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sábado, 13 de outubro de 2012

CPERS À FRENTE

13.10.12
O CPERS/SINDICATO está entre as quatro primeiras entidades sindicais do Brasil a se habilitar como amicus curiae na defesa da Lei do Piso Nacional,  junto ao STF,  na ADI 4848,  ajuizada pelos governadores  do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí e Roraima PARA ACABAR COM A LEI DO PISO.

Até o momento quatro entidades já se habilitaram. São elas:

CONFETAM; FETAMCE, CPERS/SINDICATO  e CNTE.

Defender a Lei do Piso é defender a Constituição Federal, é defender a educação de qualidade, que só é possível com a valorização dos profissionais da educação, com justo piso e carreira digna.

QUE OUTROS SINDICATOS E FEDERAÇÕES PETICIONEM COMO AMICUS CURIAE E QUE NO DIA DO JULGAMENTO TODOS ESTEJAM LÁ, NO STF, PARA IMPOR MAIS UMA DERROTA AOS GOVERNADORES INIMIGOS DA EDUCAÇÃO.
 

Fonte de Apoio:
Blog Valdecy Alves com modificações e adaptações.
Por Siden Francesch do Amaral, Diretor Geral do 14º Núcleo CPERS/Sindicato


 

NOVAMENTE O POEMA 
Passou um ano de sua publicação. O que mudou?
Vamos recordá-lo...
 

A Lista do Piso 
Por Siden
Faça uma lista dos defensores do Piso,

Que você parava para escutar,

E agora, no momento do cumprimento, repetem,

A velha desculpa, não tem dinheiro, querem postergar...
Leia na íntegra em


 

Quem ensinará nossos netos? 
Por Rosane Oliveira, Página 10, ZH - 13.10.12
Entre o Dia da Criança e o Dia do Professor há um espaço para refletir sobre uma das perguntas da campanha A Educação Precisa de Respostas: por que tão poucos estudantes querem seguir a carreira de professor? A resposta mais ouvida é que a carreira deixou de ser atraente, o salário é baixo, o desgaste é enorme, as crianças perderam o respeito que tinham pelos professores. Como uma pergunta puxa outras, pensemos: quem ensinará nossos netos se o professor se tornar uma espécie em extinção como a ararinha-azul e o mico-leão dourado?

É chocante constatar que nas salas de aula do Ensino Médio é cada vez mais raro encontrar um aluno que queira ser professor. Faculdades estão fechando cursos de formação de professores por falta de interessados. Professores com anos de experiência trocam de emprego porque recebem mais em outra atividade.

O fato de milhares de professores terem feito o último concurso do magistério pode passar a falsa impressão de que sempre haverá alguém querendo dar aula pelo salário (baixo) que Estados e municípios pagam. O que mais preocupa não é o curto prazo, mas o futuro. Como atrair os melhores alunos para a carreira de professor se até com um curso técnico é possível ganhar mais?

Dados verdadeiros jogados no liquidificador de estatísticas têm levado a conclusões precipitadas, como as que dizem que salário não é importante para a qualidade da educação. Sem um salário adequado, quem vai querer ser professor, podendo ser médico, dentista, engenheiro ou advogado? Não adianta dizer que na comparação com o PIB per capita do Brasil e de outros países o salário de professor por aqui não é baixo. Também não adianta defender os baixos salários com o argumento de que a prefeitura de Porto Alegre paga mais do que o Estado e os alunos da rede municipal têm pior desempenho no Ideb. O problema é de perspectiva. Quando descobrem o abismo entre a remuneração do magistério e a das carreiras jurídicas, por exemplo, os adolescentes não sentem atração que tinham pelo magistério nos primeiros anos de sua vida escolar, época em que a maioria dizia com brilho nos olhos que queria ser professor.
 

Postado por rosane_oliveira, às 17:00
http://wp.clicrbs.com.br/rosanedeoliveira/2012/10/13/quem-ensinara-nossos-netos/?topo=13,1,1,,,13


Por que apenas 2% dos estudantes querem seguir a carreira de professor?
Marcelo Gonzatto, ZH - 13/10/2012 | 16h04
O desafio da educação brasileira não se resume a estimular crianças e adolescentes a aprender. Exige, também, encontrar quem se disponha a ensiná-los. Nas últimas décadas, a perda de interesse dos jovens pela carreira de professor dificulta a seleção de educadores em quantidade e qualidade suficientes para garantir o salto de desempenho que se espera nas escolas. Ao cativar o interesse de apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio, conforme demonstrado pela pesquisa A Atratividade da Carreira Docente no Brasil, o magistério brasileiro segue caminho inverso ao de países desenvolvidos.

