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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Professores também são alvo de bullying

Alunos se unem para agredir e constranger docentes pela internet
A professora de Educação Física Etiene Selbach Silveira, 42 anos, mal conhecia o Orkut quando foi apresentada ao site de relacionamentos, há cinco anos, da pior forma possível. Soube por amigas, entre uma aula e outra, que alunas haviam criado uma comunidade virtual recheada de comentários maldosos e humilhantes, intitulada “Eu odeio Etiene”. A frustração foi tanta que a educadora abandonou a profissão e decidiu nunca mais voltar a lecionar.

Etiene não tem dúvidas: foi vítima de cyberbullying, a prática repetitiva de agressões psicológicas via internet. Algo que acreditava acontecer apenas entre adolescentes e que, assim como o bullying, ganhou espaço na mídia como um problema estudantil.

– O que eu vivi, não desejo para ninguém. Sempre me dei bem com meus alunos. Foi um choque saber o que aquele grupinho estava fazendo – conta Etiene.

Na comunidade virtual, a ex-professora deparou com uma foto sua marcada com um xis de ponta a ponta. Leu xingamentos e críticas em relação à forma como se vestia, ao seu modo de agir e até ao seu corpo. Os textos eram escritos, segundo ela, por sete meninas. Todas eram suas alunas em um colégio particular da Capital, que ela prefere não revelar para evitar novos constrangimentos. As garotas, conforme Etiene, também a confrontavam e a desrespeitavam em aula, de forma acintosa.

Cerca de 25% dizem ter sofrido alguma agressão
Com cópias do conteúdo do site em mãos, a ex-educadora buscou ajuda no Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Estado (Sinpro-RS). Foi orientada a registrar tudo em cartório. Feito isso, procurou a direção da escola e contou o que estava acontecendo. Exigiu providências.

– Depois de muita insistência, chamaram os pais de uma das meninas e falaram com ela. A comunidade foi fechada, mas eu não tive mais sossego. Dois meses depois, fui demitida sem nenhuma explicação – desabafa Etiene, que prefere também não revelar o conteúdo dos ataques.

O caso de Etiene, garante a diretora do Sinpro-RS, Cecília Farias, não é o único – pelo contrário. Toda semana, educadores procuram a entidade, onde foi criado o Núcleo de Apoio ao Professor Contra a Violência, relatando problemas do tipo. Uma pesquisa recentemente divulgada pelo órgão revelou que 23,5% dos professores de instituições particulares gaúchas dizem sofrer agressões via internet, sendo que 86% delas têm alunos como autores. Com medo de acabarem na rua, muitos evitam recorrer a diretores e coordenadores pedagógicos.

– O problema é que os alunos, muitas vezes, são vistos como clientes e acham que podem tudo – avalia a diretora sindical.

Entre os responsáveis pelo quadro negro na rede pública estadual, a situação parece se repetir. Conforme a presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, 40% das licenças de saúde ocorrem por problemas psicológicos, muitas vezes provocados por ameaças e ofensas repetidamente causadas por alunos.

Juliana Bublitz e Livia Meimes | juliana.bublitz@zerohora.com livia.meimes@zerohora.com
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a2936551.xml
Operação da Brigada Militar no Rio Grande do Sul prende 554 pessoas
Uma operação da Brigada Militar que começou na quinta-feira (10) e terminou na manhã deste domingo (13) em todo o Estado do Rio Grande do Sul resultou na prisão de 554 pessoas, 33 com posse de entorpecentes.

Na operação, foram apreendidos 8 quilos de maconha, 182 gramas de crack e 70 gramas de cocaína. Dezoito pessoas foram presas por tráfico de drogas. Foram recolhidas, ainda, 29 armas brancas, 24 armas de fogo e duas impróprias. Também foram efetuadas 161 apreensões de munição.

A brigada montou 1.480 barreiras em todo o Estado e fiscalizou 71.572 veículos. Desses, 2.088 foram autuados e 612 apreendidos. Quinze carros roubados foram recuperados.

A fiscalização também chegou a bares e casas noturnas. A brigada apreendeu 82 máquinas de caça-níquel.
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=222188
Pesquisa revela que dor crônica é mais frequente em pessoas com baixa escolaridade
As dores crônicas afligem quase um terço da população da capital paulista. Segundo o Estudo Epidemiológico da Dor no município de São Paulo (Epidor), o mal é mais frequente entre as pessoas com menor escolaridade. O trabalho foi realizada pelo Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e patrocinado por um laboratório farmacêutico privado.

A coordenadora do estudo, Maria do Rosário Latorre, aponta as condições de vida, o tipo de ocupação e a facilidade do acesso ao atendimento médico como as prováveis causas da associação entre a escolaridade e a ocorrência de dor crônica. “São trabalhos que exigem algum esforço físico, ou estar exposto a alguma substância que dá dor de cabeça. Além disso, as pessoas com baixa escolaridade, geralmente, moram nesses bairros periféricos, pegam ônibus lotado e enfrentam muito mais problemas do que as pessoas que vão com o seu carro.”
[...]
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=222158

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