Por Siden* - 2014 / 2015
O celular a pouco despertou...Pelo vão da janela,
vejo lá fora, já clareou.
Penso tomar um copo de leite,
Duvidoso, esse deleite,
Arriscado, se tornou...
O que vale mesmo é o lucro,
desmedido, feroz...
Tudo parece inseguro,
Civilização atroz..
Violência no Oriente, gente morta...
Violência aqui, acolá...
O menino corre da bomba,
Já não pode tomar leite,
O comércio, o lucro,
do leite, da guerra,
Muito sangue ... pouco leite!
É imoral, ilegal,
no entanto,
engorda,
Ah! engorda,
As contas bancárias...
Vai sobrevivendo,
Tantos arranhões,
Tudo parece penoso...
Tenho dúvida,
Atravesso?
E se o motorista
Bebeu... leite...?
A chuva, outra vez, voltou...
Quem sabe, lave,
O sangue inocente do chão,
O verde do campo,
A ganância, a dor...
Fala-se em limites,
Num mundo sem juízo,
Não dá pra dissimular,
Essa dor que dói,
Que dilacera por dentro...
Objeto alado destroçado,
O voo que vence distâncias,
Também interrompe trajetórias,
A asa que alarga horizontes,
Paradoxalmente, arrasa multidões,
E os sonhos, ao baterem asas,
Vão desaparecendo...
Mas, a dor, a gente vence,
Supera a lágrima lúgubre,
O dia lá fora,
Sempre há um encanto!
A esperança não arrefece,
Talvez, um basta à desforra,
O Sol ainda brilha,
E os corações aquece!
Que neste Novo Ano, haja leite de verdade, mais amor e, Solidariedade!
*Siden Francesch do Amaral é Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.
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