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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estado retoma obras emergenciais em escolas

11/01/2011
O governo do Estado vai liberar R$ 8 milhões para a retomada de obras emergenciais de reformas em cerca de 30 escolas estaduais localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre. O anúncio foi feito ontem durante uma reunião entre o governador Tarso Genro e o secretário estadual da Educação, Jose Clóvis de Azevedo, no Palácio Piratini.

Entre as 30 instituições de ensino em situação precária, sete acabaram por transferir os alunos para salas de aula de lata. Outros R$ 23 milhões serão necessários ao plano de obras em escolas com problemas graves de conservação. "Faremos uma grande ofensiva de reformas para não termos dificuldades no acolhimento de alunos em 2012", destaca o secretário de Educação. 

De acordo com Azevedo, a recuperação física das escolas é um dos eixos de trabalho de sua pasta neste ano. "Dos sete estabelecimentos que hoje funcionam com salas de aula em contêineres, três ficarão com suas obras prontas até o início de março. As reformas das outras quatro escolas serão concluídas ao longo deste semestre", acrescenta. Todos os recursos estão no orçamento, mas os R$ 8 milhões haviam sido contingenciados no final do ano passado.

No encontro entre Tarso e Azevedo, foi discutida também a concessão de subsídio ao transporte de alunos carentes do Ensino Médio de escolas públicas da periferia de Porto Alegre. A ideia é que eles ocupem espaços ociosos nas escolas localizadas no Centro da Capital. Segundo Azevedo, será uma experiência-piloto na cidade.

O excedente de estudantes que não puderam ser absorvidos pelas escolas da área periférica é estimado em cerca de 1,5 mil. De acordo com o secretário, o colégio estadual Júlio de Castilhos, por exemplo, possui quase 50% de ociosidade nas salas de aula.

Ainda segundo avaliação de Azevedo, "praticamente todas as escolas da região central estão atualmente com algum tipo de ociosidade". Ele adianta que deverá ser firmado um convênio com a prefeitura de Porto Alegre e as empresas de transporte coletivo que possibilite o transporte dos estudantes. "Tudo será feito dentro dos limites orçamentários. É um projeto do nosso governo que queremos ver implementado neste ano", acrescenta o secretário.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=51669

Tarso Genro anula indicação de Yeda Crusius para Agergs

Samir Oliveira - 11/01/2011
Na segunda semana de mandato, o governador Tarso Genro (PT) tornou sem efeito a nomeação do ex-diretor do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) Vicente Britto Pereira para o conselho superior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs).

A medida foi oficializada ontem em ato publicado no Diário Oficial do Estado. Vicente Britto havia sido indicado pela ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) e sua escolha foi publicada no Diário Oficial de 30 de dezembro de 2010.

O ex-diretor do Daer tomaria posse hoje no conselho da Agergs. Ele entraria na vaga aberta por Pedro Bisch Neto, que deixou a instituição em maio do ano passado. Vicente Britto pretende recorrer da medida editada pelo governador Tarso Genro.

O Executivo justifica a decisão baseado no argumento de que o mandato de Vicente Britto só começaria após sua posse na Agergs, portanto, ainda caberia a destituição. "O governo do Estado se reserva o direito, assegurado pela Constituição, de indicar o conselheiro da Agergs. O objetivo da atual gestão é o fortalecimento técnico da agência", justificou o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana (PT), em nota oficial divulgada no site do governo do Estado.
[...]
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=51666

Moradores do interior de Bagé disputam uma cacimba de água
09.01.11 - 15:12
Os problemas causados pela estiagem em Bagé, no Sudoeste do Estado, já chegaram ao interior do município. A falta de chuva que originou o racionamento de 12 horas na cidade, também provoca falta de água potável no campo e de pastagens para o gado.

Moradora da localidade de Olhos D'Água, distante 20 quilômetros do Centro de Bagé, a dona de casa Elizabete Silveira dos Santos, 30 anos, tem que ser criativa para não deixar faltar água para o consumo e para as atividades domésticas. A única cacimba que abastece a família está quase seca. Na casa moram quatros pessoas, entre as quais um bebê de apenas 20 dias. Quando a caixa de água seca, ela leva de três a quatro dias para encher.

Os problemas de Elizabete vão bem além. Devido à estiagem, as 11 vacas das raças holandesa e jersey já não têm mais água para beber. O único açude da propriedade está praticamente seco. Se não fosse o pouco de silagem armazenada, o problema iria se agravar muito mais por causa da falta de pastagem para os animais. A produção de cada vaca era de 20 litros por dia. Agora está entre oito a nove litros.

