, podendo causar grandes injustiças em virtude de algumas situações do contexto escolar fugir do alcance dos gestores e dos professores. Reprovamos a desvalorização dos professores, responsabilizando-os pelos fracassos escolares e sociais de nossos educandos. Este problema é muito mais complexo, sendo necessário um comprometimento de todos os setores: políticos, jurídicos e sociais.
Sentimo-nos constrangidos com a inversão de valores e o descaso de nossa Assembléia Legislativa com a Educação Estadual, esquecendo-se que, muitos que estão ali, puderam contar com os votos dos servidores da educação e das polícias estaduais, que também estão esquecidas e desvalorizadas e, por seus discursos antes das eleições, acreditando que realmente se comprometeriam com uma sociedade mais justa.
Quantos cargos políticos e seus agregados são muito mais valorizados do que pessoas que dedicam uma vida inteira de respeito pelo próximo, ensinando valores como respeito, fraternidade, solidariedade e justiça aos alunos que, infelizmente, não é o que se têm presenciado nas ações de nossos políticos.
Somos contra o descaso com a Educação: faltam verbas para suas manutenções e preservações de ambientes agradáveis; precisamos adequar as escolas às regras de segurança, exigidas pelos órgãos municipais e estaduais, sendo que não recebemos nada além da verba mensal (autonomia financeira) que hoje, para 464 alunos, é de R$ 1.289,59 para telefone, internet, gás, materiais de limpeza, materiais de expediente (folhas, canetas para o quadro e tintas, tonner, etc.) e todas outras manutenções que se fizerem necessárias (lâmpadas, fechaduras, vidros, consertos de máquinas em geral e tantos outros). R$ 322,00 para materiais permanentes, ou seja, bens móveis. Ainda estamos com outra situação problema: a água tem recurso próprio, que há três meses não recebemos, sendo assim, é necessário retirarmos da verba da autonomia.
Somos totalmente contra as propagandas apresentadas a favor do Governo do Estado, pois sabemos que, quanto a investimentos nas escolas, não estão acontecendo; quanto à segurança pública, está um caos, praticamente não vimos viaturas e policiais suficientes; salários justos, com certeza, para professores e policiais, nem em sonho; déficit zero, só em função de empréstimos bilionários com bancos internacionais e deixando de cumprir com obrigações prioritárias.
Somos contra um Legislativo legislando em benefício próprio, sem coragem de cumprir com seu verdadeiro papel. Estão de mãos amarradas por quê?
Somos contra um governo autoritário que não tem humildade de reconhecer que erra e pode voltar atrás. Este governo tem colocado um peso para o magistério, que está ficando insuportável de aguentar. Acham que teremos uma educação melhor com toda esta pressão?
Os salários da educação estão longe, muito longe dos salários do executivo, legislativo e judiciário. Em uma reunião com membros ligados à Secretária da Educação, foi nos dito que o Estado só tem poder para mexer no Magistério, pois nos outros setores não possuem força. Mais uma vez, por que a Educação é quem precisa ser injustiçada?
Queremos valorizar a imagem das instituições escolares, pois, com certeza, são onde ocorre a formação dos nossos jovens, onde recebem conhecimento, atenção, carinho e formação para serem grandes pessoas. A Escola está preocupada em proporcionar o direito à cidadania digna, à valorização do ser humano e ao direito à livre expressão através do respeito mútuo.
No momento não vamos paralisar, mas se mais tarde, alguma paralisação vier a ocorrer, vamos garantir o direito às aulas que a lei exige. Esperávamos que a Senhora Governadora tivesse a honra de não ameaçar os professores com o corte de salários, pois os mesmos cumpriram seus compromissos com cada comunidade escolar, recuperando as horas não trabalhadas. Nossos políticos, ao contrário, muitas vezes sem cumprir suas horas, nunca deixam de receber e não foram justos, quando decidiram não pagar os professores, mesmo tendo recuperado suas aulas.
À Comunidade, pedimos apoio e que observem quem realmente trabalha pelo nosso RIO GRANDE DO SUL e por nossas ESCOLAS.
À Senhora Governadora e Secretária de Educação, solicitamos que revejam seus valores e como podem trazer alguma motivação e satisfação ao Magistério. Que repensem se realmente são os professores e as escolas que devem arcar com os erros desta sociedade política que, historicamente, resolve suas dificuldades financeiras cobrindo despesas com dinheiro público mal investido e retirando das classes menos remuneradas e menos favorecidas e, consequentemente, menos valorizadas
Ainda questionamos o porquê do magistério não merecer uma carreira e aposentadoria dignas e justas.
Desejamos que Deus ilumine suas consciências para nos permitir trabalhar com tranquilidade, preocupando-nos com quem realmente necessita de nossa dedicação: nossos ALUNOS.
ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE, RESPEITO E DIGNIDADE JÁ!
PARA TODO O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL!

NOSSSA COMUNIDADE ESCOLAR, COM MEMBROS DE TODOS SEUS SEGMENTOS, DECIDIU ORGANIZAR ESTE DOCUMENTO, DE ACORDO COM O REGISTRO EM ATA 25/09 DE 13/07/2009, PARA ESCLARECER OS QUESTIONAMENTOS DO NOSSO MEIO ESCOLAR, QUANTO AO CONTEXTO POLÍTICO VIVENCIADO NESTE MOMENTO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DO RGS E O MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, SENDO QUE O TORNAREMOS PÚBLICO, SOCIALIZANDO-O COM DIVERSOS SEGMENTOS DE NOSSA SOCIEDADE.

Contamos com o apoio e entendimento da situação problema vivido, podendo tornar-se um momento muito difícil para nosso Estado, pois a falta de professores em nossas escolas já existe, e, se acontecer esta desvalorização da categoria, com certeza, o quadro se tornará muito mais grave, pela falta de professores e pela contratação de pessoas desqualificadas.

COMUNIDADE AYRTON SENNA DO BRASIL---N. H., 16/07/2009
Por Júlio César Pires de Jesus.

domingo, 19 de julho de 2009

Rejane:


“A governadora está desesperada e tenta nos intimidar, mas não temos medo dela e vamos continuar a defender uma educação digna no estado”. Assim Rejane de Oliveira, presidente da CPERS/Sindicato resume a confusão iniciada pela governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), em frente à sua própria casa, na manhã desta quinta-feira (16), em Porto Alegre.

Mais em http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/201ca-governadora-esta-desesperada201d-diz-sindicalista-sobre-yeda/view

TEMA PARA DEBATE
Jamais nos calarão

Quando um aluno perguntar: “professora o que você fez pelo nosso futuro?” Poderemos dizer de cabeça erguida: nós lutamos incansavelmente.

Lutamos para que a verdade apareça, mesmo que seja contra os interesses daqueles que têm a obrigação de divulgá-la. Lutamos para que as verbas da educação não sejam mais decepadas. Para que laboratórios, bibliotecas e escolas não sejam fechados. Para que crianças não tenham que estudar em escolas de lata. Para que não reduzam os míseros salários dos educadores, em cumprimento de acordo com o Banco Mundial. Para que os problemas sociais não sejam deixados de lado, enquanto os recursos públicos podem estar sendo esvaídos pela corrupção.

Estamos cumprindo o nosso papel ao ajudarmos a criar o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais – formado por dez sindicatos, entre eles o Cpers. Sabemos que só com união poderemos estancar a derrama, a destruição do serviço público e o ataque às carreiras dos servidores.

Só unidos pressionaremos pelo impedimento de um governo que vive sob o signo de escândalos – em denúncias, aliás, que vieram principalmente de quem esteve lado a lado com a governadora.

Para aqueles que acham que passamos dos limites, perguntamos: até onde tem que se curvar um povo que tem seu Estado destruído e vilipendiado? Que tem a imprensa empurrada e presa? Que tem a voz calada pelos cassetetes e as mãos algemadas pelo autoritarismo? Que sofre com a tentativa de transformação de vítimas em algozes? Tudo isso por termos feito um ato pacífico na rua pública, em frente à mansão da governadora, cuja compra está envolta em denúncias de desvios de dinheiro e irregularidades.

Aliás, nós já sofremos esse tipo de violência na ditadura militar e no Fora Collor. Mas, mesmo sofrendo essas acusações, não podemos calar, pois quando algo está errado, alguém precisa colocar a boca no trombone. Depois vem outro e mais outro, até que sejamos centenas, milhares, milhões. E é só quando o povo toma as ruas e exige seus direitos que as coisas se modificam. Foi assim contra a ditadura. Foi assim no Fora Collor. Será assim no Fora Yeda. Pois quem resistirá a centenas de milhares de pessoas gritando em uma só voz: impeachment já?

Definitivamente, nós, educadores, podemos dormir com a consciência tranquila de não aderirmos à teoria dos que nada ouvem, nada falam e nada veem. Afinal, lutar também é educar!


por Rejane de Oliveira, Presidenta do Cpers

ZERO HORA.com

Governadora do RS envia ao MP acusação contra manifestantes


A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), encaminhou na sexta-feira ao Ministério Público Estadual, uma representação contra os responsáveis pela manifestação realizada na quinta-feira em frente a sua casa, em Porto Alegre (RS). Na ocasião, seis pessoas foram detidas.

De acordo com informações do governo do Estado, Yeda acusa a presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), Rejane Silva de Oliveira, e outros manifestantes, de crime contra honra, peculato, constrangimento ilegal, incitação ao crime e formação de quadrilha. Rejane estava entre o grupo detido.

Yeda alegou que seus netos tiveram dificuldade de sair de casa devido ao protesto e apresentou cartazes ao grupo em que chamava os professores de "torturadores de crianças". A manifestação pedia o impeachment da governadora.

Denúncias
O governo de Yeda tem sido alvo de acusações desde a Operação Rodin, da Polícia Federal, que investigou um suposto esquema envolvendo fraudes em contratos de prestação de serviços da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) para o Detran, e que causou o desvio de aproximadamente R$ 44 milhões dos cofres públicos, segundo estima o Ministério Público.

A situação ficou mais complicada depois que a revista Veja divulgou gravações mostrando conversas entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, e o empresário Lair Ferst, um dos coordenadores da campanha de Yeda e réu na Operação Rodin. O áudio indicaria o uso de caixa dois na campanha de Yeda para o governo do Estado.

Redação Terra

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Após um ano, lei salarial de professores não é aplicada


Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação prepara uma mobilização com atos em todos os estados em defesa da aplicação da lei

A lei que criou o Piso Salarial Profissional Nacional para professores da educação básica de todo o país completa um ano hoje e ainda não foi aplicada.

Cerca de um milhão e meio de educadores da rede pública passaram a ter esse direito, mas até hoje a maioria dos Estados e municípios ignora a legislação em vigor desde 1ª de janeiro de 2009.

Segundo a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), não há vontade política para fazer valer uma Lei que demorou muito tempo para ser aprovada.

Maria Izabel Noronha afirma que o assunto tem sido debatido nas conferências de educação municipais por todo o País e que a categoria está pronta para continuar na luta por esse direito conquistado.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), convoca a categoria para uma mobilização no dia 16 de setembro com atos em todos os estados e no Distrito Federal.

No dia 16 de julho de 2008, o presidente Lula sancionou a Lei nº 11.738, que institui um piso de 950 reais aos educadores com nível médio, para uma jornada de até 40 horas semanais.

A implantação do novo salário foi questionada na Justiça por cinco governadores que alegaram falta de recursos para arcar com as despesas.

Como consequência, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal que vetou provisóriamente artigos da Lei.

Em Sergipe, os 800 professores do município de Lagarto foram os primeiros a receber piso salarial.

Desde o dia 4 de março deste ano, que o município paga o piso.

Por: José Mombelli, Jornal Brasil Atual

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/lei-do-piso-salarial-profissional-nacional-para-professores-da-educacao-basica-completa-um-ano-e-ainda-nao-e-aplicada/view

Carta aos Educadores!


Dia após dia, uma enxurrada de denúncias envolvendo a governadora Yeda aumenta a desconfiança sobre as relações constituídas dentro do palácio Piratini. É crescente o descontentamento do povo gaúcho com as medidas de redução do estado e dos serviços públicos.

Os acordos firmados com o Banco Mundial para o refinanciamento de parte da dívida do Estado com a União hipotecaram os planos de carreira, a garantia de uma aposentadoria digna e a perspectiva de cumprimento da Lei do Piso, questionada pela governadora no STF.

Entretanto, seria errado pensarmos que a crise paralisou o governo. É visível o processo de desconstituição do ensino público e a degradação da qualidade das escolas.

A "saída" que o governo do estado apresenta passa pelas chamadas “parcerias” com o setor privado. O que o jornal Zero Hora, do dia 7 de julho, noticiou já vínhamos alertando há muito tempo. A matéria publicada começa dizendo “Imagine uma escola pública onde os alunos possam visitar uma exposição real sobre corpo humano para complementar as aulas de biologia. Onde os professores mais dedicados recebem um prêmio anual equivalente a R$ 900 para comprar livros, assistir a peças de teatro ou repor um móvel da casa.”

Esse exercício de “imaginação” do jornal se concretiza no acordo firmado entre a Secretaria de Educação e o Unibanco, uma das instituições financeiras que se “lambuza” com as altas taxas de juros no Brasil.

Dessa forma, ao invés do estado garantir um ensino de qualidade para todos, transforma os diretores em vendedores de suas próprias escolas, em troca da entrega da administração pedagógica para uma instituição financeira.

O que é um direito passa a ser resultado de “caridade” de empresários e a receita apontada pelo governo estadual para acabar com os índices abaixo da média obtida pelos alunos nas avaliações externas remete à visão da educação como “mercadoria”. O governo não investe, na educação, os valores previstos em Lei e aposta nas instituições privadas para "ajudar" apenas algumas escolas na solução de problemas que o próprio governo não resolve.

Além disso, experiências recentes em escolas de Porto Alegre demonstram que esse programa, baseado na “premiação” e no trabalho voluntário – instituição estranha ao serviço público – deflagra uma guerra entre os professores na busca pelos “prêmios”.

Não se trata de coincidência. Esse programa está sintonizado com a política de concorrência e de premiação anunciada pela Secretária de Educação no projeto de confisco do plano de carreira.

Quem defende a escola pública, os direitos e as conquistas duramente alcançados, só tem uma saída: defender os planos de carreira, lutar pela implementação da Lei do Piso e expurgar o governo Yeda e sua política. Para isso, convido todos os colegas a se somarem ao calendário de atividades definido pelo nosso sindicato, elegendo representantes nas escolas e abrindo esse debate para toda a comunidade escolar.

Saudações Sindicais
Luiz Henrique Becker
Representante 1/1000
14º Núcleo CPERS Sindicato

PLS 507 foi aprovado: Vitória para os Funcionários de Escola!


O Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o Projeto de Lei (PLS 507/2003) que reconhece os funcionários de escolas como profissionais da educação, mediante habilitação específica.

Após anos de luta da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, essa conquista representa um “grito de independência” para o segmento, como afirmou o coordenador nacional do Departamento de Funcionários de Escola (DEFE) da CNTE, João Alexandrino de Oliveira. “É um orgulho muito grande. Há 15 anos que estamos buscando por este reconhecimento. Agora, também somos, de direito, trabalhadores da educação”, comemora.

O PLS é de autoria da senadora Fátima Cleide (PT – RO). A proposta altera um dos artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (n°9.394/96), discriminando as categorias de trabalhadores que se devem considerar profissionais da educação.

Para o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, o Projeto faz justiça aos trabalhadores que sempre contribuíram com a melhoria do ensino, mas não eram reconhecidos por esse papel. “Isso tem que ser colocado em prática. Além disso, esperamos, definitivamente, acabar com as intenções existentes de terceirizar o serviço dos funcionários de escola. Este é um setor fundamental para a melhoria da educação”, diz.

O secretário adjunto de políticas sindicais da CNTE, José Carlos Prado, afirma que este é um momento histórico, mas ainda existem outros desafios. Ele lembra que muitos estados ainda não oferecem o Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação (Profuncionário). “Sem essa capacitação, os trabalhadores não se profissionalizam. Este é o próximo desafio a ser vencido”, pontua.

Sobre o curso
O Profuncionário é um curso de educação a distância, em nível médio, voltado para os trabalhadores que exercem funções administrativa nas escolas das redes públicas estaduais e municipais de educação básica. Ele forma os profissionais nas seguintes habilitações: gestão escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos e meio ambiente e manutenção da infraestrutura.

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CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Dia de protesto coloca mais pressão sobre o governo Yeda



O dia de protesto contra o governo Yeda, envolvido em suspeitas de corrupção, foi marcado pela demonstração de unidade entre servidores públicos, organizados no Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE-RS). A mobilização expôs a truculência de um governo que está à beira do abismo, aguardando o empurrão definitivo. Diante da falta de condições para continuar governando, o impeachment da governadora é uma necessidade.

A movimentação começou nas primeiras horas da fria manhã de Porto Alegre com uma concentração em frente à mansão da governadora, onde foi instalado um contêiner simbolizando as escolas de lata que são mantidas pelo governo. A intenção foi mostrar à sociedade a contradição existente entre as precárias condições a que são submetidos os trabalhadores em educação e os alunos e o conforto da senhora governadora, que até o momento ainda não deu explicações convincentes sobre a forma como foi adquirida sua casa.

Em todas as regiões do Rio Grande do Sul, escolas colocaram faixas denunciando o desmonte do ensino público e os ataques aos direitos dos educadores, da comunidade escolar e dos servidores em geral. Algumas regiões organizaram atos públicos, passeatas, plenárias e outras formas de mostrar o descontentamento com as políticas do governo.

Na mobilização da capital, no início da manhã, baixou, na Polícia Militar, o espírito do Coronel Mandes, que agredia com cacetetes os trabalhadores e apalpava com luvas de pelica nomes envolvidos em denúncias de corrupção. Sem explicação para tamanha truculência, o comando militar gaúcho mandou a Tropa de Choque para “conter” o movimento. Não deu outra. Sindicalistas foram detidos e profissionais da imprensa agredidos. Esse é o novo jeito de fazer.


Sete pessoas foram detidas: Rejane de Oliveira, presidente do CPERS/Sindicato; Neida de Oliveira, 1ª vice-presidente do CPERS/Sindicato; Miguel Gustavo Corrêa Chagas, diretor do Sindicaixa; Fernanda Melchionna, vereadora em Porto Alegre pelo PSOL; Caco Argemi, fotógrafo; o motorista de um caminhão utilizado pelo FSPE-RS; e um estudante.do Comitê Fora Yeda de Pelotas.

A detenção de dirigentes sindicais e de outras pessoas foi classificada pela presidente do CPERS/Sindicato como um ato arbitrário e desnecessário. “Primeiro, a polícia nos retirou da calçada em frente à casa da governadora. Depois, com os manifestantes no meio da rua, isolaram o quarteirão em que se localiza a casa de Yeda. Quando já estávamos no ônibus, prontos para deixarmos o local, a polícia foi até o veículo para me deter”, disse Rejane.

Acuada por indiciamentos de dois dos seus secretários pela Polícia Federal gaúcha, por corrupção e cada vez mais desacreditada pela nas pesquisas de opinião, a governadora Yeda Crusius tem evitado aparições públicas, mas não consegue evitar o desgaste de sua administração. O governo Yeda tem sido alvo de acusações de corrupção desde a Operação Rodin, da Polícia Federal, que apurou um desvio de aproximadamente R$ 44 milhões do Detran gaúcho.

O dia de protesto na capital foi concluído com um ato público em frente ao Palácio Piratini. Mil balões pretos foram soltos simultaneamente como símbolos de um governo que já caiu em desgraça com o povo gaúcho.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos de Caco Argemi

Presidente do Cpers é detida pela BM durante protesto contra Yeda


BM também deteve vereadora do PSOL em frente à casa da governadora

Pelo menos seis pessoas foram detidas durante a manifestação realizada na manhã desta quinta-feira em frente à casa da governadora Yeda Crusius em Porto Alegre. Entre os detidos está a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira. Também foram detidos a vereadora do PSOL Fernanda Melchionna, uma professora, um professor, um servidor público e um fotógrafo do Cpers. A causa das detenções não foi confirmada pela Brigada Militar (BM), mas estava relacionada a "atitudes agressivas", conforme o coronel João Carlos Trindade.
— Quando pessoas se reúnem para práticas de coisas ilícitas, tentativa de invasão, também quebraram as árvores e interromperam as ruas. Se nós juntarmos tudo isso dará formação de quadrilha — encerrou o comandante.
Zero Hora
E quando roubam 44 milhões do Detran, é formação de quê?
Em tempo: Esse coronel faltou às aulas de Português.

A secretária estadual da Educação, Mariza Abreu, não quis se manifestar sobre o protesto. A Secretaria Estadual da Educação se refere aos contêineres como "módulos metálicos habitáveis".

Nota do CPERS/Sindicato sobre o Ofício Circular da Secretária da Educação que proíbe a fixação de cartazes nas escolas




O Oficio Circular expedido pela Secretária Mariza Abreu no dia de hoje (16/07), dando orientações sobre o controle das atividades sindicais nas escolas estaduais, é mais uma manifestação do autoritarismo que tem caracterizado o Governo Yeda Crusius.

A Secretária, invocando disposições do Estatuto dos Servidores que asseguram o exercício de atividades sindicais, proíbe a realização de atividades político-partidárias, com o visível intuito de manipulatoriamente rotular e desqualificar os movimentos reivindicatórios dos servidores.

Sob o falso pretexto de estabelecer formas de proceder diante de ausências ao trabalho a Secretária, de forma inconstitucional e ilegal, literalmente “veda afixação de cartazes encaminhados pelo CPERS/Sindicato com manifestações de desapreço ao Governo Estadual nas dependências das escolas públicas estaduais”. Tal proibição, grosseiramente autoritária, viola garantias fundamentais do Estado de Direito, que são a liberdade de manifestação e a liberdade sindical, previstas no artigo 5º, inciso IV e no artigo 8º, da Constituição Federal.

A Circular da Secretária é mais uma expressão do desespero do Governo Yeda, cercado por denúncias graves de corrupção e inteiramente deslegitimado para prosseguir governando.

No dia de hoje ficou demonstrada a verdadeira face do Governo Yeda que, de um lado, usa a Brigada Militar para agredir manifestantes participantes de protestos contra seus desmandos e, de outro, distorce o conteúdo das disposições de lei para pressionar e constranger as entidades sindicais e os servidores que não aceitam suas políticas de desmonte do serviço público.

Por isso, as Direções das Escolas e os trabalhadores em educação não devem levar em consideração o Ofício Circular da Secretária da Educação e as orientações no mesmo sentido reproduzidas pelas Coordenadorias Regionais da Educação que proíbem a participação em atividades sindicais e a fixação de cartazes produzidos pelo CPERS/Sindicato.

Reiteramos que tais proibições são ilegais, pois violam disposições da Constituição Federal, e que o CPERS, com uma longa história de lutas democráticas, não se intimidará, seguindo em sua campanha de denúncias contra a corrupção que domina o Governo Yeda e na defesa do serviço público e do ensino público de qualidade.

Porto Alegre, 16 de julho de 2009.
Diretoria Central e Assessoria Jurídica do CPERS/Sindicato.

Segurança da casa de Yeda é reforçada após manifestações


Policiamento que antes era feito por um homem da BM, agora terá 16, durante 24 horas por dia.

Porto Alegre - A partir da tarde desta quinta-feira a segurança da casa da govenadora Yeda Crusius está reforçada. Ao todo 16 homens da Brigada Militar se revezarão para garantir a ordem no local, durante 24 horas por dia, conforme o comandante do Policiamento da Capital, coronel Jones Barreto dos Santos. A medida foi tomada após a manifestação realizada durante a manhã em frente à residência, pelo CPERs.

"Será reforçado, tendo em vista que foram até a casa da governadora para fazer vandalismo. Por isso aumentamos o efetivo no local, para evitar que isso se repita", enfatizou Santos. Ele salientou que antes apenas um policial militar ficava no local, além da segurança que acompanha a governadora. "Será feito este reforço até que a gente sinta a necessidade disso".

Estado | quinta-feira, 16 de julho de 2009 - 17h23
Da Redação
http://www.jornalnh.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-505,cd-206211.htm

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ladrão de Sonhos



Prof. Siden *

Naquela manhã de inverno, fria e nebulosa a professora Dorotéia acordara com uma música na cabeça. Procurava lembrar-se da letra, mas não conseguia, também não recordava quem a cantava. Apenas uma parte permeava ao cérebro, a parte da melodia que dizia “os meus sonhos ninguém rouba” ao que ela acrescentava mentalmente: “ Ninguém rouba, nem destrói.
A educadora sabia que sobre o governo do Estado pesava muitas denúncias de corrupção, mas o que não era, apenas denúncia e sim certeza à professora, que esse governo Neoliberal de YEDA queria roubar dos educadores os sonhos de uma vida digna e a esperança de uma aposentadoria distante da penúria e da miséria. Dorotéia chegara ao momento de tolerância Zero a esse governo, já estava cansada de tanta mentira, do embuste do déficit Zero, das pesquisas manipuladas, arquitetadas para destruir os planos de carreira dos trabalhadores em educação.
A professora
estava, também, indignada com o cinismo de alguns deputados que se negavam a ser signatários à abertura da CPI da Corrupção, embora soubesse que o povo gaúcho daria a resposta, a esses, nas próximas eleições. No entendimento da educadora chegara o momento do tudo ou nada, já que o legislativo e o judiciário pareciam fazer uma Gestão de Surdos, pois esses dois poderes pareciam não terem ouvidos aos clamores da sociedade sul-riograndense que pediam a apuração das denúncias de corrupção do governo autoritário, truculento e covarde de YEDA.
Dorotéia convidava à mobilização todos os seus colegas, nomeados, contratados e inativos, pois todos seriam atingidos, caso o governo lograsse êxito na destruição dos Planos de Carreira dos trabalhadores em educação.
Muitos governos tinham frustrado os educadores aos seus ideais de uma realização profissional plena, mas enquanto pulsasse nas veias de Dorotéia o sangue de brasileiro, que não desiste nunca, ninguém roubaria seus sonhos, suas esperanças de dias melhores para todos. Os meus sonhos ninguém rouba e nem mata, cantarolou novamente a professora. É preferível o cansaço da luta do que a vergonha de ter se omitido num momento histórico da categoria, arrematou. Não seria um governo fragilizado, repudiado pela opinião pública que liquidaria com os seus sonhos...
Naquela manhã seria realizada uma Plenária do CPERS/SINDICATO em sua região, em defesa dos Planos de Carreira.
A educadora pegou a bandeira do Sindicato, vestiu a camiseta que fazia alusão à defesa dos ideais dos educadores e desta vez, bradou: OS MEUS SONHOS NINGUÉM ROUBA E NEM MATA! FORA YEDA!
Então, placidamente, iniciou o trajeto que a conduziria à Plenária e era flagrante a alegria estampada em seu semblante. Alegria de quem tem a coragem de lutar por seus sonhos...
* Siden Francesch do Amaral é Conselheiro no 14º Núcleo do CPERS/SINDICATO e Vice-Diretor de Escola Estadual.

