06/01/2015 - 18h49
O MEC (Ministério da Educação) divulgou na noite desta terça-feira (6) o novo piso salarial dos professores, que será de R$ 1.917,78 - aumento de 13,01%. O valor já havia sido estimado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), com base nos critérios que têm sido adotados pelo MEC. O salário inicial dos professores de escola pública, com formação de nível médio, leva em conta uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.
O valor entra em vigor nesta terça-feira e as secretarias municipais e estaduais têm este mês para se adequar ao reajuste, que deve ser pago em fevereiro.
O piso dos professores passou de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011, conforme valores informados no site do MEC. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451; em 2013, passou para R$ 1.567; e, em 2014 foi reajustado para R$ 1.697,39. O maior reajuste foi 22,22%, em 2012.
Fonte: Rádio Fandango
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.
Apesar de novo piso, salário de professor continua baixo
07.01.15 - 13:01
O Ministério da Educação confirmou o novo piso nacional do professor. Com o reajuste, o salário dos docentes deve ficar em R$ 1.918,16.Para Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), o valor ainda é baixo. “É um aumento importante, mas está abaixo do que esperamos”, afirma.
Segundo Leão, um piso razoável estaria em torno de R$ 2.900, mais próximo do salário mínimo ideal calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com dados OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os professores brasileiros têm salários menores do que seus colegas em diversos países do mundo.
Numa comparação feita entre 38 países, o Brasil ficou em penúltimo lugar, com um salário anual de 10.375 dólares PPC (Paridade Poder de Compra). Ganhamos apenas da Indonésia.
Os dados são de um relatório de 2014, e referem-se aos salários recebidos em 2012 (veja tabela abaixo).
Para Mozart Neves Ramos, do Instituto Ayrton Senna, de 2012 para cá o cenário melhorou, mas não mudou muito. “Desde a lei do piso, o salário do professor no Brasil tem tido aumentos importantes. O problema é saímos de um patamar muito baixo”, afirma.
Segundo Ramos, em relação aos outros países, o Brasil continua com professores pouco valorizados.
“O que os países que estão no topo na educação mundial têm em comum? O fato de os jovens nesses lugares desejarem se tornar professores. A atratividade da carreira do magistério é estratégica para ter uma educação de qualidade. E isso não mudou por aqui”, explica.
País | Salário anual do professor na educação básica, em dólares* |
Luxemburgo | 66.085 |
Alemanha | 50.007 |
Suíça | 48.904 |
Dinamarca | 44.131 |
Austrália | 37.221 |
Canadá | 37.145 |
Holanda | 37.104 |
Estados Unidos | 36.333 |
Espanha | 36.268 |
Noruega | 34.484 |
Bélgica | 33.667 |
Irlanda | 33.602 |
Áustria | 32.587 |
Finlândia | 32.148 |
Suécia | 30.695 |
Média da OCDE | 29.411 |
Portugal | 29.151 |
Nova Zelândia | 28.961 |
Coreia do Sul | 28.591 |
Inglaterra | 28.321 |
Escócia | 28.124 |
Itália | 27.786 |
Japão | 27.067 |
Eslovênia | 27.006 |
França | 26.247 |
Islândia | 25.672 |
Turquia | 24.834 |
Israel | 19.680 |
Grécia | 18.718 |
Chile | 17.770 |
República Checa | 16.986 |
México | 15.556 |
Estônia | 11.828 |
Polônia | 11.388 |
Hungria | 10.992 |
Eslováquia | 10.644 |
Brasil | 10.375 |
Indonésia | 1.560 |
(EXAME, 07/01/2014)
Fonte: CNTE
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.
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