Aos meus amigos verdes, gostaria de lembrar que Fernando Gabeira já declarou apoio a Serra, o que mostra como de fato ele (des)considera Marina da Silva e as instâncias do próprio partido.
Assim como a causa ambiental, uma vez que entre Serra/DEM/Índio da Costa e causas ambientais há uma distância de anos-luz.
É bom lembrar também que Serra ganhou nos estados do chamado “espinhaço do agro-business”, que vai de Santa Catarina a Rondônia. Isso permite uma bela previsão do que vai ser o seu governo, muito mais do que frases sem cabeça nem pé.
A propósito de anos-luz: o que ajudou a empurrar Serra para o segundo turno, dando mais votos a Marina, foi a campanha obscurantista, retrógrada, caluniosa e que usa o nome de todas as religiões em vão, acusando, por exemplo, Dilma Rousseff de ser a favor do aborto.
Aos preocupados com a liberdade de imprensa, lembro que na mídia que apóia a candidatura de Serra, velada ou abertamente, desde 2006 tornaram-se comuns as “operações limpeza” (inclusive a pedido), eliminando jornalistas (inclusive de renome) dissidentes (como durante a ditadura) ou que não tocavam de acordo com a música.
Já a quem se preocupe com política externa, lembro que, se Serra levar a sério suas declarações durante a campanha, erguerá uma cortina de ferro nas fronteiras do nosso país, acabando com a integração continental. Sem falar que retornaremos aos tempos do beija-mão e da barretada à potência de plantão. O Brasil vai perder todo o prestígio que acumulou nos últimos anos. Vai murchar em matéria de contatos com a África, Ásia e América Latina, sem que isso signifique uma melhor posição diante da Europa ou da América do Norte.
Se a preocupação for com a idéia de que “é bom alternar quem está no poder”, sugiro que comecemos por pensar no caso de S. Paulo, o segundo orçamento da nação, que completará vinte anos sob a batuta da coligação PSDB/DEM, com resultados precários na educação, saúde e segurança.
Para quem ache que “é tudo a mesma coisa”, lembro que a arte da política (de acordo, entre outros, com Gramsci) é a de discernir as diferenças para além das aparentes semelhanças, e que essas diferenças aparecem mais pelo acúmulo de atos do que pelo de palavras e promessas.
Lembro ainda que, devido aos resultados do primeiro turno, uma vitória de Serra vai transformar o governo federal em cabide para uma penca de políticos subitamente desempregados da sua coligação, que já deviam estar defenestrados (pelo voto, como foram) da nossa vida pública há muito tempo.
É bom não esquecer que Serra não apresentou qualquer programa. Mas seu último ato significativo no governo de S. Paulo foi a privatização da Nossa Caixa, brecada porque adquirida pelo Banco do Brasil. Isso é um bom prognóstico para o que vai acontecer com o Banco do Brasil. Caixa Econômica Federal, Petrobrás, etc.
Ao invés de programas, Serra distribuiu gestos e palavras a esmo. Dizer que quem fuma é contra Deus, puxar Ave Maria em missa, falar em austeridade fiscal e ao mesmo tempo prometer aumentos vertiginosos do salário mínimo, dizer que tem preocupação ambiental e ao mesmo tempo prometer no Pará que vai mexer na legislação que protege a Amazônia não é um programa nem um bom começo para quem quer alardear honestidade política e coerência.
E por aí se vai.
Dilma, por sua vez, defende um programa (que pôs em prática) ao mesmo tempo social e austero, demonstrou ser uma candidata de idéias próprias e não um factóide de si mesmo que fica esgrimindo promessas a torto (sobretudo) e a direito. Foi atacada, caluniada, difamada e manteve a linha o tempo inteiro (ao contrário de Serra, que seguido perdeu a linha quando confrontado com perguntas incômodas), não recorreu a esses golpes baixos tão típicos das campanhas da direita. Não é o caso de se concordar com ela em tudo. Mas Dilma é diálogo.
Leia, medite e passe adiante, se achar que é o caso. Obrigado pelo seu tempo.
http://rsurgente.opsblog.org/
“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.
Maurício Abdalla - Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.
Por Sérgio Weber e Suzane Wonghon, Professores Estaduais.
O Instituto de Previdência do Estado (IPE) realiza até o dia 3 de dezembro o recadastramento das 49 mil pensionistas do Estado. O processo começou ontem. O Censo faz parte do Programa de Apoio à Reforma dos Sistemas Estaduais de Previdência-Parsep - e objetiva adequar o cadastro do IPE às regras do Ministério da Previdência, agregar novas informações à base de dados dos beneficiários e dar mais confiabilidade e segurança ao sistema.
O calendário de atendimento será de acordo com o mês de aniversário da pensionista e o instituto disponibilizará 16 postos de recadastramento, sendo um em Porto Alegre e 15 no Interior do Estado (ver quadro ao lado).
O diretor de Previdência do IPE, Artur Desessards Júnior, informou que a documentação necessária para o recadastramento está disponível no site www.ipe.rs.gov.br e também no manual informativo distribuído nas entidades de classe de servidores, em órgãos públicos e em agências do instituto de previdência.
"A pensionista que efetuou a renovação da pensão nos meses de agosto e setembro e que tenha sido fotografada não precisará participar do Censo", esclareceu Desessards Júnior.
[...]
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2622
O Tribunal de Justiça do Estado (TJ) absolveu a deputada Stela Farias no processo que a parlamentar do PT respondia por crime ambiental em Alvorada. De acordo com os desembargadores, não houve prova suficiente para condená-la. Ex-prefeita do município, ela foi acusada de manter, durante os dois mandatos, de 97 a 2004, um lixão a céu aberto na localidade de Passo dos Negros. O julgamento foi iniciado em 2009.
Conforme o relator do caso, desembargador Marcelo Bandeira Pereira, para condenar um prefeito é preciso sinalizar falta de priorização, e não apenas determinar se faltou o cumprimento das orientações da Fepam no caso. O desembargador assinalou, ainda, que o problema ambiental começou muito antes da gestão da prefeita.
[...]
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=241792
Identifiquemos suas características, antes que seja tarde demais:
O tucano tem certeza que tem razão em tudo o que diz e faz.
O tucano lê a Folha de São Paulo cedinho e acredita em tudo o que lê.
O tucano nunca foi à América Latina, considera o continente uma área pré-capitalista e, portanto, pré-civilizatória.
O tucano considera a Bolívia uma espécie de aldeia de xavantes e a Venezuela uma Albânia.
O tucano nunca foi a Cuba, mas achou horrível.
O tucano foi a Buenos Aires (fazer compras com a patroa), mas considera a Argentina uma província européia.
O tucano considera FHC merecedor de Prêmios Nobel – da Paz, de Literatura, de física, de química, quaisquer.
O tucano considera o povo muito ingrato, ao não reconhecer o bem que os tucanos – com FHC à cabeça – fizeram e fazem pelo país.
A cada derrota acachapante, o tucano volta à carga da mesma maneira: ele tinha razão, o povo é que não o entendeu.
O tucano acha o povo malcheiroso.
O tucano considera que São Paulo (em particular os Jardins paulistanos) o auge da civilização, de onde deve se estender para as mais remotas regiões do país, para que o Brasil possa um dia ser considerado livre da barbárie.
O tucano mora nos Jardins ou ambiciona um dia morar lá.
O tucano é branco ou se considera branco.
O tucano compra Veja, mas não lê. (Ele já leu a Folha).
O tucano tem esperança de retomar o movimento Cansei!
O tucano tem saudades de 1932.
O tucano venera Washington Luis e odeia Getúlio Vargas.
O tucano só vai a cinema de shopping.
O tucano só vai a shopping.
O tucano freqüenta a Daslu, mesmo que seja por solidariedade às injustiças sofridas em função da ação da Justiça petista.
O tucano nem pronuncia o nome do Lula: fala Ele.
O tucano conhece o Nordeste pelas novelas da Globo.
O tucano dorme assistindo o programa do Jô.
O tucano acorda assistindo o Bom dia Brasil.
O tucano acha o Galvão Bueno a cara e a voz do Brasil.
O tucano recorta todos os artigos da página 2 da Folha para ler depois.
O tucano acha o Serra o melhor administrador do mundo.
O tucano acha Alckmin encantador.
O tucano tem ódio de Lula porque tem ódio do Brasil.
O tucano sempre acha que mereceria ter triunfado.
O tucano é mal humorado, nunca sorri e quando sorri – como diz The Economist sobre o candidato tucano – é assustador.
O tucano não tem espírito de humor. Também não tem motivos para achar graças das coisas. É um amargurado com o mundo e com as pessoas pelo que queria que o mundo fosse e não é.
O tucano considera a Barão de Limeira sua Meca.
O tucano acha o povo brasileiro preguiçoso. Acha que há milhões de “inimpregáveis” no Brasil.
O tucano acha a globalização “o novo Renascimento da humanidade”.
O tucano se acha.
O tucano pertence a uma minoria que acha que pode falar em nome da maioria.
O tucano é um corvo disfarçado de tucano.
Por Sergio Weber, Aposentado e Professor Estadual.
Assim como a causa ambiental, uma vez que entre Serra/DEM/Índio da Costa e causas ambientais há uma distância de anos-luz.
É bom lembrar também que Serra ganhou nos estados do chamado “espinhaço do agro-business”, que vai de Santa Catarina a Rondônia. Isso permite uma bela previsão do que vai ser o seu governo, muito mais do que frases sem cabeça nem pé.
A propósito de anos-luz: o que ajudou a empurrar Serra para o segundo turno, dando mais votos a Marina, foi a campanha obscurantista, retrógrada, caluniosa e que usa o nome de todas as religiões em vão, acusando, por exemplo, Dilma Rousseff de ser a favor do aborto.
Aos preocupados com a liberdade de imprensa, lembro que na mídia que apóia a candidatura de Serra, velada ou abertamente, desde 2006 tornaram-se comuns as “operações limpeza” (inclusive a pedido), eliminando jornalistas (inclusive de renome) dissidentes (como durante a ditadura) ou que não tocavam de acordo com a música.
Já a quem se preocupe com política externa, lembro que, se Serra levar a sério suas declarações durante a campanha, erguerá uma cortina de ferro nas fronteiras do nosso país, acabando com a integração continental. Sem falar que retornaremos aos tempos do beija-mão e da barretada à potência de plantão. O Brasil vai perder todo o prestígio que acumulou nos últimos anos. Vai murchar em matéria de contatos com a África, Ásia e América Latina, sem que isso signifique uma melhor posição diante da Europa ou da América do Norte.
Se a preocupação for com a idéia de que “é bom alternar quem está no poder”, sugiro que comecemos por pensar no caso de S. Paulo, o segundo orçamento da nação, que completará vinte anos sob a batuta da coligação PSDB/DEM, com resultados precários na educação, saúde e segurança.
Para quem ache que “é tudo a mesma coisa”, lembro que a arte da política (de acordo, entre outros, com Gramsci) é a de discernir as diferenças para além das aparentes semelhanças, e que essas diferenças aparecem mais pelo acúmulo de atos do que pelo de palavras e promessas.
Lembro ainda que, devido aos resultados do primeiro turno, uma vitória de Serra vai transformar o governo federal em cabide para uma penca de políticos subitamente desempregados da sua coligação, que já deviam estar defenestrados (pelo voto, como foram) da nossa vida pública há muito tempo.
É bom não esquecer que Serra não apresentou qualquer programa. Mas seu último ato significativo no governo de S. Paulo foi a privatização da Nossa Caixa, brecada porque adquirida pelo Banco do Brasil. Isso é um bom prognóstico para o que vai acontecer com o Banco do Brasil. Caixa Econômica Federal, Petrobrás, etc.
Ao invés de programas, Serra distribuiu gestos e palavras a esmo. Dizer que quem fuma é contra Deus, puxar Ave Maria em missa, falar em austeridade fiscal e ao mesmo tempo prometer aumentos vertiginosos do salário mínimo, dizer que tem preocupação ambiental e ao mesmo tempo prometer no Pará que vai mexer na legislação que protege a Amazônia não é um programa nem um bom começo para quem quer alardear honestidade política e coerência.
E por aí se vai.
Dilma, por sua vez, defende um programa (que pôs em prática) ao mesmo tempo social e austero, demonstrou ser uma candidata de idéias próprias e não um factóide de si mesmo que fica esgrimindo promessas a torto (sobretudo) e a direito. Foi atacada, caluniada, difamada e manteve a linha o tempo inteiro (ao contrário de Serra, que seguido perdeu a linha quando confrontado com perguntas incômodas), não recorreu a esses golpes baixos tão típicos das campanhas da direita. Não é o caso de se concordar com ela em tudo. Mas Dilma é diálogo.
Leia, medite e passe adiante, se achar que é o caso. Obrigado pelo seu tempo.
http://rsurgente.opsblog.org/
Marina... você se pintou?
“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.
Maurício Abdalla - Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.
Por Sérgio Weber e Suzane Wonghon, Professores Estaduais.
IPE vai cadastrar 49 mil pensionistas
Calendário vai até dezembro. A ideia é evitar fraudes e atualizar dadosO Instituto de Previdência do Estado (IPE) realiza até o dia 3 de dezembro o recadastramento das 49 mil pensionistas do Estado. O processo começou ontem. O Censo faz parte do Programa de Apoio à Reforma dos Sistemas Estaduais de Previdência-Parsep - e objetiva adequar o cadastro do IPE às regras do Ministério da Previdência, agregar novas informações à base de dados dos beneficiários e dar mais confiabilidade e segurança ao sistema.
O calendário de atendimento será de acordo com o mês de aniversário da pensionista e o instituto disponibilizará 16 postos de recadastramento, sendo um em Porto Alegre e 15 no Interior do Estado (ver quadro ao lado).
O diretor de Previdência do IPE, Artur Desessards Júnior, informou que a documentação necessária para o recadastramento está disponível no site www.ipe.rs.gov.br e também no manual informativo distribuído nas entidades de classe de servidores, em órgãos públicos e em agências do instituto de previdência.
"A pensionista que efetuou a renovação da pensão nos meses de agosto e setembro e que tenha sido fotografada não precisará participar do Censo", esclareceu Desessards Júnior.
[...]
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2622
Ex-prefeita de Alvorada, deputada Stela Farias é absolvida em processo por crime ambiental
O Tribunal de Justiça do Estado (TJ) absolveu a deputada Stela Farias no processo que a parlamentar do PT respondia por crime ambiental em Alvorada. De acordo com os desembargadores, não houve prova suficiente para condená-la. Ex-prefeita do município, ela foi acusada de manter, durante os dois mandatos, de 97 a 2004, um lixão a céu aberto na localidade de Passo dos Negros. O julgamento foi iniciado em 2009.
Conforme o relator do caso, desembargador Marcelo Bandeira Pereira, para condenar um prefeito é preciso sinalizar falta de priorização, e não apenas determinar se faltou o cumprimento das orientações da Fepam no caso. O desembargador assinalou, ainda, que o problema ambiental começou muito antes da gestão da prefeita.
[...]
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=241792
O que é um tucano?
Por Emir Sader
Ave rara, animal político com grave risco de extinção, o tucano se diferencia dos outros animais. Identifiquemos suas características, antes que seja tarde demais:
O tucano tem certeza que tem razão em tudo o que diz e faz.
O tucano lê a Folha de São Paulo cedinho e acredita em tudo o que lê.
O tucano nunca foi à América Latina, considera o continente uma área pré-capitalista e, portanto, pré-civilizatória.
O tucano considera a Bolívia uma espécie de aldeia de xavantes e a Venezuela uma Albânia.
O tucano nunca foi a Cuba, mas achou horrível.
O tucano foi a Buenos Aires (fazer compras com a patroa), mas considera a Argentina uma província européia.
O tucano considera FHC merecedor de Prêmios Nobel – da Paz, de Literatura, de física, de química, quaisquer.
O tucano considera o povo muito ingrato, ao não reconhecer o bem que os tucanos – com FHC à cabeça – fizeram e fazem pelo país.
A cada derrota acachapante, o tucano volta à carga da mesma maneira: ele tinha razão, o povo é que não o entendeu.
O tucano acha o povo malcheiroso.
O tucano considera que São Paulo (em particular os Jardins paulistanos) o auge da civilização, de onde deve se estender para as mais remotas regiões do país, para que o Brasil possa um dia ser considerado livre da barbárie.
O tucano mora nos Jardins ou ambiciona um dia morar lá.
O tucano é branco ou se considera branco.
O tucano compra Veja, mas não lê. (Ele já leu a Folha).
O tucano tem esperança de retomar o movimento Cansei!
O tucano tem saudades de 1932.
O tucano venera Washington Luis e odeia Getúlio Vargas.
O tucano só vai a cinema de shopping.
O tucano só vai a shopping.
O tucano freqüenta a Daslu, mesmo que seja por solidariedade às injustiças sofridas em função da ação da Justiça petista.
O tucano nem pronuncia o nome do Lula: fala Ele.
O tucano conhece o Nordeste pelas novelas da Globo.
O tucano dorme assistindo o programa do Jô.
O tucano acorda assistindo o Bom dia Brasil.
O tucano acha o Galvão Bueno a cara e a voz do Brasil.
O tucano recorta todos os artigos da página 2 da Folha para ler depois.
O tucano acha o Serra o melhor administrador do mundo.
O tucano acha Alckmin encantador.
O tucano tem ódio de Lula porque tem ódio do Brasil.
O tucano sempre acha que mereceria ter triunfado.
O tucano é mal humorado, nunca sorri e quando sorri – como diz The Economist sobre o candidato tucano – é assustador.
O tucano não tem espírito de humor. Também não tem motivos para achar graças das coisas. É um amargurado com o mundo e com as pessoas pelo que queria que o mundo fosse e não é.
O tucano considera a Barão de Limeira sua Meca.
O tucano acha o povo brasileiro preguiçoso. Acha que há milhões de “inimpregáveis” no Brasil.
O tucano acha a globalização “o novo Renascimento da humanidade”.
O tucano se acha.
O tucano pertence a uma minoria que acha que pode falar em nome da maioria.
O tucano é um corvo disfarçado de tucano.
Por Sergio Weber, Aposentado e Professor Estadual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário