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sábado, 1 de janeiro de 2011

A cara do Brasil agora é Dilma

"Meu compromisso supremo é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos"
Portugal Digital - Brasil/Portugal - Alfredo Prado - 01/01/2011 - 20:00
Um governo de continuidade ou quatro anos de surpresas? Dilma Rousseff respondeu a esta questão no primeiro dia do novo ano, que é também o dia da sua tomada de posse à frente do Brasil, com a afirmação de que vai consolidar o trabalho iniciado por Lula.

Pela primeira vez na história do país uma mulher é investida no cargo de presidente da República e assume vários desafios simultâneos: promover o crescimento económico, erradicar a miséria, reduzir a pobreza, travar a inflação e melhorar a saúde pública, a educação e a segurança dos cidadãos.

No Congresso nacional ou no parlatório do Palácio do Planalto, numa tarde de festa só ensombrada pela intensa chuva que caiu sobre a capital brasileira, Dilma Rousseff traçou as linhas gerais do que vai ser o seu governo.

O tom foi o da sobriedade, quer entre as paredes do plenário do Congresso, perante parlamentares e convidados, quer no parlatório do Palácio do Planalto, quando se dirigiu a uma multidão de muitos milhares de apoiantes, que faziam ondular as bandeiras vermelhas do Partido dos Trabalhadores e aliados. Um discurso sem fugas, sem apartes e também sem lágrimas.

Na forma e nos conteúdos, ambos os discursos mostram um registo de rigor e sobriedade, bem diferente da exuberância e das emoções a que Lula habituou os brasileiros ao longo dos últimos oito anos.

A nova presidente do Brasil tem pela frente tarefas e desafios complexos, como disse no discurso ao país. Combates que não serão fáceis de vencer, como o da corrupção. Reformas, a política e a tributária, que nenhum dos presidentes do Brasil democrático nascido com o fim da ditadura conseguiu levar adiante.

Dilma sabe e disse-o que a unidade é fundamental para concretizar o seu programa de governo. Por isso afirmou que pretende governar para todos e com todos, mesmo com os adversários políticos.

No Congresso e no Planalto, a presidente não se alongou em vender ilusões. Foram discursos sem promessas excessivas, sem o recurso à adjetivação prolixa que tão facilmente pode emocionar e enganar multidões. A militante de esquerda que combateu a ditadura, a economista experimentada na realização de programas sociais e de desenvolvimento económico, a “número dois” do segundo mandato do governo Lula inicia agora aquele que será certamente o combate político mais difícil da sua vida.

A cara do Brasil agora é Dilma. Para fazer uma política de continuidade, mas certamente com outro estilo e, talvez, com objectivos mais ambiciosos.

http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=11228774&canal=155

Após ser ministro de Lula, Tarso Genro toma posse no RS
Daniel Favero • 01 de janeiro de 2011 • 10h41
- Finalmente ela assinou sua demissão!!!
O novo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do PT, foi empossado por volta das 9h deste sábado (1º) em sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre. A cerimônia também empossou o vice, Beto Grill, do PSB.

A solenidade foi marcada pela entrega, feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Giovani Cherini, do PDT, de três argolas com as cores da bandeira do Estado - verde, amarela e vermelha -, representando um elo de seu partido com o governo do petista.

Em seu discurso de posse, Genro se comprometeu a "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis e patrocinar o bem comum do povo riograndense"

Genro recebeu o cargo de Yeda Crusis (PSDB) em cerimônia no Palácio do Piratini. Em seu discurso, Yeda falou sobre realizações de seu governo e disse que sua administração foi focada, principalmente, na transparência. O governador empossado, por sua vez, afirmou que a transparência se faz com a ajuda da mídia.
[...]
Tarso Genro é um expressivo nome do Partido dos Trabalhadores que teve atuação destacada nos dois mandatos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele deixou o cargo de ministro da Justiça para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul e protagonizou um feito histórico no Estado ao vencer a eleição com 3.416.460 (54,35%) em primeiro turno, sendo o primeiro candidato ao Palácio Piratini a vencer a eleição sem necessidade de segundo turno. Ele derrotou a governadora tucana Yeda Crusius que teve 1.156.386 (18,4%), ficando em terceiro lugar.
[...]
Após o pleito histórico, Yeda chegou a dizer que levou "uma surra nas urnas". Ela teve sua administração marcada por escândalos com a Operação Rodin, da Polícia Federal, que investigou fraude milionária no Detran gaúcho, e a Operação Mercari, divulgada durante o processo eleitoral de 2010, que investigou o desvio de recursos da área de marketing do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, o Banrisul.
[...]
Em 1986, já integrante do PT, foi eleito deputado federal constituinte. O petista foi vice-prefeito de Porto Alegre entre 1989 e 1992 e prefeito em dois mandatos - entre 1993 e 1996 e entre 2001 e 2002 -, quando interrompeu seu último mandato para disputar, pela segunda vez, a cadeira no Palácio Paratini (a primeira vez foi em 1990).

