30/10/2011 23:23
PORTO ALEGRE - Professores e funcionários de escola discutiram, na sexta-feira (28), a greve para garantir a implementação do piso salarial e barrar projetos do governo do Estado que atacam a educação e a categoria. Os temas foram discutidos em seminário realizado no hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Os educadores se reúnem em assembleia geral no dia 18 de novembro, às 13h30, no Gigantinho.
Os educadores não aceitam a proposta do governo Tarso de tornar o ensino médio técnico. Para o doutor em História Valério Arcary, a proposta do governo do Estado é uma contrarreforma. “A classe média vai botar seus filhos na escola privada, enquanto os pobres terão que se abraçar com o plano do governador. A escola precisa ser transformadora e não reprodutora de uma ordem”, destacou o professor. “O governador esqueceu, todavia, de combinar isso com os professores”, concluiu Arcary.
As políticas propostas pelo governo têm como objetivo a avaliação e a aferição. Isso não passa de uma tentativa de mascarar a falta de investimentos na educação pública. O governo tenta colocar nos ombros dos educadores a responsabilidade pela evasão escolar e repetência. Os únicos penalizados são os trabalhadores. As estruturas de governo não serão responsabilizadas pela falta de investimentos e pelo sucateamento das escolas. O secretário da Educação, que até pouco tempo se dizia contra a avaliação externa e as provas padronizadas, agora as apresenta como solução para os problemas da educação. Onde está a coerência?
A cartilha elaborada pelo governo, em mais de sua metade, utiliza-se de importantes pensadores para tentar ganhar credibilidade. A proposta é, contudo, antagônica ao que defendiam os pensadores utilizados como exemplo pelo governo. A reestruturação pensada por Tarso/José Clóvis não leva em consideração os seres humanos. Considera apenas as necessidades do mercado de trabalho, dos arranjos produtivos do Estado.
Enquanto apresenta projetos que atacam a educação dos filhos dos trabalhadores, o governo silencia em relação ao cumprimento da lei do piso salarial para professores e funcionários de escola. Os professores são obrigados a cumprir durante o ano 200 dias letivos e 800 horas aula. Já o governo se nega a pagar o piso, criado por Tarso enquanto ministro da Educação e recentemente declarado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
FALTA DE INVESTIMENTO – Segundo Arcary, o Brasil tem 23,5 milhões de jovens com idade para ingressar no ensino superior, mas o número de vagas é de apenas 5 milhões, sendo 1 milhão em instituições públicas. O Brasil investe U$ 959 aluno/ano, pouco mais que a Bolívia (U$ 695). O Canadá investe U$ 7.731. Se o Brasil investisse 10% do seu Produto Interno Bruto na educação, cerca de U$ 2,3 trilhões, isso elevaria o investimento aluno/ano para U$ 2.398.
Conforme Arcary, o salário médio nacional dos docentes é inferior ao salário médio das demais categorias. Em compensação, a escolaridade dos docentes é o dobro da dos demais trabalhadores. Os professores costumam trabalhar mais de 30 horas semanais.
O pedagogo Juca Gil lembrou que a ideia de o Brasil investir 10% do PIB na educação não é nova. Em 2001 já se previa tal percentual. O Congresso Nacional, porém, aprovou 7%. Mesmo rebaixado, o índice acabou vetado por FHC. O veto foi mantido pelo Congresso e pelo presidente Lula. Gil também criticou as propostas do governo do Estado, que, segundo ele, atacam os professores.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Cristiano Estrela
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=3035
http://www.jornalvs.com.br/estado/353079/trabalhadores-do-polo-petroquimico-interrompem-transito-na-br-386.html
Ficam anuladas as seguintes questões no caderno amarelo e suas correspondentes nos outros cadernos: 32, 33, 34, 46, 50, 57, 74 e 87, do primeiro dia; 113, 141, 154, 173 e 180, do segundo dia.
Pelo Twitter, o MEC (Ministério da Educação) e o Inep afirmaram que "consideram a decisão do juiz Luiz Praxedes desproporcional e arbitrária, e vão recorrer em Tribunal de Recife ainda esta semana".
Na decisão, o juiz afirma que anular o Enem somente para os 639 alunos do Colégio Christus, como fez o MEC, "foge da lógica do razoável" e anular para todos "é algo desproporcional e implicaria um grande prejuízo."
