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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Professores da rede estadual de ensino do Espírito Santo repudiam bônus desempenho em assembleia

Os professores da rede estadual realizaram uma assembleia, quarta-feira, em que discutiram a insatisfação com a política educacional do Estado, principalmente no que concerne ao bônus-desempenho e à jornada ampliada nas escolas. O bônus é repudiado pelos professores, já que confere compensação financeira com base na presença do professor em sala de aula, descontando, inclusive, faltas previstas na Constituição Federal, como a licença-maternidade e afastamento para tratamento médico.

De acordo com o diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes), Swami Cordeiro Bérgamo, nos termos atuais do bônus-desempenho a professora é punida por utilizar um direito a ela garantido, que é a licença-maternidade. "Para o ex-governador Paulo Hartung, que foi quem implantou o bônus, e para o atual, Renato Casagrande, que deu continuidade à medida, além dos deputados estaduais que aprovaram a lei, é irrelevante a necessidade de um educador de se afastar, por licença maternidade ou para tratar de problemas de saúde", diz Swami.

Além disso, o bônus associa o valor a ser pago com a avaliação do aluno. No entanto, a nota do aluno obtida em avaliação também está relacionada ao histórico familiar, ao meio social em que vive, e não somente no que é dado em sala de aula.

A jornada ampliada também é fator de discordância dos professores com a política educacional do governo e foi discutida em assembleia. Para o Sindiupes, a jornada ampliada não resulta em qualidade de ensino. Com a redução das aulas para 55 minutos, o deslocamento dos professores entre escolas melhorou, mas a carga de mil horas/aula anuais faz os alunos e professores perderem tempo de intervalo e também obriga a realização de atividades nos fins de semana.

Para os professores, a complementação das horas não deveria ser feita no improviso, de forma descompromissada, e sim ser feita acompanhada de estrutura física e nutricional, além de transporte escolar adequado no turno e contra-turno de aulas.
Fonte CNTE
Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor no 14 Núcleo/Cpers-Sindicato.

Greve deixa 12 mil alunos sem aula na Paraíba
Portal Cpers - 05/08/2011 11:30
Pelo menos 12 mil alunos estão sem aulas na Paraíba. Isso porque os professores e servidores dos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) decidiram cruzar os braços desde a última segunda-feira (1°). O movimento grevista atinge todos os campi do Estado, sendo que o maior número de alunos (7.000) está na unidade de João Pessoa. A categoria pede reposição das perdas salariais, equiparação do vale-alimentação com os demais servidores públicos e melhoria nas condições de trabalho. Nesta quinta-feira (4), os servidores e professores de todos os campi da Paraíba também aderiram ao movimento. A princípio, o movimento atingiu o campus da capital. Na quarta, mais seis cidades aderiram; hoje, foi a vez de mais duas. A greve foi deflagrada por tempo indeterminado. Atualmente são cerca de 750 professores e 400 técnicos em todo o Estado.

O Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintesf-PB) declara que a categoria está insatisfeita com a PLP, que tem o objetivo de congelar por dez anos o salário dos servidores federais do país. Na pauta de reivindicações está a mudança na carga horária de 30 horas semanais para técnicos administrativos, equiparação do auxílio-alimentação com os demais servidores públicos, além da implantação dos auxílios de saúde, maternidade e pré-escolar. Uma nova audiência acontece na próxima segunda-feira, em João Pessoa, na qual os grevistas vão decidir os rumos do movimento.
Fonte: Uol
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2952

Pont diz que ação contra músico fere liberdade de expressão
Paula Coruja - 10:33 - 04/08/2011
O deputado Raul Pont (PT) afirmou que a liberdade de expressão é um direito que custou caro à sociedade brasileira e que deve ser preservado. A manifestação do parlamentar foi motivada por representação movida pelo deputado federal Giovani Cherini, na época presidente da Assembleia Legislativa, junto ao Ministério Público contra o músico Tonho Crocco, em decorrência da divulgação do rap Gangue da Matriz em 2010. A música é um protesto contra o reajuste de 73% nos salários dos deputados. “A liberdade de expressão é um direito consagrado pela Constituição de 1988. A restrição ao confronto de ideias e à livre expressão de opiniões é um resquício da ditadura, que deve ser repudiado no Estado Democrático”, frisou.

Segundo Pont, qualquer punição ao músico ou restrição à divulgação de sua obra representa a volta da censura. “Não podemos permitir a abertura de um precedente, que pode ter a força de um ovo de serpente e que põe em xeque a vida da própria democracia. É um caminho perigoso, que pode começar com a censura a um músico e avançar sobre direitos fundamentais de outros segmentos sociais”, alertou.

Na opinião do parlamentar, o fato de Crocco ter citado nominalmente os deputados que votaram a favor do reajuste não caracteriza crime. “A música refere-se a um fato ocorrido na Assembleia Legislativa e, certamente, reflete a opinião não só do autor da obra, mas de milhares de gaúchos. O mínimo que se pode esperar em uma democracia é que os deputados, que são os representantes do povo no parlamento, tenham a maturidade política necessária para conviver com as críticas e a divergência”, finalizou.
http://www.al.rs.gov.br/ag/noticias.asp?txtIdMateria=264069

Ministério Público irá retirar a ação penal contra músico Tonho Crocco
O deputado Giovani Cherini já havia se manifestado contra o processo.
Da Redação - 04/08/2011 - 17:13
Porto Alegre - O Ministério Público irá retirar a ação contra o músico Tonho Crocco, processado nesta terça-feira por crimes contra a honra. A causa da desavença é a música Gangue da Matriz, lançada em dezembro de 2010, na qual Crocco cita o nome de 34 deputados, em protesto ao aumento de 73% no salário do Legislativo Estadual.

O deputado Giovani Cherini, que na época pediu que o MP averiguasse eventual ilegalidade na canção, já havia afirmado, em entrevista ao rádio, que não era a favor do processo.
http://www.jornalvs.com.br/justica/335471/ministerio-publico-ira-retirar-a-acao-penal-contra-musico-tonho-crocco.html

No Chile, Piñera aplica decreto de Pinochet para reprimir protesto de estudantes
Cpers Notícias - 04/08/2011 - 16:27
Mobilizando mil policiais e aplicando um decreto editado pelo ditador Augusto Pinochet, o governo de Sebastián Piñera proibiu e dispersou nesta quinta-feira (4) duas numerosas marchas de estudantes. Elas foram convocadas para protestar contra o sistema de ensino e foram consideradas “fora da lei” pelo ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter.

“As marchas se encontram fora da margem da lei, porque não foram autorizadas. Parece-me inconveniente que os movimentos estudantis e o Colégio de Professores se sintam no direito de realizar mobilizações. No Chile, ninguém está sobre a lei”, disse Hinzpeter.

O decreto firmado pelo ditador Pinochet em 1983 reconhece que as pessoas tem direito de manifestação, mas devem pedir permissão às autoridades. O governo de Piñera justificou a medida assinalando que os estudantes “não são donos do país”, alertando aos pais que seus filhos poderiam sair “lesionados” se participassem das marchas. A decisão de criminalizar as marchas foi justificada pelo governo com base na necessidade de “manter a ordem”.

O presidente do Colégio de Professores, Jaime Gajardo, definiu como inconstitucional a medida do governo de Piñera que enfrenta há dois meses uma greve de estudantes. Paralelamente, as lideranças estudantis sustentam que a atitude do governo complica o diálogo iniciado nesta semana, a respeito da demanda da educação pública gratuita no país.

Durante a dispersão das marchas, os jovens se sentaram para demonstrar a natureza pacífica da manifestação. mesmo assim, alguns estudantes foram detidos, além de enfrentar a repressão policial que utilizou gás lacrimogênio.

De acordo com a Confech (Confederação de Estudantes Universitários do Chile) uma paralisação nacional vai ocorrer no próxima terça (9). Segundo a presidente da Confederação, Camila Vallejo, nesta sexta-feira as entidades estudantis darão uma resposta definitiva sobre uma proposta de reforma educacional entregue pelo governo na última segunda-feira (1º).

Os estudantes, que mobilizaram atos que reuniram 400 mil pessoas as últimas semanas, exigem que o ensino básico e universitário seja gratuito no Chile. No país, a maior parte da educação escolar requer pagamento de mensalidade e a educação universitária é uma das mais caras do mundo, segundo a OCDE.

Fonte: Portal Sul 21, com informação de La Radio del Sur e Ansa
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2951

Merendeira confessa ter envenenado comida de escola no RS
05.08.2011 - 20h22
Uma merendeira que trabalha há apenas três semanas na Escola Estadual Doutor Pacheco Prates, em Belém Velho, Porto Alegre, confessou nesta sexta-feira ter colocado veneno contra ratos no estrogonofe servido no almoço de quinta-feira na escola. Wanuzi Mendes Machado, 23 anos, disse não saber por que colocou Nitrocin na comida que envenenou 36 alunos, professores e funcionários, inclusive ela própria.

"Trabalhamos com a hipótese de problemas psicológicos. Ela confirmou ter ingerido a comida envenenada. Perguntei se havia desavenças entre ela e a direção da escola ou algum aluno, mas ela negou qualquer problema dessa natureza. Disse que foi 'coisa de momento', que não tinha premeditado", afirmou o delegado Cléber dos Santos Lima, da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Segundo o depoimento, Wanuzzi encontrou o veneno embaixo da pia da cozinha e esvaziou duas embalagens de Nitrocin no estrogonofe. Ela foi liberada, mas a polícia entrou com representação pela prisão preventiva da merendeira, que será indiciada por tentativa de homicídio qualificado. Todas as vítimas foram socorridas na quinta-feira, com sintomas como náuseas, vômito, dores de barriga e cabeça, mas não apresentaram complicações de saúde consideradas graves.
Fonte: Portal Terra
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor no 14 Núcleo.
Nota do Tio Noé: Com certeza, essa merendeira tinha contrato emergencial.

