Seguidores

Sejam Todos Bem Vindos!!! Deixem seus comentários, sugestões e críticas

Parabéns Educadores e Demais Cidadãos Gaúchos!!! Yeda (Nota Zero, Déficit Zero e Aumento Salarial Zero) Já Foi Demitida, MAS, deixou seus representantes no Governo e na Assembleia Legislativa!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Professor cria software para calcular o custo da educação ideal nos municípios

Fernanda Cruz, Agência Brasil - 02/11/2012 - 8h19
São Paulo – Um simulador que calcula o percentual ideal do orçamento dos municípios que deveria ser investido na educação, para que o ensino alcance níveis desejáveis de qualidade, foi desenvolvido na Faculdade de Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP).

O programa de computador é resultado da tese de doutorado de Thiago Alves que, hoje, é professor do curso de administração na Universidade Federal de Goiás. Para chegar ao produto final, Thiago conta que partiu da pergunta: “Quanto custa a educação pública gratuita e de qualidade no Brasil?”. “A ideia surgiu desse questionamento, e aí a gente percebeu que os investimentos na educação não partem de um planejamento. Existe, na verdade, o que a Constituição diz”, explicou o pesquisador.

Com base em comparação que fez em relação aos países desenvolvidos, Thiago observou que, enquanto no exterior calcula-se quanto é necessário investir nas escolas para o fornecimento de um serviço de qualidade e, a partir daí, o recurso é investido, no Brasil a ordem era contrária. “A pergunta tem que ser inversa. Quanto precisa? E aí nós vamos mobilizar recursos da sociedade, porque a educação é um direito fundamental, porta de entrada para outros direitos do cidadão”, disse.

Na confecção do software, o pesquisador utilizou como fonte dados da Prova Brasil e do Censo Escolar, como desempenho dos alunos, condições de bibliotecas, quadras, banheiros, laboratórios, existência de computadores, além de quantidades de alunos e professores nas escolas para estabelecer diretrizes.

Segundo a orientadora do projeto, Cláudia Souza Passador, professora de administração pública, a tese de Thiago faz parte de uma grande pesquisa, que contou também com outras quatro dissertações de mestrado. O projeto foi financiado pelo Observatório Nacional de Educação, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e começou em 2007.

As pesquisas de campo, de acordo com Cláudia, envolveram centenas de gestores escolares, professores e pais de alunos. “A gente não quis dar uma visão apenas economicista. O salário dos professores influi, as condições físicas na escola influem. Contemplamos o máximo de diretrizes”, explica Cláudia.

O programa foi testado em três municípios goianos: Cezarina, Goiatuba e Águas Lindas. Após os estudos, Águas Lindas, que possui cerca de 150 mil habitantes, foi a cidade com resultados mais preocupantes, devido ao grande déficit educacional constatado. “Os resultados mostraram que precisaria construir muitas escolas, precisaria investir mais da metade, quase a totalidade da receita [do município] em educação”, disse Thiago. Segundo o pesquisador, o município tem muitos problemas sociais em razão do seu rápido crescimento, “inclusive na área educação”, acrescentou.

Em Goiatuba, que tem uma população mais estabilizada, com 30 mil habitantes, as escolas têm aulas em período integral, com sete horas diárias. “Mesmo assim, [a cidade] precisaria investir quase 40% da receita”. O mesmo percentual, 40%, deveria ser investido por Cezarina, cidade com cerca de 7 mil habitantes.

Tendo em vista essas disparidades, a proposta de que o governo brasileiro invista 10% do seu Produto Interno Bruto (PIB) na educação pode não atender de forma igualitária as localidades brasileiras, argumentou Thiago. “As condições da educação pública no Brasil são diversas. Cada estado, cada município tem os seus próprios desafios”, disse.

De todo modo, aumento de investimentos no setor são essenciais, na opinião de Cláudia. “Nós chegamos à conclusão de que, de uma forma geral, as prefeituras, governos de estado e governo federal têm que investir 30% a mais do que investem hoje”.

O simulador de custos foi entregue ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em agosto. A expectativa dos pesquisadores é que o programa possa ser oferecido gratuitamente aos gestores municipais de todo o país. “O momento é oportuno, porque, em janeiro, começam novas gestões em secretarias municipais”, acrescentou Thiago.
Edição Beto Coura
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-02/professor-cria-software-para-calcular-custo-da-educacao-ideal-nos-municipios

 
Nota do Tio Noé: Estou pensando em contatar o Prof. Thiago e solicitar uma cópia desse software para presentear o Governo Tarso neste Natal. Talvez o Chefe do Executivo faça os cálculos e chegue à conclusão de que precise INVESTIR uns... 35% da receita líquida do orçamento estadual em Educação. Entretanto, a Constituição do Rio Grande do Sul já estabeleceu este percentual e, é fruto da luta sindical do CPERS.
Portanto, basta cumprir a Lei assinada em 1989!

 

COLEGAS EDUCADORES (AS)
02.11.12
No momento em que a grande mídia fica alarmada com o baixo índice de jovens dispostos a cursar uma Licenciatura, relembro o artigo publicado neste blog , aproximadamente, 22 meses. Deixo a data original, para que possam confirmar a veracidade do tempo da publicação. Como podem conferir, alguns cronistas da grande mídia fizeram a descoberta com quase dois anos de atraso...

O artigo é de nossa autoria. Confiram a leitura, pois o tema, infelizmente, é muito atual.

Abraços!
Colega Siden
 

O futuro ameaçado
Siden Francesch do Amaral* - 15.01.11
Passamos tempo demais fazendo estragos na educação sem pagar a conta.  O sucateamento da educação foi-se fazendo aos olhos e sob a conivência de grande parte da sociedade. Enquanto os educadores alertavam e lutavam, heroicamente, em defesa da educação, os poderes constituídos não davam a importância devida. Agora, as consequências começam a aparecer.

Pois, com tantos estudiosos de educação espalhados por esse país imenso, poucos se dedicaram à luta pela mudança de paradigmas de uma sociedade que não valoriza o professor.  Se desejarmos ter futuro, na questão da educação com qualidade é imprescindível e impostergável tornarmos a profissão  mais atraente aos jovens.

Os baixos salários, condições precárias de trabalho, turmas lotadas e ter que dar aulas para muitas turmas estão entre os principais fatores que desestimulam professores e estudantes.

A profissão anda tão em baixa que a CESMAC (Centro de Estudos Superiores de Maceió), a maior rede privada, fechou o curso de Licenciatura em Matemática porque não havia alunos suficientes.

Para reforçar o problema da questão salarial, destaco a afirmação de um aluno do 3º ano do ensino médio, que gosta de matemática, mas não quer ser professor: "Não sei ensinar. E não dá dinheiro" - diz o estudante.

No momento em que se fala tanto em qualidade da educação, a questão atual que se coloca é: quem serão os professores do futuro?

A verdade é que precisamos, urgentemente, tornar a profissão de professor mais atraente, principalmente, com o pagamento de melhores salários. Esse é o ponto central; outras afirmativas são apenas malabarismos de retórica de quem quer desviar o foco.

A falta de candidatos às licenciaturas é assim explicada pelo diretor de matemática e estatística da USP: "O desprestígio não está na Universidade. Está na sociedade que desvaloriza o professor."

Finalmente, enquanto os governos continuarem a olhar a educação de forma simplista (para não dizer simplória), achando que devaneios como a meritocracia é a solução mágica, o futuro da educação continua sendo enigmático, se é que podemos pensar em futuro...

Material de apoio:
- Notícias publicadas no site do CPERS/Sindicato
- Leituras diversas.

 

*Siden Francesch do Amaral, Diretor e Representante 1/1000 do 14º Núcleo do CPERS/Sindicato - São Leopoldo
http://nucleo14cpers.blogspot.com.br/2011/01/o-futuro-ameacado_15.html
.

Nenhum comentário: