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domingo, 2 de outubro de 2011

A Lista do Piso

Siden Francesch do Amaral* - 29/09/2011
Faça uma lista dos defensores do Piso,
Que você parava para escutar,
E agora, no momento do cumprimento, repetem,
A velha desculpa, não tem dinheiro, querem postergar...

Faça uma lista dos que defendiam,
Que do Piso fariam bandeira nacional,
E agora eleitos, emudeceram
Calaram de forma brutal...

Onde você os reconhece
Nos atos presentes ou nos discursos de outrora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Ou querem jogar seus sonhos fora?

Faça uma lista dos inimigos,
Que a Lei do Piso derrotou,
Quantos “embrolhos” jurídicos?...
Pois, ainda não vigorou...

Que mistérios permeiam o poder,
Quantos você não consegue entender?
Quantos discursos que lutou para enterrar,
Para seu espanto, parecem ressuscitar!

Disfarçam falácia antiga,
E o velho filme se repete,
Meritocracia em méritos dissimulada,
Defender a carreira...carece.

E o cinismo continua,
Com desculpas sem igual,
Nossa dignidade novamente protelada,
Dizem que virá de forma gradual...

Basta de migalhas e enganação,
Lei não é apenas para o povo cumprir,
Ou param com essa encenação,
Ou braços cruzados podem surgir...

*Siden Francesch do Amaral é Diretor Geral do 14º Núcleo CPERS/Sindicato.
Nota do autor: Esse poema foi inspirado na composição musical A Lista, de Osvaldo Montenegro.

"Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer." Albert Einstein
Por Tio Noé.
Por Miriam Andrea Vivi Kuhn


Poesia Matemática
Millôr Fernandes
        Às folhas tantas
        do livro matemático
        um Quociente apaixonou-se
        um dia
        doidamente
        por uma Incógnita.

        Olhou-a com seu olhar inumerável
        e viu-a do ápice à base
        uma figura ímpar;
        olhos romboides, boca trapezoide,
        corpo retangular, seios esferoides.

        Fez de sua uma vida
        paralela à dela
        até que se encontraram
        no infinito.

        "Quem és tu?", indagou ele
        em ânsia radical.
        "Sou a soma do quadrado dos catetos.
        Mas pode me chamar de Hipotenusa."
        E de falarem descobriram que eram
        (o que em aritmética corresponde
        a almas irmãs)
        primos entre si.

        E assim se amaram
        ao quadrado da velocidade da luz
        numa sexta potenciação
        traçando
        ao sabor do momento
        e da paixão
        retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
        nos jardins da quarta dimensão.

        Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
        e os exegetas do Universo Finito.
        Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
        E enfim resolveram se casar
        constituir um lar,
        mais que um lar,
        um perpendicular.

        Convidaram para padrinhos
        o Poliedro e a Bissetriz.
        E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
        sonhando com uma felicidade
        integral e diferencial.

        E se casaram e tiveram uma secante e três cones
        muito engraçadinhos.
        E foram felizes
        até aquele dia
        em que tudo vira afinal
        monotonia.

        Foi então que surgiu
        O Máximo Divisor Comum
        frequentador de círculos concêntricos,
        viciosos.
        Ofereceu-lhe, a ela,
        uma grandeza absoluta
        e reduziu-a a um denominador comum.

        Ele, Quociente, percebeu
        que com ela não formava mais um todo,
        uma unidade.
        Era o triângulo,
        tanto chamado amoroso.
        Desse problema ela era uma fração,
        a mais ordinária.

        Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
        e tudo que era espúrio passou a ser
        moralidade
        como aliás em qualquer
        sociedade.

Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.

Por Sergio Weber, Professor e Diretor no 14º Núcleo.

Bancários prometem intensificar greve a partir desta segunda-feira
02.10.11 - 12:18
Os bancários prometem intensificar em todo o país, a partir desta semana, a greve deflagrada na última terça-feira (27). “Queremos quebrar a intransigência dos bancos públicos e privados”, diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeira, filiada à Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro. Amanhã (3), o comando nacional se reúne, em São Paulo, para avaliar os rumos do movimento. A categoria reclama do “silêncio” da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Segundo a Contraf-CUT, a entidade patronal não manifestou, até agora, intenção de retomar as negociações. Os trabalhadores entraram em greve após rejeitar a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. De acordo com eles, esse percentual representa 0,56% de aumento real.

