Paralisação geral também pode afetar bancos e rede pública estadual de ensino
13 abril 2015 - 18:08
As composições da Trensurb não vão circular nesta quarta-feira após decisão tomada pelos metroviários em assembleia realizada em Porto Alegre. Por unanimidade, a categoria decidiu cruzar os braços por 24 horas a partir da madrugada de quarta-feira em protesto contra o projeto que regulamenta a terceirização de serviços em diferentes setores empresariais, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Ferroviário e Conexas do RS (Sindimetrô RS), Luís Henrique Chagas.
“Quarta-feira os metroviários vão aderir à chamada da greve geral contra a PL que libera as terceirizações, e por isso já estamos avisando a população”, disse.
Chagas explica, porém que a circulação mínima de trens – 30% da frota total – pode ocorrer somente por meio de uma decisão judicial. A Trensurb, responsável pelo serviço, espera ser comunicada oficialmente para analisar as medidas cabíveis.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou trabalhadores para aderirem à paralisação geral contra a aprovação do Projeto de Leis. A iniciativa deve afetar outros serviços como bancos e atividades escolares. O Cpers já orientou os professores a parar na quarta-feira. Já os bancários fazem assembleias nesta terça.
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.
A falsa modernidade da terceirização
Por Juremir em 12.04.15
Os defensores da terceirização – leia-se pejotização do trabalho – tem um único argumento: a modernidade.Sempre que ser moderno é usado como argumento para alguma alteração legal é certo que haverá retrocesso.
Modernizar é o fetiche dos antigos.
Houve uma época em que ser moderno era privatizar.
Moderno era o Estado mínimo.
Moderno era aceitar condições de trabalho precárias.
Moderno é andar na corda bamba sem rede.
Moderno é correr todos os riscos enquanto o capital foge para portos seguros.
A terceirização vai transformar cada empregado em Pessoa Jurídica.
O Brasil será um imenso celeiro de PJs de fachada.
Empresas de papel.
O objetivo é um só: acabar (flexibilizar) com a CLT.
Quem pode ganhar? Os empresários.
Quando se fala em ganho de competitividade com flexibilização das garantias trabalhistas, significa ferrar a plebe.
O pessoal está vendendo a ideia de que a pessoa será empregada de uma empresa que prestará serviços a outras.
Mas, repito, cada um será empregado de uma ficção, sua empresinha, a serviço de um empresa de verdade.
Todos serão prestadores de serviço.
Para alguns, será um ganho.
Para a maioria, haverá perdas.
A modernidade é o instrumento de tortura do capitalismo pós-moderno para adestrar os trabalhadores insubmissos.
Fonte: Blog Juremir/ Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário