Nei Alberto Pies*
“Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses” (Rubem Alves)
Na sala de professores, de uma escola estadual, os educadores deparam-se, em mais um reinício de aulas, com grandes desafios: motivar-se para educar e motivar os alunos para estarem disponíveis para a aprendizagem. A espontânea pergunta de uma colega revela um drama que vem perseguindo os educadores ao longo dos últimos anos: quem e o que irá nos motivar. De qual fonte buscaremos forças e suporte para nosso trabalho de educar, em tempos em que a maior exigência e responsabilidade parecem sempre recair sobre a gente.
Na contramão do que os educadores esperam, surgiram receitas nada generosas por parte das autoridades que respondem pela educação em nosso estado. Prega-se paixão e comprometimento. Fala-se em nova gestão escolar e meritocracia. “Gestão, comprometimento, participação, paixão por aquilo que se faz” (Ervino Deon, secretário estadual de educação, ZH 28.01.2010). Lamentável é que passamos mais um ano sem sermos dignos de nenhum elogio, nenhum reconhecimento. Muito antes, pelo contrário, nossa missão continua dobrada: além do esforço cotidiano de fazer educação de qualidade, precisamos lutar para que as condições de nossas escolas e de nossa profissão não sejam cada vez mais desestruturadas.
Professores não são anjos, nem centopéias. Diferentes de anjos, constroem dignidade através de seu trabalho e de sua dedicação e precisam contar com o apoio e estímulos para realizarem bem o seu ofício de educar. Não fazem a educação de forma isolada, não podem ser cobrados individualmente para responderem pelos problemas dela.
Nem culpados, nem vítimas, os educadores precisam ser considerados como sujeitos de sua ação pedagógica e protagonistas nas soluções pelas quais a escola precisa passar. Novos livros, novos métodos, ampliação de tempo de aulas dos alunos, não substituem os já conhecidos problemas de falta de estrutura material e apoio pedagógico. Virtudes e habilidades como o diálogo, o convencimento, o respeito aos pensamentos alheios, a tolerância é que constroem caminhos de mediação. Estes exigem muita “coragem para fazer”.
A motivação da qual precisamos vem de dentro, mas também vem de fora. Os bons educadores não esmorecem diante das permanentes investidas governamentais que calejam suas esperanças. Para além de esperarem, lutam pelo agora, mesmo contra a correnteza dos muitos que acham que o tempo é eterno. Resistem escolhendo os mais nobres caminhos da sabedoria: a reflexão e a experiência, como já indicava Confúcio.
*Nei Alberto Pies é professor e ativista em direitos humanos
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=36&cd_artigo=273
Aprovada audiência para tratar de irregularidades na gestão do SUS pela Secretaria da Saúde do RS
A proposta foi apresentada pelo deputado Bordignon na manhã desta quarta-feira
A Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (17), a proposta do deputado Daniel Bordignon (PT) de debater, em audiência pública, as irregularidades na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul. A data será divulgada posteriormente.
Auditoria efetuada pelo Departamento Nacional de Auditorias do SUS (Denasus) dá conta de irregularidades do governo estadual na gestão de recursos do Fundo Nacional de Saúde dirigidos a internações hospitalares, medicamentos, vigilância sanitária e programas de promoção à saúde de crianças, idosos e portadores de HIV/Aids. Também foi constatado o descumprimento da Emenda Constitucional 29 pelo governo Yeda Crusius desde 2003. Além disso, o gestor estadual do SUS aplicou no mercado financeiro os recursos repassados fundo a fundo pelo Ministério da Saúde, prejudicando, assim, o atendimento à saúde da população. De acordo com o relatório, em 30 de junho de 2009, a Secretaria Estadual de Saúde do RS tinha R$ 164,7 milhões rendendo juros e correção monetária.
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A Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (17), a proposta do deputado Daniel Bordignon (PT) de debater, em audiência pública, as irregularidades na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul. A data será divulgada posteriormente.
Auditoria efetuada pelo Departamento Nacional de Auditorias do SUS (Denasus) dá conta de irregularidades do governo estadual na gestão de recursos do Fundo Nacional de Saúde dirigidos a internações hospitalares, medicamentos, vigilância sanitária e programas de promoção à saúde de crianças, idosos e portadores de HIV/Aids. Também foi constatado o descumprimento da Emenda Constitucional 29 pelo governo Yeda Crusius desde 2003. Além disso, o gestor estadual do SUS aplicou no mercado financeiro os recursos repassados fundo a fundo pelo Ministério da Saúde, prejudicando, assim, o atendimento à saúde da população. De acordo com o relatório, em 30 de junho de 2009, a Secretaria Estadual de Saúde do RS tinha R$ 164,7 milhões rendendo juros e correção monetária.