Os bancários reivindicam reajuste de 12,8%. Esse percentual representa, destacam, 5% de aumento real mais a inflação do período. Além disso, a categoria quer valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), abertura de contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, extinção de metas que consideram abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.

Diálogo
“Os bancos, que lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, têm plenas condições de fazer uma proposta que seja capaz de atender às reivindicações dos funcionários”, diz Carlos Cordeiro. “Apostamos no diálogo e na negociação para resolver o impasse.”

De acordo com a Contraf-CUT, o movimento paralisa bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. A entidade espera que amanhã os bancários de Roraima também suspendam as atividades. Na sexta-feira (30), foram paralisadas 7.865 agências e centros administrativos, segundo balanço da representação sindical.

"O Brasil é um dos países com maior desigualdade do mundo. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar até 400 vezes a renda de um bancário que recebe o piso da categoria. É preciso mudar essa realidade e tirar o país dessa vergonhosa posição entre as dez nações mais desiguais do planeta", ressalto o presidente da Contraf-CUT.
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=290315

Gisele Bündchen e Medusa
Julio Sosa*
Trabalhei em minha sala de aula o mito grego medusa, a moça estuprada pelo deus Poseidon e ainda castigada pela deusa Atena, que apesar de ser feminina a considera culpada da violência que sofreu. Levantei a discussão com os alunos e alunas sobre como mulheres que sofrem esse tipo de violência são tratadas. E, fiquei surpreendido com as respostas que recebi.

Meus alunos e alunas, todos jovens da nova geração "conectados", ainda utilizam expressões do século passado, ainda consideram que "algumas vezes" a mulher "provoca" o estupro. Mais surpreendente ainda, quando esses comentários vem da boca de meninas. O que estamos construindo? De que adiantou toda a luta das mulheres até hoje? Quando e como vamos mudar essa realidade sexista?

Ainda pensando nisso, me deparo hoje com o comercial da marca de lingerie Hope, estrelado pela top model brasileira Gisele Bündchen, que está causando polêmica e pode ser retirado do ar. Na propaganda, disponível para TV, internet e outdoors, Gisele faz o papel de uma mulher que bateu o carro e estourou o limite do cartão de crédito e precisa dar a notícia ao marido. Na primeira versão, a história é contada com Gisele vestida normalmente. Na segunda versão, a modelo aparece apenas de calcinha e sutiã, naquela que foi considerada pela a marca a melhor maneira de relatar o problema.

O comercial é apelativo e preconceituoso em relação às mulheres, colocando como sempre a mulher como um objeto. Ora porque não pode a mulher mesmo resolver o problema do cartão de crédito?

Perseu e Medusa
Em Brasília um professor universitário inconformado com o fim do relacionamento com a aluna/namorada matou a moça. Quem mandou ela ter o direito de não querer mais ele?

Engana-se quem pensa que um assunto não tem nada a ver com o outro e que esse blogueiro, exagerado, mistura tudo. É tudo o mesmo princípio, a mulher é um objeto do homem e deve estar sempre disponível a ele. Pois, afinal como mostra o comercial, ele tem o dinheiro e ela a sedução.

A medusa grega, que enfeitiçava os pobres homens, era uma visão mitológica daquela sociedade extremamente masculina. A mulher poderosa cujo o olhar era fatal levantava o medo dos homens, que não sabiam lidar com esse mulher que não lhes era submissa e a única maneira de acabar com ela era matando-a, cortando-lhe a cabeça.

Em pleno século 21 a sociedade ainda não aprendeu a lidar com a mulher independente, sensual e bonita, mas que não precisa do cartão de crédito do homem, muito pelo contrário. A top model brasileira quantos maridos ela poderia "sustentar" com seu cartão de crédito? Os homens ainda tem medo da mulher forte.
*Julio Sosa é Professor Estadual.
Fonte: Blog do Prof. Julio Sosa
http://sorjulio1.blogspot.com/

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