“A governadora está desesperada e tenta nos intimidar, mas não temos medo dela e vamos continuar a defender uma educação digna no estado”. Assim Rejane de Oliveira, presidente da CPERS/Sindicato resume a confusão iniciada pela governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), em frente à sua própria casa, na manhã desta quinta-feira (16), em Porto Alegre.
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TEMA PARA DEBATE
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TEMA PARA DEBATE
Quando um aluno perguntar: “professora o que você fez pelo nosso futuro?” Poderemos dizer de cabeça erguida: nós lutamos incansavelmente.
Lutamos para que a verdade apareça, mesmo que seja contra os interesses daqueles que têm a obrigação de divulgá-la. Lutamos para que as verbas da educação não sejam mais decepadas. Para que laboratórios, bibliotecas e escolas não sejam fechados. Para que crianças não tenham que estudar em escolas de lata. Para que não reduzam os míseros salários dos educadores, em cumprimento de acordo com o Banco Mundial. Para que os problemas sociais não sejam deixados de lado, enquanto os recursos públicos podem estar sendo esvaídos pela corrupção.
Estamos cumprindo o nosso papel ao ajudarmos a criar o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais – formado por dez sindicatos, entre eles o Cpers. Sabemos que só com união poderemos estancar a derrama, a destruição do serviço público e o ataque às carreiras dos servidores.
Só unidos pressionaremos pelo impedimento de um governo que vive sob o signo de escândalos – em denúncias, aliás, que vieram principalmente de quem esteve lado a lado com a governadora.
Para aqueles que acham que passamos dos limites, perguntamos: até onde tem que se curvar um povo que tem seu Estado destruído e vilipendiado? Que tem a imprensa empurrada e presa? Que tem a voz calada pelos cassetetes e as mãos algemadas pelo autoritarismo? Que sofre com a tentativa de transformação de vítimas em algozes? Tudo isso por termos feito um ato pacífico na rua pública, em frente à mansão da governadora, cuja compra está envolta em denúncias de desvios de dinheiro e irregularidades.
Aliás, nós já sofremos esse tipo de violência na ditadura militar e no Fora Collor. Mas, mesmo sofrendo essas acusações, não podemos calar, pois quando algo está errado, alguém precisa colocar a boca no trombone. Depois vem outro e mais outro, até que sejamos centenas, milhares, milhões. E é só quando o povo toma as ruas e exige seus direitos que as coisas se modificam. Foi assim contra a ditadura. Foi assim no Fora Collor. Será assim no Fora Yeda. Pois quem resistirá a centenas de milhares de pessoas gritando em uma só voz: impeachment já?
Definitivamente, nós, educadores, podemos dormir com a consciência tranquila de não aderirmos à teoria dos que nada ouvem, nada falam e nada veem. Afinal, lutar também é educar!
por Rejane de Oliveira, Presidenta do Cpers
ZERO HORA.com
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