Operação Kilowatt: polícia conclui um dos inquéritos
Adriana Irion - 28/03/2014 | 14h07
A conclusão foi enviada à Justiça nesta sexta-feira. Os suspeitos podem responder por peculato, falsidade ideológica, coação no curso de processo e fraude à licitação. Foram indiciados os oito suspeitos presos no dia da operação e mais um servidor público, que passou a ser investigado posteriormente (veja a relação dos nomes abaixo).
A Kilowatt foi deflagrada pela Delegacia Fazendária em janeiro e apurou suspeitas de irregularidades em obras de reformas em escolas estaduais. Inicialmente, havia seis contratos sob suspeita. Depois da operação, a polícia recebeu novas denúncias, além de outros casos listados pela Secretaria de Educação.
No caso da escola em São Leopoldo, a polícia apurou que em obra de reforma do telhado não foram usadas as telhas acertadas em contrato. Deviam ser repostas telhas coloniais e foram usadas telhas sintéticas.
Quem são e o que dizem os indiciados ou seus advogados:
— Newton Lux e Caroline Lux: sócios da Porto Redes Construções e Instalações
O advogado Fernando Largura informou desconhecer a conclusão do inquérito e disse que irá aguardar a intimação para se manifestar.
— Jean Carlo Ferreira do Amaral, à época da operação era engenheiro e fiscal da 2ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas, em Novo Hamburgo
O advogado Mateus Marques, que também alegou desconhecer a conclusão do inquérito, se disse surpreso com o indiciamento, porque não havia elementos suficientes para que seu cliente fosse responsabilizado.
— Ele é engenheiro elétrico (sic), não civil, e o problema foi no telhado.
— Paulo Pinheiro Coelho, à época da operação era engenheiro e fiscal da 2ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas, em Novo Hamburgo
O advogado Paulo Caleffi afirmou que ainda não teve acesso ao conteúdo final do relatório e evitou dar mais detalhes por não conhecer "formalmente o teor desse eventual indiciamento".
— Gilberto dos Santos Rucks, engenheiro, à época da operação era titular da 2ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas, em Novo Hamburgo:
— Não estou sabendo de nada. Para mim, isso é novidade. Ainda não falei com meus advogados.
— Rosana Maria Rodrigues Santos, à época da operação era a coordenadora regional de Educação de São Leopoldo
A advogada Gladis Salete Castelli aguarda a entrega do relatório policial. Ela garante ter "certeza absoluta" de que o envolvimento de sua cliente foi um "verdadeiro equívoco".
— Fernando Augusto Brinckmann Oliveira, engenheiro civil da Porto Redes
O que disse o advogado Felipe de Oliveira:
— O indiciamento dele não significa nada. É uma opinião da autoridade policial, no caso do delegado, no sentido de que ele teria praticado uma conduta definida como crime. Agora, o Ministério Público vai analisar o inquérito, vai verificar se é caso de oferecimento de denúncia em relação ao Fernando e, caso seja, vamos provar a inocência dele.
— Ricardo Gonçalves Friedrich, engenheiro eletricista da Porto Redes
O advogado José Luiz Germano disse que seu cliente não é inocente e que esperava que ele não fosse indiciado.
— Marco Antônio Koczkoday, fiscal da 2ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas, em Novo Hamburgo:
— O que eu tinha para dizer já disse para o delegado. Meu posicionamento eles já têm.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/politica/noticia/2014/03/operacao-kilowatt-policia-conclui-um-dos-inqueritos-4459120.html
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.
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