Segundo pesquisa do sindicato dos professores, 61% das escolas da rede estadual do Rio Grande do Sul não têm condições adequadas de funcionamento.
16.03.13
Foto: Angela Chagas / Terra / 05.03.13•16h55 |
Imagem de arquivo mostra o alagamento da biblioteca da escola após uma forte chuva |
Na escola localizada na região central da capital, qualquer chuva um pouco mais forte alaga as salas do segundo andar e as aulas precisam ser interrompidas. Por causa das infiltrações, o teto do auditório está comprometido. Nas salas de aula, os alunos convivem com paredes cobertas por mofo. "Uma parte do teto de gesso do auditório desabou. Chegamos a ficar um bom tempo sem poder usar a estrutura, mas improvisamos uma reforma. Do jeito que está não dá para continuar", diz a diretora, Leda Larratéa, que assumiu o comando da escola há pouco mais de dois meses.
Um dos banheiros precisou ser interditado depois que o teto desabou
Foto: Angela Chagas / Terra
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Leda trabalha no Instituto de Educação há 15 anos e diz que se houve alguma reforma na escola, foi há mais de 20 anos. "A situação é bem difícil porque prejudica a segurança dos alunos e também dos professores", diz a diretora. Na escola estudam cerca de 1,9 mil alunos, desde a educação infantil ao ensino médio. A instituição também é reconhecida pelos cursos de magistério - para formação de professores - ministrados nos três turnos.
Ginásio fechado há nove anos
Coberto de entulhos, o ginásio da escola pouco lembra o local onde um dia alunos praticaram atividades esportivas. A cobertura de gesso desabou completamente por causa das infiltrações no telhado. O piso cedeu e o local virou depósito de materiais que devem ir para reciclagem. Segundo a diretora, a estrutura não é usada há mais de nove anos.
O ginásio está interditado há mais de nove anos depois que o teto de gesso desabou
Foto: Angela Chagas / Terra
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O local virou um depósito de entulho
Foto: Angela Chagas / Terra
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Infraestrutura das escolas
De acordo com a pesquisa divulgada hoje pelo Cpers, 61% das escolas não têm condição adequada de funcionamento. Em 36% das instituições, algum setor não funciona por falta de estrutura, como laboratório de informática, biblioteca, serviço de orientação e supervisão escolar. O levantamento diz ainda que 38% das escolas da rede estadual não possuem plano de prevenção contra incêndios e em pelo menos 16% das instituições a equipe diretiva não sabe se há alguma fiscalização sobre incêndios. A pesquisa encomendada pelo sindicato ouviu diretores e funcionários de 355 escolas, das mais de 2 mil instituições da rede estadual. A margem de erro é de cinco pontos percentuais.
O Instituto de Educação conta com equipamentos para combater incêndios, mas a diretora diz que tanto os professores quanto funcionários não sabem como utilizar os extintores e demais equipamentos. "Queremos fazer, ainda em março, uma parceria com os Bombeiros para capacitar uma equipe de dentro da escola para saber lidar nessas situações de incêndio", diz Leda.
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