Assassinato de Eliseu Santos começa a ser tratato como "queima de arquivo" político
Uma carta encaminhada ao Ministério Público por uma pessoa muito próxima a Eliseu Santos começa a fechar o quebra cabeça que intrigava os promotores do Tribunal do Júri sobre o assassinato dos ex-secretário da Saúde. O conteúdo dá detalhes sobre as angústias e medo do ex-prefeito de Porto Alegre dias antes da morte dele no bairro Floresta, em Porto Alegre, dia 26 de fevereiro. A carta mostra as “repartições” políticas dentro da secretaria e os agentes que estariam por trás dos interesses da Empresa Reação, que serviria como uma fonte para arrecadação de recursos para o PTB. A carta que a reportagem da Rádio Guaíba recebeu também foi enviada ao Ministério Público e a vereadores de oposição.
Endereçada no início de abril, ela veio corroborar as certezas sobre a propina e as suspeitas de participação de caciques do PTB gaúcho no desfecho da morte de Santos. “O Eliseu tinha a boca muito grande”, disse um membro do Ministério Público.
A carta traz relatos sobre a repercussão, dentro da secretaria da Saúde, quando o escândalo da Reação estourou na Câmara de Vereadores, no ano passado. Eliseu Santos teria chamado José Carlos Brack, presidente municipal do PTB, para tirar a limpo a situação. Brack teria garantido a Eliseu que nem ele e nem o partido estariam envolvidos com a corrupção. José Carlos Brack, segundo apura o MP, teria um “escritório” dentro da secretaria da Saúde para arrecadar dinheiro para o PTB através de contratos emergenciais.
A nova etapa de investigação do Ministério Público conduz a morte de Eliseu Santos como uma “queima de arquivo”, disse um dos promotores. A suspeita de crime político está associada a recursos arrecadados irregularmente através do contrato com a Empresa Reação e outros convênios. Divergências sobre a corrupção, valores e destinatários teriam resultado na ordem para a execução de Eliseu Santos. O presidente municipal do PTB foi ouvido pelo Ministério Público na última semana. “Fui ouvido apenas como um ex-assessor do secretário. Não teve esquema de propina”, disse Brack.
A carta também revela que, na semana antes de morrer, Eliseu Santos teria ido a Brasília para resolver pendências junto ao Ministério da Saúde e aproveitaria a oportunidade para conversar com o senador Sérgio Zambiasi sobre as divergências com Brack. "Mais uma vez, mostrou o coldre e revólver que trazia à cintura, e dizia que estava preparado para enfrentar 'os meliantes'. Parecia intuir", conta a carta.
A denúncia do MP aponta oito pessoas como as responsáveis pelo crime, entre elas Jorge Renato Hordoff de Mello, administrador da Reação, e Marco Antônio Bernardes, ex-assessor jurídico da Secretaria Municipal da Saúde.
Fonte: Correio do Povo - Câmera 2
Dinheiro de corrupção na Saúde iria para PTB
01.05.10 - 23:57 Foto: CP Memória
Uma carta encaminhada ao Ministério Público por uma pessoa muito próxima a Eliseu Santos começa a fechar o quebra cabeça que intrigava os promotores do Tribunal do Júri sobre o assassinato dos ex-secretário da Saúde. O conteúdo dá detalhes sobre as angústias e medo do ex-prefeito de Porto Alegre dias antes da morte dele no bairro Floresta, em Porto Alegre, dia 26 de fevereiro. A carta mostra as “repartições” políticas dentro da secretaria e os agentes que estariam por trás dos interesses da Empresa Reação, que serviria como uma fonte para arrecadação de recursos para o PTB. A carta que a reportagem da Rádio Guaíba recebeu também foi enviada ao Ministério Público e a vereadores de oposição.
Endereçada no início de abril, ela veio corroborar as certezas sobre a propina e as suspeitas de participação de caciques do PTB gaúcho no desfecho da morte de Santos. “O Eliseu tinha a boca muito grande”, disse um membro do Ministério Público.
A carta traz relatos sobre a repercussão, dentro da secretaria da Saúde, quando o escândalo da Reação estourou na Câmara de Vereadores, no ano passado. Eliseu Santos teria chamado José Carlos Brack, presidente municipal do PTB, para tirar a limpo a situação. Brack teria garantido a Eliseu que nem ele e nem o partido estariam envolvidos com a corrupção. José Carlos Brack, segundo apura o MP, teria um “escritório” dentro da secretaria da Saúde para arrecadar dinheiro para o PTB através de contratos emergenciais.
A nova etapa de investigação do Ministério Público conduz a morte de Eliseu Santos como uma “queima de arquivo”, disse um dos promotores. A suspeita de crime político está associada a recursos arrecadados irregularmente através do contrato com a Empresa Reação e outros convênios. Divergências sobre a corrupção, valores e destinatários teriam resultado na ordem para a execução de Eliseu Santos. O presidente municipal do PTB foi ouvido pelo Ministério Público na última semana. “Fui ouvido apenas como um ex-assessor do secretário. Não teve esquema de propina”, disse Brack.
A carta também revela que, na semana antes de morrer, Eliseu Santos teria ido a Brasília para resolver pendências junto ao Ministério da Saúde e aproveitaria a oportunidade para conversar com o senador Sérgio Zambiasi sobre as divergências com Brack. "Mais uma vez, mostrou o coldre e revólver que trazia à cintura, e dizia que estava preparado para enfrentar 'os meliantes'. Parecia intuir", conta a carta.
A denúncia do MP aponta oito pessoas como as responsáveis pelo crime, entre elas Jorge Renato Hordoff de Mello, administrador da Reação, e Marco Antônio Bernardes, ex-assessor jurídico da Secretaria Municipal da Saúde.
Fonte: Correio do Povo - Câmera 2
Operação Centauro prende 173 pessoas em todo o RS
A Brigada Militar divulgou, neste sábado (1º) o balanço da Operação Centauro, realizada em todos os municípios por 24 horas entre ontem e hoje. Em todo Estado, foram presas 173 pessoas, sendo que nove eram foragidos. Entre os poucos mais de 39 mil veículos fiscalizados, 1.172 foram autuados, 158 recolhidos e dez recuperados de roubos.
[...]
Tudo isso em http://www.camera2.com.br/noticias.php?limpa_sql=0
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