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domingo, 5 de maio de 2013

RS: novo modelo de avaliação pode levar professor a padronizar notas

As escolas da rede estadual trocaram as notas por parecer, mas especialista alerta que, sobrecarregados, professores podem usar mesma descrição para vários alunos.

"Alguns professores têm 200 alunos na semana. Se ele for demorar na descrição de cada um, o tempo de trabalho é enorme", diz Elba Siqueira de Sá Professora da USP.

"As escolas estão sendo orientadas para que o parecer seja de aprovação", afirma a presidente do Cpers, Rejane Oliveira. 

Terra - 05 de Maio de 2013•07h54
Em processo de implantação desde o ano passado no Rio Grande do Sul, o método de avaliação emancipatória divide opiniões de acadêmicos e professores estaduais. Mesmo os que defendem o recurso como uma melhor forma de acompanhar a aprendizagem do aluno acreditam que sua aplicação é complexa e pode colocar em jogo seu real objetivo - ainda mais em uma rede de ensino tão grande como a gaúcha.

Em 2012, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul implantou o parecer descritivo  - com um relato sobre o desempenho do aluno, no lugar apenas de uma nota - como forma de avaliar os estudantes do 1º ano do ensino médio. A reforma chegou ao segundo ano já no início de 2013, mesmo com a resistência de alguns professores e do sindicato da classe. A professora do Departamento de Educação Comparada, Didática e Teoria do Ensino da Universidade de São Paulo Elba Siqueira de Sá explica que a implantação dos pareceres descritivos e conceitos vieram para "quebrar a rigidez das notas".

O método já é comum em escolas públicas e privadas no Brasil e é apontado, inclusive, como uma tendência no país por Elba. "O parecer diz um pouco mais do que se espera do aluno com palavras, enquanto que o conceito sintetiza com uma abreviação", explica. Ela afirma que algumas escolas particulares de São Paulo utilizam o método. As escolas da rede municipal da capital paulista também se valem de conceitos - não satisfatório, satisfatório e plenamente satisfatório - e algumas optaram por implantar os pareceres nas avaliações.

Para a professora, esses são bons recursos, pois deixam claras as habilidades do aluno, mas tendem a cair na padronização. O método sugere que seja feita uma descrição escrita sobre as falhas e os acertos do aluno segundo os objetivos de cada disciplina, portanto, são bastante individuais. "Alguns professores têm 200 alunos na semana. Se ele for demorar na descrição de cada um, o tempo de trabalho é enorme", observa Elba.

Algumas escolas já usam textos padrões que são modificados pelo professor de acordo com suas observações sobre o aluno, mas a professora da USP explica que, normalmente, a padronização é feita pelo próprio educador. "Nesse caso, a intenção do parecer acaba sendo atropelada pela forma de avaliação", afirma.

A professora de Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) Helena Sporleder Côrtes acredita que o mais importante antes de implantar o sistema do parecer descritivo é discutir os critérios de avaliação.

A coordenadora do núcleo de Ensino Médio, Politécnico e Curso Normal da Secretaria Estadual de Educação (SEDUC-RS), Vera Maria Ferreira, afirma que professores e funcionários estão sendo preparados para trabalhar com o novo método através de cursos, palestras, oficinas e mostra de trabalhos. Os encontros de formação acontecem mensalmente nas 30 Coordenadorias Regionais (CREs) que a SEDUC atende. A presidente do sindicato dos professores do Rio Grande do Sul, o Cpers, Rejane de Oliveira afirma, porém, que esse processo de formação não está acontecendo na escola.

Mudança vai ao encontro da lógica do Enem
Na nova avaliação, são considerados três conceitos diferentes que decidirão pela aprovação ou reprovação do aluno: a Construção Satisfatória de Aprendizagem (CSA), Construção Parcial de Aprendizagem (CPA) e a Construção Restrita de Aprendizagem (CRA). O aluno é reprovado se obtiver CRA em duas áreas de conhecimento. Se ele ficar com CRA em uma área, será aprovado de ano e acompanhado por um Plano Pedagógico de Apoio Didático (PPDA). Nele, estão descritas as dificuldades que o aluno deve corrigir com ajuda dos professores.

Vera explica que essa mudança é resultado de uma reestruturação na forma de ensino nas escolas. A ideia é abordar os temas de forma interdisciplinar e levando em conta o contexto de vida dos alunos. "Nós vamos trabalhar de acordo com áreas de conhecimento, sem desconstruir as disciplinas. A física, química e biologia não existem isoladamente, por exemplo", explica. Ela alega que o objetivo disso é acabar com a chamada "decoreba" para as provas e estimular a construção do conhecimento.

Helena avalia que a interdisciplinaridade é um tendência nas escolas, principalmente devido ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), que leva em conta áreas de conhecimento no lugar de disciplinas separadas. Apesar de achar que a avaliação deve ser mais qualitativa do que quantitativa - como com as notas -, ela considera que seria quase impossível implantar esse método de ensino e avaliação em uma rede estadual tão grande como a gaúcha.

"Isso demanda tempo e um processo pedagógico que a gente sabe que é difícil de acontecer no Estado. O problema não é o parecer descritivo, mas como chegar a ele, quais as condições dadas aos professores para se apropriar dessa forma de avaliação", argumenta a professora da PUCRS. Ela afirma que para que esse sistema funcione é preciso que haja uma acompanhamento do trabalho dos professores e uma capacitação constante deles.

O professor do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) José Francisco Soares acredita que não há tantas diferenças entre a aplicação de notas e conceitos, pois em ambos os casos deve-se apresentar uma interpretação do que foi estabelecido ao aluno. Soares concorda que a aplicação do sistema proposta pela Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul é bastante complexa. "É muito rica a possibilidade, desde que isso seja bem implementado", afirma.

Para ele, o conceito não é uma forma de passar os alunos de forma mais fácil. "Se a escola já aprovava todo mundo, ela vai continuar dando um jeito. A vantagem do parecer descritivo é que o conceito é explicado, ele vai dizer o que o aluno aprendeu ou não", acrescenta.

Sindicato acusa secretaria de estimular aprovação automática
Além das discussões no meio acadêmico, o novo sistema de avaliação também gerou polêmica entre os professores das escolas. O Cpers, sindicato dos professores do Rio Grande do Sul, acusa o governo estadual de dar instrução aos professores para aprovarem os alunos automaticamente. "As escolas estão sendo orientadas para que o parecer seja de aprovação", afirma a presidente do Cpers, Rejane Oliveira. Segundo Rejane, isso seria uma forma de maquiar os índices de reprovação do Estado que são os mais altos do Brasil. De acordo com a pesquisa publicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 20,7% dos alunos matriculados no ensino médio gaúcho não passaram de ano em 2011.

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http://noticias.terra.com.br/educacao/rs-novo-modelo-de-avaliacao-pode-levar-professor-a-padronizar-notas,f0d55fd0f8b6e310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
 
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.


Professores estaduais mantêm greve em São Paulo
A categoria passou pela Avenida Paulista e fechou uma das faixas da via, no sentido Paraíso-Consolação. Segundo a Polícia Militar, a manifestação transcorreu de forma tranquila
04/05/13 - 10:04
Marcelo Camargo/ABr
Os professores do ensino público do estado de São Paulo decidiram manter a greve iniciada em 22 de abril. Uma nova assembleia foi marcada para o próximo dia 10.

A manifestação da categoria na Avenida Paulista na tarde desta sexta-feira reuniu entre 6 mil e 7 mil pessoas, informou a Polícia Militar no início da noite. Os organizadores estimaram a presença de 10 mil pessoas. Os professores estaduais pedem reposição salarial de 36,74%. Segundo Maria Izabel Noronha, presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, a última reunião com o governo ocorreu há oito dias e nenhum outro encontro foi agendado.
[...]
A assembleia de sexta prevista para começar às 14h, teve início com três horas de atraso no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Durante a assembleia, os professores estaduais decidiram sair em passeata até a Praça da República, onde professores municipais, que também entraram em greve, protestavam em frente à Secretaria Estadual da Educação.

A categoria passou pela Avenida Paulista e fechou uma das faixas da via, no sentido Paraíso-Consolação. Segundo a Polícia Militar, a manifestação transcorreu de forma tranquila.

Os professores municipais fizeram manifestação também em frente à prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, no centro da cidade. Eles pedem revisão geral anual da remuneração, alteração da lei salarial, fim das terceirizações e contratos de parcerias.

A prefeitura apresentou propostas que envolvem aumento de 71,4% no padrão inicial de vencimentos do Plano de Cargos, Carreiras e Salários de nível básico, de R$ 440,39 para R$ 755, e reajuste linear de 0,82% retroativo a novembro de 2011.


