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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Educadores também precisam de respostas

Cleusa Werner* - 23.10.12


Na data que a sociedade convencionou lembrar-se da importância do papel dos professores, em plena campanha midiática tentando achar respostas para questões educacionais, que para quem trabalha no chão da escola, são óbvias, queremos fazer nossa homenagem aos colegas trabalhadores em educação, fazendo coro aos questionamentos feitos de forma tão incisiva nos últimos tempos e, talvez, contribuir para achar as respostas que se busca, dizendo que educadores também precisam de respostas: 1) Por que, apesar de previsto constitucionalmente, os governos não aplicam os 35% do orçamento em educação?
2) Por que os governos tem a educação como prioridade nos discursos de campanhas eleitorais e quando se elegem, dizem não ter recursos para contratar mais professores para as diferentes áreas de conhecimento, funcionários de escola, dinheiro para recuperar fisicamente as escolas, equipar com recursos didáticos pedagógicos e oferecer formação continuada em serviço? 

3) Por que ao invés de se incentivar a profissionalização docente através de uma remuneração digna, pagando o que já está previsto em lei, o piso nacional salarial, como básico das carreiras, ao contrário, os “interessados em melhorar a educação” buscam fórmulas como a ADIN 4848, visando protelar e o pagamento do piso e mudar seu indexador, rebaixando seu valor? 

4) Por que não se discute com os verdadeiros interessados por “achar respostas” para os problemas levantados na educação, ao contrário de autoritariamente, impor, por decretos e leis promulgadas na calada da noite, em regime de urgência, de forma espúria, mudanças como a previdência dos educadores e seus critérios de avaliação? 

5) Você acha, sinceramente, que os governos estão preocupados com a educação? 

6) A quem interessa uma população dinâmica e questionadora?
 
7) Você acredita na educação do modelo?
 
PARABÉNS AOS EDUCADORES QUE JÁ SABEM TODAS AS RESPOSTAS A ESTES QUESTIONAMENTOS E FAZEM DE SUA PRÁTICA A BUSCA COTIDIANA DE SUPERAÇÃO DAS ADVERSIDADES!
*Cleusa Werner é Professora e Diretora Geral do 20º Núcleo/CPERS-Sindicato.
 
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo. 
 
 

Nota do TioNoé: Marquei cinco consultas médicas para exames e laudos de admissão que a Seduc exige. Já fiz duas consultas e as secretárias querem minha senha do IPE. Digo a elas, educadamente, que quero digitar, mas insistem com desculpas esfarrapadas. Argumento que a senha é minha, pessoal e secreta. Elas fazem cara feia e alcançam-me o teclado.
Há quase dez anos elas fazem o mesmo e mantenho-me firme. 
Já vi numa clínica de cardiologia várias pessoas dando a senha para a secretária. Eu resisti, mesmo ela dizendo que eu não seria atendido sem revelar minha senha, pois seu aparelho não alcançava no balcão. Disse-lhe que não era problema meu e afirmei que só iria digitar ou iria primeiro ligar para o escritório do IPE de São Leopoldo a fim de saber a opinião. Por fim elas esticam o fio e EU digito. Já consultei em Porto Alegre e tentaram o mesmo. Comigo não tem. Só se elas me revelarem suas senhas bancárias!

Leia no Blog Opinião Dorotéia:
SERVIDOR NÃO PODE TER DESCONTO;
Governo acelera processo de ingresso de novos professores;
Mostratec reúne jovens cientistas pré-universitários:

 

Prazo para inscrições em escolas públicas do RS vai até o dia 31
Alunos já matriculados deverão fazer a rematrícula em suas escolas.
24/10/2012 06h40
Termina no dia 31 de outubro, próxima quarta-feira, o prazo das inscrições para ingresso em escolas da rede pública do Rio Grande do Sul para o ano que vem. O período de matrículas, de acordo com a seleção de inscritos, será de 3 a 11 de janeiro de 2013. Os candidatos devem se inscrever preenchendo um formulário pela internet. As instruções estão publicadas no site da Secretaria da Educação.

Rematrículas
Os estudantes já matriculados nas escolas deverão fazer a rematrícula também até o dia 31 de outubro, diretamente nas escolas onde estudam.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/10/prazo-para-inscricoes-em-escolas-publicas-do-rs-vai-ate-o-dia-31.html

39º Núcleo realiza manifestação contra o descaso com a educação pública e o não pagamento do piso
23/10/2012 11:48
Com sede em Porto Alegre, o 39º Núcleo do CPERS/Sindicato realiza manifestação nesta quarta-feira 24, na Esquina Democrática, das 10h às 16h.