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Stella Máris Valenzuela - MTB 4983 | PT 11:09 - 17/03/2010
http://www.al.rs.gov.br/ag/noticias.asp?txtIdMateria=243902
http://www.al.rs.gov.br/ag/noticias.asp?txtIdMateria=243902
Deputados antecipam data base de reajuste do piso salarial regional
Em 2011, o piso regional salarial deverá ser reajustado no dia 1º de março. A partir de 2012, a data base passará a ser o dia 1º de janeiro, como já acontece com o salário mínimo nacional. Por 43 votos a zero, os deputados aprovaram hoje (17) projeto de lei, de autoria do deputado Heitor Schuch, que antecipa a data de recomposição do piso regional, anteriormente fixada em 1º de maio.
Para o vice-líder do PT na Assembleia Legislativa, Raul Pont, a proposta representa uma “conquista parcial dos trabalhadores”. Segundo o petista, nos dois últimos governos, o piso regional perdeu 30% do seu poder de compra, ficando apenas R$ 1,29 acima do mínimo nacional. “O Rio Grande do Sul ostenta o título de pagar o menor salário aos professores e aos servidores da segurança. Agora, está também na lanterna entre os estados que instituíram o piso regional”, comparou.
Pont afirmou, ainda, que a expectativa dos trabalhadores é de que o governo do Estado apresente uma proposta de reajuste para 2010 que, no mínimo, retome a diferença inicial entre o piso regional e o salário mínimo, que era 28% em 2001, ano em que o mecanismo foi instituído no Rio Grande do Sul.
O deputado Ivar Pavan (PT) criticou argumentos que associam a recuperação dos salários a dificuldades da economia. “Trata-se de uma tese superada. A experiência já mostrou que a economia gaúcha foi capaz de assimilar um piso regional acima do mínimo nacional. Além disso, o Brasil mostrou que foi o mercado interno, ampliado por instrumentos de distribuição de renda e de recuperação da massa salarial, que amorteceu os efeitos da crise mundial”, frisou.
Ao classificar o piso de “estratégico para o desenvolvimento do Estado”, Pavan defendeu a concessão de um reajuste que, pelo menos, aproxime o valor do praticado em outros estados como Santa Catarina (R$ 587,00) e Paraná (R$ 663,00).
Para o vice-líder do PT na Assembleia Legislativa, Raul Pont, a proposta representa uma “conquista parcial dos trabalhadores”. Segundo o petista, nos dois últimos governos, o piso regional perdeu 30% do seu poder de compra, ficando apenas R$ 1,29 acima do mínimo nacional. “O Rio Grande do Sul ostenta o título de pagar o menor salário aos professores e aos servidores da segurança. Agora, está também na lanterna entre os estados que instituíram o piso regional”, comparou.
Pont afirmou, ainda, que a expectativa dos trabalhadores é de que o governo do Estado apresente uma proposta de reajuste para 2010 que, no mínimo, retome a diferença inicial entre o piso regional e o salário mínimo, que era 28% em 2001, ano em que o mecanismo foi instituído no Rio Grande do Sul.
O deputado Ivar Pavan (PT) criticou argumentos que associam a recuperação dos salários a dificuldades da economia. “Trata-se de uma tese superada. A experiência já mostrou que a economia gaúcha foi capaz de assimilar um piso regional acima do mínimo nacional. Além disso, o Brasil mostrou que foi o mercado interno, ampliado por instrumentos de distribuição de renda e de recuperação da massa salarial, que amorteceu os efeitos da crise mundial”, frisou.
Ao classificar o piso de “estratégico para o desenvolvimento do Estado”, Pavan defendeu a concessão de um reajuste que, pelo menos, aproxime o valor do praticado em outros estados como Santa Catarina (R$ 587,00) e Paraná (R$ 663,00).
Olga Arnt - MTB 14323 | PT 17:41 - 17/03/2010
http://www.al.rs.gov.br/ag/noticias.asp?txtIdMateria=243946
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