O podutor e presidente da Associação Bageeense de Leite (Abaleite), Vilmar Luiz Machado Porcellis, 58 anos também morador dos Olhos D'Água, sustenta a família de quatro pessoas com o leite. Segundo ele, a produção das 18 vacas de sua propriedade teve uma queda de 50% a 55%. “Mas ainda estou faceiro porque há outros que nem isso têm”, diz resignado. A esposa do produtor, Elaine Sampaio Pocellis, 57 anos, economiza o consumo de água dentro de casa. Por enquanto a família ainda conta com a cacimba cheia. “Isso aqui é a nossa salvação”, diz Porcelli mostrando o reservatório. Já o açude que serve para os animais, está praticamente seco. Um vizinho de Porcellis nem água tem mais na propriedade. Ele tem que contar com o ajuda dos outros moradores da região para enher os baldes para dar de beber aos animais.

O distrito de Palmas que compreende as localidades de Coxilha das Flores, Pedras Grande, Toca, Lixiguana e o Corredor do Apertado, distante cerca de 100 quilômetros da cidade, é uma das regiões mais afetadas pela estiagem. Falta água para o consumo das pessoas, vacas com cria estão morrendo e as plantações de milho, feijão é abóbora não existem mais.

O presidente da Associação de Produtores de Palmas e Joca Tavares, Fanor Souza Alves, avalia a situação como gravíssima. “Três famílias usam a mesma cacimba, isso nunca se via em outros anos”, conta o presidente.

O vereador Edegar Franco de Franco (PT) protocolou na Câmara requerimento ao Executivo, pedindo máquinas e retroescavadeira para fazer a limpeza de reservatório em Palmas. O petista disse que naquela região, animais têm que se retirados do meio da lama, porque os açudes não têm mais água.

http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=256535

59 praias de Santa Catarina estão em condições impróprias para banho, diz fundação
09.01.11 - 22:33
Um relatório divulgado pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) neste domingo (09) mostra que 59 praias do estado continuam impróprias para banho em todo o Estado. Foi o quarto levantamento realizado pelo órgão na alta temporada e o primeiro revelado em 2011.

Em todo o Estado, foram analisados 194 locais e 30,4% foram reprovados. Segundo a análise, a capital Florianópolis conta com um terço de suas praias comprometidas. No total, 21 pontos dos 64 analisados são considerados "impróprios" para os turistas. O índice representa 32,8% do total na capital. Um dos maiores problemas é verificado na Lagoa da Conceição, principal cartão postal de Florianópolis. A proliferação de algas vem mudando o cenário e proporcionando mau cheiro nas margens da lagoa.

O contato da água com o esgoto doméstico é um dos problemas que contribuem para a proliferação das algas. Itapema, uma das cidades mais badaladas do litoral norte de Santa Catarina, apresentou mais uma vez um dos cenários mais críticos.

Seis dos oito pontos onde a FATMA coletou amostras de água foram reprovados. Por outro lado, Imbituba, no litoral, teve todos os pontos considerados próprios para os banhistas. A cidade possui praias frequentadas por milhares de turistas, como Rosa e a região da Lagoa de Ibiraquera.

http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=256580

Hepatites podem ser contraídas pelas unhas
Manicures e pedicures já integram o grupo prioritário para a vacinação
Jessica Gustafson, especial para o JC - 10/01/2011
Manter as unhas sempre bonitas é uma meta de quase todas as mulheres. O que muitas não sabem é que esse ato aparentemente inofensivo de ir à manicure pode vir a trazer sérios problemas. A transmissão do vírus da hepatite C e B pode estar relacionada com a má esterilização dos utensílios que entram em contato com as unhas dos clientes.

A Hepatite C é contraída pelo sangue contaminado e pode se tornar crônica, provocando cirrose e o hepatocarcinoma, proliferação celular anormal maligna do fígado. Já a Hepatite B é mais facilmente transmitida por este meio e também oferece risco de se tornar crônica, se apresentando de forma mais severa em pessoas com baixa imunidade.

“A transmissão ocorre na retirada da cutícula, quando um instrumento não esterilizado causa ferimento – a chamada transmissão vertical. O problema é que muitas vezes não se nota, pois pode não sangrar”, alerta Fabrício de Souza Campos, secretário-executivo da Sociedade Brasileira de Virologia. Segundo ele, a esterilização não se dá só com álcool, precisando o instrumento ficar 15 minutos em temperatura de 121 graus.

Hoje, a fiscalização ainda não é realizada nestes locais e nem padrões são definidos por lei. “O correto seria a inspeção. No momento, não há nenhuma lei que obrigue os estabelecimentos a seguirem estas recomendações”, finaliza Campos.

As manicures e pedicures já integram hoje o grupo prioritário para a vacinação contra a Hepatite B e as doses podem ser encontradas em qualquer posto de saúde durante o ano inteiro. Em 2009, uma pesquisa realizada em São Paulo constatou que 20% das manicures ouvidas no município tinham Hepatite B.

Segundo Eduardo Lutz, médico infectologista, a doença pode ser contraída até mesmo pelo sangue seco. “A Hepatite B sobrevive mais, porém a C é mais perigosa, apresentado apenas 40% de chance de cura”.

Atento a este problema, o Ministério Público do Estado lançou no ano passado a Cartilha Eletrônica de Prevenção das Hepatites Virais, explicando a doença, sua transmissão, prevenção e vacinação. O Ministério da Saúde também lançou uma cartinha instruindo os clientes a levarem seu próprio material aos salões de beleza.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=51549

Tragédias americanas: uma nova guerra da Secessão?



Por Cristina Soreanu Pecequilo (*)
Logo no início de 2011, os Estados Unidos (EUA) vivenciaram mais um episódio de violência em sua história política: o tiroteio na cidade de Tucson, Arizona, ocorrido no estacionamento de um supermercado no qual se realizava um encontro (o “Congresso em sua Esquina”) entre eleitores e a deputada democrata reeleita pelo estado, Gabrielle Giffords. Até o dia 9 de Janeiro, o ataque vitimara seis pessoas (incluindo um juiz federal republicano John Roll), enquanto outras doze, incluindo Giffords, permaneciam internadas.

Em 2010, o comitê de Giffords fora invadido durante a campanha, assim como a deputada recebera fortes críticas do candidato da oposição republicana, apoiado pelo Partido do Chá, Jesse Kelly. Kelly, em algumas declarações reproduzidas depois do atentado pelas agências de notícias (EFE, 09/01/2011), havia afirmado ser necessário “disparar um rifle automático M16 com Jesse Kelly” contra Giffords. Além disso, a deputada fora incluída em uma lista de vinte democratas, divulgada por Sarah Palin, que deveriam ser derrotados no pleito de meio de mandato. Bastante criticada, esta lista trazia representações gráficas destes candidatos como alvos de armas de fogo. No caso de Giffords, sua candidatura estava “na mira” por suas posições favoráveis à reforma de saúde de Obama e moderadas na imigração.

Tema controverso no Arizona, definido como “cenário de guerra” entre “os americanos e os outros” pelo governo republicano de Jan Brewer, a imigração e o tratamento dado a ilegais esteve (e está) no centro de uma disputa jurídica entre o Arizona e o governo federal. No núcleo da disputa, a lei estadual de 2010 que permitiria às autoridades do estado abordar, interrogar e deportar pessoas suspeitas de serem imigrantes ilegais. Estas recomendações eram inspiradas pelo “Ato Patriota”, editado em 2001, depois dos atentados de 11/09, com medidas de exceção para lidar com possíveis terroristas, ultrapassando limites de direitos civis.

Guardadas as proporções, o ataque a Giffords não pode ser resumido a estas divergências sobre imigração ou sistema de saúde, ou encarado de forma isolada. Também é possível que nas semanas subsequentes ao tiroteio desconstrua-se a hipótese inicial de que Giffords fora o alvo, ocorrendo um esvaziamento natural do caso. Mesmo assim, é fundamental que não se subestime ou esqueça o ocorrido. Motivações diversas, que perpassam o tecido social norte-americano, e que representam sentimentos de inadequação social, perda de lugar no mundo, medo da diferença, valorização da força, culto às armas e a paradoxal junção nacionalismo-antigoverno, permeiam mais este episódio. Seja na esfera política, como na social, a válvula de escape norte-americana é representada por eclosões periódicas de violência.

Representadas por eventos diferentes estas manifestações possuem a mesma raiz: a insatisfação dos que perpetram a violência com o que percebem como violações do modo de vida americano e que desejam a volta a um passado idealizado republicano no qual cada um era responsável por sua vida, segurança, educação e religião. A intervenção do Estado na vida do cidadão, as teorias conspiratórias que opõem o homem simples a um Executivo poderoso e onipresente, alimentam a polarização que conforma a agenda dos radicais do chá, atravessando grupos de interesse, movimentos religiosos e o cotidiano. Parafraseando a Declaração de Independência, nos EUA de hoje, alguns setores tentam difundir a ideia que a maioria dos norte-americanos está sendo pressionada a desistir de sua “busca pela felicidade e prosperidade” por culpa do Estado e, no extremo, por culpa de seu vizinho, principalmente se ele for representante de qualquer minoria, social, racial, étnica ou religiosa. Frente a esta ameaça permanente, aos inimigos deve-se oferecer a resistência.

Dentre os mais significativos eventos que se inserem neste quadro de “resistência” podem ser lembrados: Waco 1993, quando a confrontação entre autoridades federais (FBI, Guarda Nacional e ATF- Álcool, Tabaco e Armas de Fogo) e a seita religiosa liderada por David Koresh, resultou em um massacre de civis que resistiam ao cerco federal; Oklahoma City, 1995, atentado contra prédio federal realizado, oficialmente, por Timothy McVeigh, ligados a grupos fundamentalistas brancos; Columbine, 1999, quando os estudantes Eric Harris e Dylan Klebold dispararam contra seus colegas e professores.

Desempregados invadiram empresas nas quais trabalharam atirando contra pessoas com as quais conviveram, colégios sofreram ameaças similares a Columbine, seitas religiosas e grupos fundamentalistas fecharam-se em comunidades armadas, em exemplos que se não ganharam a mídia como seus antecessores, repetem-se. Opositores de políticas sociais, do aborto à educação sexual, à ação afirmativa, confrontam-se não só nas cortes de justiça, mas frontalmente em piquetes, ameaças de morte e ataques reais. Na arena política, poucos são os que desconhecem o assassinato dos Presidentes John Kennedy Jr em 1963, Abraham Lincoln 1865, William McKinley, 1901 (o atentado a Ronald Reagan em 1981), e de políticos como Robert Kennedy em 1968. Pela internet e pela mídia tradicional, o radicalismo, de ambos os lados, prevalece, sem deixar de mencionar a relativa apologia de filmes e livros com estes episódios de violência e a dramatização acrítica (e até romântica-idealizada) de indivíduos como serial killers e líderes de seitas e movimentos sectários, dentre outros.

No caso de Lincoln, pelo menos, o contexto era o da Guerra de Secessão (1861/1865), da confrontação entre o capitalismo industrial do Norte e a economia escravagista e agrária do Sul, representativa de uma guerra fratricida que levou à união nacional via modernização. Estamos diante de nova Guerra de Secessão que poderá ter o resultado oposto, o da regressão? De certa forma sim, uma vez que a reorganização social-econômica leva ao incremento da violência. Violência esta que, na realidade, sempre esteve presente no tecido social, mas que era tornada a exceção e não a regra, via sistema político e legitimação de políticas de inclusão e respeito à convivência mútua realizadas pelo Estado com o consentimento da população ou, quando necessário, pela imposição da legalidade (bastando lembrar nos anos 1960 quando o governo federal teve que intervir diretamente em estados do sul do país que se recusavam a respeitar as políticas de igualdade racial).

As reações ao atentado de Tucson, e a muitos dos episódios aqui rapidamente lembrados, revelam estes sintomas de divisão e o esgotamento do consenso anterior: enquanto observaram-se fortes condenações ao tiroteio, principalmente dos democratas e da Casa Branca, os críticos como Palin manifestaram suas condolências timidamente, e reações de apoio ao atirador puderam ser encontradas com preocupante frequência. Estas movimentações fazem parte do declínio e mudança com os quais o país não consegue lidar, e que leva à externalização de seus problemas por meio de ações econômicas e políticas unilaterais, independente do governo, e às guerras (Iraque, 1991, 2003, Afeganistão, 2001). Com ou sem 11/09, às vésperas de completar sua primeira década, os ciclos de confrontação norte-americanos revelam muito mais inimigos internos do que externos à democracia nacional. Neste contexto, Giffords é mais um símbolo das tensões pelas quais passam os EUA, e que não se consistiu na primeira, e nem será a última, destas, cada vez mais recorrentes e diversas, tragédias norte-americanas.

(*) Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
 http://rsurgente.opsblog.org/

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