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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bohn Gass: escola tem 18 turmas e faltam professores em dez

"Governo Yeda aumentou horas/aula sem prever aumento de pessoal. Isso é má gestão"

Em visita à Escola Estadual de Ensino Fundamental Salomão Iochpe no município de Passo Fundo nesta quinta-feira, o líder do PT, deputado Elvino Bohn Gass, constatou que há falta de professores em dez das 18 turmas regulares do estabelecimento. "Num dia, as crianças são mandadas embora na hora do recreio, noutro, são avisados para nem comparecerem à escola," denuncia o deputado.

Bohn Gass vai levar o caso para discussão da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa e procurar o secretário estadual de Educação, Ervino Deon. "É preciso uma solução urgente. Estamos em abril e esta situação tem que ser resolvida de imediato sob pena de comprometer o ano letivo dos estudantes".

Conforme a vice-diretora Adriana Zorzan, faltam professores de Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física, Educação Artística e Língua Inglesa. Segundo Zorzan, na origem do problema está o aumento da carga de 800 para 883 horas aula/ano, determinado pela 7ª Coordenadoria Regional de Educação no início de 2010. "Ou seja, na Escola Salomão falta exatamente aquilo que a governadora Yeda diz ser sua principal virtude,  que é a capacidade de gestão. Aumentaram a carga mas não aumentaram o número de professores. O nome disso é má gestão", enfatiza Bohn Gass.

O deputado foi a Passo Fundo a convite da Associação de Moradores do Bairro Cruzeiro,  onde está situada a escola cujo presidente é Joel Souza dos Santos, pai de um aluno da Escola Salomão. O problema está mobilizando a comunidade local. Na última quarta-feira, aconteceu um protesto de pais e alunos em frente a escola.


Olga Arnt - MTB 14323 | PT   10:49 - 16/04/2010
http://www.al.rs.gov.br/ag/noticias.asp?txtIdMateria=245789

SP vai ter que restituir para União verba desviada da Saúde, diz MP 
Ministérios públicos, Federal e Estadual, deram prazo para governo do Estado devolver o dinheiro, sob pena de sofrer processo judicial e extrajudicial
As procuradoras Rose Santa Rosa e Sônia Maria Curvello e o promotor de Justiça Arthur Pinto Filho, do Ministério Público Federal (MPF/SP) e do Ministério Público do Estado de São Paulo, respectivamente, exigiram do governo estadual, em recomendação assinada no dia 17 de março passado, que os recursos desviados irregularmente do SUS Sistema Único de Saúde) para aplicações financeiras sejam devolvidos ao Fundo Estadual de Saúde.

O documento fixou prazo de cinco dias, a contar do momento da notificação, para que os secretários estaduais de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa, cumprissem a recomendação. Os representantes do Ministério Público também concederam 20 dias úteis para o governo comprovar o cumprimento das medidas, sob pena da “adoção das medidas judiciais e extrajudiciais aplicáveis ao caso”.

Segundo os autores, a recomendação visa “assegurar à população do Estado de São Paulo a aplicação da integralidade dos recursos do SUS em ações e serviços de saúde, bem como a fiscalização da movimentação desses recursos pelo órgão de controle social”.

As irregularidades na aplicação e gestão de recursos do SUS na administração do tucano José Serra, detectados por auditoria do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS), estão sendo investigadas nos procedimentos 1.34.001.001736/2010-31 e 117/2010, que tramitam no 5º Ofício Tutela Coletiva da Procuradoria da República em São Paulo e na Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, área de saúde pública.

Segundo matéria publicada na revista Carta Capital, no final de fevereiro, os dados da auditoria do Denasus revelam que, dos 77,8 milhões de reais do SUS aplicados no mercado financeiro, 39,1 milhões deveriam ter sido destinados a programas de assistência farmacêutica, 12,2 milhões a programas de gestão, 15,7 milhões à vigilância epidemiológica e 7,7 milhões ao combate a DST/Aids, entre outros programas. O governo paulista teria deixado de aplicar na saúde, no período analisado, um total de 2,1 bilhões de reais – sendo 1 bilhão, em 2006, e 1,1 bilhão, em 2007.

Iniciada em março de 2009 em todos os estados e no Distrito Federal, para verificar o cumprimento da Emenda Constitucional nº 29/2000 – que obriga a aplicação em saúde de 12% da receita líquida de todos os impostos estaduais, a auditoria identificou casos de manipulação irregular de recursos federais do SUS no mercado financeiro, por longos períodos, em detrimento da sua aplicação nas ações de saúde a que se destinavam.

A recomendação Ministério Público destacou que os auditores verificaram que o governo tucano de São Paulo “não aplica o mínimo constitucional em ações e serviços de saúde, além de movimentar recursos do SUS em desacordo com a legislação vigente”. “Os recursos do SUS repassados pelo Ministério da Saúde como os relativos à EC nº 29/2000, são movimentados na conta única do Estado, mantida no Banco Nossa Caixa S/A e controlada pela Secretaria do Estado da Fazenda”, assinalou o texto.

Os autores da recomendação narraram que, em relação aos recursos repassados pela União, o Fundo Nacional de Saúde credita o montante relativo à assistência farmacêutica básica na conta 6718-0, agência 1897-X, do Banco do Brasil; o destinado a medicamentos excepcionais na conta 6907-8; e alta complexidade, na conta 48.351-6, sendo que a Secretaria de Saúde transfere os recursos para a conta única 13.100014-9, na Nossa Caixa.

“O valor do TED (Transferência Eletrônica Disponível) coincide com o valor do crédito efetuado pelo Fundo Nacional de Saúde, ou seja, a transferência para a conta única não é feita com base no valor a ser pago aos prestadores e fornecedores e sim no mesmo valor da ordem bancária creditada pelo FNS”, explicitaram.

Os membros do Ministério Público observaram que consta, ainda, do relatório do Denasus que o responsável pela saúde no Estado “confessa que realmente todos os recursos são movimentados pela conta única do Estado”, o que apenas confirma a constatação de que os recursos destinados à saúde “são gerenciados pelo secretário de Estado da Fazenda e não pelo secretário de Estado da Saúde”.

A legislação em vigor estabelece que cada área do SUS deve ter uma conta específica, fiscalizada pelos Conselhos Estaduais de Saúde, sob gestão da Secretaria da Saúde. Eles enfatizaram ainda que a situação descrita “torna irreal o Balanço Anual do Fundo Estadual de Saúde, uma vez que os dados do Balanço não refletem a realidade das receitas e despesas destinadas as ações e serviços públicos de saúde e tiram do Conselho Estadual de Saúde a oportunidade de acompanhar e fiscalizar a totalidade dos recursos do SUS”.
WALTER FÉLIX

 http://juntosomos-fortes.blogspot.com/2010/04/sp-vai-ter-que-restituir-para-uniao.html

Um comentário:

Valdecy Alves disse...

Olá. Leia matéria sobre a audiência pública na Câmara Municipal de Fortaleza, onde se debateu sobre a violação ao piso dos professores pelo Município de Fortaleza e estratégias de luta. A matéria é um resumo do ocorrido, bem como um resumo da minha fala como advogado do SINDIUTE. seguida de encaminhamentos. A LUTA ESTÁ A TODO VAPOR EM TODO O PAÍS! O piso será aquele que a QUALIDADE DA LUTA IMPUSER!