identicamente à nuvem efêmera,
ao minuano forte,
milagrosamente surgiu e,
misteriosamente desapareceu,
você passou...
Contemplando o infinito,
tento encontrar
numa estrela, o seu sorriso,
o seu semblante,
tempo perdido,
você passou...
Durante o sono
a inconsciência generosa,
devolve a sua imagem,
mas ao despertar vejo,
que foi apenas um sonho,
você passou...
Meditando no silêncio,
procuro uma resposta,
busco um arrimo,
não há consolo,
você passou...
Mas, a Luta afasta a tristeza,
a procura de dias melhores,
não permite desalentos,
verificando o infortúnio humano,
o coração fica angustiado,
o sofrimento dos irmãos pesa,
no entanto, você passou...
Às vezes o desencanto bate forte,
forças empurram à deserção,
o embate é duro,
o coração pulsa forte,
o sangue lateja...
surge a dúvida:
você passou?
O peito não se entrega,
Observo no espelho
fusão de imagens, reflexos,
contemplo virtuais ilusões,
a vida varia em ciclos,
você permanece
o sonho não acabou...
Busco nas cinzas do passado,
energia para o presente,
revigoro as forças,
a esperança é latente,
se você passou,
se a vida é efêmera,
a luta é boa, revigora
o sonho não é transitório,
esse, não passou...
Nota do autor:
Esse poema é uma homenagem a minha mãe, que dia 1º de agosto estaria completando 87 anos. Desapareceu em 2007.
Com minha mãe aprendi, principalmente, que a Luta pela busca de dias melhores para todos VALE A PENA. O Sonho não acabou!
*Siden Francesch do Amaral é Professor, Escritor e Conselheiro Diretor no 14º Núcleo
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