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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cpers orienta pais a não levarem filhos às escolas nesta sexta-feira

18/08/2011 - 12h38min
A paralisação dos professores estaduais, marcada para amanhã, deve fechar escolas em todas as regiões do Rio Grande do Sul. A expectativa do Cpers é de uma adesão em massa da categoria. A presidente do Sindicato, Rejane de Oliveira, que será reempossada no cargo nesta sexta-feira, pede apoio da população e orienta os pais a não mandarem os filhos para a escola. Caso o governador Tarso Genro não sinalize com a implementação imediata do piso nacional da categoria, os educadores podem fazer greve até o fim do ano letivo.

Nesta sexta-feira, às 17 horas, os trabalhadores em Educação realizam uma ato público no Gigantinho. Os núcleos do sindicato no interior do Estado confirmaram a participação de 2.500 professores vindos de fora de Porto Alegre. Eles querem a implementação do piso nacional e dos planos de carreira da categoria. No interior, serão promovidas passeatas, atos públicos, visitas a órgãos públicos e debates nas escolas. No ato no Gigantinho, será lançado o movimento em defesa da educação pública.

A paralisação dos professores surpreende a Secretaria da Educação, que não reforça a orientação dada pelo Sindicato para que pais não mandem os filhos para as escolas. A secretária-adjunta da Educação disse que não há indicação para que o ponto dos grevistas seja cortado, mas que as faltas desta sexta-feira serão registradas como participação em atividade sindical para uma negociação futura. Maria Eulália Nascimento ressaltou que o governo acaba de encaminhar projeto de abono dos dias de paralisação do Magistério entre 2008 e 2009.
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http://www.radiofandango.com.br/archive/valor.php?noticia=22692
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— A paralisação está confirmada. Nossa orientação é que os pais não encaminhem os alunos. Até por uma questão de segurança, para que os alunos não fiquem nos portões, praças ou arredores das escolas — avisa a presidente do Cpers, Rejane Oliveira.

O sindicato garante que não haverá prejuízo para os alunos.

— Nós sempre recuperamos os dias parados e não há necessidade de o pai levar o filho para escola. Se o governo está orientando diferente, é de responsabilidade do governo. Nossa orientação é para que as escolas fiquem fechadas nesta sexta — concluiu Rejane. [...]
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3453754.xml

Audiência mais uma vez comprova falta de coerência do governo entre o discurso e a prática
18/08/2011 16:51
A direção do CPERS/Sindicato reuniu-se no final da tarde de quarta-feira 17 com a Secretaria da Educação e cobrou a implementação do piso nacional e discutiu outras reivindicações da categoria. Nesta sexta, a categoria realiza um dia de paralisação para exigir o cumprimento da lei.

Para o sindicato, o governo busca subterfúgios para não pagar o piso. No debate com a categoria, antes de ser eleito, o governador afirmou que não precisava de decisão do Supremo Tribunal Federal para pagar o piso, mas agora alega que precisa esperar a publicação do acórdão. O argumento de que necessita aguardar a publicação do acórdão prova a mudança do discurso de campanha do governo.

O governo Tarso começou a descumprir acordos quando alterou, com o aval da Assembleia Legislativa, a forma de pagamento das RPV’s e a reforma da previdência. Também descumpre acordo quando paga um reajuste diferenciado para professores (10,91%) e funcionários de escola (9,10%). Para completar, afirma que irá fazer concurso para professores no mês de outubro para provimento em 2012 e que o concurso para funcionários somente será realizado no ano que vem. Não tem lógica jogar esse concurso para 2012, pois a carência destes profissionais só tem se agravado nos últimos anos.

Nesta sexta-feira 19, os educadores realizarão um dia de paralisação para cobrar a implementação da lei do piso para professores e funcionários de escola e em defesa das carreiras. No mesmo dia, a partir das 17h, no Gigantinho, em Porto Alegre, será realizado o lançamento de um movimento em defesa da educação pública e a posse das direções central e de núcleos do CPERS/Sindicato.

A postura do governo na audiência de ontem somente reforça o que o CPERS/Sindicato tem afirmado: o futuro da escola pública e da nossa profissão depende da nossa luta e não da demagogia dos governos de plantão.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2969
 
Bons reajustes salariais devem se manter, diz Dieese
Mercado interno pode "salvar" o cenário nacional da crise, disse dirigente do departamento
18/08/2011 14:07
Os bons resultados dos reajustes salariais no primeiro semestre devem se manter, devido à expectativa de negociações de grandes categorias na segunda metade deste ano e como reflexo do bom desempenho da economia em 2010, que propiciou a manutenção do crescimento do mercado interno. A análise foi feita hoje pelo coordenador de Relações Sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre Prado de Oliveira, durante balanço dos reajustes salariais no primeiro semestre de 2011.

Segundo ele, as negociações salariais de petroleiros, bancários e metalúrgicos, previstas para o segundo semestre, têm grande influência sobre as demais categorias. "Os resultados dessas negociações têm reflexo sobre as outras pelo poder de mobilização, pela tradição e pelo que representam essas três categorias para a economia brasileira", comentou.

Os resultados mostrados nos seis primeiros meses deste ano ainda foram, de acordo com ele, influenciados pelo desempenho econômico brasileiro em 2010. "O primeiro semestre foi uma certa continuação de 2010, que foi o melhor ano de crescimento da economia do Brasil em 25 anos. E isso refletiu nas negociações", ressaltou.

De acordo com o balanço, os seis primeiros meses de 2011 apresentaram o segundo melhor resultado da série medida pelo Dieese, ficando atrás apenas do primeiro semestre de 2010. No mesmo período do ano passado, 86,7% das negociações resultaram em aumentos acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No primeiro semestre deste ano, o porcentual chegou a 84,4%.

Prado de Oliveira considerou a queda insignificante. Segundo ele, o que pode ter contribuído para a baixa nos resultados no primeiro semestre é a inflação em alta nos últimos 12 meses e o pequeno ganho real do salário mínimo em 2011.

O dirigente do Dieese afirmou que a atual crise internacional deve ter reflexos na economia brasileira, mas que o mercado interno pode "salvar" o cenário nacional. "Os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão não devem mostrar crescimento neste ano e a China deve diminuir a expansão da sua economia. Então, o mercado interno será a nossa salvação", afirmou.

Ainda que classifique o cenário externo como "nebuloso", o coordenador da entidade considerou que a crise mundial pode ter bons efeitos para o Brasil, como a queda nos preços das commodities, alívio para a inflação e maior espaço para a queda da taxa básica de juros.
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=328422
Por Sergio Weber, Professor e Diretor no 14 Núcleo.

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