Em lugares como Japão, Finlândia ou Coreia do Sul, todos com ensino de excelência, a atividade conta com bons salários, reconhecimento social e por isso é capaz de peneirar candidatos entre os melhores alunos. No país, os baixos rendimentos, a perda de status e o desgaste do trabalho contribuem para o envelhecimento da categoria e despertam temor em relação ao futuro da profissão.

Em apenas quatro anos, entre 2007 e 2011, as sinopses estatísticas da Educação Básica revelam que o percentual de docentes com menos de 24 anos caiu de 6% para 5,1% no Brasil, enquanto a proporção de mestres com mais de 50 subiu de 11,8% para 13,8%. No Rio Grande do Sul, o fenômeno se repete: os educadores mais jovens minguaram de 5% para 4,7%, e os mais velhos avançaram de 16,3% para 18,1%. Para a coordenadora do Mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas, Regina Pacheco, as razões vão além dos baixos salários:

— Precisamos repensar o trabalho do professor e a carreira no setor público, que segue um modelo de cem anos atrás. Hoje, a concepção de vida é outra, os mais jovens querem ir atrás de oportunidades, enquanto o sistema prevê que fiquem 30 anos fazendo a mesma coisa.

Conforme a pesquisadora, além de dificultar a renovação da categoria, as más condições de trabalho estimulam distorções como excessos de faltas e licenças. Confira, a seguir, um resumo das condições que afugentam novos professores.

Fonte: Realizado pela Fundação Carlos Chagas sob encomenda da Fundação Victor Civita, o estudo A Atratividade da Carreira Docente no Brasil foi concluído em dezembro de 2009 e revelou que, dos 1.501 alunos do Ensino Médio entrevistados em todas as regiões brasileiras, apenas 2% manifestavam o interesse de cursar Pedagogia ou alguma licenciatura — caminhos para a carreira de professor. Destes, praticamente oito em cada 10 são mulheres.

OFERTA DE BAIXOS SALÁRIOS
A baixa remuneração dos professores brasileiros é um dos temas mais recorrentes para explicar a pouca atratividade da carreira no país — e os números confirmam essa avaliação. Uma série de comparações revela que o salário dos educadores do Brasil está entre os mais baixos do mundo.

Conforme uma das análises mais recentes, realizada este mês pela Metas — Avaliação e Proposição de Políticas Sociais a pedido do UOL Educação, um educador da rede pública recebe o equivalente a US$ 15,4 mil anuais nas séries finais do Ensino Fundamental. Comparando-se este valor com os de 37 países que constam em um levantamento divulgado este ano pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil fica acima somente da Indonésia (onde se paga US$ 2,3 mil) e da Argentina.

— Quando os estudantes anteveem o que os espera, especialmente aqueles em carreiras cujo campo de conhecimento abre portas para outras atividades mais rentáveis, como biologia, química ou física, decidem que não serão professores — afirma a professora da pós-graduação em Educação da Unisinos Maria Isabel da Cunha, especializada na área de pedagogia universitária.

Compare o salário médio de um professor de séries finais do Ensino Fundamental, com 15 anos de experiência, em alguns países:

Luxemburgo US$ 101,7 mil

Alemanha US$ 61,7 mil

Canadá US$ 54,9 mil

Espanha US$ 47,8 mil

Austrália US$ 47,4 mil

Média dos países da OCDE US$ 39,4 mil

Portugal US$ 37,5 mil

Itália US$ 35,5 mil

Chile US$ 23,4 mil

Brasil US$ 15,4 mil

Argentina US$ 14,8 mil

Indonésia US$ 2,3 mil

Fonte: OCDE


Para melhorar a qualidade da educação, é preciso investir mais na formação dos professores, mas também na capacidade dos candidatos. Para atrair os melhores estudantes, é preciso oferecer melhor remuneração — a fim de disputar seu interesse com outras carreiras.

MÁS CONDIÇÕES DE TRABALHO
Não é só a remuneração insuficiente que espanta os jovens brasileiros da cadeira de professor da Educação Básica. A infraestrutura deficiente das escolas e o ambiente muitas vezes conturbado atemoriza os possíveis candidatos a mestre.

— Há até uma questão de falta de segurança. Escolas públicas sempre enfrentaram situação de pobreza, mas não havia insegurança como agora, ou a crise da autoridade do professor. É preciso ter muita preparação e compromisso para enfrentar essas situações — avalia a professora e pesquisadora Maria Isabel da Cunha.

A dificuldade para disciplinar os alunos é agravada pela impressão de que falta apoio adequado. Pesquisadora-colaboradora da Fundação Carlos Chagas e coordenadora da pesquisa A Atratividade da Carreira Docente no Brasil, Bernardete Gatti revela que a visão dos estudantes no Ensino Médio é de que os professores ficam "abandonados" nas escolas.

— Os jovens percebem que os professores não têm apoio pedagógico ou materiais didáticos adequados. A expressão que usam é que o professor fica "largado" na escola — comenta Bernardete.

O Brasil tem uma das maiores taxas internacionais de indisciplina. Confira o percentual de casos em que alunos desrespeitam professores "em alguma medida" ou "muito", conforme questionário aplicado pelo Pisa às direções escolares:

Turquia 70,8%

Cazaquistão 45,7%

Croácia 43,6%

Brasil 36,5%

Rússia 31,6%

Finlândia 32,8%

Portugal 24,3%

Japão 23,7%

Austrália 23,2%

Estados Unidos 21,2%

Canadá 18,1%

Alemanha 18,1%

Fonte: OCDE
É necessário melhorar o ambiente de trabalho dos educadores nas escolas públicas — oferecendo instalações adequadas, material didático farto, orientação pedagógica e acompanhamento mais próximo a fim de oferecer apoio extra quando necessário.

BAIXO PRESTÍGIO SOCIAL DA PROFISSÃO
Os países com melhor desempenho nas avaliações internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), implementado pela OCDE, dividem uma característica em comum: professores selecionados entre a fatia de melhores alunos no equivalente à Educação Básica. Nem sempre estão entre os profissionais mais bem pagos do mercado dos seus países, mas invariavelmente estão entre os trabalhadores com maior reconhecimento social devido ao bom nível cultural e excelente formação.

Em países como Finlândia, Coreia do Sul e Japão, que figuram na parte de cima do ranking educacional, os professores são respeitados e admirados como profissionais de alto nível pelos compatriotas. No Brasil, o prestígio da profissão caiu nas últimas décadas e hoje se encontra restrito aos mestres do Ensino Superior. Isso faz com que mesmo quem cursa uma licenciatura muitas vezes evite seguir a carreira à qual estaria habilitado. Na USP, por exemplo, cerca de metade de estudantes de algumas licenciaturas rejeita trabalhar como educador.

De acordo com uma pesquisa realizada na USP, a proporção de alunos de licenciatura que não desejava ou tinha dúvidas sobre seguir a carreira de professor, mesmo se habilitando para ela:
 

52% dos alunos de Física

48% na Matemática

30% na Pedagogia

A Pesquisa Educar para Crescer demonstra que o baixo reconhecimento social dos educadores tem vinculação com a pouca prioridade atribuída pela população à educação:

...89% da população brasileira não vê a Educação como o principal problema do país

...a educação aparece em 5º lugar na lista de problemas do país

O Brasil precisa estender o mesmo prestígio dedicado aos professores universitários aos educadores do nível básico, a exemplo do que ocorre em países com os melhores índices educacionais do mundo. Para isso, é preciso investir não só em salário, mas em formação para transformá-los em profissionais com status de especialista.

DESGASTE COM ACÚMULO DE OBRIGAÇÕES
Os possíveis candidatos a professor se desestimulam ao comparar a grande variedade de tarefas que deveriam cumprir na escola com as condições que enfrentariam para realizar esse trabalho. Conforme a professora da Unisinos Maria Isabel da Cunha, a democratização do acesso à escola trouxe uma espécie de acúmulo de trabalho aos educadores.

— Os professores foram assoberbados de funções que antes não eram deles. Hoje, se destaca a importância da sociabilização que se faz na escola, da orientação sobre hábitos de higiene, do respeito mútuo, questões que antes eram tratadas apenas pela família — avalia a especialista.

