Izabel Avallone* - 09.04.13
O discurso “uma educação de qualidade” está na ponta da língua de todo parlamentar, governante e secretários de educação do país inteiro. Mas por que será que essa tão falada transformação não acontece na escola pública?
Qualquer cidadão tem a resposta: violência nas escolas, baixa remuneração, falta de capacitação, ausência da família para acompanhar o aluno, falta de professores nas diferentes disciplinas etc. Com esse cenário que se anuncia quem de verdade quer ser professor?
Como pode um sujeito sobreviver ganhando R$9,00 a hora aula? Qualquer pedreiro, encanador, eletricista não executa um trabalho se não lhe pagarem R$100,00 a hora. Onde será que erramos? Por que o professor é tão desvalorizado na escola pública, quando se sabe que muitos deles trabalham em escolas privadas, porém lá, eles são bem recompensados pelo trabalho que desempenham.
A nossa Educação vai de mal a pior. Vimos em diversos governos que o dinheiro destinado à capacitação dos professores serve para engordar a conta bancaria de muitos secretários e funcionários que não estão minimamente preocupados com a vida escolar dos alunos mais necessitados. Muitos cidadãos chegam à escola pública por falta de opção, pois o idealista busca lugares onde ele sabe que terá retorno financeiro, condições de trabalho e reconhecimento.
Embora seja um dever do Estado educar seu povo, muitas famílias vêm sacrificando seus orçamentos pagando educação para seus filhos, pois já perceberam que o atraso vem se acumulando a cada ano. Um exemplo recente desse descompasso foi o evento que aconteceu no Hotel Maksoud Plaza em São Paulo, com acesso restrito de convidados. Ideias inovadoras de especialistas do Brasil e do exterior para mudar o ensino e a aprendizagem foram apresentadas.
O Transformar 2013 discutiu os resultados de experiências reais com essas novas maneiras de conectar alunos, professores, escolas e conteúdos. E aqui cabe a pergunta: onde estavam os maiores interessados nesse evento? É muito fácil entender o atraso da educação no Brasil, os governantes estão de costas para a população, para os professores e para as crianças.
Por mais que se faça discursos e se prometa melhorar a educação, não nos enganemos, Educação se faz com pessoas envolvidas no processo e que acreditam na transformação do ser humano através do ensino-aprendizagem.
O mundo mudou, a internet tornou o mundo pequeno, lá na sala de aula está o velho professor passando lição na lousa e os alunos copiando. Melhorar como e quando?
O dia em que a população despertar para a importante tarefa que é a Educação vai exigir dos governos seu direito maior APRENDER. E quem aprende vota melhor.
Já dizia Paulo Freire “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda". Acorda Brasil!
Opinião assinada pela professora Izabel Avallone
Secom / CPP
Fonte: profemarli.comunidades.net
Por Siden.
Plenária Regional
Será
dia
11 de abril de
2013,
Quinta-feira, às 14h, na
Sede do 14º Núcleo do
CPERS/Sindicato
(Rua Bento Gonçalves, 946 sala 101
Centro SL)
·
Plenária para
preparar a Greve Nacional e ida a Brasília (Marcha em Brasília dia 24 de
abril)
·
Dia de Redução de
Períodos;
23,
24 E 25 DE ABRIL GREVE NACIONAL
Pelo Piso Salarial para
Professores e Funcionários
Contra o Desmonte da Educação
Pública Promovido por Tarso e
Dilma
Por JoanaLeia no Portal Cpers:
RS: sem professores há 40 dias, cursos técnicos decepcionam alunos
MEC vai lançar programa para incentivar formação de professores na área de exatas
Yara Aquino, Agência Brasil - 10/04/2013 - 16h18
Brasília – Preocupado com a baixa procura por cursos superiores de licenciatura em física, química, matemática e biologia, o Ministério da Educação (MEC) elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair para essas áreas os estudantes que querem ser professores. A proposta, ainda em construção, prevê parceria com universidades e também a oferta de bolsas de auxílio, disse hoje (10) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.“É preciso estimular a vocação de professor. Temos o problema salarial, de carreira, mas há também o problema de despertar o interesse pela educação desde cedo e valorizar quem tem esse interesse. Precisamos estimular as ciências exatas, a demanda por ensino superior nessas áreas é muito baixa”, disse o ministro, ao participar de audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
De acordo com Mercadante, a proposta vai incluir várias estratégias para alcançar o objetivo de formar mais professores para o ensino das ciências exatas. “Vamos fazer um programa para estimular desde o ensino médio, com bolsa, com parceria com as universidades, com laboratório, com cientista para dar palestras”.
O ministro citou como exemplo da falta de interesse dos estudantes pelo magistério na área de exatas a baixa a procura por esses cursos na última edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), por meio do qual instituições públicas de educação superior oferecem vagas a participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Dados do relatório Escassez de Professores no Ensino Médio: Soluções Estruturais e Emergenciais, do Conselho Nacional de Educação (CNE), de 2007, apontam que as áreas mais carentes de professores eram as de física e química, seguidas das de matemática e biologia.
Mercadante adiantou ainda que o ministério estuda lançar um grande edital de cultura nas escolas públicas e também a criação de uma universidade das artes para aulas de música, cinema, teatro, dança e poesia. Essas ações deverão ser feitas em parceria com o Ministério da Cultura.
Edição: Davi Oliveira
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-04-10/mec-vai-lancar-programa-para-incentivar-formacao-de-professores-na-area-de-exatas
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário