Depois de três dias em vigília na Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre, os professores gaúchos viram mais uma vez suas expectativas frustradas no início da noite desta quarta-feira (31), quando a Assembleia Legislativa aprovou um índice de reajuste considerado insuficiente pela categoria. Os deputados aprovaram um reajuste de 6% - 4% em setembro e 2% em dezembro – enquanto o Cpers-Sindicato reivindicava 23,14% , o equivalente à reposição da inflação acumulada no governo Yeda e resíduo inflacionário do governo Rigotto. “Os mesmos que elevaram o subsídio dos membros do Judiciário para R$ 24 mil poderiam ter feito um gesto mais generoso em direção aos professores, elevando o índice, no mínimo, ao mesmo patamar do concedido aos juízes e promotores”, lamentou o deputado Elvino Bohn Gass, líder da bancada do PT no Legislativo.
O único avanço nas negociações foi a antecipação da vigência da segunda parcela do reajuste, prevista no projeto original só para março de 2011. Emocionada, a deputada Marisa Formolo (PT) disse que ficou envergonhada como professora com o reajuste concedido ao magistério. Na tribuna, ela provocou o governo, perguntando se o Executivo não tinha vergonha de aumentar em R$ 23,00 o salário do professor.
Já o deputado Adão Villaverde (PT) disse que a proposta do governo “é tão indigna que os próprios servidores teoricamente beneficiados pediram para votar contra o projeto”. “Foi um golpe na educação pública do Rio Grande do Sul”, resumiu o parlamentar.
O pacote de bondades prometido pela governadora, conforme a deputada Stela Farias (PT), virou “uma overdose de maldades”. “O governo da enturmação, do fechamento das escolas, da truculência e da chantagem com os servidores é também o governo da destruição do magistério”, criticou a deputada.
Para o deputado Ivar Pavan (PT), não se trata de reajuste, mas de “perseguição aos professores”. “Vamos votar favorável porque não temos o poder de aumentar o índice, que é de deixar qualquer cidadão de bom senso indignado”, declarou.
O deputado Dionilso Marcon (PT) disse que o governo alega que não há dinheiro para reajuste, mas tem para investir em publicidade com o objetivo de encobrir as denúncias de irregularidades no Piratini. “Os tucanos estão sepultando a educação no Rio Grande do Sul”, acusou o petista.
Sem acordo
A bancada do PT não deu acordo para que o projeto do piso, proposto pelo governo e rechaçado pelo magistério, entrasse na pauta de votações. “Não é um piso para o magistério. É um piso no magistério, que abre o caminho para a destruição do plano de carreira da categoria”, frisou Bohn Gass.
Segundo ele, o projeto apresentado pelo governo Yeda representa uma tentativa de sepultar a aplicação do piso nacional do magistério no Rio Grande do Sul. “Sobre o piso nacional incidem todas as vantagens funcionais da categoria. Já o pseudo-piso da governadora soma as vantagens e estabelece um teto. É uma clara tentativa de ludibriar a opinião pública, já que os professores têm plena consciência das conseqüências da aprovação de uma matéria com esta essência”, alertou o petista.
Para o parlamentar, o maior obstáculo à recuperação dos salários do magistério não é de ordem financeira, mas política. “Não há vontade política de valorizar o magistério. Pelo contrário, a categoria foi tratada a pau por este governo. Se houvesse interesse, o Executivo poderia usar o montante que seria gasto com o pseudo-piso para melhorar o reajuste”, considera.
O deputado Fabiano Pereira (PT) classificou o projeto de vergonhoso. “É para achatar ainda mais os salários e humilhar os professores gaúchos, que já detêm o menor contracheque do País”, frisou.
Segundo ele, ao se negar a aplicar o piso nacional, o governo Yeda está abrindo mão de recursos federais. “A lei permite que a União repasse recursos para os estados que extrapolarem o orçamento com a aplicação do piso, desde que cumpram o percentual mínimo para a educação previsto na Constituição. O governo gaúcho está perdendo dinheiro porque não paga o que deveria para os professores e não aplica os 35% no setor, estabelecidos pela Constituição Estadual”, revelou Fabiano.
O deputado Daniel Bordgnon (PT) classificou o projeto de criminoso. Na avaliação do parlamentar, a governadora é responsável pela proposta, mas tem cúmplices, sem os quais nem pensaria em avançar sobre o plano de carreira do magistério. “O PMDB é o principal deles. Sem este partido, sempre disposto a fazer o serviço sujo para a direita reacionária, a governadora não teria base social e nem maioria na Assembleia para afrontar os direitos dos trabalhadores”, finalizou.
O único avanço nas negociações foi a antecipação da vigência da segunda parcela do reajuste, prevista no projeto original só para março de 2011. Emocionada, a deputada Marisa Formolo (PT) disse que ficou envergonhada como professora com o reajuste concedido ao magistério. Na tribuna, ela provocou o governo, perguntando se o Executivo não tinha vergonha de aumentar em R$ 23,00 o salário do professor.
Já o deputado Adão Villaverde (PT) disse que a proposta do governo “é tão indigna que os próprios servidores teoricamente beneficiados pediram para votar contra o projeto”. “Foi um golpe na educação pública do Rio Grande do Sul”, resumiu o parlamentar.
O pacote de bondades prometido pela governadora, conforme a deputada Stela Farias (PT), virou “uma overdose de maldades”. “O governo da enturmação, do fechamento das escolas, da truculência e da chantagem com os servidores é também o governo da destruição do magistério”, criticou a deputada.
