Marco Aurélio Weissheimer - 06.08.11
Reportagem de Fabio Schaffner, da sucursal de Zero Hora em Brasília, traz detalhes sobre a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o deputado José Otávio Germano (PP), apontado como o chefe do esquema que teria desviado R$ 44 milhões do Detran. A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou José Otávio Germano no Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha, peculato e dispensa de licitação sem amparo legal. A PGR considera que a ação do deputado gaúcho foi de “fundamental importância para o sucesso da empreitada criminosa”.
Ainda segundo a denúncia, o esquema de fraudes no Detran teria iniciado em 2003, durante o governo de Germano Rigotto (PMDB), quando José Otávio germano assumiu a Secretaria Estadual da Segurança. Durante o governo Yeda Crusius (PSDB), diz ainda a PGR, teve início a segunda fase do esquema.
A reportagem de Zero Hora revela indícios de enriquecimento suspeito por parte do deputado. De 2005 a 2007, ele teria movimentado R$ 2,59 milhões em suas contas bancários, um valor quase quatro vezes maio que os rendimentos tributáveis declarados por Germano no mesmo período. Somente em 2007, o parlamentar teria movimentado R$ 1,2 milhão, cinco vezes mais do que o total recebido como parlamentar na Câmara Federal. Essa movimentação financeira, na avaliação do procurador Roberto Urgel, indica que o deputado teria recebido parte das verbas desviadas no esquema.
Advogado do deputado, José Antônio Paganella Boschi, em declarações ao jornal Zero Hora, não contestou o teor da denúncia, mas sim o fato de seu cliente ter sido “investigado ilegalmente”. Para o advogado, José Otávio Germano não poderia ter sido investigado sem autorização prévia do STF. Assim, todas as provas levantadas contra seu cliente seriam ilícitas. Essa parece ser a estratégia de defesa do ex-secretário, que quando assumiu a Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul no governo Rigotto anunciou que, a partir daquele momento, a polícia passaria a agir “sem freio de mão”.
Procuradores do MP Federal do Rio Grande do Sul concluíram que Germano ajudou Yeda Crusius a arrecadar recursos após a campanha eleitoral de 2006, em troca do direito de nomear o diretor do Detran (o ex-secretário de Segurança acabou indicando Flávio Vaz Netto, acusado hoje de integrar uma quadrilha que agia no órgão).
Em 2009, a revista IstoÉ teve acesso a elementos do inquérito que tramita no STF revelando a conexão entre José Otávio Germano e Yeda Crusius. A matéria intitulada “O arrecadador de Yeda” afirmou então:
'Os documentos, segundo o MP, provam que as fraudes foram possíveis graças à formação de uma “quadrilha criminosa”, que lesou os cofres públicos gaúchos por cinco anos. No período em que o esquema mais desviou dinheiro, José Germano era secretário de Segurança Pública do Estado, no governo de Germano Rigotto (PMDB).'
O STF, disse ainda a IstoÉ, recebeu cópia dos depoimentos de um dos coordenadores de campanha de Yeda, o empresário Lair Ferst: “Ele confirma que José Germano ajudou a arrecadar dinheiro para a governadora e, em retribuição, nomeou o presidente do Detran. As escutas mostram que José Germano recebia o dinheiro da propina do Detran e trocava parte em dólares com os doleiros Benami Zandwais e Davi Trachtenberg Goferman”.
Foto: Eduardo Quadros
http://rsurgente.opsblog.org/2011/08/06/jose-otavio-germano-e-apontado-como-chefe-da-quadrilha-que-agia-no-detran/Ainda segundo a denúncia, o esquema de fraudes no Detran teria iniciado em 2003, durante o governo de Germano Rigotto (PMDB), quando José Otávio germano assumiu a Secretaria Estadual da Segurança. Durante o governo Yeda Crusius (PSDB), diz ainda a PGR, teve início a segunda fase do esquema.
A reportagem de Zero Hora revela indícios de enriquecimento suspeito por parte do deputado. De 2005 a 2007, ele teria movimentado R$ 2,59 milhões em suas contas bancários, um valor quase quatro vezes maio que os rendimentos tributáveis declarados por Germano no mesmo período. Somente em 2007, o parlamentar teria movimentado R$ 1,2 milhão, cinco vezes mais do que o total recebido como parlamentar na Câmara Federal. Essa movimentação financeira, na avaliação do procurador Roberto Urgel, indica que o deputado teria recebido parte das verbas desviadas no esquema.
Advogado do deputado, José Antônio Paganella Boschi, em declarações ao jornal Zero Hora, não contestou o teor da denúncia, mas sim o fato de seu cliente ter sido “investigado ilegalmente”. Para o advogado, José Otávio Germano não poderia ter sido investigado sem autorização prévia do STF. Assim, todas as provas levantadas contra seu cliente seriam ilícitas. Essa parece ser a estratégia de defesa do ex-secretário, que quando assumiu a Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul no governo Rigotto anunciou que, a partir daquele momento, a polícia passaria a agir “sem freio de mão”.
Procuradores do MP Federal do Rio Grande do Sul concluíram que Germano ajudou Yeda Crusius a arrecadar recursos após a campanha eleitoral de 2006, em troca do direito de nomear o diretor do Detran (o ex-secretário de Segurança acabou indicando Flávio Vaz Netto, acusado hoje de integrar uma quadrilha que agia no órgão).
Em 2009, a revista IstoÉ teve acesso a elementos do inquérito que tramita no STF revelando a conexão entre José Otávio Germano e Yeda Crusius. A matéria intitulada “O arrecadador de Yeda” afirmou então:
'Os documentos, segundo o MP, provam que as fraudes foram possíveis graças à formação de uma “quadrilha criminosa”, que lesou os cofres públicos gaúchos por cinco anos. No período em que o esquema mais desviou dinheiro, José Germano era secretário de Segurança Pública do Estado, no governo de Germano Rigotto (PMDB).'
O STF, disse ainda a IstoÉ, recebeu cópia dos depoimentos de um dos coordenadores de campanha de Yeda, o empresário Lair Ferst: “Ele confirma que José Germano ajudou a arrecadar dinheiro para a governadora e, em retribuição, nomeou o presidente do Detran. As escutas mostram que José Germano recebia o dinheiro da propina do Detran e trocava parte em dólares com os doleiros Benami Zandwais e Davi Trachtenberg Goferman”.
Foto: Eduardo Quadros
Campanha da Legalidade - 50 anos. O depoimento de um jornalista. Entrevista especial com Flávio Tavares
IHU - 7/8/2011
Arquivo do Tio Noé |
Uma cobertura engajada, de posição. Assim foi o trabalho realizado pelo jornal Última Hora na Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. O depoimento é do jornalista Flávio Tavares, na entrevista que concedeu por telefone à IHU On-Line.
Em seu ponto de vista, os jornais devem de posicionar contra crimes como o golpe de estado, por exemplo. Sobre Brizola, recorda seu interesse no processo jornalístico, de alguém que “tinha a mania de ser jornalista”.
Ao comparar o Senado do início da década de 1960 ao de hoje, Tavares constata: “o Senado era muitíssimas vezes superior em termos de compostura, em termos de nível cultural de seus membros, e a câmara dos deputados mais ainda. Essas barganhas vergonhosas que existem hoje não existiam. Se continuasse o parlamentarismo, talvez o parlamento tivesse melhorado bastante, porque o parlamento do Brasil, hoje, é o mais nauseabundo que pode existir na história universal”. Fatos como o recente escândalo no Ministério dos Transportes demonstram o quanto a política brasileira virou um “balcão de negócios”.
Flávio Tavares é gaúcho de Lajeado. Militante de organizações que lutaram contra a ditadura militar brasileira, foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick.
Aos 20 anos, Flávio foi eleito presidente da União Estadual de Estudantes, no Rio Grande do Sul. Militante de esquerda, foi comentarista político do jornal Última Hora.
Com o golpe militar de 1964, foi preso pela primeira vez por suas posições políticas e solto logo depois. Entre 1967 e 1969, foi novamente preso, acusado de participar de uma ação armada para libertar presos políticos na penitenciária Lemos de Brito, no Rio de Janeiro.
Em setembro de 1969, foi enviado para o exílio, no México, no grupo trocado pelo embaixador Elbrick, sequestrado por integrantes de organizações de esquerda que faziam a luta armada no Brasil. Nos anos 1970, durante o exílio, trabalhou no jornal mexicano Excelsior e foi seu correspondente em Buenos Aires a partir de 1974. Vivendo na Argentina, também trabalhou para os jornais Estado de São Paulo e Folha de S.Paulo. Em julho de 1977, Flávio foi sequestrado por militares dos órgãos de repressão do Uruguai, passando 195 dias preso. Libertado depois de uma campanha internacional, foi morar em Lisboa, voltando ao Brasil com a anistia de 1979. Hoje, vive e trabalha em Búzios, no Rio de Janeiro.
Flávio Tavares é autor, entre outros livros, de O dia em que Allende matou Getúlio, Record.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Como foi sua participação pessoal na Campanha da Legalidade? O que lembra de mais significativo, que mais lhe impactou como jornalista, gaúcho e brasileiro?
