Tarso, pague o piso ou é greve!
10/11/2011 16:33
Mais duas assembleias regionais dos Trabalhadores Estaduais da Educação confirmaram na quarta-feira (09) a decisão de paralisar as atividades a partir da assembleia geral da categoria, marcada para o próximo dia 18, às 13h30, no Gigantinho, em Porto Alegre.
As decisões do dia foram tomadas nas regiões de Rio Grande (6º Núcleo) e Frederico Westphalen (26º). Na terça-feira (08) já tinham votado favorável à greve os educadores das regiões de Santo Ângelo (9º Núcleo), Santa Rosa (10º Núcleo), Soledade (28º Núcleo) e Porto Alegre (39º Núcleo).
João dos Santos e Silva, Assessor de imprensa do CPERS/Sindicato.
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=3044
As decisões do dia foram tomadas nas regiões de Rio Grande (6º Núcleo) e Frederico Westphalen (26º). Na terça-feira (08) já tinham votado favorável à greve os educadores das regiões de Santo Ângelo (9º Núcleo), Santa Rosa (10º Núcleo), Soledade (28º Núcleo) e Porto Alegre (39º Núcleo).
João dos Santos e Silva, Assessor de imprensa do CPERS/Sindicato.
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=3044
Por Tio Noé. Hoje nosso Blog foi descoberto por Hollywood. Logo estaremos em 3D!
Montante é 17% superior ao registrado no mesmo período o ano anterior
10/11/2011 | 16h07
O lucro líquido do Gerdau atingiu R$ 713 milhões no terceiro trimestre de 2011, o que significou um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre, a empresa teve aumento de 10% nas vendas físicas, reflexo da maior demanda mundial por aço. No trimestre anterior, o lucro foi de R$ 503 milhões.
A receita líquida consolidada no período subiu para R$ 9 bilhões, um crescimento de 9% perante o mesmo período do ano anterior. Já a produção consolidada de aço atingiu 5 milhões de toneladas, um acréscimo de 14% frente ao terceiro trimestre de 2010.
[...]
No acumulado do ano (janeiro a setembro), a receita líquida consolidada alcançou R$ 26,3 bilhões, um acréscimo de 12% em relação aos nove primeiros meses de 2010. As vendas físicas consolidadas chegaram a 14,5 milhões de toneladas, também apresentando evolução de 12%. No mesmo período, a produção consolidada de aço foi 11% superior, atingindo 14,9 milhões de toneladas. O EBITDA, por sua vez, foi de R$ 3,6 bilhões e o lucro líquido atingiu R$ 1,6 bilhão.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2011/11/lucro-liquido-da-gerdau-atinge-r-713-milhoes-no-terceiro-trimestre-3557342.html
A receita líquida consolidada no período subiu para R$ 9 bilhões, um crescimento de 9% perante o mesmo período do ano anterior. Já a produção consolidada de aço atingiu 5 milhões de toneladas, um acréscimo de 14% frente ao terceiro trimestre de 2010.
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No acumulado do ano (janeiro a setembro), a receita líquida consolidada alcançou R$ 26,3 bilhões, um acréscimo de 12% em relação aos nove primeiros meses de 2010. As vendas físicas consolidadas chegaram a 14,5 milhões de toneladas, também apresentando evolução de 12%. No mesmo período, a produção consolidada de aço foi 11% superior, atingindo 14,9 milhões de toneladas. O EBITDA, por sua vez, foi de R$ 3,6 bilhões e o lucro líquido atingiu R$ 1,6 bilhão.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2011/11/lucro-liquido-da-gerdau-atinge-r-713-milhoes-no-terceiro-trimestre-3557342.html
Estudantes da USP fazem novo ato contra presença de PM no campus da universidade
Bruno Bocchini, Agência Brasil - 10/11/2011 - 18h08
São Paulo – Os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) fazem na tarde de hoje (10) um novo ato contra a presença da Polícia Militar (PM) no campus da instituição. Cerca de 500 alunos, segundo a polícia – e mais de mil, segundo os organizadores – saíram em passeata da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no centro antigo da cidade, e percorrem as ruas próximas. Após a caminhada, está prevista uma assembleia geral.
Além da saída da PM do campus, eles acusam a corporação de ter cometido abusos na desocupação do prédio da reitoria, na última terça-feira (8), e também pedem a renúncia do reitor da universidade, João Grandino Rodas. Os alunos gritam palavras de ordem em apoio à greve iniciada há dois dias.
“Estamos aqui contra a ação truculenta da polícia e para chamar a atenção da sociedade para a falta de diálogo que existe entre a direção da USP e a sua comunidade. Se a reitoria fosse realmente aberta, eles teriam resolvido no diálogo a questão da ocupação”, disse o aluno Augusto, que só quis se identificar pelo primeiro nome.
Do último dia 1º até o dia 8, um grupo de alunos ocupou o prédio da reitoria. A PM cumpriu a ordem judicial de reintegração de posse do prédio e prendeu 70 estudantes, dos quais 24 mulheres. Eles foram levados à 91ª Delegacia de Polícia e tiveram de pagar fiança pela libertação.
A rediscussão da presença da Polícia Militar no campus da USP e a reavaliação de processos abertos contra alunos e trabalhadores da universidade estão entre os principais pontos reivindicados pelos estudantes que ocuparam a reitoria.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-11-10/estudantes-da-usp-fazem-novo-ato-contra-presenca-de-pm-no-campus-da-universidade
Além da saída da PM do campus, eles acusam a corporação de ter cometido abusos na desocupação do prédio da reitoria, na última terça-feira (8), e também pedem a renúncia do reitor da universidade, João Grandino Rodas. Os alunos gritam palavras de ordem em apoio à greve iniciada há dois dias.
“Estamos aqui contra a ação truculenta da polícia e para chamar a atenção da sociedade para a falta de diálogo que existe entre a direção da USP e a sua comunidade. Se a reitoria fosse realmente aberta, eles teriam resolvido no diálogo a questão da ocupação”, disse o aluno Augusto, que só quis se identificar pelo primeiro nome.
Do último dia 1º até o dia 8, um grupo de alunos ocupou o prédio da reitoria. A PM cumpriu a ordem judicial de reintegração de posse do prédio e prendeu 70 estudantes, dos quais 24 mulheres. Eles foram levados à 91ª Delegacia de Polícia e tiveram de pagar fiança pela libertação.
A rediscussão da presença da Polícia Militar no campus da USP e a reavaliação de processos abertos contra alunos e trabalhadores da universidade estão entre os principais pontos reivindicados pelos estudantes que ocuparam a reitoria.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-11-10/estudantes-da-usp-fazem-novo-ato-contra-presenca-de-pm-no-campus-da-universidade
28ª CRE monta circo para o secretário da educação atacar o CPERS
MANOEL FERNANDES* - 10/11/2011
O governo Tarso quer alterar o ensino médio para atender aos empresários, o projeto já está pronto e para legitimá-lo promove reuniões com educadores e comunidade escolar.
Nas reuniões que aconteceram nos municípios que compõem a 28ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) as críticas ao projeto foram inúmeras, e vão desde o método como está sendo conduzido o projeto, pois as contribuições dos educadores não serão aceitas uma vez que o projeto não permite alterações, passando pela falta de estrutura das escolas e desvalorização dos educadores, até o conteúdo do projeto que além de reduzir de três para um ano e meio as aulas com os conteúdos curriculares atuais, retirando conhecimentos dos estudantes, o projeto só visa atender ao empresariado, que terá a sua disposição oferta de mão de obra semi qualificada.
Na reunião do dia 9 de novembro, na Câmara de Vereadores, a 28ª CRE montou um circo para evitar contrariedades ao projeto. Levou para a Câmara todos os CC’s da Coordenadoria e convocou os colegas do partido para defender os projetos de Tarso.
Não bastasse isso, o secretário da Educação José Clóvis, que vem tentando implementar a meritocracia através de decreto, tentou deslegitimar o Sindicato. O ataque ao Sindicato faz parte da estratégia adotada na reunião para desviar as atenções do principal debate, que os representantes do governo querem evitar, que o governador Tarso não cumpre a lei do piso e não investe em educação, mantendo, ainda hoje, as escolas de lata.
No CPERS discutimos questões pedagógicas, mas vamos além, e o secretário sabe disso. Só que hoje em dia o compromisso dele não é mais com esta entidade, que representa os anseios e as inquietações dos educadores, mas com um governo que não cumpre a lei, que não valoriza os educadores e que vem atacando direitos como foi com a privatização da previdência, o calote nos RPV’s, o aumento da contribuição da previdência, a tentativa de implantar a meritocracia e a implantação de projetos sem discussão com os educadores e a sociedade gaúcha.
O compromisso do CPERS é e sempre foi pela educação pública de qualidade. Se hoje ainda existe educação pública no Rio Grande do Sul, isso se deve a milhares de educadores e educadoras e a luta da categoria que, apesar dos ataques dos governos. Infelizmente, Tarso tem se revelado como mais um governo a atacar a escola pública.
O compromisso do secretário é com um governo que dizia que não precisa da decisão do STF para pagar o piso e que depois recorre ao mesmo Tribunal para ganhar tempo e enrolar os educadores. Este é de fundo o debate que os representantes do governo não querem encarar.
Se o governo estivesse de fato preocupado com a educação pública garantiria infra-estrutura necessária nas escolas, com laboratórios, biblioteca, merenda de qualidade e remuneração justa aos trabalhadores em educação. Ao contrário, o que o governo faz é, mais uma vez, não assumir suas responsabilidades jogando nas costas da categoria e da comunidade escolar o insucesso da escola pública.
Dia 18 de novembro vamos realizar nossa assembleia geral, quando debateremos nossa greve para exigir de Tarso o pagamento do piso salarial e derrotar os ataques que seu governo vem promovendo na educação pública.
*Manoel Fernandes é diretor geral do 22º Núcleo CPERS/Sindicato (Gravataí)
www.cpers.com.br/index.php?&cd_artigo=396&menu=36
Nas reuniões que aconteceram nos municípios que compõem a 28ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) as críticas ao projeto foram inúmeras, e vão desde o método como está sendo conduzido o projeto, pois as contribuições dos educadores não serão aceitas uma vez que o projeto não permite alterações, passando pela falta de estrutura das escolas e desvalorização dos educadores, até o conteúdo do projeto que além de reduzir de três para um ano e meio as aulas com os conteúdos curriculares atuais, retirando conhecimentos dos estudantes, o projeto só visa atender ao empresariado, que terá a sua disposição oferta de mão de obra semi qualificada.
Na reunião do dia 9 de novembro, na Câmara de Vereadores, a 28ª CRE montou um circo para evitar contrariedades ao projeto. Levou para a Câmara todos os CC’s da Coordenadoria e convocou os colegas do partido para defender os projetos de Tarso.
Não bastasse isso, o secretário da Educação José Clóvis, que vem tentando implementar a meritocracia através de decreto, tentou deslegitimar o Sindicato. O ataque ao Sindicato faz parte da estratégia adotada na reunião para desviar as atenções do principal debate, que os representantes do governo querem evitar, que o governador Tarso não cumpre a lei do piso e não investe em educação, mantendo, ainda hoje, as escolas de lata.
No CPERS discutimos questões pedagógicas, mas vamos além, e o secretário sabe disso. Só que hoje em dia o compromisso dele não é mais com esta entidade, que representa os anseios e as inquietações dos educadores, mas com um governo que não cumpre a lei, que não valoriza os educadores e que vem atacando direitos como foi com a privatização da previdência, o calote nos RPV’s, o aumento da contribuição da previdência, a tentativa de implantar a meritocracia e a implantação de projetos sem discussão com os educadores e a sociedade gaúcha.
O compromisso do CPERS é e sempre foi pela educação pública de qualidade. Se hoje ainda existe educação pública no Rio Grande do Sul, isso se deve a milhares de educadores e educadoras e a luta da categoria que, apesar dos ataques dos governos. Infelizmente, Tarso tem se revelado como mais um governo a atacar a escola pública.
O compromisso do secretário é com um governo que dizia que não precisa da decisão do STF para pagar o piso e que depois recorre ao mesmo Tribunal para ganhar tempo e enrolar os educadores. Este é de fundo o debate que os representantes do governo não querem encarar.
Se o governo estivesse de fato preocupado com a educação pública garantiria infra-estrutura necessária nas escolas, com laboratórios, biblioteca, merenda de qualidade e remuneração justa aos trabalhadores em educação. Ao contrário, o que o governo faz é, mais uma vez, não assumir suas responsabilidades jogando nas costas da categoria e da comunidade escolar o insucesso da escola pública.
Dia 18 de novembro vamos realizar nossa assembleia geral, quando debateremos nossa greve para exigir de Tarso o pagamento do piso salarial e derrotar os ataques que seu governo vem promovendo na educação pública.
*Manoel Fernandes é diretor geral do 22º Núcleo CPERS/Sindicato (Gravataí)
www.cpers.com.br/index.php?&cd_artigo=396&menu=36
Trabalhadores brasileiros têm pouca escolaridade e se qualificam em cursos privados
Raquel Júnia* - Adital, 10.11.11
Dados divulgados pelo MTE e Dieese mostram que a formação universitária está longe do universo dos trabalhadores brasileiros, que buscam mais cursos de qualificação quando estão desempregados.
É apenas na região sudeste que a porcentagem de trabalhadores com ensino médio completo é maior do que a daqueles que têm apenas o fundamental completo. Em todas as outras regiões do país, mais de 30% da população economicamente ativa (PEA) sequer concluiu o ensino fundamental. Os dados são do Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O estudo aponta ainda que a maioria das instituições responsáveis por qualificar os trabalhadores são particulares e que mais de 80% dos cursos são de qualificação profissional, apenas 17,9% de ensino técnico de nível médio e 0,5% de graduação tecnológica, ou seja, a formação dos trabalhadores é feita majoritariamente nos cursos chamados de formação inicial e continuada, cursados, em geral, em pouco tempo.
Outros indicadores mostram ainda o tamanho do desafio de garantir aumento de escolaridade e formação profissional para os trabalhadores, já que a maior parte deles tem uma extensa jornada de trabalho. As pessoas que trabalham mais tempo - mais de 45 horas semanais - são aquelas que não têm o ensino médio, apenas concluíram o fundamental. Em 2009, 33,8% dos trabalhadores com ensino fundamental completo estavam nesta situação em todo o país. A região onde há mais pessoas com esta escolaridade trabalhando 45 horas semanais ou mais, isto é, no mínimo 9 horas por dia, é o sudeste, onde 34,5% dos trabalhadores com fundamental incompleto também trabalham mais de 45 horas. O quadro nacional revela quanto tempo o brasileiro passa trabalhando: 41,4% tem jornada de 37 a 44 horas, 29,3% de 45 horas ou mais, apenas 15,4% trabalham de 21 a 36 horas e 13,9% até 20 horas semanais. Será que sobra tempo para a formação profissional e ainda para aumentar a escolaridade?
[...]
Os dados do Anuário mostram também que, apesar da grande defasagem escolar da maior parte da população economicamente ativa brasileira, as pessoas mais jovens têm concluído pelo menos o ensino médio. Na faixa etária de 18 a 29 anos, 39,9% das pessoas têm ensino médio completo, na faixa etária de 30 a 39 anos, esta porcentagem cai para 30,1%. O índice é decrescente à medida que a idade aumenta - de 40 a 49 anos, apenas 25% têm o ensino médio completo, na faixa etária de 50 anos ou mais, este indicador despenca para apenas 14,4%, predominando nesta faixa o fundamental incompleto (44%).
É apenas na região sudeste que a porcentagem de trabalhadores com ensino médio completo é maior do que a daqueles que têm apenas o fundamental completo. Em todas as outras regiões do país, mais de 30% da população economicamente ativa (PEA) sequer concluiu o ensino fundamental. Os dados são do Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O estudo aponta ainda que a maioria das instituições responsáveis por qualificar os trabalhadores são particulares e que mais de 80% dos cursos são de qualificação profissional, apenas 17,9% de ensino técnico de nível médio e 0,5% de graduação tecnológica, ou seja, a formação dos trabalhadores é feita majoritariamente nos cursos chamados de formação inicial e continuada, cursados, em geral, em pouco tempo.
Outros indicadores mostram ainda o tamanho do desafio de garantir aumento de escolaridade e formação profissional para os trabalhadores, já que a maior parte deles tem uma extensa jornada de trabalho. As pessoas que trabalham mais tempo - mais de 45 horas semanais - são aquelas que não têm o ensino médio, apenas concluíram o fundamental. Em 2009, 33,8% dos trabalhadores com ensino fundamental completo estavam nesta situação em todo o país. A região onde há mais pessoas com esta escolaridade trabalhando 45 horas semanais ou mais, isto é, no mínimo 9 horas por dia, é o sudeste, onde 34,5% dos trabalhadores com fundamental incompleto também trabalham mais de 45 horas. O quadro nacional revela quanto tempo o brasileiro passa trabalhando: 41,4% tem jornada de 37 a 44 horas, 29,3% de 45 horas ou mais, apenas 15,4% trabalham de 21 a 36 horas e 13,9% até 20 horas semanais. Será que sobra tempo para a formação profissional e ainda para aumentar a escolaridade?
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Os dados do Anuário mostram também que, apesar da grande defasagem escolar da maior parte da população economicamente ativa brasileira, as pessoas mais jovens têm concluído pelo menos o ensino médio. Na faixa etária de 18 a 29 anos, 39,9% das pessoas têm ensino médio completo, na faixa etária de 30 a 39 anos, esta porcentagem cai para 30,1%. O índice é decrescente à medida que a idade aumenta - de 40 a 49 anos, apenas 25% têm o ensino médio completo, na faixa etária de 50 anos ou mais, este indicador despenca para apenas 14,4%, predominando nesta faixa o fundamental incompleto (44%).
Marise chama a atenção para o fato de que esta população de 18 a 29 anos é a geração nascida após a Constituição de 1988, que determina a obrigatoriedade do ensino fundamental. Essa obrigatoriedade, segundo a professora, acaba refletindo também na frequência ao ensino médio. Ela lembra que a Emenda Constitucional 59 , aprovada em 2009, amplia esta obrigatoriedade para até os 17 anos, mas não afirma que o ensino médio é obrigatório. Ou seja, se um jovem de 17 anos, por razões diversas, ainda está cursando o ensino fundamental, a obrigação do Estado de garantir educação gratuita termina quando ele completa os 17 anos. "Com isso, estamos privilegiando simplesmente a escolaridade e não a conclusão do ensino médio. A emenda não é ruim, mas é insuficiente", afirma.
As tabelas do anuário mostram também que, entre as pessoas que recebem até um salário mínimo, a maior parte tem apenas o fundamental incompleto (46,7%). Já entre aqueles que recebem mais de um salário, 33% têm ensino médio completo. Os trabalhadores com ensino superior representam 16,9% dos que recebem mais de um salário.
[...]
A porcentagem de trabalhadores em cursos nas áreas de educação, saúde e serviços sociais começa a crescer à medida que se aumenta a escolaridade. A área é a mais procurada entre aqueles com superior incompleto e completo. No ranking geral, levando-se em conta todos os trabalhadores que se matricularam em cursos de qualificação independentemente da escolaridade, as áreas mais procuradas foram de informática, indústria e manutenção, comércio e gestão, saúde e bem estar social, estética e imagem social e construção civil, em ordem decrescente. Marise Ramos identifica, de forma crítica, uma divisão do trabalho na qual determinadas classes sociais devem ocupar sempre as mesmas funções. "As profissões têm cara e até cor", diz.
Márcia completa que é necessário valorizar todos os tipos de trabalhadores, garantindo condições de formação. "Dessa forma, se quebra essa característica da nossa sociedade que é diferenciar o trabalho manual do trabalho intelectual, essa lógica de que um grupo que só faz trabalho manual não precisa pensar sobre o seu trabalho, já que pensar é função de outro grupo", aponta.
*Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), Fiocruz
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=62254
.
As tabelas do anuário mostram também que, entre as pessoas que recebem até um salário mínimo, a maior parte tem apenas o fundamental incompleto (46,7%). Já entre aqueles que recebem mais de um salário, 33% têm ensino médio completo. Os trabalhadores com ensino superior representam 16,9% dos que recebem mais de um salário.
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A porcentagem de trabalhadores em cursos nas áreas de educação, saúde e serviços sociais começa a crescer à medida que se aumenta a escolaridade. A área é a mais procurada entre aqueles com superior incompleto e completo. No ranking geral, levando-se em conta todos os trabalhadores que se matricularam em cursos de qualificação independentemente da escolaridade, as áreas mais procuradas foram de informática, indústria e manutenção, comércio e gestão, saúde e bem estar social, estética e imagem social e construção civil, em ordem decrescente. Marise Ramos identifica, de forma crítica, uma divisão do trabalho na qual determinadas classes sociais devem ocupar sempre as mesmas funções. "As profissões têm cara e até cor", diz.
Márcia completa que é necessário valorizar todos os tipos de trabalhadores, garantindo condições de formação. "Dessa forma, se quebra essa característica da nossa sociedade que é diferenciar o trabalho manual do trabalho intelectual, essa lógica de que um grupo que só faz trabalho manual não precisa pensar sobre o seu trabalho, já que pensar é função de outro grupo", aponta.
*Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), Fiocruz
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=62254
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