Melhor Alfabeticlar
Então, de repente não mais que de repente, parafraseando Vinicius de Moraes, o governo federal anuncia que Estados e municípios que não reajustaram piso do magistério em 2012 terão de pagar retroativo a janeiro. Caso seja confirmado o aumento de 21%, o valor, em 2012, ficará em torno de R$ 1.430,00 para 40 horas semanais.
O governo gaúcho, que é bom estrategista, mas esquece que porcentagem também se aprende na escola, anuncia um reajuste de 76,68%. Uau… aumento para deputado nenhum botar defeito, mas que logo se transforma numa brincadeira de números relativos, que transformados em absolutos, reflete uma realidade estranhamente maquiada. Deste total, 10,91%, foi pago em maio de 2011. Outras três parcelas, totalizando 23,5%, (entre maio de 2012 e fevereiro de 2013) são aquelas que o governo espera ver aprovados pela Assembleia. Por fim, outros 28,98% deverão ser pagos em mais três parcelas, entre novembro de 2013 e novembro de 2014.
Chega-se assim, em 2014 com o piso nacional, corrigido pelo INPC (6,08%) e não pelo Fundeb , apesar do MEC ainda não ter se posicionado quanto ao índice de reajuste, no valor de R$ 1.260,19 sendo que em 2011, o piso era de R$1.187,00.
As leis parecem ser feitas para serem burladas, nos ensinam alguns governos de Estados e municípios que são imunes a Lei federal. E nem conseguem comprovar que precisam de recursos, conforme previsto em lei, já que, segundo o MEC, desde 2008 nenhum Estado ou município conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.
Lei “pra” que? Esqueçam a lei, o português e a porcentagem. Professor “pra” que? Não precisamos de médicos, engenheiros, juízes… todos seremos políticos. Escolaridade é coisa do passado. Basta um teclado para “aprender” as letras, mesmo que o texto fique incoerente, todos estarão “alfabeticlados”.
Angela Maieski* - 27.02.12
No início de fevereiro, o governo do RS encaminhou projeto de reajuste para o magistério, que deve ser votado até o dia 10 de março prevendo reajuste de 23,5% para professores. Com a proposta, a média salarial do magistério, que hoje é de R$ 2.460, passaria para R$ 3.476 em fevereiro, para uma jornada de 40 horas semanais. Seria interessante saber quantos são e quanto recebe a elite do magistério, já que a maioria reclama dos baixos salários e a média atual está distante dos salários-base de R$ 790,00 a R$ 1.582,00 sendo último para 40 horas, com professores pós-graduados. Provavelmente estão contando a parcela autônoma, vale refeição e vale transporte. O aumento, em três parcelas, seria concedido entre maio de 2012 e fevereiro de 2013.Então, de repente não mais que de repente, parafraseando Vinicius de Moraes, o governo federal anuncia que Estados e municípios que não reajustaram piso do magistério em 2012 terão de pagar retroativo a janeiro. Caso seja confirmado o aumento de 21%, o valor, em 2012, ficará em torno de R$ 1.430,00 para 40 horas semanais.
O governo gaúcho, que é bom estrategista, mas esquece que porcentagem também se aprende na escola, anuncia um reajuste de 76,68%. Uau… aumento para deputado nenhum botar defeito, mas que logo se transforma numa brincadeira de números relativos, que transformados em absolutos, reflete uma realidade estranhamente maquiada. Deste total, 10,91%, foi pago em maio de 2011. Outras três parcelas, totalizando 23,5%, (entre maio de 2012 e fevereiro de 2013) são aquelas que o governo espera ver aprovados pela Assembleia. Por fim, outros 28,98% deverão ser pagos em mais três parcelas, entre novembro de 2013 e novembro de 2014.
Chega-se assim, em 2014 com o piso nacional, corrigido pelo INPC (6,08%) e não pelo Fundeb , apesar do MEC ainda não ter se posicionado quanto ao índice de reajuste, no valor de R$ 1.260,19 sendo que em 2011, o piso era de R$1.187,00.
As leis parecem ser feitas para serem burladas, nos ensinam alguns governos de Estados e municípios que são imunes a Lei federal. E nem conseguem comprovar que precisam de recursos, conforme previsto em lei, já que, segundo o MEC, desde 2008 nenhum Estado ou município conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.
Lei “pra” que? Esqueçam a lei, o português e a porcentagem. Professor “pra” que? Não precisamos de médicos, engenheiros, juízes… todos seremos políticos. Escolaridade é coisa do passado. Basta um teclado para “aprender” as letras, mesmo que o texto fique incoerente, todos estarão “alfabeticlados”.
*Angela Maieski é Professora, Graduada em Ciências Sociais
http://amaieski.wordpress.com/2012/02/25/piso-nacional-para-professores-melhor-alfabeticlar/
Fonte: Site 15º Núcleo CPERS/Sindicato
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.
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