Marcelo Camargo/ABr
As manifestações afetaram o trânsito da cidade. No entanto, às 17h42, os congestionamentos, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), atingiam 14% das vias monitoradas, dentro da média para o horário.
Fonte: Agência Brasil
http://www.jornaldeluzilandia.com.br/txt.php?id=23789
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.

 



Tarso diz que desconhecia fraude, mas sabia da investigação da PF
Governador do Estado voltou à Capital após 10 dias de missão no exterior 
04/05/2013 23:30
ArquivoTioN
O governador Tarso Genro (PT) disse na noite deste sábado, em Porto Alegre, que é óbvio que desconhecia o esquema de fraude para a agilização ou liberação de licenças ambientais dentro da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), mas que sabia da existência de investigações.

Tarso refutou ainda as declarações feitas por integrantes do PC do B, na semana que passou, de que as decisões tomadas na Fepam passavam pelo crivo da Sala de Gestão do governo: “Todas as decisões de governo saem do governador e da Sala de Gestão. Outra coisa são os malfeitos, as responsabilidades individuais. Isso nada tem a ver. Então, essa informação, ela não é procedente.”

De acordo com Tarso, independentemente das investigações em curso em outras esferas, no âmbito do governo do Estado será aberto inquérito administrativo para apurar responsabilidades.

O governador negou ainda que o ex- secretário do Meio Ambiente, Carlos Fernando Niedersberg (PcdoB), exonerado na segunda-feira tão logo a Polícia Federal (PF) anunciou a Operação Concutare, tenha participado do grupo dirigente de sua campanha ao governo do Estado em 2010. “Não sei se ele participou da minha campanha, porque milhares de pessoas participaram. Mas o Fernando não era do grupo dirigente.” Em relação a atuação do comunista em sua administração, Tarso afirmou que ele “é um bom quadro político e estava fazendo um bom trabalho.”

Segundo o governador, o “desvio de conduta” de Niedersberg deve “ser bem localizado”. “Essa conduta, particularmente do Fernando, temos que ver em que medida comprometeu o trabalho. Isso vem de grupos que não estão no governo, e tudo indica que envolveu o Fernando", declarou. Em seguida, o governador admitiu que o ex-secretário (investigado pela Concutare por sua atuação frente à Fepam, que presidiu até o início de abril), “sem dúvida cometeu ilegalidades.”

Tarso vai tomar conhecimento mais profundo do processo e conversar com o PC doB. “O PC do B continua no governo. É um partido sério. Se será ou não na Secretaria do Meio Ambiente, isso eu ainda vou resolver", disse.  As declarações foram feitas logo após Tarso reassumir o cargo, ainda no Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, onde ele chegou pouco antes das 20h30min deste sábado, após 10 dias de missão oficial pelo Oriente Médio e a Europa.
http://portallw.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=497891
 


Sobe para 540 número de mortos no colapso do edifício em Bangladesh
No dia 24, edifício de oito andares onde funcionavam cinco fábricas têxteis ruiu perto da capital Daca 
Jornal VS e Agência Brasil - 04/05/2013 13h50
Bangladesh  - O número de mortos no desabamento de um edifício que abrigava fábricas têxteis nos arredores da capital de Bangladesh subiu neste sábado (4) para 540 pessoas, depois de terem sido resgatados mais 15 corpos entre os destroços do prédio, informou o major do Exército, Sazzad Hossain.

O edifício de oito andares onde funcionavam cinco fábricas têxteis ruiu perto da capital Daca, no dia 24 de abril, deixando soterradas e presas mais de 3.000 pessoas. Foram resgatadas 2.437 pessoas com vida.

Relatórios preliminares de uma investigação conduzida pelo governo indicam que quatro grandes geradores elétricos localizados nos pisos superiores do edifício causaram o colapso, que é considerado o mais grave acidente industrial do país.

Bangladesh é o segundo maior produtor de roupas do mundo e a indústria têxtil constitui a base da sua economia. No entanto, apresenta índices de segurança considerados chocantes. Em novembro, por exemplo, 111 pessoas morreram num incêndio em uma fábrica.

O acidente levou a novas acusações, por parte de ativistas, de que as multinacionais ocidentais colocam os lucros à frente da segurança ao produzirem seus produtos em países onde os trabalhadores ganham menos de 40 dólares por mês.
http://www.jornalvs.com.br/mundo/452352/sobe-para-540-numero-de-mortos-no-colapso-do-edificio-em-bangladesh.html
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