Para o deputado Ivar Pavan (PT), não se trata de reajuste, mas de “perseguição aos professores”. “Vamos votar favorável porque não temos o poder de aumentar o índice, que é de deixar qualquer cidadão de bom senso indignado”, declarou.
O deputado Dionilso Marcon (PT) disse que o governo alega que não há dinheiro para reajuste, mas tem para investir em publicidade com o objetivo de encobrir as denúncias de irregularidades no Piratini. “Os tucanos estão sepultando a educação no Rio Grande do Sul”, acusou o petista.
Sem acordo
A bancada do PT não deu acordo para que o projeto do piso, proposto pelo governo e rechaçado pelo magistério, entrasse na pauta de votações. “Não é um piso para o magistério. É um piso no magistério, que abre o caminho para a destruição do plano de carreira da categoria”, frisou Bohn Gass.
Segundo ele, o projeto apresentado pelo governo Yeda representa uma tentativa de sepultar a aplicação do piso nacional do magistério no Rio Grande do Sul. “Sobre o piso nacional incidem todas as vantagens funcionais da categoria. Já o pseudo-piso da governadora soma as vantagens e estabelece um teto. É uma clara tentativa de ludibriar a opinião pública, já que os professores têm plena consciência das conseqüências da aprovação de uma matéria com esta essência”, alertou o petista.
Para o parlamentar, o maior obstáculo à recuperação dos salários do magistério não é de ordem financeira, mas política. “Não há vontade política de valorizar o magistério. Pelo contrário, a categoria foi tratada a pau por este governo. Se houvesse interesse, o Executivo poderia usar o montante que seria gasto com o pseudo-piso para melhorar o reajuste”, considera.
O deputado Fabiano Pereira (PT) classificou o projeto de vergonhoso. “É para achatar ainda mais os salários e humilhar os professores gaúchos, que já detêm o menor contracheque do País”, frisou.
Segundo ele, ao se negar a aplicar o piso nacional, o governo Yeda está abrindo mão de recursos federais. “A lei permite que a União repasse recursos para os estados que extrapolarem o orçamento com a aplicação do piso, desde que cumpram o percentual mínimo para a educação previsto na Constituição. O governo gaúcho está perdendo dinheiro porque não paga o que deveria para os professores e não aplica os 35% no setor, estabelecidos pela Constituição Estadual”, revelou Fabiano.
O deputado Daniel Bordgnon (PT) classificou o projeto de criminoso. Na avaliação do parlamentar, a governadora é responsável pela proposta, mas tem cúmplices, sem os quais nem pensaria em avançar sobre o plano de carreira do magistério. “O PMDB é o principal deles. Sem este partido, sempre disposto a fazer o serviço sujo para a direita reacionária, a governadora não teria base social e nem maioria na Assembleia para afrontar os direitos dos trabalhadores”, finalizou.
Olga Arnt - MTB 14323 | PT 20:33 - 31/03/2010
Fotos: Marcelo Bertani / Ag. ALe Caco Argemi
http://www.al.rs.gov.br/ag/NOTICIAS.ASP?txtIDMATERIA=244964&txtIdTipoMateria=3
Fotos: Marcelo Bertani / Ag. ALe Caco Argemi
http://www.al.rs.gov.br/ag/NOTICIAS.ASP?txtIDMATERIA=244964&txtIdTipoMateria=3
Em assembleia, professores paulistas decidem continuar em greve
Encontro foi realizado na noite desta quarta-feiraEm assembleia realizada no início da noite desta quarta-feira, na Praça da República, na capital paulista, os professores da rede estadual de educação decidiram manter a greve, que na próxima semana completará um mês.
Durante a assembleia, a categoria que reivindica melhoria salarial também decidiu fazer uma nova manifestação na próxima quinta-feira, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), seguida de caminhada até a Praça da República, onde fica a Secretaria Estadual de Educação.
Na tarde de hoje, os servidores estaduais de diversas áreas, entre eles da saúde, também realizaram uma manifestação que começou no vão livre do Masp, se espalhou pelos dois sentidos da Avenida Paulista.
Os manifestantes reclamaram de não poder contar com o caminhão de som, segundo eles, por impedimento da prefeitura.
— Esse é o terceiro ato que estamos fazendo aqui . Desta vez a prefeitura decidiu dizer que o caminhão de som não poderia transitar no centro neste horário [da tarde] e o apreendeu —, disse Angelo D’Agostini, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos de Saúde do Estado de São Paulo (Sindsaúde).
[...]
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a2858343.xml
Durante a assembleia, a categoria que reivindica melhoria salarial também decidiu fazer uma nova manifestação na próxima quinta-feira, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), seguida de caminhada até a Praça da República, onde fica a Secretaria Estadual de Educação.
Na tarde de hoje, os servidores estaduais de diversas áreas, entre eles da saúde, também realizaram uma manifestação que começou no vão livre do Masp, se espalhou pelos dois sentidos da Avenida Paulista.
Os manifestantes reclamaram de não poder contar com o caminhão de som, segundo eles, por impedimento da prefeitura.
— Esse é o terceiro ato que estamos fazendo aqui . Desta vez a prefeitura decidiu dizer que o caminhão de som não poderia transitar no centro neste horário [da tarde] e o apreendeu —, disse Angelo D’Agostini, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos de Saúde do Estado de São Paulo (Sindsaúde).
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