Angela Maieski* - 12.11.12
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A comicidade da realidade é extremamente bem representada através da genialidade do Tacho. Não deveria ser assim, mas infelizmente é essa a situação que se apresenta em muitas escolas públicas. O filho é entregue na porta da escola, pela mãe zelosa que dirige o carro 0 km. Da mochila logo sai o celular recém lançado.
Quando se fala das vantagens da educação para a vida profissional, alguém logo vai acrescentar “desde que não se estude para ser professor” e nem o piso precisa abrir-se aos pés do professor, pois já lhe falta o mesmo, portanto, basta enfiar a cabeça na terra, igual a avestruz, para esconder o rubor e a ausência de uma resposta coerente e eficaz. Aqueles que proporcionam a base para formar profissionais das mais variadas áreas, são também os que menos retorno financeiro obtém. Devem exercer o sacerdócio, sem ter optado pela área. São professores.
Outros, que provavelmente não passaram por escolas públicas, se debruçam sobre os problemas da educação, criticam a má formação dos professores, apontam o dedo em riste para a escola que não atinge as melhores notas ou acreditam que a aprovação automática resolve todos os problemas.
Outros acham que os professores ganham demais, tem férias demais, fazem feriados demais… Todos tem uma opinião, nem sempre condizente com os problemas enfrentados na profissão.
Soluções? Quais seriam eficazes é a questão! Na área da administração é comum dizer que um cliente descontente comunica o fato para 11 pessoas – é o chamado marketing negativo - e que a substituição do responsável pelo mau atendimento nem sempre resolve o problema. A solução nesse caso é fazer uma melhor seleção, proporcionar uma boa capacitação e monitorar os novos contratados, averiguando se possuem o perfil adequado e a didática eficaz.
Essa seria também uma possível solução para qualificar a educação? Por outro lado, temos professores reféns da violência, da falta de limites, da ausência paterna, da desestruturação familiar, das drogas… Alunos desmotivados e descompromissados, que marcam presença física, mas cujos pensamentos encontram-se em outra galáxia, a milhares de anos-luz de distância. Nada fazem, nada produzem, nada escrevem na prova a não ser o próprio nome. Não entregam trabalhos, não se importam em repetir a mesma série infindáveis vezes até atingir a idade que lhes permite arrebentar os grilhões impostos pela lei, alçando voo para outras paragens, bem distantes dos bancos escolares.
Infelizmente, os cientistas – que também passaram pelos bancos escolares – ainda não inventaram uma vacina contra a apatia, a falta de interesse e a desmotivação destinada àqueles que percebem como real a verdade econômica contida na charge.
* Angela Maieski é professora estadual em Novo Hamburgo.
Quando se fala das vantagens da educação para a vida profissional, alguém logo vai acrescentar “desde que não se estude para ser professor” e nem o piso precisa abrir-se aos pés do professor, pois já lhe falta o mesmo, portanto, basta enfiar a cabeça na terra, igual a avestruz, para esconder o rubor e a ausência de uma resposta coerente e eficaz. Aqueles que proporcionam a base para formar profissionais das mais variadas áreas, são também os que menos retorno financeiro obtém. Devem exercer o sacerdócio, sem ter optado pela área. São professores.
Outros, que provavelmente não passaram por escolas públicas, se debruçam sobre os problemas da educação, criticam a má formação dos professores, apontam o dedo em riste para a escola que não atinge as melhores notas ou acreditam que a aprovação automática resolve todos os problemas.
Outros acham que os professores ganham demais, tem férias demais, fazem feriados demais… Todos tem uma opinião, nem sempre condizente com os problemas enfrentados na profissão.
Soluções? Quais seriam eficazes é a questão! Na área da administração é comum dizer que um cliente descontente comunica o fato para 11 pessoas – é o chamado marketing negativo - e que a substituição do responsável pelo mau atendimento nem sempre resolve o problema. A solução nesse caso é fazer uma melhor seleção, proporcionar uma boa capacitação e monitorar os novos contratados, averiguando se possuem o perfil adequado e a didática eficaz.
Essa seria também uma possível solução para qualificar a educação? Por outro lado, temos professores reféns da violência, da falta de limites, da ausência paterna, da desestruturação familiar, das drogas… Alunos desmotivados e descompromissados, que marcam presença física, mas cujos pensamentos encontram-se em outra galáxia, a milhares de anos-luz de distância. Nada fazem, nada produzem, nada escrevem na prova a não ser o próprio nome. Não entregam trabalhos, não se importam em repetir a mesma série infindáveis vezes até atingir a idade que lhes permite arrebentar os grilhões impostos pela lei, alçando voo para outras paragens, bem distantes dos bancos escolares.
Infelizmente, os cientistas – que também passaram pelos bancos escolares – ainda não inventaram uma vacina contra a apatia, a falta de interesse e a desmotivação destinada àqueles que percebem como real a verdade econômica contida na charge.
* Angela Maieski é professora estadual em Novo Hamburgo.
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.
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