Como os pais trabalham cada vez mais, boa parte da antiga educação doméstica foi transferida para os colégios — que ainda precisam se ocupar do ensino das matérias, manutenção da disciplina, planejamento de aulas, correção de avaliações e exercícios etc. Isso exige dos professores um preparo e uma disponibilidade que muitas vezes as condições de trabalho e o contracheque não compensam. Além disso, muitas vezes precisariam trabalhar em mais de uma escola para melhorar a renda. Como resultado, um número ainda maior de possíveis mestres resolve seguir outra profissão.

Pesquisa realizada em parceria pela UFRGS e pelo Cpers identificou que boa parte dos professores estaduais do Rio Grande do Sul sente-se exausta ou enfrenta dificuldades no trabalho:
 

47,3% cansam-se com facilidade

36,6% sentem-se cansados o tempo todo

26,7% têm dificuldade no serviço (o trabalho é penoso ou causa sofrimento)

Nos últimos anos, o trabalho de professor vem se tornando mais abrangente. Além de ensinar números e letras, muitas vezes os educadores assumem tarefas que antigamente cabiam às famílias. Para isso, precisam de orientação adequada dos sistemas de ensino, bom ambiente de trabalho e remuneração compatível.
[...]

COMPARE
Algumas características da carreira de professor da rede pública no Brasil e Japão:

BRASIL
Salário inicial
US$ 9,4 mil (piso nacional)

Salário após 15 anos
US$ 15,4 mil (média)

Horas letivas anuais
800

Ingresso
Desde 1996, a LDB prega a formação em curso superior de licenciatura para os professores — embora, ainda hoje, seja tolerado o magistério em nível Médio para quem trabalha com Educação Infantil e nas séries iniciais do Fundamental. Mesmo assim, cerca de 10% do magistério gaúcho, por exemplo, não apresenta o nível desejado nas áreas urbanas, conforme estudo da ONG Todos Pela Educação. Na rede pública, as vagas são preenchidas mediante nomeação por concurso ou contratação temporária.

Benefícios
Os professores contam com acréscimos no salário por tempo de serviço e gratificações, como quando a escola fica em local de difícil acesso, por exemplo. Em Estados como o Rio Grande do Sul, essa é uma maneira de compensar vencimentos básicos muito baixos — mas as gratificações não incidem sobre os cálculos de reajuste. O cronograma de trabalho inclui férias mais amplas do que outras categorias, podendo variar de 45 a 60 dias ao ano, além de licenças-prêmio por assiduidade.

Frequência
30% dos professores faltam "algumas vezes" ou "muito"

Resultados do país no PISA (entre 65 países ou regiões)
53º em leitura, 57º em matemática e 53º em ciências

JAPÃO
Salário inicial
US$ 24,4 mil

Salário após 15 anos
US$ 44,7 mil

Horas letivas anuais
602 horas ensinando, total de 1.876 horas de trabalho dentro e fora da sala de aula

Ingresso
O ingresso na carreira é bastante competitivo, com seleção entre os melhores alunos das universidades. O primeiro ano inclui ainda 90 dias de treinamento intensivo dentro e fora da escola. Todos os novos professores são associados a um professor experiente que vai atuar como tutor. Somente ao final deste primeiro ano probatório, caso seja bem avaliado, o educador poderá ser contratado em definitivo.

Benefícios
Os professores contam com um sistema progressivo de aumentos salariais ao longo da carreira. Além do salário-base, também contam com gratificações adicionais que podem somar até um quarto do rendimento. Também podem receber bônus anuais que somam até o equivalente a alguns meses de trabalho.

Frequência
2,8% dos professores faltam "algumas vezes" ou "muito"

Resultados do país no PISA (entre 65 países ou regiões)
8º em leitura, 9º em matemática e 5º em ciências

Fonte: OCDE/PISA 2009
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2012/10/por-que-apenas-2-dos-estudantes-querem-seguir-a-carreira-de-professor-3916142.html

Um comentário:

Decimar Biagini disse...

O CPERS já ingressou como amicus curiae no paradigma do VALE-REFEIÇÃO junto ao STF?
Seria interessante demonstrar que a própria Câmara que foi objeto de recurso no tema vale-refeição reviu mais tarde seu posicionamento e acolheu a súmula 33 do TJ/RS com procedência do Vale-refeição.
Tenho observado que não há movimentação nem informação aos Ministros sobre tal mudança de posicionamento na origem.