alguém a chamou de palavra doce,
que traduz tanto amargor;
Garret a definiu como gosto amargo de infelizes,
outro disse que foi o pior castigo que Deus nos deu...
Saudades dos amigos, que às vezes me lêem, mas não os vejo;
Saudades da luta por dignidade...
Saudades dos valentes acorrentados,
Saudades do acampamento na Praça da Matriz...
Saudades da militância indignada,
dos que acreditam que a vida pode ser outra,
enfim, saudades desses abnegados,
lutadores que trocam a acomodação,
o conforto, pela esperança...
Que o destino nunca permita,
que tenha, da esperança saudades...
esse seria o sentimento pior,
pois me vergaria ao chão,
e morto estaria,
mesmo se, vivo estivesse...
Saudades dos(as) amigos (as) que já não estão...
dos amores que com o vento passaram...
Saudades que como sombra,
dançam na memória lúgubre...
ou na afetiva lembrança...
Saudade de ter saudades...
por paradoxal que possa parecer...
é como lembrar algo, com alguém,
cujo alguém já não pode estar...
Saudade, também já traduziram,
como dor que é remédio,
remédio que aumenta a dor...
saudade só não pode ser
mágoa, ressentimento ou desamor...
Com tantas definições para saudade,
poetas inutilmente tentam a definir,
se, de gosto amargo ou doce,
como um fantasma a bailar,
continuará o humano sono,
placidamente, a balançar...
Siden Francesch do Amaral
Professor Estadual
Situação salarial dos Professores Municipais no Rio Grande do Sul
Alguém está com vontade de inscrever-se num desses Contratos Temporários que o Governador ou o Prefeito anunciou no jornal para Professores? Pode ser, também, algum Concurso para Docentes, "dá no mesmo". O salário segue abaixo, tanto faz o município ou região. Talvez isto explique o "corporativismo" dos Professores com seu Sindicato, quando decidem entrar em greve. O engraçado é que nas passeatas, assembléias e atos públicos, ao invés de gritarem por melhorias salariais, pedem por bibliotecas, laboratórios, merenda escolar, reformas, repasses, eleições democráticas na Escola, contra a corrupção, em defesa da água...
Como Funcionários de nível médio, nós achamos incrível uma pessoa cursar uma Faculdade durante tantos anos, para depois de formado receber como "salário" a quantia de R$ 230,90 em Quaraí, por exemplo. E não se enganem, porque nos demais municípios do Estado a situação não está muito diferente. O próprio Estado do Rio Grande do Sul deixa muito a desejar e sabemos de vários mestres que se exoneraram e foram trabalhar na Trensurb, na Previdência, na Caixa e, até mesmo com doces e salgados. E nenhum se arrependeu!
Como Funcionários de nível médio, nós achamos incrível uma pessoa cursar uma Faculdade durante tantos anos, para depois de formado receber como "salário" a quantia de R$ 230,90 em Quaraí, por exemplo. E não se enganem, porque nos demais municípios do Estado a situação não está muito diferente. O próprio Estado do Rio Grande do Sul deixa muito a desejar e sabemos de vários mestres que se exoneraram e foram trabalhar na Trensurb, na Previdência, na Caixa e, até mesmo com doces e salgados. E nenhum se arrependeu!
Optamos por colocar somente o resumo nesta página inicial, pois a Tabela com os salários (ou bolsa-família) é longa. A Tabela, na íntegra com todos os Municípios, está na Guia acima, com o mesmo Título.
Temos aqui um resumo, ou seja, apenas um município de cada região do Estado para representar o desrespeito ao Magistério por parte dos Executivos Municipais. E não sintam-se excluídos da responsabilidade os antigos e atuais Vereadores, Secretários, Governadores, Empresários, Jornalistas, Pais, Professores, Diretores e, Funcionários de Escola. A culpa é coletiva. Todos são agentes ou omissos. Portanto, compactuam para essa situação vergonhosa.
REGIÃO GRANDE SANTA ROSA
ALECRIM R$ 400,22
REGIÃO CENTRO DO ESTADO
Julio de Castilhos R$ 217,87
Santa Maria R$ 491,15 (Cidade Universitária!)