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4866180-EI7896,00-Apos+ser+ministro+de+Lula+Tarso+Genro+toma+posse+no+RS.html

Concurso para 10 mil contratações dos Correios acontece até fevereiro
1 de janeiro de 2011 - 17h38
Brasília - O concurso para contratação de 10 mil servidores para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos deverá ser feito até fevereiro, disse neste sábado o novo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

"Uma coisa simples, mas importante, é o concurso para admissão de servidores. Precisamos de 10 mil novos servidores para todas as aéreas. O concurso foi contestado pelo Ministério Público pela forma como ele foi elaborado e vamos fazer (um novo) a partir de janeiro, fevereiro, no máximo".
[...]
http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-506,cd-299674.htm

Articulistas de ZH não aceitam que eleição acabou
Jan 1st, 2011
by Marco Aurélio Weissheimer.
Por Lupiscinio Pires
Tive um impacto ao ler logo após a morte do ditador Pinochet um artigo escrito pelo renomado cirurgião José Camargo tecendo duras críticas em relação à parte da população chilena por ter ido às ruas comemorar a morte do ditador. Naquela ocasião, visivelmente irritado passou um “pito” nos chilenos que “não entenderam a importancia do Pinochet em ter livrado o Chile de seu uma nova Cuba”. De quebra ainda lançou farpas contra os admiradores de Fidel Castro. O que me deixou estupefato foi que naquele artigo a questão das torturas e violações dos direitos humanos não foi contemplada pelo articulista. Um médico competentíssimo em transplante de pulmões teceu inúmeras considerações sobre o suposto desenvolvimento econômico na era Pinochet. Talvez, por excesso de trabalho, ou por falta de tempo para revisar seu artigo, os milhares de leitores de Zero Hora não conseguiram saber a opinião de José Camargo sobre as bárbaries praticadas no regime ditadorial chileno.

Em 31 de dezembro de 2010, o renomado cirurgião volta à cena. Ao abordar o tema importantíssimo da educação em seu artigo de ZH demonstra visivel irritação com a popularidade de Lula. “Os políticos que, mandato após mandato, ignoram esta deprimente realidade, porque muitos deles precisam dessa legião de descerebrados como massa de manobra para serem reeleitos, serão implacavelmente julgados pela História. Nenhum país fez, ou fará, a escalada rumo ao desenvolvimento verdadeiro, sem educação! E nenhum governante pode se orgulhar indefinidamente de sua popularidade se a galeria dos aplausos estava ocupada, em sua maioria, pelas vítimas desse descaso constrangedor”

Ao discorrer sobre as agruras da escola pública, comete o pecado da generalização. “A escola pública decadente, com professores desvalorizados, recebe para educar os filhos indesejados de casais pobres, que trazem para este arremedo de ensino cérebros subdesenvolvidos pela fome da infância e cuja incapacidade primária se revela na observação dramática de que mais da metade deles chega à quarta série sem saber ler nem escrever.”

Parece que “filhos indesejados” só acontece em familias pobres. Talvez o ilustre cirurgião desconheça a relidade que acontece em muitas escolas privadas de Porto Alegre, onde os professores são ofendidos e humilhados por filhos oriundos da classe média e alta. São fatos descritos em noticias de jornal.Seriam “filhos indesejados”?

A aprovação de mais 80% da população em relação ao presidente Lula causa um desconforto em determinados articulistas e colaboradores de ZH. Paulo Brossard, Flavio Tavares, Sergio da Costa Franco, Percival Pugina… Neste grupo agora junta-se o cirurgião Camargo. Não se convenceram ainda que a eleição terminou. O terceiro turno só acontecerá em 2014.

http://rsurgente.opsblog.org/

Lula, como nunca antes na história
Beto Silva - Do Diário do Grande ABC - 1 de janeiro de 2011 7:32

Caçula de sete filhos, conheceu o pai aos sete anos. Passou fome. Apanhou do pai. Ainda criança, viajou treze dias e treze noites, num caminhão pau-de-arara, do sertão nordestino para São Paulo. Aos 26 anos viu a morte de sua mulher e seu filho no parto. Perdeu o dedo mínimo da mão esquerda aos 35. Foi engraxate, telefonista, office-boy e metalúrgico. Virou sindicalista. Virou político. Foi preso. Moveu multidões. Foi derrotado em três eleições antes de chegar, em 2003, aos 58 anos, à Presidência da República. A trajetória de vida de Luiz Inácio Lula da Silva, hoje com 64 anos, renderia um livro, um filme. E rendeu. Ambas as obras foram produzidas e veiculadas.

Luiz Inácio da Silva incorporou o apelido Lula ao nome em 1982, para concorrer ao governo de São Paulo. O presidente Lula se transformou em mito após oito anos no comando do Palácio do Planalto e ao eleger neste ano a primeira mulher chefe da Nação tupiniquim.

O petista termina sua passagem por Brasília com 87% de aprovação popular. Um recorde na história do País. Suas principais obras foram na área social, em que o programa Bolsa Família, de transferência direta de renda às camadas mais humildes da população, foi o carro-chefe.

Antes de se consagrar como um dos mais importantes políticos que o Brasil já viu, o pernambucano de Caetés (antigo distrito de Garanhuns, a 250 quilômetros da capital Recife), nascido em outubro de 1945, passou por momentos de dificuldade, como muitos brasileiros de ontem, de hoje e de amanhã.

Cresceu numa casa de chão de terra, quarto e sala, sem banheiro. O banho era semanal. Era alimentado com farinha e angu, e comia com as mãos. Ainda pequeno, foi levado por sua mãe, dona Lindu, de Caetés para o litoral paulista, onde morava seu pai, Aristides.

Com dificuldades, sua família passou por São Paulo, São Caetano, até fincar raízes em São Bernardo. Na adolescência atuou em subempregos. Foi, inclusive, telefonista numa tinturaria no bairro paulistano da Vila Carioca, mas, por ironia do destino, não se firmou por ser muito tímido e falar pouco. Hoje, ao contrário daquela época, é um dos grandes oradores mundiais.

Desenvolveu essa habilidade no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entidade que conheceu por intermédio de seu irmão Frei Chico. Após fazer curso de torneiro mecânico no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), se estabeleceu como metalúrgico e começou a participar das reuniões do sindicato. Foi diretor e chegou ao comando da instituição em 1972, com 92% dos votos.

Em 1978, Lula foi reeleito para organizar as famosas greves por melhores condições de trabalho, que lhe deram fama e notoriedade. Uma delas, em março de 1979, reuniu 170 mil metalúrgicos que pararam o Grande ABC. Houve repressão policial ao movimento. A falta de políticos que representassem os trabalhadores no Congresso foi o combustível para a idealização do Partido dos Trabalhadores, que seria fundado em fevereiro de 1980.

A militância de Lula transcendeu os interesses dos metalúrgicos. Ele também lutou pela redemocratização do Brasil (nas Diretas Já) que se concretizou em 1985. No ano seguinte, foi eleito o deputado federal mais votado do País para a Assembleia Constituinte.

Participou das eleições presidenciais de 1989 (a primeira por voto direto após o golpe militar de 1964), 1994 e 1998, mas amargou duras derrotas. No dia 27 de outubro de 2002, com 57 anos, Luiz Inácio Lula da Silva foi finalmente eleito com quase 53 milhões de votos.

Pela primeira vez um representante da classe trabalhadora chegou ao poder. "A esperança venceu o medo", eternizou em seu discurso. Em 29 de outubro de 2006, o petista se reelegeu com mais de 58 milhões de votos.

Petista esteve na região 59 vezes; FHC veio só uma
Economia estável, criação de 15 milhões de empregos formais e quase 30 milhões de brasileiros ingressaram na classe média. São alguns números que mostram que a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva foi boa para o Brasil. E, consequentemente, para o Grande ABC.

Em 2.920 dias de governo, Lula esteve em missão oficial na região, seu reduto político, em 59 oportunidades. Inaugurou obras, lançou programas, fez campanha, visitou fábricas e participou de festividades. Uma clara mostra da diferença das administrações petista e tucana, na qual Fernando Henrique Cardoso foi o mentor, de 1995 a 2002. Nesse período, o sociólogo esteve no Grande ABC apenas uma vez, em 1997, na Ford, para o lançamento do KA.

Economistas e especialistas evitam comparar os dois governos. Foram momentos diferentes. O próprio Lula reconheceu que os oito anos que o antecederam foram mais difíceis. Agora, o petista entrega o cargo para Dilma Rousseff. Com ele, e com 190 milhões de cidadãos, a esperança de que o Brasil amadureça, evolua e se desenvolva ainda mais, como nunca antes na história deste País.(BS)

http://www.dgabc.com.br/News/5848925/lula-como-nunca-antes-na-historia.aspx1 de janeiro de 2011

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