Flávio Tavares – Minha participação pessoal foi no primeiro passo da Campanha da Legalidade, que ainda nem tinha esse nome. Nós, no dia seguinte à renúncia do presidente Jânio Quadros, que foi no dia 25 de agosto de 1961,fizemos uma edição extra do jornal Última Hora, num sábado vespertino. Naquela época, os vespertinos não circulavam aos domingos. A edição foi feita nos porões do Palácio do governo gaúcho e circulou no domingo, dia 27 de agosto de 1961, sob a proteção dos soldados da Brigada Militar.
Pela primeira vez na história universal da imprensa, um jornal saiu na rua protegido pela polícia. Em geral, a polícia sempre confisca e destrói jornais. Nesse caso foi diferente, porque nós tínhamos medo de que o Exército confiscasse os jornais, pois esta instituição estava em pé de guerra com o governador. Fizemos aquela edição no Palácio porque a ideia foi do governador Leonel Brizola. E o único jornal que não era hostil a ele era o Última Hora. A sede do jornal era na rua 7 de Setembro, mais ou menos em frente onde hoje é o Correio do Povo, muito perto dos quartéis do Exército. Isso era um perigo.
Passamos a noite inteira no Palácio. Eu era editor de política do Última Hora e o repórter destacado para o Palácio. Eu cobria todas as atividades do Brizola. Terminamos a edição do jornal por volta de 6 horas da manhã e ele era impresso bem perto do Palácio, na rua Duque de Caxias. Saí de lá para respirar um pouco o ar de fora dos porões e não dormi esse dia e nem os demais durante a Campanha da Legalidade. Com 27 anos a gente aguenta.
IHU On-Line – Como você define a cobertura jornalística da Campanha da Legalidade?
Flávio Tavares – Foi uma cobertura engajada; tomamos posição, porque os jornais têm obrigação de tomar posição contra o crime. E o golpe de estado é um crime.
IHU On-Line – Em que medida Brizola participava do trabalho jornalístico durante o movimento? Por que o senhor afirma que ele era um sujeito que “tinha a mania de ser jornalista”?
Flávio Tavares – Ele tinha mania de ser jornalista porque gostava de ser jornalista. Ele tinha dirigido, em 1955, um jornal vespertino chamado Clarin, que era do Partido Trabalhista. Ele sempre tinha opinião sobre os jornais, até sobre a parte gráfica. Já em 1963, durante o governo de João Goulart, Brizola dirigiu um jornal de circulação semanal, Panfleto, onde ele próprio escrevia o artigo da contracapa.
IHU On-Line – Como você avaliou, na época, o aceite de Jango pelo parlamentarismo? Hoje, 50 anos depois, mantém sua opinião?
Flávio Tavares – Naquela época nós ficamos furiosos com o Jango. A tal ponto que rasgamos, (eu e o secretário de imprensa do Brizola) na frente dos microfones da rádio da legalidade, um manifesto do Jango, que era a aceitação prática do parlamentarismo. Esse manifesto nunca foi divulgado na rede da legalidade. Nossa fúria era em função de que aquela medida era uma amputação dos poderes do Jango e das nossas ideias de reformar o Brasil e o mundo. Nós tínhamos feito um movimento que tinha impedido o golpe de estado e a ditadura no Brasil. Era 1964 que estava sendo antecipado para 1961. A mobilização do povo do Rio Grande do Sul levou o Exército a apoiar o governo. Então, nós não podíamos abrir mão da nossa vitória. Depois, no fundo, em termos de história e considerando os fatos que ocorreram mais tarde, eu passei a entender que Jango tinha razão. Isso porque o país estava dividido, embora o Rio Grande do Sul estivesse unido. Havia muita gente que não queria que Jango assumisse o poder.
Bajulação e safadeza
Quando eu chego a Brasília, em 1962/63, comecei a me interar daquele jogo político, da bajulação e da safadeza na política. E vejo que aqui no Rio Grande éramos puros demais. E que, naquele momento, era preciso ceder. Vendo hoje, o parlamentarismo, naquele momento, foi uma boa solução. Só que era um parlamentarismo capenga, mas até que deu certo. Comparativamente a hoje, o Senado era muitíssimas vezes superior em termos de compostura, em termos de nível cultural de seus membros, e a câmara dos deputados mais ainda. Essas barganhas vergonhosas que existem hoje não existiam. Se continuasse o parlamentarismo, talvez o parlamento tivesse melhorado bastante, porque o parlamento do Brasil, hoje, é o mais nauseabundo que pode existir na história universal. Mas o plebiscito de 1963, que devolveu os poderes a João Goulart, pelo presidencialismo, foi mais do que legítimo. Foi a resposta a 1961. Foi nossa nova vitória.
IHU On-Line – Considerando a trajetória histórica da política brasileira, podemos identificar algum outro movimento parecido com a legalidade em nosso país?
Flávio Tavares – Em termos políticos, não. Porque a política se transformou num balcão de negócios (vide o escândalo recente no Ministério dos Transportes). A estrutura partidária brasileira, hoje, não tem nada a ver com a velha estrutura partidária brasileira que ainda era programática, em que havia ainda esquerda, direita, centro e partidos ligados às reivindicações operárias e camponesas.
IHU On-Line – O Brasil de hoje teria força para uma mobilização popular parecida com a legalidade, usando as redes sociais, por exemplo?
Flávio Tavares – Poder-se-ia tentar com a força das redes e dos movimentos sociais. O que acontece é que as pessoas estão muito amesquinhadas, muito separadas umas das outras por pequenas mesquinharias, em torno do comando e do poder. O que falta é um grande comando com ideias. Isso não existe mais. Ninguém, entre os dirigentes políticos no Brasil hoje, tem ideias. A Dilma é uma pessoa correta. Se ela quisesse e pudesse assumir isso, ela teria condições. Mas está travada pelo modelo de fazer política em busca do poder pessoal. Outro exemplo é o caso de Lula. Há 15 anos era uma pessoa corretíssima, tinha ideias, posições. Mas, já antes de assumir a presidência da República, começa a abandonar tudo, até ser o que é hoje.
IHU On-Line – Essa falta de comando a que se refere na política é uma característica mais brasileira ou é algo global, no sentido da pulverização de esperanças e utopias?
Flávio Tavares – É exatamente a pulverização da utopia, da esperança e da crença de que a sociedade do consumo vai nos levar ao desastre. Falta isto: essa visão de utopia e esperança e de crença em uma sociedade correta, justa, em que as pessoas sejam solidárias, que não sejam levadas pelo consumismo e por essa exacerbação do desperdício e do consumo que está nos levando, em todos os aspectos, ao caos.
IHU On-Line – Como foram seus anos no exílio e que Brasil o senhor encontrou no seu retorno?
Flávio Tavares – O sequestro do embaixador americano me salvou da morte. Eu tinha 30 dias de prisão, estava em condições muito ruins de saúde, pois sofri muita tortura. Cheguei ao México sem conseguir praticamente mexer as mãos. Meus dez anos de exílio foram de um aprendizado muito grande. Dez anos depois, quando volto ao Brasil, encontro o país muito diferente. As pessoas tinham mais bens de consumo, mas já não acreditavam em mais nada, nem na política. Era um país que tinha sido ultrajado pelo golpe militar de 1964. Em 1977, vou para o Uruguai, em uma missão humanitária, quando sou sequestrado pelo Exército uruguaio. Passei 28 dias sequestrado, torturado, algemado e de olhos vendados e mais seis meses preso. Daí houve uma campanha internacional muito grande a meu favor, inclusive o Papa Paulo VI interveio a meu favor. Fui libertado com a condição de não voltar para o Brasil. Fui para Portugal e de lá voltei com anistia política, em 1979.
[...]
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=46095
O Instituto Humanitas Unisinos - IHU compreende e impulsiona suas iniciativas no sentido de prospectar os caminhos que se abrem e se inscrevem em um período em que vivemos “uma grande transformação” (Karl Polanyi) tanto socioeconômica, com o constante progresso da cultura material, quanto ético-cultural, que se expressa na cultura simbólica, especialmente, na esfera dos valores. Tendo por horizonte o amplo espectro de desafios e possibilidades que emergem e interagem nos múltiplos cenários dessa dupla transformação, o IHU orienta sua reflexão e ação em torno a cinco eixos, os quais constituem-se em referenciais inter e retro-relacionados, capazes de facilitar a elaboração de atividades transdisciplinares: Ética, Trabalho, Sociedade Sustentável, Mulheres: sujeito sociocultural, e Teologia Pública.
Neste sentido, refletir a respeito do humano e do não humano torna-se relevante. Reflexão esta que deve considerar que todo pensar sobre o ser humano é sempre incompleto. Somos inapreensíveis, por definição. Tal efemeridade ou fundura nos obriga a re/volver-nos permanentemente sobre nós mesmos. Cada reflexão sobre o humano é uma leitura parcial de sua realidade. Porém cada fragmento de pensamento ajuda-nos a compor nossa real e caleidoscópica subjetividade humana. A reflexão sobre o ser humano está na base de todos os saberes que constituem as sociedades contemporâneas: o direito, a psicologia, a política, a educação, administração, economia, sendo algo de fronteira e indispensável.
Nada escapa ao desafio de nossa própria auto-compreensão. Tudo está inexoravelmente marcado pela visão que temos de nós mesmos, pelas perspectivas do humano latentes em nossa cultura e instituições. Diante o exposto torna-se relevante refletir acerca das perspectivas do humano, de maneira inter/transdisciplinar, enfocando pensadores contemporâneos como Ortega y Gasset, Miguel de Unamuno, José Luis Aranguren y Ignacio Ellacuría, todos filósofos espanhóis com relevância e reconhecimento.
Realização
Data de início: 16/08/2011
Data de término: 25/09/2011
Dias de aula: 16, 17, 18 de agosto e 8, 12 e 15 de setembro
Horário: 19h30min às 22h30min
Carga horária: 18h
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU e Auditório Central
Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo – RS
Objetivo
Objetivo Geral
Proporcionar uma reflexão plural a respeito do ser humano, seus direitos (e responsabilidades) e suas múltiplas possibilidades de ser, tendo como referência a filosofia de alguns pensadores espanhóis contemporâneos: Ortega y Gasset, Miguel de Unamuno, José Luis Aranguren y Ignacio Ellacuria.
Objetivos específicos
- Refletir sobre o respeito ao ser humano, seus direitos e responsabilidades, buscando melhor compreender suas relações com o não humano e com o humano.
- Problematizar as diferentes possibilidades de ser do humano, a partir das visões dos filósofos Ortega y Gasset, Miguel de Unamuno, José Luis Aranguren y Ignacio Ellacuria.
Público-alvo
Professores, alunos, funcionários da Universidade e interessados em geral.
Programação*
16 de agosto
Conferência: Miguel de Unamuno e o sentimento trágico da vida
Prof. Dr. José Maria Aguirre Oraá – Universidade de La Rioja - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
17 de agosto
Conferência: Ortega y Gasset: sua perspectiva raciovitalista
Prof. Dr. José Maria Aguirre Oraá – Universidade de La Rioja - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
18 de agosto
Conferência: José Luis Aranguren: ética e política
Prof. Dr. José Maria Aguirre Oraá – Universidade de La Rioja - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
08 de setembro
Conferência: O fazer filosófico e a praxis política desde Ignacio Ellacuría
Prof. Dr. José Mora Galiana - Universidad Pablo Olavide, Sevilla - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
12 de setembro
Conferência: Filosofia da Libertação e Direitos Humanos no pensamento de Ignacio Ellacuría
Prof. Dr. José Mora Galiana - Universidad Pablo Olavide, Sevilla - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Auditório Central - Unisinos
15 de setembro
Conferência: Filosofia, Universidade e Política: a inserção social de Ignacio Ellacuría
Prof. Dr. José Mora Galiana - Universidad Pablo Olavide, Sevilla - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
*Sujeito a alterações
Investimento
Para alunos: R$ 10,00
Para profissionais: R$ 20,00
Coordenação
Prof. Dr. Castor Bartolomé Ruiz
Prof. Dr. Inácio Neutzling
Prof. MS Lucas Henrique da Luz
Promoção
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos
Instituto Humanitas Unisinos – IHU
Cátedra Unesco de Direitos Humanos e violência, governo e governança
Programa de Pós-Graduação em Filosofia - Unisinos
Graduação em Filosofia - Unisinos
Apoio
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – Unisinos
Programa de Pós-Graduação em Direito – Unisinos
Graduação em Direito – Unisinos
Núcleo de direitos humanos, Unisinos
Grupo de pesquisa Ética, biopolítica e alteridade
Embaixada Espanhola no Brasil
Unesco
Informações
Linha Direta Unisinos: +55 (51) 3591 1122
Email: humanitas@unisinos.br
www.unisinos.br/eventos
www.ihu.unisinos.br
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_eventos&Itemid=19&task=detalhe&id=255
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Em seu ponto de vista, os jornais devem de posicionar contra crimes como o golpe de estado, por exemplo. Sobre Brizola, recorda seu interesse no processo jornalístico, de alguém que “tinha a mania de ser jornalista”.
Ao comparar o Senado do início da década de 1960 ao de hoje, Tavares constata: “o Senado era muitíssimas vezes superior em termos de compostura, em termos de nível cultural de seus membros, e a câmara dos deputados mais ainda. Essas barganhas vergonhosas que existem hoje não existiam. Se continuasse o parlamentarismo, talvez o parlamento tivesse melhorado bastante, porque o parlamento do Brasil, hoje, é o mais nauseabundo que pode existir na história universal”. Fatos como o recente escândalo no Ministério dos Transportes demonstram o quanto a política brasileira virou um “balcão de negócios”.
Flávio Tavares é gaúcho de Lajeado. Militante de organizações que lutaram contra a ditadura militar brasileira, foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick.
Aos 20 anos, Flávio foi eleito presidente da União Estadual de Estudantes, no Rio Grande do Sul. Militante de esquerda, foi comentarista político do jornal Última Hora.
Com o golpe militar de 1964, foi preso pela primeira vez por suas posições políticas e solto logo depois. Entre 1967 e 1969, foi novamente preso, acusado de participar de uma ação armada para libertar presos políticos na penitenciária Lemos de Brito, no Rio de Janeiro.