RJ: professora terá que pagar R$ 5 mil por puxar orelha de aluno
05.08.2011 - 19h11
Uma professora da rede estadual do Rio de Janeiro foi condenada a pagar R$ 5 mil por danos morais a um aluno que levou um puxão de orelha em sala de aula. A decisão foi tomada pelo juiz Milton Delgado Soares, da 2ª Vara Cícel de Itaguaí (RJ).

No processo, o menino, representado por sua mãe, Eucinéa de Souza, conta que a professora Eliane Luiz Fernandes o puxou pela orelha e o arrastou até o lugar onde a ela achava conveniente que ele sentasse. De acordo com o garoto, a educadora teria dito aos outros estudantes que aquilo serviria de exemplo.

Para o juiz, a forma pela qual a professora tentou repreender o aluno foi extremamente excessiva e vexatória para uma criança em formação educacional, já que ocorreu na presença de todos os seus colegas de classe. "Ressalte-se que o professor deve ser o paradigma de uma pessoa de reputação ilibada e um exemplo para os seus alunos, pois do contrário deverá procurar outra função, motivo pelo qual reputo a atitude da professora, em sala de aula e na presença de toda a classe, como desabonadora e lamentável", afirmou na decisão.
Fonte: Portal Terra
Por Siden

Educação, só com qualidade
NEI ALBERTO PIES* 04/08/2011
“Viemos ao mundo para dar nome às coisas: dessa forma nos tornamos senhores delas ou servos de quem as batizar antes de nós”. (Lya Luft, escritora)

Qualidade é um substantivo inerente ao ser humano e a seus afazeres. O ofício de educar, dentre outros, pressupõe qualidade. A qualidade é gerada na satisfação pela conquista de aprendizagens, protagonizadas por educadores e educandos. O prazer nas relações de ensino-aprendizagem está na construção do conhecimento como algo útil, agradável e capaz de desencadear alegria e realização. O educador é um dos maiores interessados em qualidade na educação; a escola carrega potenciais de sua satisfação, uma vez que o fracasso dos educandos também representa o seu próprio fracasso.

Quem ganha com a desqualificação da educação pública? Quem ganha quando os professores e professoras não são tratados com a dignidade que merecem? Quem goza de alguma vantagem quando os alunos de nossas escolas saem das mesmas sem condições de ler e interpretar o mundo, para melhor inserir-se nele? Ninguém, muito menos os professores ou os alunos, ou a sociedade.

É um avanço que a sociedade queira discutir qualidade na educação. É, no entanto, injusto e leviano supor que o insucesso da escola pública recaia unicamente sobre os professores e professoras, usando-se para tanto a meritocracia como uma forma de punição e seleção dos professores. Os professores e a comunidade escolar sabem do seu maior mérito: a resistência e a sobrevivência da escola pública, durante as últimas décadas.

Existem razões suficientes para querermos uma escola pública e de qualidade. No entanto, questiona-se a legitimidade das avaliações de seu desempenho sem uma ampla discussão e participação dos maiores interessados e sem uma ampla discussão na sociedade sobre o papel da educação no atual contexto histórico.

Rubem Alves, quando discute “Qualidade em educação”, lembra que “a educação, na medida em que lida com a vida das pessoas e a vida do país, deve ser a área mais rigorosamente testada e é preciso que seja excelente. Entretanto, é aquela em que os testes são mais difíceis e as avaliações, vestibulares e provões quase nada significam: nada garante que a qualidade, medida por critérios acadêmicos numéricos consiga passar os testes que a vida impõe”.

Alves afirma que as avaliações escolares sempre são anunciadas com a intenção de “consertar a máquina” (a estrutura dos sistemas de ensino). E logo responde: “eu, ao contrário, acho que não há nada de errado com a máquina. Não há o que consertar. Acontece que os alunos, mais precisamente os corpos dos alunos – tem também seus mecanismos de “controle de qualidade”. Se eles não aprendem é porque os seus corpos reprovam a máquina. Seus corpos vomitam o que a máquina lhes enfia goela abaixo. O resultado do “examão” seria a prova disso”. E pondera ainda que nosso corpo só aprende dois tipos de conteúdos: os que dão prazer e os que levam ao objeto de prazer (aqueles com razões para serem aprendidos). “A máquina funciona como deve. O problema é que a comida que ela serve é imprópria para a inteligência”.

Faz bom tempo que os educadores/as reclamam qualidade. Faz tempo que apontam impróprio o tratamento que os governos lhes dispensam. Todo este contexto pressiona seu ambiente de trabalho, fere suas inteligências e limita imensamente o seu prazer de ensinar. Há que se considerar ainda que todo tratamento impositivo se torna indigesto e que os muitos jeitos de fazer educação só merecem reconhecimento se ajudarem as pessoas a viver melhor no mundo, exercendo sua cidadania e sendo mais felizes. O resto, pouco ou nada tem a ver com qualidade.
*NEI ALBERTO PIES é professor e ativista de direitos humanos
http://www.cpers.com.br/index.php?&cd_artigo=384&menu=36
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