Por Siden* - 19.03.13
Num dia desses, no Banrisul, encontro-me com a professora Dorotéia. Após troca de abraços, iniciamos um descontraído “bate-papo”.
- Vieste pegar um talão de cheque também?, indago.
- Que talão de cheque? Não tenho mais acesso a ele. E complementa:
- Nem talão de cheque, nem crédito minuto. Aliás, meu crédito minuto já virou horas, meses, meses de dívida... E continuou:
- Acho que descobri porque o governo Tarso não paga o Piso!
Surpreso com a possível novidade, pergunto à educadora:
- Fale mais sobre essa descoberta... A resposta surpreende.
Dorotéia dispara:
- Pois, se pagar o Piso o Banrisul quebra...
- Como assim?
- Quanto você acha que o Banrisul arrecada de juros mensais só dos educadores? E sem risco, pois o desconto é em folha... E complementa:
- Esse governo fora da lei nos deve, e muito, e, ainda, através de seu banco estatal, nos cobra juros de mercado (astronômicos) quando nos concede empréstimos...
- Quando a professora mencionou a expressão “nos deve, e muito” lembrei-me também das RPVs, dos Precatórios, além do Piso Nacional, é claro...
Com a intenção de animar a educadora, inventei de afirmar:
- Mas, esse governo dá reajustes, aumentos...
Então, com voz inflamada, Dorotéia deu um discurso que a metade dos presentes ao banco ouviu:
- Deixa de ser ingênuo! Não existe reajuste ou aumento se o governo não pagar o Piso. Esse discurso de reajuste, de aumento real, é só para enganar os incautos. E arrematou:
- Governo que não paga o Piso, que não cumpre a Lei, não tem o direito de falar em reajuste. É outro engodo do Executivo estadual.
E a hora-atividade, indaguei?
- Quanto a isso, já estou cumprindo o que a Lei do Piso me concede. Aliás, temos uma liminar judicial nos garantindo isso. Estou trabalhando em sala de aula 13 períodos. E, novamente, com a voz inflamada, afirmou categoricamente:
- NINGUÉM PODE SER PUNIDO POR CUMPRIR A LEI!
Após essa frase, em que metade das pessoas que estavam no banco naquele momento se virou em nossa direção. Ironicamente, ela arrematou:
- O GOVERNO NÃO CUMPRE A LEI DO PISO E NÃO ACONTECE NADA...
Com a intenção, novamente, de acalmar a educadora lutadora, mudei de assunto.
De repente, ela me questionou incisivamente:
- Você vai à Brasília no dia 24 de Abril?
- Estou vendo espaço na minha agenda, respondi.
Então a professora, com contundência, afirmou:
- Eu irei. Estarei com todos os lutadores que realmente defendem os trabalhadores. Estarei com aqueles que não captularam, que não ficam de joelhos para os governos e os capitalistas, esperando as migalhas que escorrem de suas mesas opulentas. Estarei com todos que lutam por uma vida digna, dizendo não ao ACE (Acordo Coletivo Especial), exigindo o cumprimento da Lei do Piso Nacional, a anulação da Reforma da Previdência, entre outras reivindicações.
E quase discursando arrematou:
- Quero estar junto com os companheiros da CUT pode Mais, da CONLUTAS, CPERS/SINDICATO e demais organizações leais aos trabalhadores nesse dia de Luta.
Nesse momento, chegou a vez de Dorotéia ser atendida. Nos despedimos.
Ao sair do Banco, peguei minha agenda e anotei:
Dia 24 de Abril, data de estar em Brasília com todos os lutadores que não se entregam.
*Siden Francesch do Amaral é Diretor-geral do 14º Núcleo CPERS/Sindicato.
http://www.cpers.org.br/index.php?cd_artigo=451&menu=36
- Vieste pegar um talão de cheque também?, indago.
- Que talão de cheque? Não tenho mais acesso a ele. E complementa:
- Nem talão de cheque, nem crédito minuto. Aliás, meu crédito minuto já virou horas, meses, meses de dívida... E continuou:
- Acho que descobri porque o governo Tarso não paga o Piso!
Surpreso com a possível novidade, pergunto à educadora:
- Fale mais sobre essa descoberta... A resposta surpreende.
Dorotéia dispara:
- Pois, se pagar o Piso o Banrisul quebra...
- Como assim?
- Quanto você acha que o Banrisul arrecada de juros mensais só dos educadores? E sem risco, pois o desconto é em folha... E complementa:
- Esse governo fora da lei nos deve, e muito, e, ainda, através de seu banco estatal, nos cobra juros de mercado (astronômicos) quando nos concede empréstimos...
- Quando a professora mencionou a expressão “nos deve, e muito” lembrei-me também das RPVs, dos Precatórios, além do Piso Nacional, é claro...
Com a intenção de animar a educadora, inventei de afirmar:
- Mas, esse governo dá reajustes, aumentos...
Então, com voz inflamada, Dorotéia deu um discurso que a metade dos presentes ao banco ouviu:
- Deixa de ser ingênuo! Não existe reajuste ou aumento se o governo não pagar o Piso. Esse discurso de reajuste, de aumento real, é só para enganar os incautos. E arrematou:
- Governo que não paga o Piso, que não cumpre a Lei, não tem o direito de falar em reajuste. É outro engodo do Executivo estadual.
E a hora-atividade, indaguei?
- Quanto a isso, já estou cumprindo o que a Lei do Piso me concede. Aliás, temos uma liminar judicial nos garantindo isso. Estou trabalhando em sala de aula 13 períodos. E, novamente, com a voz inflamada, afirmou categoricamente:
- NINGUÉM PODE SER PUNIDO POR CUMPRIR A LEI!
Após essa frase, em que metade das pessoas que estavam no banco naquele momento se virou em nossa direção. Ironicamente, ela arrematou:
- O GOVERNO NÃO CUMPRE A LEI DO PISO E NÃO ACONTECE NADA...
Com a intenção, novamente, de acalmar a educadora lutadora, mudei de assunto.
De repente, ela me questionou incisivamente:
- Você vai à Brasília no dia 24 de Abril?
- Estou vendo espaço na minha agenda, respondi.
Então a professora, com contundência, afirmou:
- Eu irei. Estarei com todos os lutadores que realmente defendem os trabalhadores. Estarei com aqueles que não captularam, que não ficam de joelhos para os governos e os capitalistas, esperando as migalhas que escorrem de suas mesas opulentas. Estarei com todos que lutam por uma vida digna, dizendo não ao ACE (Acordo Coletivo Especial), exigindo o cumprimento da Lei do Piso Nacional, a anulação da Reforma da Previdência, entre outras reivindicações.
E quase discursando arrematou:
- Quero estar junto com os companheiros da CUT pode Mais, da CONLUTAS, CPERS/SINDICATO e demais organizações leais aos trabalhadores nesse dia de Luta.
Nesse momento, chegou a vez de Dorotéia ser atendida. Nos despedimos.
Ao sair do Banco, peguei minha agenda e anotei:
Dia 24 de Abril, data de estar em Brasília com todos os lutadores que não se entregam.
*Siden Francesch do Amaral é Diretor-geral do 14º Núcleo CPERS/Sindicato.
http://www.cpers.org.br/index.php?cd_artigo=451&menu=36
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário