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Parabéns Educadores e Demais Cidadãos Gaúchos!!! Yeda (Nota Zero, Déficit Zero e Aumento Salarial Zero) Já Foi Demitida, MAS, deixou seus representantes no Governo e na Assembleia Legislativa!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Dorotéia e o Déficit Zero

Por Siden*
Nesse domingo quente de janeiro, em que ao despertar o dia,  já se pode avaliar o calor que teremos de suportar no decorrer do mesmo, aproveito a frescura do amanhecer para meditar sobre algumas ponderações de Dorotéia,  feitas ontem à noite, na conversa que tivemos por telefone. Repasso a vocês,  algumas partes de nosso diálogo:

 _ Como vai companheira de tantas lutas, estás passeando nessas férias? indaguei.

_ Que passeando nada! Onde posso ir com o que ganho? Aproveito as férias para dispensar a faxineira, assim sobra um “troco” a mais...

E de imediato,  dispara a sua pergunta inicial:

_ O que você achou da revelação do governo atual sobre o Déficit Zero do Governo YEDA?

_ Bem, todos aqueles que não são ingênuos sabiam que o Déficit Zero do Governo YEDA era uma farsa. Eu mesmo, escrevi artigos denunciando o pseudo Déficit Zero.

_ É verdade, afirma a educadora. Lembro de um artigo que você compara o Déficit Zero de YEDA ao Pastel de Vento.

_ Por isso, as revelações  do Governo Tarso sobre o Déficit Zero, não me surpreendem. Acredito que não surpreende o executivo também, complemento...

_ E a mídia que “babava” sobre o Déficit Zero de YEDA, que dizia que a mesma era uma ótima gestora?  indaga  Dorotéia.

_ Penso que terão que rever seus conceitos. Devem ter feito avaliações incorretas. É claro que não foram tendenciosos, pois nossa mídia é imparcial...

Nesse momento escuto risos do outro lado da linha. Não entendi o porquê....

E continuo...

_ O Déficit Zero serviu de desculpa, também, para arrochar salários...

_ Parece que a desculpa, agora, vai ser outra, dispara Dorotéia...

_ Mas, mudando de assunto, complementa a educadora, o que você achou do salário dos deputados?

_ Não estou disposto a estragar meu final de semana. Prefiro não comentar, afirmo..

_ Acho que você tem razão, concorda a educadora..

_ Só uma questão final, coloca a professora. Por que o palhaço é o Tiririca?

_ Boa pergunta, respondo.

Acabam os créditos do celular da educadora e o diálogo termina.

Boa semana a todos(as)!

*Siden Francesch do Amaral é Professor e Diretor no 14º Núcleo.

Inter B vence o Santa Cruz no Beira-Rio 1 a 0
22.01.11 - 18:57
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=258688

Debate sobre educação no Conselhão sem a presença do Cpers/Sindicato

Convidada para integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) do estado, a presidente do Cpers Sindicato, professora Rejane de Oliveira, disse não. Pesou na decisão o fato de o Conselho ser vinculado ao gabinete do governador. “Como é que vamos participar de um espaço vinculado diretamente ao gabinete do nosso patrão?”, questiona Rejane, ressaltando que considera a criação do Conselho “legítima”. O secretário-executivo do CDES, Marcelo Danéris, afirma que a presença do Cpers era importante, mas garante que a ausência não prejudicará o debate sobre educação no Conselho.

Rejane de Oliveira afirma que o Cpers nunca em sua história participou de órgãos do governo. Ela entende que o espaço para o diálogo entre governo e Cpers deve ser a “mesa de negociação”. Para Rejane, o Conselhão é um órgão de governo, não de estado, uma vez que as pessoas são escolhidas pelo próprio governador. “Ele não é um órgão de estado, porque as pessoas estão sendo convidadas por critérios do governo. Ele convida as pessoas a partir de uma estratégia de governo. Não é um espaço de participação popular e de controle social”, afirma.

Também pesou para a decisão o fato de o Conselho ser formado, não por entidades da sociedade civil organizada, mas por pessoas. Um temor do Cpers também é de que os participantes do Conselhão sejam considerados corresponsáveis por ações do governo. “Quando vamos para uma mesa de negociação, o governo tem que assumir as suas políticas. Este Conselhão pode ser um mecanismo onde o governo faz as suas políticas, mas responsabilizando o Conselho, não assumindo para si as políticas que quer implementar”, diz.

Apesar disto, Rejane de Oliveira considera legítima a criação do Conselhão. “É legítimo. O governador foi eleito pela população do RS e tem o direito de construir seus espaços de debate. Nós, enquanto representantes dos trabalhadores, não podemos estar ligados ao gabinete do governador”.

“Conselho fará um bom debate sobre educação”

A educação é um dos temas centrais para o desenvolvimento do estado. No Conselhão haverá, inclusive, uma câmara temática chamada “Pacto pela Educação”.

Marcelo Danéris afirma que há 11 professores entre os 80 conselheiros já nomeados e que o debate sobre a educação não fica prejudicado sem um representante dos professores do estado. “Para nós a importância da participação do Cpers e de outros educadores é trazer a sua experiência, o seu acúmulo para o debate que vai pensar o RS do futuro. Temos no Conselho professores diversos, ligados a universidades, um educador como Daniel Sebastiani, que é da Fundação Liberato Salzano, é professor do ensino médio e técnico; a Neusa Canabarro, outra educadora”.

Danéris explica ainda que câmaras temáticas como a que discutirá a educação têm liberdade para convidar pessoas para os debates. “Nossa ideia é trazer especialistas, educadores, além de todas as universidades e as secretarias de Educação e de Ciência e Tecnologia”.

O secretário do Conselhão afirma que, mesmo que o salário dos professores seja uma questão importante, o debate não será centrado neste tema. “O Conselho vai discutir as diretrizes de um pacto que possa qualificar a educação. Pode ser que entre as diretrizes diga-se que os professores precisam de condições de trabalho e  salário digno, mas (o Conselho) não vai determinar o salário. Não é ali, pelo Conselho, que vamos definir a data base dos professores. Não vamos fazer negociação entre governo e Cpers”.

Para Marcelo Danéris, o Conselhão não é exatamente um órgão de governo. Ele explica que o CDES só está atrelado ao gabinete do governador para demonstrar que Tarso Genro vai valorizar os debates realizados no órgão. “É um espaço público não-estatal. É ligado ao gabinete do governador, porque é uma decisão política de mostrar que o governador valoriza o papel do Conselho, quer ouvir a sociedade civil.

Mas o órgão é totalmente autônomo em seus debates. Ninguém vai ser obrigado a referendar posições de governo”, garante.

Além disso, a autonomia do Conselho também é garantida, segundo Danéris, pela lei que o criou. De acordo com a legislação aprovada pela Assembleia Legislativa, o conselheiro ganha um mandato de dois anos, sobre o qual o governador não tem ingerência. “Depois de convidados, os conselheiros ganham um mandato e só vão sair se abandonarem o Conselho ou faltarem três reuniões consecutivas. Não há nenhuma chance de o governador trocar nomes porque não gosta dos comentários ou coisa do tipo”.

fonte:Sul21
Por Siden

O preço de não escutar a natureza
Leonardo Boff * - 15 de Janeiro de 2011, 16:32
O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre  imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam  frequentemente deslizamentos fatais.
Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que destribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostrou leniente e não fez obras de prevenção, por não serem visíveis e não angariarem votos. Nisso tudo há muita verdade. Mas nisso não reside a causa principal desta tragédia avassaladora.

A causa principal deriva do modo como costumamos tratar  a natureza. Ela é generosa para conosco pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nós, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservação nem lhe damos alguma retribuição. Ao contrario, tratamo-la com violência, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefício. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.

Pior ainda: nós não conhecemos sua natureza e sua história. Somos analfabetos e ignorantes da história que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos. Não nos preocupamos em conhecer a flora e a fauna, as montanhas, os rios, as paisagens, as pessoas significativas que ai viveram, artistas, poetas, governantes, sábios e construtores.
Somos, em grande parte, ainda devedores do espírito científico moderno que identifica a realidade com seus aspectos  meramente materiais e mecanicistas sem incluir nela, a vida, a consciência e a comunhão íntima com as coisas que os poetas, músicos e artistas nos evocam em suas magníficas obras. O universo e a natureza possuem história. Ela está sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevação das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios.

Nossa tarefa é saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originários sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou não trombas d’água.  Chico Mendes com quem participei de longas penetrações na floresta amazônica do Acre sabia interpretar cada ruído da selva, ler sinais da passagem de onças nas folhas do chão e, com o ouvido colado ao chão, sabia a direção em que ia a manada de perigosos porcos selvagens. Nós desaprendemos tudo isso. Com o recurso das ciências lemos a história inscrita nas camadas de cada ser. Mas esse conhecimento não entrou nos currículos escolares nem  se transformou em cultura geral. Antes, virou técnica para dominar a natureza e acumular.

No caso das cidades serranas: é natural que haja chuvas torrenciais no verão.

Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas.  Sabemos que já se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais freqüentes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas não escutamos a mensagem que eles nos enviam que é: não construir casas nas encostas; não morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar. O rio possui dois leitos: um normal, menor, pelo qual fluem as águas correntes e outro maior que dá vazão às grandes águas das chuvas torrenciais. Nesta parte não se pode construir e  morar.

Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimação da mata atlântica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora é escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser  de cada encosta, de cada vale e de cada rio.

Só controlamos a natureza na medida em que lhe obedecemos e soubermos escutar suas mensagens e ler seus sinais. Caso contrário  teremos que contar com tragédias fatais evitáveis.
--
"O cuidado salvará a Vida,
fará Justiça ao empobrecido
e resgatará a Terra como
Pátria e Mátria de todos."
* Leonardo Boff - Filósofo/Teólogo

Um comentário:

Carlos disse...

Conselhão do Tarso.-.
A decisão do CPERS em não participar do Conselhão está correta. Parabéns pela capacidade de discernimento do Sindicato!Como disse a presidente Rejane, o local de diálogo do governo com o CPERS é a mesa de negociação. O contrário poderia parecer participar de conchavos...

Dorotéia e ...
Yeda arrochou salários para obter o Deficit Zero. Agora, se tem certeza que não conseguiu. Na verdade o Deficit Zero de Yeda foi um grande engodo.
Logo, o Deficit existente e constatado pelo governo atual não poderá servir de desculpa para o governo Tarso continuar a arrochar salários e não assumir os compromissos de campanha, pois nesse caso a prática seria a mesma...