REGIÃO LITORAL NORTE
Três Cachoeiras R$ 484,00
REGIÃO NORDESTE RIOGRANDENSE
São José do Ouro R$ 488,00
REGIÃO CELEIRO DO RIO GRANDE
Tenente Portela R$ 376,00
REGIÃO MISSÕES
Salvador das Missões R$ 251,60
REGIÃO PLANALTO MÉDIO
Ajuricaba R$ 388,86
REGIÃO ZONA SUL
Sta. Vitória do Palmar R$ 238,41
REGIÃO ZONA DA PRODUÇÃO
Caiçara R$ 338,61
REGIÃO CAMPOS DE CIMA DA SERRA
Vacaria R$ 616,50
REGIÃO ALTO URUGUAI
Faxinalzinho R$ 489,48
REGIÃO ALTO DA SERRA DO BOTUCARAÍ
Ibirapuitã R$ 455,64
REGIÃO ALTO JACUÍ
Cruz Alta R$ 353,00
REGIÃO CARBONÍFERA
General Câmara R$ 475,00
REGIÃO CENTRO SERRA
Arroio do Tigre R$ 432,94
REGIÃO ENCOSTA SUPERIOR DO NORDESTE
Sta. Tereza R$ 554,02
REGIÃO FRONTEIRA OESTE
Quaraí R$ 230,90
REGIÃO GRANDE PORTO ALEGRE
Nova Santa Rita R$ 543,43
REGIÃO TURISMO DA SERRA
Canela R$ 640,74
REGIÃO VALE DO ALTO TAQUARI
Putinga R$ 436,60
REGIÃO VALE DO RIO CAÍ
Linha Nova R$ 388,14
REGIÃO VALE DO RIO DOS SINOS
Taquara R$ 604,95
REGIÃO VALE DO RIO PARDO
Encruzilhada do Sul R$ 458,23
Fonte: FEMERGS
REGIÃO GRANDE SANTA ROSA
ALECRIM R$ 400,22
REGIÃO CENTRO DO ESTADO
Julio de Castilhos R$ 217,87
Santa Maria R$ 491,15 (Cidade Universitária!)
REGIÃO LITORAL NORTE
Três Cachoeiras R$ 484,00
REGIÃO NORDESTE RIOGRANDENSE
São José do Ouro R$ 488,00
REGIÃO CELEIRO DO RIO GRANDE
Tenente Portela R$ 376,00
REGIÃO MISSÕES
Salvador das Missões R$ 251,60
REGIÃO PLANALTO MÉDIO
Ajuricaba R$ 388,86
REGIÃO ZONA SUL
Sta. Vitória do Palmar R$ 238,41
REGIÃO ZONA DA PRODUÇÃO
Caiçara R$ 338,61
REGIÃO CAMPOS DE CIMA DA SERRA
Vacaria R$ 616,50
REGIÃO ALTO URUGUAI
Faxinalzinho R$ 489,48
REGIÃO ALTO DA SERRA DO BOTUCARAÍ
Ibirapuitã R$ 455,64
REGIÃO ALTO JACUÍ
Cruz Alta R$ 353,00
REGIÃO CARBONÍFERA
General Câmara R$ 475,00
REGIÃO CENTRO SERRA
Arroio do Tigre R$ 432,94
REGIÃO ENCOSTA SUPERIOR DO NORDESTE
Sta. Tereza R$ 554,02
REGIÃO FRONTEIRA OESTE
Quaraí R$ 230,90
REGIÃO GRANDE PORTO ALEGRE
Nova Santa Rita R$ 543,43
REGIÃO TURISMO DA SERRA
Canela R$ 640,74
REGIÃO VALE DO ALTO TAQUARI
Putinga R$ 436,60
REGIÃO VALE DO RIO CAÍ
Linha Nova R$ 388,14
REGIÃO VALE DO RIO DOS SINOS
Taquara R$ 604,95
REGIÃO VALE DO RIO PARDO
Encruzilhada do Sul R$ 458,23
Fonte: FEMERGS
Por Joana e Noé
Em 1900, surgiu o Instituto Soroterápico Federal. Entretanto, com a falta de saneamento básico e com as constantes epidemias, em 1902, Oswaldo Cruz foi nomeado para resolver o problema com o modelo campanhista, utilizando a estrutura militar para combater as epidemias. As intervenções eram verticalizadas sobre as cidades e as comunidades, que só tinham de obedecer.
Até 1930, a preocupação do Estado era com o saneamento dos espaços de circulação de mercadorias. A partir daí, é adotado o modelo médico-assistencial privatista pois, com a industrialização, era preciso manter o corpo são para o trabalho. A saúde é voltada para os trabalhadores do mercado formal. Quem não trabalha, não tem assistência. Em 1920 o sanitarista Carlos Chagas assumiu o Departamento Nacional de Saúde Pública, que estruturou a campanha rotineira de ação e educação sanitária. Em 1930 nasceu o Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 1949, foi criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência - SAMDU.
Até o fim dos anos 50, a saúde não era prioridade. Só em 1953 foi criado o Ministério da Saúde. Em 1967 foi implementado o INPS. Na década 70, período da ditadura militar, a primazia era da medicina curativa e não a prevenção. Em 1978 surgiu o INAMPS. Porém, em todo este período, só tinham direito ao atendimento aqueles que possuíam carteira assinada ou recolhiam seus impostos de forma autônoma.
Só em 1983 se estabeleceu um novo modelo, que é incorporado ao setor público, integrando ações curativas-preventivas e educativas. Com o fim da ditadura, a falta de recursos e a fiscalização crescente, lideranças médicas, que eram pagas pelo estado previdenciário, criaram os planos de saúde - exclusivamente curativos - e, mais uma vez, foram excluídos os desempregados e os de menor poder aquisitivo.
A década de 70 nos traz uma efervescência social na busca de saúde para todos, uma luta que resultou na regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS) previsto na Constituição de 1988 e nas leis 8080 e 8142. Sem dúvida, esta foi a maior vitória do povo brasileiro que, pela primeira vez, tem a saúde pública de forma universal, em que todos no território nacional possuem os mesmos direitos de forma integral, desde a prevenção até os mais complexos atendimentos.
Sabemos que temos problemas, principalmente na falta de recursos e na má gestão, pois muitas vezes os governantes utilizam métodos para não cumprir os investimentos previstos na Constituição. Devemos avançar e não permitir que o Estado abra mão de exercer sua prerrogativa de agente principal desta política pública, transferindo suas obrigações para empresas privadas. Por estas razões, sou contrário à criação de uma fundação para gerir a saúde do nosso município. Depois de uma luta de mais de 500 anos para evoluir, não podemos admitir retrocessos. Devemos sim avançar nas conquistas do nosso povo.
*Mauro Pinheiro – VEREADOR PT Porto Alegre
Por Sergio Weber, Professor Estadual.
HISTÓRIA DA SAÚDE NO BRASIL TRAZ A MARCA DO POVO
Por Mauro Pinheiro*
A luta do povo brasileiro por uma saúde pública de qualidade tem a idade do país. Se retrocedermos ao Brasil Colônia e traçarmos uma linha do tempo até os dias de hoje, observaremos um movimento que vem desembocar no sistema de saúde para todos que temos hoje. Se não, vejamos: no Brasil Colônia, quem buscava saúde tinha de recorrer aos curandeiros e, mais tarde, aos boticários. Por volta de 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa, foram criadas as duas primeiras escolas de medicina, em Salvador e no Rio de Janeiro. Mas a preocupação não era com a saúde das pessoas e, sim, manter os indivíduos em condições de produzir. Em 1900, surgiu o Instituto Soroterápico Federal. Entretanto, com a falta de saneamento básico e com as constantes epidemias, em 1902, Oswaldo Cruz foi nomeado para resolver o problema com o modelo campanhista, utilizando a estrutura militar para combater as epidemias. As intervenções eram verticalizadas sobre as cidades e as comunidades, que só tinham de obedecer.
Até 1930, a preocupação do Estado era com o saneamento dos espaços de circulação de mercadorias. A partir daí, é adotado o modelo médico-assistencial privatista pois, com a industrialização, era preciso manter o corpo são para o trabalho. A saúde é voltada para os trabalhadores do mercado formal. Quem não trabalha, não tem assistência. Em 1920 o sanitarista Carlos Chagas assumiu o Departamento Nacional de Saúde Pública, que estruturou a campanha rotineira de ação e educação sanitária. Em 1930 nasceu o Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 1949, foi criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência - SAMDU.
Até o fim dos anos 50, a saúde não era prioridade. Só em 1953 foi criado o Ministério da Saúde. Em 1967 foi implementado o INPS. Na década 70, período da ditadura militar, a primazia era da medicina curativa e não a prevenção. Em 1978 surgiu o INAMPS. Porém, em todo este período, só tinham direito ao atendimento aqueles que possuíam carteira assinada ou recolhiam seus impostos de forma autônoma.
Só em 1983 se estabeleceu um novo modelo, que é incorporado ao setor público, integrando ações curativas-preventivas e educativas. Com o fim da ditadura, a falta de recursos e a fiscalização crescente, lideranças médicas, que eram pagas pelo estado previdenciário, criaram os planos de saúde - exclusivamente curativos - e, mais uma vez, foram excluídos os desempregados e os de menor poder aquisitivo.
A década de 70 nos traz uma efervescência social na busca de saúde para todos, uma luta que resultou na regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS) previsto na Constituição de 1988 e nas leis 8080 e 8142. Sem dúvida, esta foi a maior vitória do povo brasileiro que, pela primeira vez, tem a saúde pública de forma universal, em que todos no território nacional possuem os mesmos direitos de forma integral, desde a prevenção até os mais complexos atendimentos.
Sabemos que temos problemas, principalmente na falta de recursos e na má gestão, pois muitas vezes os governantes utilizam métodos para não cumprir os investimentos previstos na Constituição. Devemos avançar e não permitir que o Estado abra mão de exercer sua prerrogativa de agente principal desta política pública, transferindo suas obrigações para empresas privadas. Por estas razões, sou contrário à criação de uma fundação para gerir a saúde do nosso município. Depois de uma luta de mais de 500 anos para evoluir, não podemos admitir retrocessos. Devemos sim avançar nas conquistas do nosso povo.
*Mauro Pinheiro – VEREADOR PT Porto Alegre
Por Sergio Weber, Professor Estadual.
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