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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Educadores suspendem greve

Mas mantém mobilização pelo piso e contra a reestruturação do ensino médio.
02/12/2011 17:30
Os trabalhadores estaduais da educação decidiram suspender a greve iniciada no dia 18 de novembro. A suspensão do movimento foi decidida em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira 2, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Ao final da assembleia, os grevistas colaram cartões vermelhos na parede do Palácio Piratini com recados para o governador Tarso Genro.

A categoria aprovou uma campanha permanente de denúncia do governo que descumpre a lei do piso, tenta implementar políticas que atacam a educação pública e os direitos dos educadores e não cumpre o compromisso de criar, com uma lei estadual, o piso para os funcionários de escola. Outro ponto aprovado foi o boicote da categoria às conferências do governo sobre o ensino médio. A categoria irá manter o debate e as manifestações com a comunidade escolar contra as mudanças propostas pelo governo.
No calendário de mobilização dos educadores está, ainda, o debate sobre os prejuízos provocados com o pagamento da dívida pública e as isenções fiscais para os cofres do Estado. O CPERS/Sindicato realizará uma campanha em defesa da imediata realização de concurso público para professores, funcionários de escola e especialistas. A categoria também decidiu fortalecer o plebiscito nacional dos 10% do PIB para a educação pública e pela implementação do piso salarial.

O CPERS/Sindicato ficou, também. de elaborar uma carta direcionada à comunidade explicando novamente os motivos da greve e denunciando a intransigência e o autoritarismo do governo Tarso. O sindicato realizará, no primeiro semestre de 2012, uma conferência da comunidade escolar para debater um projeto educacional para a educação pública e participará das audiências públicas sobre o piso salarial.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Cristiano Estrela
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=3074

Governo de Alagoas transforma uniformes dos alunos em espaço publicitário
02/12/11 | 19:31
O governador de Alagoas, Teotônio Villela Filho (PSDB), sancionou nesta quarta-feira (30) uma lei estadual que permite ao poder público utilizar os uniformes dos alunos da rede pública como espaço publicitário. A lei diz que, em troca, o patrocinador deverá se responsabilizar pela confecção dos uniformes, “comprometer-se a fazer, periodicamente, obra ou serviço para a escola pública; e fornecer mobiliário e material escolar”.
[...]
http://sul21.com.br/jornal/2011/12/governo-de-alagoas-transforma-uniformes-dos-alunos-em-espaco-publicitario/

Por que se faz necessária a luta pela educação?
Rafael Coelho* - 03/12/11 | 09:00
Historicamente a educação no Brasil é um assunto de segundo plano. A não ser em pomposas campanhas eleitorais, quando a sede por votos coloca em evidência temas de interesse da questão nacional, a educação é exaltada e surge como o primeiro compromisso de todos os candidatos. Mas, basta passar o período eleitoral para esse tema ser esquecido, para ser retomado só depois de quatro anos.

O Brasil foi o último país na América Latina a ter uma universidade. Somente na década de 1930 a elite paulista decidiu criar a Universidade de São Paulo numa competição clara com o governo federal, que na época pretendia estabelecer uma universidade nacional no Rio de Janeiro, a Universidade do Brasil. Ou seja, a criação da primeira universidade no Brasil não se deu pelas demandas de produção de conhecimento ou por melhorias na qualidade de vida da população; se deu por mera disputa política entre as elites de São Paulo e Rio de Janeiro.

De lá pra cá, muito pouca coisa mudou. Universidades novas foram criadas — porém, o acesso a elas continua sendo restrito a alguns poucos, majoritariamente àqueles que pertencem às classes mais altas da sociedade. À imensa massa do povo brasileiro restam as escolas públicas sucateadas, que não incentivam o aluno a estudar e nem ao professor ensinar.

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e essa desigualdade é mantida e reproduzida por essa lógica que relega à educação um papel secundário no desenvolvimento econômico e social do país. A burguesia, os patrões precisam de mão-de-obra barata para manterem suas altas taxas de lucro e seu alto padrão de vida. Portanto, precisam de trabalhadores com formação técnica suficiente apenas para desempenhar suas funções subalternas no mercado de trabalho. Peão bom não é o que pensa, é o que trabalha!