"Irmãs Carmelitas Descalças"
"O erro gravíssimo do instituto requerido [Inep] foi não usar questões inéditas no Enem deste ano. As questões do pré-teste jamais poderiam ser utilizadas no ano seguinte, principalmente porque não estavam lidando com instituições comandadas por Irmãs Carmelitas Descalças, e sim por entidades [escolas] com um alto grau de disputa entre as elas, para angariar novos alunos", afirma Silveira.
Fonte: UOL
Por Siden, Professor Estadual.
— O problema da corrupção no Brasil tem sua base exatamente ali, no Judiciário. Todos sabem disso, mas poucos têm coragem de denunciá-lo. Nossa presidente começou a faxina no Executivo. Quando será a vez do Judiciário, onde o problema é muito mais grave? — disse o arcebispo.
Dom Dadeus foi condenado, juntamente com a diocese de São João da Boa Vista (SP), a pagar indenização de R$ 940 mil a uma família de Mogi Guaçu (SP).
A entrevista coletiva de Dom Dadeus, que se iniciou às 14h, teve como objetivo o anúncio de "fato relevante". Na sua fala, ele começou dizendo que "chegou ao fim mais um capítulo da agressão do Judiciário contra a Igreja Católica".
No final da tarde, a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) divulgou nota de indignação quanto à declaração de Dom Dadeus. "É necessário que a cidadania perceba que um país, para ser substancialmente democrático, deve contar com um Poder Judiciário laico, imparcial e independente", diz a nota, que é assinada pelo presidente da associação João Ricardo dos Santos Costa.
Confira na íntegra a nota da Ajuris:
"A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) vem a público manifestar toda a indignação da Magistratura gaúcha em face das declarações do Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, que atribui ao Poder Judiciário a condição de ente corrompido, impulsionado por ter sido condenado em ação de indenização por fato que lhe foi imputado, ocorrido na cidade de Mogi Guaçu (SP).
Esta prática adotada pelo Arcebispo está cada vez mais disseminada no Brasil, notadamente quando o Judiciário decide em desfavor de segmentos que desfrutam de poder diferenciado na sociedade.
É necessário que a cidadania perceba que um país, para ser substancialmente democrático, deve contar com um Poder Judiciário laico, imparcial e independente. Lamentavelmente, alguns quadros da vida pública ainda não se deram conta do quanto é importante tal condição para uma nação.
Reiteramos que a postura inquisitorial do Arcebispo é inaceitável. Da mesma forma, registramos o grande respeito que temos pela Igreja Católica, e todas as outras religiões.
Entretanto, não podemos admitir que qualquer religioso, em nome de sua crença, insulte pessoas e instituições de forma arbitrária, numa quase retrospectiva da inquisição medieval.
A Ajuris sempre exigirá pronta apuração de qualquer irregularidade no Poder Judiciário, mas não admitirá a ofensa generalizada e irresponsável, de qualquer autoridade, simplesmente pelo fato de ter seus interesses contrariados por decisão judicial. Repudiamos tal comportamento pelos evidentes danos que causa à democracia".
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3545982.xml
Os educadores não aceitam a proposta do governo Tarso de tornar o ensino médio técnico. Para o doutor em História Valério Arcary, a proposta do governo do Estado é uma contrarreforma. “A classe média vai botar seus filhos na escola privada, enquanto os pobres terão que se abraçar com o plano do governador. A escola precisa ser transformadora e não reprodutora de uma ordem”, destacou o professor. “O governador esqueceu, todavia, de combinar isso com os professores”, concluiu Arcary.
As políticas propostas pelo governo têm como objetivo a avaliação e a aferição. Isso não passa de uma tentativa de mascarar a falta de investimentos na educação pública. O governo tenta colocar nos ombros dos educadores a responsabilidade pela evasão escolar e repetência. Os únicos penalizados são os trabalhadores. As estruturas de governo não serão responsabilizadas pela falta de investimentos e pelo sucateamento das escolas. O secretário da Educação, que até pouco tempo se dizia contra a avaliação externa e as provas padronizadas, agora as apresenta como solução para os problemas da educação. Onde está a coerência?
A cartilha elaborada pelo governo, em mais de sua metade, utiliza-se de importantes pensadores para tentar ganhar credibilidade. A proposta é, contudo, antagônica ao que defendiam os pensadores utilizados como exemplo pelo governo. A reestruturação pensada por Tarso/José Clóvis não leva em consideração os seres humanos. Considera apenas as necessidades do mercado de trabalho, dos arranjos produtivos do Estado.
Enquanto apresenta projetos que atacam a educação dos filhos dos trabalhadores, o governo silencia em relação ao cumprimento da lei do piso salarial para professores e funcionários de escola. Os professores são obrigados a cumprir durante o ano 200 dias letivos e 800 horas aula. Já o governo se nega a pagar o piso, criado por Tarso enquanto ministro da Educação e recentemente declarado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
FALTA DE INVESTIMENTO – Segundo Arcary, o Brasil tem 23,5 milhões de jovens com idade para ingressar no ensino superior, mas o número de vagas é de apenas 5 milhões, sendo 1 milhão em instituições públicas. O Brasil investe U$ 959 aluno/ano, pouco mais que a Bolívia (U$ 695). O Canadá investe U$ 7.731. Se o Brasil investisse 10% do seu Produto Interno Bruto na educação, cerca de U$ 2,3 trilhões, isso elevaria o investimento aluno/ano para U$ 2.398.
Conforme Arcary, o salário médio nacional dos docentes é inferior ao salário médio das demais categorias. Em compensação, a escolaridade dos docentes é o dobro da dos demais trabalhadores. Os professores costumam trabalhar mais de 30 horas semanais.
O pedagogo Juca Gil lembrou que a ideia de o Brasil investir 10% do PIB na educação não é nova. Em 2001 já se previa tal percentual. O Congresso Nacional, porém, aprovou 7%. Mesmo rebaixado, o índice acabou vetado por FHC. O veto foi mantido pelo Congresso e pelo presidente Lula. Gil também criticou as propostas do governo do Estado, que, segundo ele, atacam os professores.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Cristiano Estrela
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=3035
Trabalhadores do Polo Petroquímico interrompem trânsito na BR-386
Grupo manifestou contra o percentual de reajuste de 8% oferecido pelas empresas na última semana.Da Redação - 01/11/2011 09h17
Montenegro - Na manhã desta terça-feira, trabalhadores do Polo Petroquímico voltaram a protestar no km 423 da BR-386 em Montenegro. O grupo bloqueou a passagem de ônibus que levavam demais funcionários até a empresa em Triunfo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a pista não está bloqueada e o trânsito flui normalmente no trecho da rodovia. O protesto é contra o percentual de reajuste de 8% oferecido pelas empresas na última semana. Os trabalhadores querem 13,6% de aumento e buscam retomar as negociações em breve. http://www.jornalvs.com.br/estado/353079/trabalhadores-do-polo-petroquimico-interrompem-transito-na-br-386.html
Por causa de vazamento, Justiça anula 13 questões do Enem 2011
Da Redação, Em São Paulo
A Justiça Federal no Ceará decidiu na noite desta segunda-feira (31) anular 13 questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011. Segundo o juiz Luís Praxedes da Silveira, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) deve desconsiderar esses itens na hora da correção.Ficam anuladas as seguintes questões no caderno amarelo e suas correspondentes nos outros cadernos: 32, 33, 34, 46, 50, 57, 74 e 87, do primeiro dia; 113, 141, 154, 173 e 180, do segundo dia.
Pelo Twitter, o MEC (Ministério da Educação) e o Inep afirmaram que "consideram a decisão do juiz Luiz Praxedes desproporcional e arbitrária, e vão recorrer em Tribunal de Recife ainda esta semana".
Na decisão, o juiz afirma que anular o Enem somente para os 639 alunos do Colégio Christus, como fez o MEC, "foge da lógica do razoável" e anular para todos "é algo desproporcional e implicaria um grande prejuízo."
"Irmãs Carmelitas Descalças"
"O erro gravíssimo do instituto requerido [Inep] foi não usar questões inéditas no Enem deste ano. As questões do pré-teste jamais poderiam ser utilizadas no ano seguinte, principalmente porque não estavam lidando com instituições comandadas por Irmãs Carmelitas Descalças, e sim por entidades [escolas] com um alto grau de disputa entre as elas, para angariar novos alunos", afirma Silveira.
