Débora Zampier, Repórter da Agência Brasil - 10/08/2011 - 22h45
Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (10), por unanimidade, que as pessoas aprovadas em concurso público têm o direito de ser nomeadas nas vagas abertas por concurso público (com exceção do cadastro de reserva). A decisão foi sobre um caso específico em Mato Grosso do Sul, mas será aplicada em todo o país, porque o caso tinha o status de repercussão geral.
O estado alegava que o candidato não tem direito certo de ser nomeado, apenas uma expectativa de que isso aconteça. E que isso serve para preservar a autonomia da administração pública para decidir se a nomeação é útil ou não. No entanto, o relator, ministro Gilmar Mendes, considerou que a administração pública está vinculada ao número de vagas previstas no edital.
Mendes considerou que as vagas previstas em edital já pressupõem a existência de cargos e a previsão de lei orçamentária. “Entendo que o dever de boa-fé da administração pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas no concurso público”, disse o ministro, que acrescentou que a única liberdade da administração pública é decidir quando o candidato será nomeado, dentro do prazo de validade do concurso.
Para o relator, apenas situações excepcionais justificam a não nomeação, como fatos importantes e imprevisíveis posteriores à abertura do edital, como crises econômicas, guerras e fenômenos naturais que causem calamidade pública.
Edição: Rivadavia Severo
Tarso contraria PT e faz Consulta Popular
Raul Pont e ex-secretário de Olívio cobram o retorno do Orçamento Participativo no Rio Grande do Sul
Samir Oliveira - 11/08/2011
A primeira votação da Consulta Popular no governo Tarso Genro (PT) ocorreu ontem sob críticas de companheiros do seu próprio partido. O presidente estadual da sigla, deputado Raul Pont, não esconde a insatisfação com o fato de o Palácio Piratini ainda não ter demonstrado se priorizará a implementação do Orçamento Participativo (OP) no Estado.

Outro petista que discorda do modelo ao qual Tarso dá continuidade é o ex-secretário de Orçamento e Finanças do OP durante o governo de Olívio Dutra (PT, 1999-2002), Ubiratan de Souza.
“Predominou a mesma consulta popular dos governos Britto, Rigotto e Yeda. Apenas trocaram o nome (para Votação de Prioridades). Atualmente, não existe orçamento participativo”, condena Ubiratan.
Ambos sustentam que a consulta popular não propicia a formação de cidadania e não cativa a população a exercer controle sobre o poder público. “As pessoas votam numa lista que não produziram. Já o OP gera envolvimento, é presencial e percorre várias etapas, desde o conhecimento total do orçamento até o acompanhamento dos projetos”, explica Pont.

O ex-secretário de Olívio defende que o governo Tarso Genro faça uma avaliação para implantar o OP no próximo ano. “Não perdemos a esperança de que possa ser feita uma avaliação a partir de outubro em que seja discutida a validade da consulta popular e a elaboração do orçamento participativo”, projeta.
Mas a extinção da consulta popular não passa pela cabeça de Tarso. O governador escolheu suas prioridades em votação na manhã de ontem, no Palácio Piratini, e disse que não irá desprezar nenhuma forma de participação.
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http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=69932&fonte=nw
Fortunati: descartada redução da jornada de trabalho dos servidores da saúde
Categoria paralisou 12 postos exigindo o cumprimento de norma federal que prevê 30 horas semanais
10.08.11 - 20:48
A prefeitura de Porto Alegre não vai reduzir a jornada semanal de trabalho dos servidores da saúde, de 40 para 30 horas. Conforme o prefeito José Fortunati, é impossível contratar mil servidores para adotar a medida, reivindicada pelo funcionalismo, e garantir o atendimento nos postos de saúde. No fim da tarde, ele recebeu os sindicalistas em uma reunião com a participação do Secretariado, no Paço Municipal. Uma assembleia foi marcada para quarta-feira, entre os servidores da Saúde e o Sindicato dos Municipários (Simpa), a fim de discutir uma possível radicalização do protesto.
Para o diretor do Simpa, João Ezequiel, a Prefeitura descumpre uma norma federal que prevê 30 horas semanais para o atendimento em saúde pública. Ele ressaltou que a categoria vai continuar trabalhando pela regulamentação sem descartar a possibilidade de greve caso o governo não apresente uma alternativa.
Com o objetivo de pressionar o Executivo, o Simpa organizou paralisação em pelo menos 12 postos de saúde da Capital, nesta quarta-feira. De acordo com a entidade, em unidades como Nonoai e Passo das Pedras, a adesão chegou a 100%. O atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS) também foi prejudicado.
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=285205
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