A juventude é a que mais sofre com essa lógica de “secundarização” da educação, pois é ela quem sente diariamente os efeitos de um ensino que mal forma para o mercado de trabalho, muito menos que ajuda a emancipar a pessoa, a pensar e buscar soluções para os problemas da realidade. Um adolescente que se forma hoje no ensino médio público se depara com um dilema: encontrar um emprego em um mercado de trabalho cada vez mais exigente ou disputar uma das poucas vagas no ensino superior público com pessoas que tiveram uma formação de muito melhor qualidade em escolas privadas.

Se mesmo assim um estudante de escola pública consegue ingressar na universidade, a permanência deste na graduação se torna uma luta cotidiana, pois a universidade pública não está preparada para estudantes de baixa renda. A universidade pública continua exigindo de seus alunos que obtenham materiais caros para utilizarem em seus cursos, afinal a estrutura disponível dentro da universidade não é suficiente para todos que estudam nela. Basta entrar em uma biblioteca e ver quantos exemplares de um livro estão disponíveis para os estudantes.

Os programas de assistência estudantil são mínimos e, na maioria das vezes, exigem que o estudante trabalhe em funções alheias às áreas que ele estuda em seu curso. E tudo isso com uma bolsa-auxílio que mal dá para sobreviver por um mês.

Essa é a cara da educação no Brasil. Séculos atrasada em relação aos nossos vizinhos latino americanos, restrita a uma pequena elite que pode formar seus filhos nas melhores escolas privadas e um ensino público que forma (quando forma) mão de-obra barata para a reprodução do sistema desigual em que vivemos.

Precisamos quebrar com essa lógica. Precisamos de um ensino que nos forme para a vida, que nos dê a capacidade de refletir o mundo em que vivemos, que nos dê a capacidade de propor soluções para os problemas que enfrentamos diariamente. Para essa educação que liberte dizemos que é necessário o investimento de 10% do PIB, exclusivos para a educação. É preciso investir no profissional da educação, garantindo a eles as condições de uma formação continuada, salário digno através do piso nacional dos professores, infraestrutura adequada para que possam desenvolver suas capacidades didáticas. É preciso lutar pela manutenção e ampliação das cotas raciais e para estudantes de escolas públicas nas universidades públicas. Queremos que 50% das vagas sejam destinadas a esses estudantes. Só assim quebraremos com a lógica elitista da produção de conhecimento da academia brasileira.

É um verdadeiro crime que mais de 24 mil escolas tenham sido fechadas no campo desde 2002. Em resposta a isso exigimos que mais institutos técnicos, voltados para a realidade do campo, sejam criados no meio rural brasileiro.

Essas pautas, em educação, são as mínimas para um país que se propõe a erradicar a miséria. Por elas estamos nos organizando em todo o estado e por elas estaremos na rua, exigindo respostas concretas dos governos. Somos jovens do campo e da cidade. Jovens pobres, de escola pública, camponeses, jovens trabalhadores, estudantes, organizados para construir um Projeto Popular.

Educação decente é o que a gente quer, não só andar de tênis nike no pé!

Pátria Livre! Venceremos!

* Rafael Coelho é integrante do Levante Popular da Juventude
http://sul21.com.br/jornal/2011/12/por-que-se-faz-necessaria-a-luta-pela-educacao/


A revolta chega à educação
Leonie Haimson, ativista norte-americana envolvida no movimento "Occupy the DOE", critica domínio corporativo sobre a agenda educacional de Nova York
03.12.11
Desde seu início, o movimento Occupy Wall Street já desembocava, ainda que indiretamente, no campo educacional. Afinal, problemas como a crise econômica e a consequente desigualdade social chegam, de uma maneira ou de outra, à porta da escola. Alguns participantes do protesto, entretanto, resolveram deixar a mensagem mais clara: também é preciso mudar a ordem das coisas no que diz respeito às políticas públicas em educação. Um grupo de aproximadamente 100 pessoas formou o movimento chamado Occupy the DOE (sigla para Departamento de Educação da cidade de Nova York), cujo objetivo é dar voz aos pais, professores e alunos na discussão sobre os rumos da educação na cidade. No dia 25 de outubro, os manifestantes invadiram o The Panel for Education (Painel para Educação), órgão responsável pela aprovação de políticas educacionais junto à prefeitura da cidade (veja, abaixo, vídeo sobre o ocorrido). "Nós forçamos o presidente e os membros do painel a se retirar da reunião", relata Leonie Haimson, diretora executiva da ONG ClassSizeMatters (O tamanho da sala de aula importa, em tradução literal). Leonie está envolvida nos dois protestos, e conta, na entrevista a seguir, quais as principais demandas do Occupy the DOE.

Leonie Haimson, ativista norte-americana: pais, professores e alunos devem ter voz no debate educacional

O movimento Occupy the DOE nasceu dentro do Occupy Wall Street?
Eu diria que o movimento foi uma consequência, um fruto do Occupy Wall Street. Os professores que estavam envolvidos em Wall Street iniciaram a manifestação no âmbito educacional com o objetivo de protestar contra a falta de voz dos docentes e dos pais de alunos no processo de elaboração de políticas públicas. E também contra o domínio opressivo de executivos ricos e operadores de fundos hedge em educação, já que eles advogam e implementam uma reforma educacional que batizamos de "corporativa". Nós identificamos que o aumento da desigualdade e a destruição da economia estão totalmente relacionados às políticas impostas em nossas escolas públicas. Quem elabora as políticas em Nova York são bilionários como Bill Gates, a família Walton (dona da rede de supermercados Wal-Mart) e o próprio prefeito Michael Bloomberg. Eles estão impondo um modelo de negócios específico para a educação, que não leva em consideração o que dizem os professores, os pais e os alunos. E que está prejudicando a qualidade do ensino.

Qual modelo é esse?
Ele é definido pela privatização do sistema educacional, pela política de bonificação docente e pela enorme ênfase nos testes padronizados. Essas medidas estão sendo impostas "de cima para baixo", sem qualquer referência à experiência de professores e pais, que trabalham no chão da escola. O que é interessante é que essas medidas foram justamente as responsáveis, no mundo corporativo, pelo colapso da economia.

Vocês temem que o colapso chegue também à educação?
Acredito que nossas escolas públicas estão tão fragilizadas - especialmente em regiões urbanas - que o apoio político a elas entrará em colapso, e elas serão privatizadas e transformadas em escolas charter. Isso já está acontecendo em New Orleans, no estado de Louisiana. Outra coisa: a política de bonificação por desempenho dos professores é baseada no resultado de testes padronizados feitos pelos alunos. A medida nos levou a uma situação em que o número de casos de colas aumenta a cada dia, além da própria corrida das escolas em busca apenas de melhores resultados nas provas.

Os manifestantes presentes no movimento Occupy Wall Street têm consciência das reivindicações feitas na área de educação?
Alguns sim, outros não. A diversidade de participantes é muito grande. O movimento conta com a presença forte de estudantes universitários, que trazem demandas do ensino superior, como a redução do valor da mensalidade em faculdades e universidades. As reivindicações são diversas, mas elas se encontram em uma única: o poder e a riqueza estão concentrados nas mãos de poucos, ou de 1% da população do nosso país. E são essas poucas pessoas que impõem suas políticas.

Fonte: Revista Educação
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14 Núcleo.


Por 10% do PIB para educação, Une e Ubes organizam OcupeBrasília
Da Redação - 02/12/11 | 13:54
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) iniciam nesta sexta-feira (2), em São Paulo, as primeiras ações do movimento #OcupeBrasília. Os estudantes se reúnem no MASP para exigir a aprovação do Plano Nacional da Educação ainda este ano, com 10% do PIB brasileiro investidos nesse setor. Na próxima semana, as entidades promovem um acampamento na Esplanada dos Ministérios.

Estudantes do movimento estudantil brasileiro prometem grandes ações de protesto nos próximos dias. Eles criticam a lentidão do Congresso Nacional em apresentar e debater o Plano Nacional de Educação (PNE), que definirá os rumos do ensino no Brasil pelos próximos 10 anos. A primeira acontece nesta sexta, no centro de São Paulo, a partir das 14h, em uma passeata que espera reunir cinco mil estudantes secundaristas (alunos do ensino médio e profissionalizante) de todo o Brasil.
[...]
http://sul21.com.br/jornal/2011/12/por-10-do-pib-para-educacao-une-e-ubes-organizam-ocupebrasilia/

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