Para quem não lembra, Coffy (PSDB) foi o relator na CPI que inocentou Yeda de todas as denúncias de corrupção.
Por Siden*
Desenvolvimento Sustentável
Tenho recebido muitas mensagens defendendo o ambiente. Parece que estamos vivendo um tempo em que se tornou moda defender a natureza. E se digo, que virou moda, é porque essa defesa não passa das palavras. As ações, na prática, são muito restritas.Ninguém pode ser ecologicamente correto e ao mesmo tempo ser consumista. Às vezes, fico estarrecido vendo consumistas contumazes defendendo a natureza. Acredito ser esse, um dos grandes paradoxos modernos: defender a natureza e obstinadamente consumir...

Lembro bem quando liguei para a minha amiga Joana, assistente do 14º Núcleo do CPERS/Sindicato lhe avisando da novidade, agora possuía um número de celular, o seu contentamento. Passei então, a entender, como facilitava esse aparelho, quando precisamos localizar uma pessoa.

Mas, voltando ao meu primeiro celular, nos últimos meses quando o mesmo tocava em público, já me sentia um tanto vexado ao atendê-lo, pois tinha recebido várias sugestões de amigos para trocá-lo por um mais moderno. Alguns até me diziam, sutilmente: tem operadora que está dando de graça...


A verdade é que o marketing na economia capitalista tem como função produzir necessidades às pessoas. Necessidades essas, completamente dispensáveis. Assim, o produto que compramos no ano passado, esse ano, já se tornará obsoleto e, numa velocidade espantosa, irá ocupar um lugar de destaque em algum museu.

Mas, o que se poderia esperar de uma economia, que tem que induzir as pessoas a consumir desenfreadamente para não entrar em colapso? A questão que se coloca, é como evitar, que um consumo dessa magnitude termine não batendo frontalmente com a integridade do ambiente, da natureza.
Portanto, no meu modesto entendimento, defender a natureza, também significa, consumir o que for apenas indispensável e tentar resistir, quase heroicamente, aos apelos monumentais do marketing capitalista.
Antes de encerrar esse artigo e para que ninguém fique me monitorando no momento em que tocar meu celular chamando-o, cinicamente, de tijolo (o que é uma injustiça, pois nem é tão grande assim), comunico que um amigo, menos resistente aos apelos do consumismo, me presenteou com um novo de natal. Junto com o abraço de natal ele me disse: é um aparelho com inúmeras funções. Acho que terei que fazer um curso para descobrir todas, ou pedir ao meu sobrinho de 9 anos para me dar algumas instruções sobre o mesmo.

Finalmente, fico imaginando, num futuro bem próximo, a televisão, o celular transmitindo também odores, tornando todos os demais aparelhos coisas do passado. Quanto ao ambiente, esse pobre coitado, que feche as narinas...
*Siden Francesch do Amaral é Professor, Diretor no 14 Núcleo e Conselheiro no Cpers-Sindicato.
3 comentários:
Meu Amigo Siden! Desculpe-me, mas não resisti, colocando umas fotos antigas de telefones. Tinha até de manivela.
Foi só por causa das férias, para descontrair e acrescentar mais alegria ao teu bom humor. Mas o assunto que levantaste é sério e merece a nossa reflexão. Obrigado Siden e um grande abraço!
Aííí Siden! Em tua homenagem por este artigo, coloquei à disposição de todos o vídeo A História das Coisas, que vai ao encontro do que tu falas em relação ao desenvolvimento sustentável, ao capitalismo e ao consumismo desenfreado. Um grande abraço a todos que assistirem!
Prof. César escreveu:
Valeu, colega Siden. - Adorei a sua crônica "Desenvolvimento Sustentável"!
Tenho vestido roupas usadas dos meus amigos a muitos anos: bermudas, calças, blusas, camisetas ,jaquetas, etc.
Outro dia saí por aí com uma mochila da Nike e uma camiseta da Adidas... Quandos os meus amigos/as que me conhecem a mais tempo me olhavam eu já fui dizendo: São trocas solidárias, são reciclagens e doações.
Agora estou fazendo feiras de trocas solidárias com os meus alunos. Não usamos dinheiro. Trocamos, simplesmente trocamos. Acho que estou viciado em trocas... quanto livro... vinil... blues.... camisetas... rádio... DVDs e CDs já foram trocados! Abraços
César Sor da Paz
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