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Parabéns Educadores e Demais Cidadãos Gaúchos!!! Yeda (Nota Zero, Déficit Zero e Aumento Salarial Zero) Já Foi Demitida, MAS, deixou seus representantes no Governo e na Assembleia Legislativa!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O calote do déficit zero

Por Siden*
O déficit zero é a bandeira do governo Yeda. Logo, é indispensável examinarmos as variáveis que compreendem o malabarismo de números usado nesse artifício de cálculo.

Passemos, então, a examinar o famigerado déficit zero. A expressão quer significar que o governo do Estado conseguiu zerar a dívida pública sob sua responsabilidade. Mas será que essa expressão constitui uma sentença verdadeira?

Examinamos, então um único fato, pois na lógica matemática se em apenas uma conferência de cálculos ficar demonstrado que os números do governo não fecham, torna-se dispensável o exame de outras proposições, pois sua tese do déficit zero, matematicamente falando, estará liquidada.

Se aos educadores o governo devia uma reposição inflacionária de 23% e concedeu apenas 6%, isso significa que a dívida do executivo estadual com os trabalhadores em educação é de 17% e não zero, como tem sido alardeado.

Então, se o governo estadual tem uma dívida com os educadores de 17% e diz que o Estado não pode cumprir,  pois comprometeria  as suas contas, isso significa que os cálculos do Executivo estadual não estão compreendidos no conjunto dos números reais, ou seja, o seu déficit zero não passa de uma ginástica de números virtual.

Logo, examinando apenas o índice devido aos educadores e o concedido o que temos não é déficit zero e sim a instituição oficial de um calote de 17% sobre os salários dos educadores.

Por esse dado examinado, o marketing de Yeda deveria trabalhar com o slogan Coragem para  Calotear.

A aqueles que acharem que tenho má vontade com o governo, desafio para zerar a dívida (matematicamente) que o executivo tem com a educação. Por favor, não venham com o argumento da Lei Britto, pois o pagamento desse índice é referente a períodos inflacionários anteriores. Assim, como Yeda, forçada por determinações judiciais, pagou esse índice na sua gestão, ela deixará 17% do seu período para outros governos pagarem. E isso não é zerar dívida. É apenas protelar o pagamento, com o agravante por parte do governo de  negar-se  a sentar à mesa de  negociação para  sanear  sua dívida com os trabalhadores.

Assim, Yeda e seu governo tentam iludir os incautos com seu falso déficit zero. Parece que irá  popularizar  um novo bordão: “devo e não vou pagar”. É o que denominamos de calote!

Portanto, em termos matemáticos o déficit zero não passa de um grande calote. Reforço que examinei apenas o que o Executivo estadual deve a esse  importante segmento social (educação). Imagine o que teríamos, se examinados em detalhes o que o governo ficará devendo à saúde e à segurança. E se formos além das questões salariais, como infra-estrutura sucateada nesses três setores indispensáveis à cidadania teremos a certeza de que o déficit zero não é apenas um cálculo matemático mal elaborado, mas também uma decisão cruel contra a parcela da população mais necessitada.

O governo Yeda, ao que tudo indica, será lembrado como sendo o do grande calote social. E não será uma questão apenas de retórica, mas também matemática.

*O Professor Siden Francesch do Amaral é Diretor no 14º Núcleo do CPERS/Sindicato

Um comentário:

noedaarca@gmail.com disse...

Parabéns Professor Siden! Teu artigo também foi publicado em Erexim, no site do 15 Núcleo. Um grande abraço!
http://www.cpers15nucleo.com.br/index.php?id=art289