domingo, 12 de julho de 2009

SANGRIA SEM FIM

Por Siden*

Pois, o Governo YEDA continua a sangrar. Envolvido num mar de denúncias de corrupção, é sem dúvida, um governo anêmico, fragilizado, que se arrasta com sofreguidão. Enquanto isso, na Assembléia Legislativa, os deputados resistem em assinar o pedido de abertura de CPI.

Iniciando a semana com mais denúncias de Lair Ferst em Zero Hora, o Piratini treme. Aliás, em nenhuma zona geológica do RS, ocorreu tantos “abalos sísmicos,”como a região em que está inserido o Palácio do Governo Estado.

Acredito que a melhor definição para classificar o governo YEDA seria o governo “cai-não-cai”. Soube que existem pessoas que estão fazendo apostas entre amigos, do tipo: Essa Semana Ela cai.

Outra boa definição que caberia perfeitamente a esse (des)governo de YEDA, seria a de um governo autofágico, ou seja, que devora a si próprio. Não é a oposição, na verdade, que cria instabilidade do Governo do PSDB, mas os próprios companheiros de partido ou ex-chefes de setores. A oposição apenas cobra uma atitude dos órgãos competentes quanto às denúncias feitas por ex-integrantes do governo moribundo.

Assim, o governo estadual agoniza lentamente... O máximo que passa nos últimos tempos, sem uma nova denúncia, é uma semana. Os episódios a cada semana, com os requintes de detalhes novos, embora o governo afirme numa posição de cínica defesa, que apenas são denúncias requintadas, sem dúvida, é de deixar qualquer novelista vexado de inveja. Os protagonistas envolvidos numa areia movediça, exalando um odor fétido, próprio de um cenário de terror macabro, causa repugnância à sociedade gaúcha, que espera por uma atitude de independência e soberania da Assembléia Legislativa.

O sonho do PSDB de uma reeleição de YEDA vai sendo enterrado, paulatinamente, com risco de levar, junto ao túmulo, os partidos aliados que deram sustentação à nefasta gestão Neoliberal desse governo.

Após o desmascaramento do Déficit Zero o governo tucano, que anteriormente, sonhava com a reeleição, e agora, submerso num mar denúncias, desesperadamente, agarra-se à base aliada na Assembléia, para não sucumbir precocemente.

Melancólico final de um governo que achava que podia tudo. Assim, a arrogância, o autoritarismo do governo YEDA vai tomando conotações de um réptil que se arrasta, na ânsia desesperada de uma sobrevida de lúgubre aparência.

Assim, o governo estadual é um paciente em fase terminal, que de semana em semana, volta a UTI, na esperança de receber um tratamento de choque que lhe estanque a hemorragia, sangria essa, que o faz vergar ao chão lentamente, transformado-o em pó antes da morte.

Analogamente a um vegetal que teve seu caule devorado por cupins, O Governo YEDA, balança-se freneticamente à brisa, temendo que um vento de potencial maior o leve literalmente ao chão, enquanto a sociedade, fica na expectativa, do empurrãozinho final.

O Professor Siden Francesch é Conselheiro da Região no Cpers e Vice-Diretor de Escola.