A Manifestação denuncia, no mês do Professor e do Funcionário Público, entre outros pontos, o descaso com a educação pública, o não pagamento do piso salarial.
 

Com informações do 39º Núcleo do CPERS/Sindicato
http://www.cpers.org.br/index.php?menu=1&cd_noticia=3366



O CENSO DO ENSINO SUPERIOR
Divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), o Censo da Educação Superior de 2011 mostra que, apesar da criação de novas universidades federais, da expansão dos cursos noturnos e da ampliação dos programas de financiamento dos estudantes das universidades privadas e confessionais, como o ProUni, o setor ainda continua registrando um desempenho insatisfatório.

Entre 2010 e 2011, o número de alunos em curso superior aumentou 5,6% - um acréscimo de 360 mil matrículas. No final do ano passado, o País tinha cerca de 6,7 milhões de universitários. Isso significa que 14,6\% do jovens de 18 a 24 anos estavam matriculados numa instituição de ensino superior. Esse porcentual equivale a menos da metade da meta traçada pelo primeiro Plano Nacional de Educação, que há mais de dez anos previa que 30% dos brasileiros dessa faixa etária estivessem fazendo um curso de graduação em 2010.

Por causa da criação de novas universidades nos dois mandatos do presidente Lula, da instalação de novos campi nas universidades já existentes e da ampliação dos cursos noturnos, as instituições federais de ensino superior tiveram um crescimento de 10% no número de alunos - ante 4,7% na rede particular. Segundo o Censo do MEC, em 2011 as universidades federais responderam por 1,03 milhão de estudantes universitários. Com 4,9 milhões de alunos, as instituições privadas e confessionais ficaram com 73% das matrículas do setor.

Nos chamados "cursos tecnológicos", como os das áreas de engenharia, o aumento no número de estudantes foi de 11,4% entre 2010 e 2011. No mesmo período, a matrícula nos cursos de bacharelado subiu 6,4%. Já nas licenciaturas, as matrículas cresceram somente 0,1%, o que mostra que o País não vem conseguindo formar professores - especialmente de matemática, física, química, ciências e biologia - para atender à demanda do ensino básico.

No ano passado, ingressaram no ensino superior 2,34 milhões de alunos, dos quais 308,5 mil se matricularam em universidades federais 1,85 milhão em universidades privadas e confessionais e 182, mil em universidades estaduais e municipais. No mesmo período, concluiu a graduação 1,01 milhão de estudantes. Desse total, 111,1 mil formaram-se nas instituições federais de ensino superior; 798,3 mil, em universidades particulares e confessionais; e 107,2 mil, em instituições estaduais ou municipais.

Segundo o Censo do MEC, os jovens brancos seguem com maior presença no ensino superior - 25,6% deles cursaram uma faculdade em 2011, ante 8,8% de negros e 11% de pardos. Jovens negros e pardos continuam muito abaixo do peso que têm na população. Nossa meta é que a participação deles no ensino superior seja a mesma do Censo Demográfico do IBGE", diz o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Pelos números desse Censo, pretos, pardos e indígenas representam 51,17% da população brasileira.

Entre os "mais pobres" (grupo constituído pelos "20% da população com menor renda", segundo o MEC), 4,2% dos jovens de 18 a 24 anos cursaram uma faculdade em 2011. Em 2004, esse índice foi 0,6% e, em 1997, de 0,5% - o que revela a tendência de democratização no acesso ao ensino superior. Entre os "mais ricos" (grupo constituído pelos "20% da população com maior renda", segundo os critérios do MEC), a porcentagem dos jovens matriculados num curso de graduação passou de 22,9%, em 1997, para 47,1% , em 2011.

O Censo do Ensino Superior do MEC é apenas uma avaliação quantitativa desse nível de ensino. Por isso, ele não registra o aprendizado dos universitários, que é medido pelo Enade. Mesmo assim, ao paresentar o Censo do Ensino Superior, o ministro da Educação reconheceu que há muitos problemas a serem superados no setor e afirmou que, apesar do aumento do número de universidades federais, muitas das novas instituições continuam apresentando deficiências graves, em matéria de infraestrutura, corpo docente, laboratórios e bibliotecas.


Editorial Estadão desta terça-feira (23/10).
Fonte: Portal do CPP
Por Siden


Decisão da Justiça Federal leva indígenas a optarem pelo extermínio e extinção total no Mato Grosso do Sul
Rogéria Araújo, Adital - 23.10.12
No Mato Grosso do Sul, nos últimos dez anos, ocorre um suicídio por semana nas tribos indígenas que ainda sobrevivem na região. O fato já foi denunciado várias vezes por diversas organizações que atuam com a causa indígena. Mas nos últimos dias, uma "carta-testamento”, assinada por representantes da aldeia Guarani-Kaiowá, do município de Naviraí, chama a atenção, sobretudo nas redes sociais, para o criminoso descaso com os povos indígenas, descaso do qual os governos terminam sendo cúmplices e ineficientes em não dar respostas dignas às populações que somente estão lutando por seus direitos ancestrais.

Na carta, enviada ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 170 indígenas destacam uma decisão definitiva: não vão sair de suas terras nem vivos, nem mortos. Cientes de que não vão ter acesso legal às suas terras, já se consideram dizimados, prontos para estarem nos cemitérios onde estão seus ancestrais. Pedem, ainda, tratores para cavar um buraco onde seus corpos possam ser enterrados.

O motivo? A Justiça Federal, representada pelas instâncias competentes, despachou uma ordem de despejo em claro sinal de atendimento aos fazendeiros que ocupam ilegalmente a área onde os indígenas estão acampados, à margem do Hovy, perto de suas terras originárias.
[...]
De acordo com o posicionamento dos povos indígenas, o suicídio é o único caminho. Um suicídio coletivo induzido pela falta de atenção, pelo desrespeito aos mais básicos dos direitos humanos, o direito à vida.

"A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui”, continua a carta.
[...]
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=71531&grv=N
 

Invenção de comida cozida 'aumentou' cérebro humano, diz estudo
23.10.12
Se seres humanos não inventaram o ato de cozinhar como uma forma de aumentar o número de calorias consumidas, eles poderiam ter mantido os 86 bilhões de neurônios no cérebro por passar nove horas ou mais comendo alimentos crus, de acordo com um artigo científico publicado no periódico PNAS na segunda-feira.

Segundo as autoras, a pesquisa explica por que gorilas, por exemplo, que podem ser até três vezes maiores do que os humanos, têm o cérebro consideravelmente menores. Mesmo que passem mais de oito horas se alimentando, a dieta desses macacos influenciou uma troca evolucionária entre o corpo e o tamanho do cérebro - manter grandes corpos e cérebros seria impossível em uma dieta de comida crua.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o cérebro é tão faminto por energia que em humanos isso representa 20% do metabolismo, mesmo que represente apenas 2% de massa corporal, sugerem as professoras Suzana Herculano Houzel e Karina Fonseca Azevedo, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "Por que os maiores primatas não são dotados com cérebros maiores? Além da evidência de que humanos são uma exceção entre os primatas, consideramos essa disparidade como uma pista que, na evolução dos primatas, desenvolver um corpo e um cérebro muito grandes tem excluído estratégias, provavelmente por causa de razões metabólicas", afirmam.

Gorilas já vivem no limite da viabilidade, se alimentando por 8,8 horas ao dia, e em condições extremas aumentando o tempo para 10 horas diárias. Em contraste, a mudança dos humanos para uma dieta cozida, possivelmente a primeira adotada pelo Homo erectus e seus cérebros maiores e corpos menores, deixou energia de sobra - o que permitiu o crescimento rápido no tamanho do cérebro e a chance de desenvolver o órgão como recurso ao invés de compromisso, através da capacidade de cognição, flexibilidade e complexidade.

"Devemos nossa capacidade cognitiva à invenção do cozimento - que, no meu conhecimento, é de longe a mais fácil e mais óbvia resposta à pergunta 'o que humanos podem fazer que nenhuma outra espécie faz?'", afirma Suzana.
 

Fonte: Portal Terra

Comentário:
Talvez, haja autoridade governamental com uma dieta baixa em comida cozida.


Quem sabe seja essa a explicação para o baixo investimento em educação. Para não pagarem o Piso Nacional...


Talvez  seja  essa a resposta ao enigma. Investimento em educação é uma questão de neurônios...


Comida cozida "nelles".
 

Por Siden
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