Fonte: UOL
Por Siden, Professor Estadual.
http://sul21.com.br/jornal/2011/10/eugenio-77/
Após condenação, Dom Dadeus acusa Judiciário de corrupção
Arcebispo questionou quando começará uma faxina no JudiciárioLéo Gerchmann, ZH - 01/11/2011 às 07h24min
Indignado com uma condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, acusou o Judiciário de corrupção.— O problema da corrupção no Brasil tem sua base exatamente ali, no Judiciário. Todos sabem disso, mas poucos têm coragem de denunciá-lo. Nossa presidente começou a faxina no Executivo. Quando será a vez do Judiciário, onde o problema é muito mais grave? — disse o arcebispo.
Dom Dadeus foi condenado, juntamente com a diocese de São João da Boa Vista (SP), a pagar indenização de R$ 940 mil a uma família de Mogi Guaçu (SP).
A entrevista coletiva de Dom Dadeus, que se iniciou às 14h, teve como objetivo o anúncio de "fato relevante". Na sua fala, ele começou dizendo que "chegou ao fim mais um capítulo da agressão do Judiciário contra a Igreja Católica".
No final da tarde, a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) divulgou nota de indignação quanto à declaração de Dom Dadeus. "É necessário que a cidadania perceba que um país, para ser substancialmente democrático, deve contar com um Poder Judiciário laico, imparcial e independente", diz a nota, que é assinada pelo presidente da associação João Ricardo dos Santos Costa.
Confira na íntegra a nota da Ajuris:
"A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) vem a público manifestar toda a indignação da Magistratura gaúcha em face das declarações do Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, que atribui ao Poder Judiciário a condição de ente corrompido, impulsionado por ter sido condenado em ação de indenização por fato que lhe foi imputado, ocorrido na cidade de Mogi Guaçu (SP).
Esta prática adotada pelo Arcebispo está cada vez mais disseminada no Brasil, notadamente quando o Judiciário decide em desfavor de segmentos que desfrutam de poder diferenciado na sociedade.
É necessário que a cidadania perceba que um país, para ser substancialmente democrático, deve contar com um Poder Judiciário laico, imparcial e independente. Lamentavelmente, alguns quadros da vida pública ainda não se deram conta do quanto é importante tal condição para uma nação.
Reiteramos que a postura inquisitorial do Arcebispo é inaceitável. Da mesma forma, registramos o grande respeito que temos pela Igreja Católica, e todas as outras religiões.
Entretanto, não podemos admitir que qualquer religioso, em nome de sua crença, insulte pessoas e instituições de forma arbitrária, numa quase retrospectiva da inquisição medieval.
A Ajuris sempre exigirá pronta apuração de qualquer irregularidade no Poder Judiciário, mas não admitirá a ofensa generalizada e irresponsável, de qualquer autoridade, simplesmente pelo fato de ter seus interesses contrariados por decisão judicial. Repudiamos tal comportamento pelos evidentes danos que causa à democracia".
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3545982.xml
Van da Guarda Municipal de Porto Alegre é usada para transporte de fiéis ao interior do Estado
Veículo transportou 21 jovens a um retiro religioso no Vale do Taquari
Fernando Zanuzo | 31/10/2011 - 19h29min
Uma van normalmente usada para transportar guardas municipais até parques e repartições públicas de Porto Alegre foi convertida em veículo de transporte de passageiros na última sexta-feira, feriado do Dia do Servidor Público.
Conduzido por um servidor fardado, o veículo transportou 21 jovens da Igreja Batista Ebenézer para um retiro no município de Estrela, no Vale do Taquari. A van voltou à Capital ainda na sexta e retornou para apanhar o grupo na tarde de domingo.
Às 18h40min, o veículo da Prefeitura foi estacionado ao lado do templo onde ficou por duas horas. Nesse período, homens e mulheres foram desembarcando de carros com sacolas e mochilas. A bagagem foi acondicionada na van da Guarda Municipal que partiu às 20h40min rumo ao Vale do Taquari.
Um servidor público, que pediu para não ser identificado, afirma que a prática é comum na Guarda de Porto Alegre.
— Isso vem acontecendo várias vezes. Até então, acontecia dentro do município - afirmou o denunciante, condenando o uso de veículos para fins "políticos" e "partidários".
A reportagem obteve uma cópia do memorando que autoriza a viagem, assinado pelo chefe da guarda municipal e pelo secretário de Direitos Humanos e Segurança Urbana, Nereu D'Avila.
À reportagem, D'Avila afirmou que os veículos são cedidos para transporte de guardas em curso por cidades da Região Metropolitana. Em casos excepcionais, segundo ele, uma van é cedida para entidades conveniadas à Secretaria, mas apenas para deslocamentos dentro de Porto Alegre.
O secretário se mostrou surpreso ao ver o ofício assinado por ele, e não reconheceu a assinatura. Ele determinou investigação interna para averiguar os fatos, e garantiu que não estava na cidade no dia 26 de outubro, quando a autorização foi assinada.
— Eu afirmo e reafirmo que foi a única vez que isso deve ter acontecido, porque eu estava viajando. Era o Dia do Funcionário Público, e ela [a Secretaria] não funcionava. A gente vai tomar as providências.
Ao ver as imagens registradas pela reportagem, o procurador do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, afirmou que irá analisar os documentos, mas adianta que há indícios de irregularidade.
— Pelas competências da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Urbana, se depreende que o uso de viaturas da Guarda Municipal para finalidade outra que não aquelas relacionadas à segurança urbana, com a proteção dos direitos humanos, com a colaboração de outro usuário da prefeitura, caracteriza um ato de desvio de finalidade.
O pastor da Igreja Batista Ebenézer, Josias Zanotta Camargo, responsável pela viagem, preferiu não gravar entrevista. Em resposta por e-mail, ele afirma que uma fiel enviou ofício à Secretaria e conseguiu o veículo no dia e hora marcados. O pastor declarou não saber que se tratava de uma prática proibida.
A Prefeitura de Porto Alegre informou, por meio de nota, que o prefeito José Fortunati determinou hoje a abertura de uma sindicância pela Procuradoria Geral do Município (PGM) para apurar as denúncias.
Conduzido por um servidor fardado, o veículo transportou 21 jovens da Igreja Batista Ebenézer para um retiro no município de Estrela, no Vale do Taquari. A van voltou à Capital ainda na sexta e retornou para apanhar o grupo na tarde de domingo.
Às 18h40min, o veículo da Prefeitura foi estacionado ao lado do templo onde ficou por duas horas. Nesse período, homens e mulheres foram desembarcando de carros com sacolas e mochilas. A bagagem foi acondicionada na van da Guarda Municipal que partiu às 20h40min rumo ao Vale do Taquari.
Um servidor público, que pediu para não ser identificado, afirma que a prática é comum na Guarda de Porto Alegre.
— Isso vem acontecendo várias vezes. Até então, acontecia dentro do município - afirmou o denunciante, condenando o uso de veículos para fins "políticos" e "partidários".
A reportagem obteve uma cópia do memorando que autoriza a viagem, assinado pelo chefe da guarda municipal e pelo secretário de Direitos Humanos e Segurança Urbana, Nereu D'Avila.
À reportagem, D'Avila afirmou que os veículos são cedidos para transporte de guardas em curso por cidades da Região Metropolitana. Em casos excepcionais, segundo ele, uma van é cedida para entidades conveniadas à Secretaria, mas apenas para deslocamentos dentro de Porto Alegre.
O secretário se mostrou surpreso ao ver o ofício assinado por ele, e não reconheceu a assinatura. Ele determinou investigação interna para averiguar os fatos, e garantiu que não estava na cidade no dia 26 de outubro, quando a autorização foi assinada.
— Eu afirmo e reafirmo que foi a única vez que isso deve ter acontecido, porque eu estava viajando. Era o Dia do Funcionário Público, e ela [a Secretaria] não funcionava. A gente vai tomar as providências.
Ao ver as imagens registradas pela reportagem, o procurador do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, afirmou que irá analisar os documentos, mas adianta que há indícios de irregularidade.
— Pelas competências da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Urbana, se depreende que o uso de viaturas da Guarda Municipal para finalidade outra que não aquelas relacionadas à segurança urbana, com a proteção dos direitos humanos, com a colaboração de outro usuário da prefeitura, caracteriza um ato de desvio de finalidade.