Em setembro de 1969, foi enviado para o exílio, no México, no grupo trocado pelo embaixador Elbrick, sequestrado por integrantes de organizações de esquerda que faziam a luta armada no Brasil. Nos anos 1970, durante o exílio, trabalhou no jornal mexicano Excelsior e foi seu correspondente em Buenos Aires a partir de 1974. Vivendo na Argentina, também trabalhou para os jornais Estado de São Paulo e Folha de S.Paulo. Em julho de 1977, Flávio foi sequestrado por militares dos órgãos de repressão do Uruguai, passando 195 dias preso. Libertado depois de uma campanha internacional, foi morar em Lisboa, voltando ao Brasil com a anistia de 1979. Hoje, vive e trabalha em Búzios, no Rio de Janeiro.
Flávio Tavares é autor, entre outros livros, de O dia em que Allende matou Getúlio, Record.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Como foi sua participação pessoal na Campanha da Legalidade? O que lembra de mais significativo, que mais lhe impactou como jornalista, gaúcho e brasileiro?
Flávio Tavares – Minha participação pessoal foi no primeiro passo da Campanha da Legalidade, que ainda nem tinha esse nome. Nós, no dia seguinte à renúncia do presidente Jânio Quadros, que foi no dia 25 de agosto de 1961,fizemos uma edição extra do jornal Última Hora, num sábado vespertino. Naquela época, os vespertinos não circulavam aos domingos. A edição foi feita nos porões do Palácio do governo gaúcho e circulou no domingo, dia 27 de agosto de 1961, sob a proteção dos soldados da Brigada Militar.
Pela primeira vez na história universal da imprensa, um jornal saiu na rua protegido pela polícia. Em geral, a polícia sempre confisca e destrói jornais. Nesse caso foi diferente, porque nós tínhamos medo de que o Exército confiscasse os jornais, pois esta instituição estava em pé de guerra com o governador. Fizemos aquela edição no Palácio porque a ideia foi do governador Leonel Brizola. E o único jornal que não era hostil a ele era o Última Hora. A sede do jornal era na rua 7 de Setembro, mais ou menos em frente onde hoje é o Correio do Povo, muito perto dos quartéis do Exército. Isso era um perigo.
Passamos a noite inteira no Palácio. Eu era editor de política do Última Hora e o repórter destacado para o Palácio. Eu cobria todas as atividades do Brizola. Terminamos a edição do jornal por volta de 6 horas da manhã e ele era impresso bem perto do Palácio, na rua Duque de Caxias. Saí de lá para respirar um pouco o ar de fora dos porões e não dormi esse dia e nem os demais durante a Campanha da Legalidade. Com 27 anos a gente aguenta.
IHU On-Line – Como você define a cobertura jornalística da Campanha da Legalidade?
Flávio Tavares – Foi uma cobertura engajada; tomamos posição, porque os jornais têm obrigação de tomar posição contra o crime. E o golpe de estado é um crime.
IHU On-Line – Em que medida Brizola participava do trabalho jornalístico durante o movimento? Por que o senhor afirma que ele era um sujeito que “tinha a mania de ser jornalista”?
Flávio Tavares – Ele tinha mania de ser jornalista porque gostava de ser jornalista. Ele tinha dirigido, em 1955, um jornal vespertino chamado Clarin, que era do Partido Trabalhista. Ele sempre tinha opinião sobre os jornais, até sobre a parte gráfica. Já em 1963, durante o governo de João Goulart, Brizola dirigiu um jornal de circulação semanal, Panfleto, onde ele próprio escrevia o artigo da contracapa.
IHU On-Line – Como você avaliou, na época, o aceite de Jango pelo parlamentarismo? Hoje, 50 anos depois, mantém sua opinião?
Flávio Tavares – Naquela época nós ficamos furiosos com o Jango. A tal ponto que rasgamos, (eu e o secretário de imprensa do Brizola) na frente dos microfones da rádio da legalidade, um manifesto do Jango, que era a aceitação prática do parlamentarismo. Esse manifesto nunca foi divulgado na rede da legalidade. Nossa fúria era em função de que aquela medida era uma amputação dos poderes do Jango e das nossas ideias de reformar o Brasil e o mundo. Nós tínhamos feito um movimento que tinha impedido o golpe de estado e a ditadura no Brasil. Era 1964 que estava sendo antecipado para 1961. A mobilização do povo do Rio Grande do Sul levou o Exército a apoiar o governo. Então, nós não podíamos abrir mão da nossa vitória. Depois, no fundo, em termos de história e considerando os fatos que ocorreram mais tarde, eu passei a entender que Jango tinha razão. Isso porque o país estava dividido, embora o Rio Grande do Sul estivesse unido. Havia muita gente que não queria que Jango assumisse o poder.
Bajulação e safadeza
Quando eu chego a Brasília, em 1962/63, comecei a me interar daquele jogo político, da bajulação e da safadeza na política. E vejo que aqui no Rio Grande éramos puros demais. E que, naquele momento, era preciso ceder. Vendo hoje, o parlamentarismo, naquele momento, foi uma boa solução. Só que era um parlamentarismo capenga, mas até que deu certo. Comparativamente a hoje, o Senado era muitíssimas vezes superior em termos de compostura, em termos de nível cultural de seus membros, e a câmara dos deputados mais ainda. Essas barganhas vergonhosas que existem hoje não existiam. Se continuasse o parlamentarismo, talvez o parlamento tivesse melhorado bastante, porque o parlamento do Brasil, hoje, é o mais nauseabundo que pode existir na história universal. Mas o plebiscito de 1963, que devolveu os poderes a João Goulart, pelo presidencialismo, foi mais do que legítimo. Foi a resposta a 1961. Foi nossa nova vitória.
IHU On-Line – Considerando a trajetória histórica da política brasileira, podemos identificar algum outro movimento parecido com a legalidade em nosso país?
Flávio Tavares – Em termos políticos, não. Porque a política se transformou num balcão de negócios (vide o escândalo recente no Ministério dos Transportes). A estrutura partidária brasileira, hoje, não tem nada a ver com a velha estrutura partidária brasileira que ainda era programática, em que havia ainda esquerda, direita, centro e partidos ligados às reivindicações operárias e camponesas.
IHU On-Line – O Brasil de hoje teria força para uma mobilização popular parecida com a legalidade, usando as redes sociais, por exemplo?
Flávio Tavares – Poder-se-ia tentar com a força das redes e dos movimentos sociais. O que acontece é que as pessoas estão muito amesquinhadas, muito separadas umas das outras por pequenas mesquinharias, em torno do comando e do poder. O que falta é um grande comando com ideias. Isso não existe mais. Ninguém, entre os dirigentes políticos no Brasil hoje, tem ideias. A Dilma é uma pessoa correta. Se ela quisesse e pudesse assumir isso, ela teria condições. Mas está travada pelo modelo de fazer política em busca do poder pessoal. Outro exemplo é o caso de Lula. Há 15 anos era uma pessoa corretíssima, tinha ideias, posições. Mas, já antes de assumir a presidência da República, começa a abandonar tudo, até ser o que é hoje.
IHU On-Line – Essa falta de comando a que se refere na política é uma característica mais brasileira ou é algo global, no sentido da pulverização de esperanças e utopias?
Flávio Tavares – É exatamente a pulverização da utopia, da esperança e da crença de que a sociedade do consumo vai nos levar ao desastre. Falta isto: essa visão de utopia e esperança e de crença em uma sociedade correta, justa, em que as pessoas sejam solidárias, que não sejam levadas pelo consumismo e por essa exacerbação do desperdício e do consumo que está nos levando, em todos os aspectos, ao caos.
IHU On-Line – Como foram seus anos no exílio e que Brasil o senhor encontrou no seu retorno?
Flávio Tavares – O sequestro do embaixador americano me salvou da morte. Eu tinha 30 dias de prisão, estava em condições muito ruins de saúde, pois sofri muita tortura. Cheguei ao México sem conseguir praticamente mexer as mãos. Meus dez anos de exílio foram de um aprendizado muito grande. Dez anos depois, quando volto ao Brasil, encontro o país muito diferente. As pessoas tinham mais bens de consumo, mas já não acreditavam em mais nada, nem na política. Era um país que tinha sido ultrajado pelo golpe militar de 1964. Em 1977, vou para o Uruguai, em uma missão humanitária, quando sou sequestrado pelo Exército uruguaio. Passei 28 dias sequestrado, torturado, algemado e de olhos vendados e mais seis meses preso. Daí houve uma campanha internacional muito grande a meu favor, inclusive o Papa Paulo VI interveio a meu favor. Fui libertado com a condição de não voltar para o Brasil. Fui para Portugal e de lá voltei com anistia política, em 1979.
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http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=46095
Ciclo de Estudos: Perspectivas do Humano
Extensão Filosofia Unisinos - 07.08.11
ApresentaçãoO Instituto Humanitas Unisinos - IHU compreende e impulsiona suas iniciativas no sentido de prospectar os caminhos que se abrem e se inscrevem em um período em que vivemos “uma grande transformação” (Karl Polanyi) tanto socioeconômica, com o constante progresso da cultura material, quanto ético-cultural, que se expressa na cultura simbólica, especialmente, na esfera dos valores. Tendo por horizonte o amplo espectro de desafios e possibilidades que emergem e interagem nos múltiplos cenários dessa dupla transformação, o IHU orienta sua reflexão e ação em torno a cinco eixos, os quais constituem-se em referenciais inter e retro-relacionados, capazes de facilitar a elaboração de atividades transdisciplinares: Ética, Trabalho, Sociedade Sustentável, Mulheres: sujeito sociocultural, e Teologia Pública.
Neste sentido, refletir a respeito do humano e do não humano torna-se relevante. Reflexão esta que deve considerar que todo pensar sobre o ser humano é sempre incompleto. Somos inapreensíveis, por definição. Tal efemeridade ou fundura nos obriga a re/volver-nos permanentemente sobre nós mesmos. Cada reflexão sobre o humano é uma leitura parcial de sua realidade. Porém cada fragmento de pensamento ajuda-nos a compor nossa real e caleidoscópica subjetividade humana. A reflexão sobre o ser humano está na base de todos os saberes que constituem as sociedades contemporâneas: o direito, a psicologia, a política, a educação, administração, economia, sendo algo de fronteira e indispensável.
Nada escapa ao desafio de nossa própria auto-compreensão. Tudo está inexoravelmente marcado pela visão que temos de nós mesmos, pelas perspectivas do humano latentes em nossa cultura e instituições. Diante o exposto torna-se relevante refletir acerca das perspectivas do humano, de maneira inter/transdisciplinar, enfocando pensadores contemporâneos como Ortega y Gasset, Miguel de Unamuno, José Luis Aranguren y Ignacio Ellacuría, todos filósofos espanhóis com relevância e reconhecimento.
Realização
Data de início: 16/08/2011
Data de término: 25/09/2011
Dias de aula: 16, 17, 18 de agosto e 8, 12 e 15 de setembro
Horário: 19h30min às 22h30min
Carga horária: 18h
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU e Auditório Central
Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo – RS
Objetivo
Objetivo Geral
Proporcionar uma reflexão plural a respeito do ser humano, seus direitos (e responsabilidades) e suas múltiplas possibilidades de ser, tendo como referência a filosofia de alguns pensadores espanhóis contemporâneos: Ortega y Gasset, Miguel de Unamuno, José Luis Aranguren y Ignacio Ellacuria.
Objetivos específicos
- Refletir sobre o respeito ao ser humano, seus direitos e responsabilidades, buscando melhor compreender suas relações com o não humano e com o humano.
- Problematizar as diferentes possibilidades de ser do humano, a partir das visões dos filósofos Ortega y Gasset, Miguel de Unamuno, José Luis Aranguren y Ignacio Ellacuria.
Público-alvo
Professores, alunos, funcionários da Universidade e interessados em geral.
Programação*
16 de agosto
Conferência: Miguel de Unamuno e o sentimento trágico da vida
Prof. Dr. José Maria Aguirre Oraá – Universidade de La Rioja - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
17 de agosto
Conferência: Ortega y Gasset: sua perspectiva raciovitalista
Prof. Dr. José Maria Aguirre Oraá – Universidade de La Rioja - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
18 de agosto
Conferência: José Luis Aranguren: ética e política
Prof. Dr. José Maria Aguirre Oraá – Universidade de La Rioja - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
08 de setembro
Conferência: O fazer filosófico e a praxis política desde Ignacio Ellacuría
Prof. Dr. José Mora Galiana - Universidad Pablo Olavide, Sevilla - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
12 de setembro
Conferência: Filosofia da Libertação e Direitos Humanos no pensamento de Ignacio Ellacuría
Prof. Dr. José Mora Galiana - Universidad Pablo Olavide, Sevilla - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Auditório Central - Unisinos
15 de setembro
Conferência: Filosofia, Universidade e Política: a inserção social de Ignacio Ellacuría
Prof. Dr. José Mora Galiana - Universidad Pablo Olavide, Sevilla - Espanha
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU
*Sujeito a alterações
Investimento
Para alunos: R$ 10,00
Para profissionais: R$ 20,00
Coordenação
Prof. Dr. Castor Bartolomé Ruiz
Prof. Dr. Inácio Neutzling
Prof. MS Lucas Henrique da Luz
Promoção
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos
Instituto Humanitas Unisinos – IHU
Cátedra Unesco de Direitos Humanos e violência, governo e governança
Programa de Pós-Graduação em Filosofia - Unisinos
Graduação em Filosofia - Unisinos
Apoio
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – Unisinos
Programa de Pós-Graduação em Direito – Unisinos
Graduação em Direito – Unisinos
Núcleo de direitos humanos, Unisinos
Grupo de pesquisa Ética, biopolítica e alteridade
Embaixada Espanhola no Brasil
Unesco
Informações
Linha Direta Unisinos: +55 (51) 3591 1122
Email: humanitas@unisinos.br
www.unisinos.br/eventos
www.ihu.unisinos.br
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_eventos&Itemid=19&task=detalhe&id=255
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