O pastor da Igreja Batista Ebenézer, Josias Zanotta Camargo, responsável pela viagem, preferiu não gravar entrevista. Em resposta por e-mail, ele afirma que uma fiel enviou ofício à Secretaria e conseguiu o veículo no dia e hora marcados. O pastor declarou não saber que se tratava de uma prática proibida.
A Prefeitura de Porto Alegre informou, por meio de nota, que o prefeito José Fortunati determinou hoje a abertura de uma sindicância pela Procuradoria Geral do Município (PGM) para apurar as denúncias.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3545891.xml
A voz do Brasil que nunca teve voz
Saul Leblon - 30/10/2011 - 07:10Lula completou 66 anos esta semana: a metade deles emprestando a voz rouca e grave à defesa da democracia e da justiça social no seu país e no mundo. Avant la lettre, ele deu voz à 'primavera árabe' brasileira. Mesmo quando lhe faltaram microfones, nas assembleias históricas da Vila Euclides, no ciclo das grandes greves do ABC paulista, nos anos 80, a voz rouca e grave se propagou através de outras vozes para se fazer ouvir em todos os cantos e lares mais humildes do vasto território nacional.
A economia e a sociedade que essa voz ajudou a construir hoje falam por ele. E torcem por ele, na certeza de que ele ainda falará por ela durante muito tempo, como líder político incontestável da grande frente progressista que deu voz a um Brasil que nunca antes teve voz nem vez na política e no poder.
Na campanha de 2002, num discurso emocionado, quando a vitória ainda era incerta, Lula disse que se considerava uma obra coletiva do povo brasileiro. E que assim persistiria , fosse qual fosse o resultado da disputa. De fato. Lula se transformou no intérprete mais fiel das lutas e sonhos da gente brasileira, a ponto de o seu nome ter se incorporado ao vocabulário nacional ('agora é Lula!') como uma espécie de sinônimo do orgulho, da resistência e do discernimento de uma população que, ao seu modo, nele se enxergou como fonte de poder e de direitos .
Essa força tamanha não vai silenciar. Não apenas porque Lula em breve voltará a expressá-la, mas porque em qualquer tempo, e em qualquer lugar , sempre que interesses de uma elite anti-social e demofóbica ameaçarem as conquistas e anseios dessa gente, haverá quem cante, assovie, murmure ou mencione o refrão que enfeixa um punhado de significados e entendimentos, todos eles porém imiscíveis com a prepotência e a humilhação que encontrou nesta voz um contraponto de alteridade e hegemonia que as ruas dificilmente esquecerão:
A economia e a sociedade que essa voz ajudou a construir hoje falam por ele. E torcem por ele, na certeza de que ele ainda falará por ela durante muito tempo, como líder político incontestável da grande frente progressista que deu voz a um Brasil que nunca antes teve voz nem vez na política e no poder.
Na campanha de 2002, num discurso emocionado, quando a vitória ainda era incerta, Lula disse que se considerava uma obra coletiva do povo brasileiro. E que assim persistiria , fosse qual fosse o resultado da disputa. De fato. Lula se transformou no intérprete mais fiel das lutas e sonhos da gente brasileira, a ponto de o seu nome ter se incorporado ao vocabulário nacional ('agora é Lula!') como uma espécie de sinônimo do orgulho, da resistência e do discernimento de uma população que, ao seu modo, nele se enxergou como fonte de poder e de direitos .
Essa força tamanha não vai silenciar. Não apenas porque Lula em breve voltará a expressá-la, mas porque em qualquer tempo, e em qualquer lugar , sempre que interesses de uma elite anti-social e demofóbica ameaçarem as conquistas e anseios dessa gente, haverá quem cante, assovie, murmure ou mencione o refrão que enfeixa um punhado de significados e entendimentos, todos eles porém imiscíveis com a prepotência e a humilhação que encontrou nesta voz um contraponto de alteridade e hegemonia que as ruas dificilmente esquecerão:
'olê, olê, olê, olá, Lula, Lula...'
http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=6&post_id=799
Diretoria, Funcionária e Colaboradores do 14º Núcleo.
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