Seguidores

Sejam Todos Bem Vindos!!! Deixem seus comentários, sugestões e críticas

Parabéns Educadores e Demais Cidadãos Gaúchos!!! Yeda (Nota Zero, Déficit Zero e Aumento Salarial Zero) Já Foi Demitida, MAS, deixou seus representantes no Governo e na Assembleia Legislativa!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Manifestação a favor da Greve dos Educadores em Novo Hamburgo

22/11/11
Alunos e Trabalhadores em Educação de duas Escolas Estaduais de Novo Hamburgo realizaram manifestação em apoio à Greve dos Educadores.

O ato ocorreu na sinaleira entre as ruas Pedro Adams Fº e Guia Lopes, a partir das 8 h e 30 min desta manhã. Os alunos distribuíram panfletos explicando as causas do movimento reivindicatório dos educadores.

Durante a manifestação, também estavam presentes faixas, como: A LEI É PARA TODOS, em alusão a Lei do Piso Nacional, que o Governo Tarso não cumpre até hoje.

Os alunos que se fizeram presentes ao ato pertencem às Escolas Maurício S. Sobrinho e “25 de Julho”, ambas com 100% de paralisação. A mídia local esteve presente.

Pelo Comando Regional de Greve do 14º Núcleo CPERS/Sindicato
Miriam  Kuhn;
Siden Francesch do Amaral.

Adesão de 5% ...
O Cpers, por meio da vice-presidente, Neida de Oliveira, informou que a entidade divulgará o seu balanço na quarta-feira. Segundo ela, nestes primeiros dias de paralisação, a preocupação da categoria é estar nas escolas conversando sobre os objetivos com pais e alunos.

— Queremos que a nossa greve tenha a capacidade de dialogar com a sociedade. E é exatamente isso que estamos fazendo neste momento — afirmou.

A vice-presidente questionou o percentual de adesão divulgado pelo Estado.

— O governo está mentindo, assim como mente quando diz que está preocupado com a educação. Já conhecemos essa prática e esse discurso.

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2011/11/secretaria-da-educacao-quer-substituir-grevistas-para-evitar-prejuizos-a-alunos-3569155.html

Em São Leopoldo, Sapucaia e Esteio 3.160 estudantes estão sem aula nas estaduais.
22/11/2011 09h08
[...]
http://www.jornalvs.com.br/educacao/358075/apenas-tres-escolas-aderem-a-greve-nas-cidades-da-regiao.html

Centenas de estudantes ocupam casa de eventos em Porto Alegre
Jovens fizeram assembleia para ajudar professores em greve no Estado
22/11/2011 12:19
O espaço de eventos Casa do Gaúcho, no Parque Harmonia, em Porto Alegre, foi ocupado por mais de duzentos alunos de diversas escolas, incluindo o Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o Julinho, nesta terça-feira. Os estudantes realizaram assembleia no local para definir ações que devem ocorrer durante a greve dos professores estaduais iniciada ontem. Os participantes apoiam o movimento do Cpers/ Sindicato.
[...]
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=363304

Seis escolas da cidade aderem ao primeiro dia de greve
22/11/2011 10h16
Novo Hamburgo - Em 29 escolas estaduais hamburguenses, contatadas na segunda-feira pelo Jornal NH, pelo menos seis instituições de ensino haviam aderido total ou parcialmente à greve que o Cpers/Sindicato aprovou na sexta-feira. No Estado, levantamento feito pela Secretaria Estadual de Educação aponta que 2,14% das escolas paralisaram. Já do lado do sindicato, se evitou falar em números, mas a entidade deve divulgar um balanço até quinta-feira, quando ocorre a próxima assembleia da categoria, na Capital.

Na maior escola de Novo Hamburgo, o Colégio 25 de Julho, a adesão foi de quase 100%. “Orientamos sobre os motivos que nos levaram a parar, que não foi somente pela reivindicação do nosso salário”, explicou o diretor da escola, Solon Polano, fazendo referencia à reformulação do ensino médio e a alteração no sistema de promoções dos professores.

Em São Leopoldo, o Instituto Pedro Schneider (Pedrinho) aderiu à greve dos professores. De acordo com a diretora do Pedrinho, Neusa Thiesen, a decisão foi tomada na sexta, após a assembleia geral. “Essa é uma greve diferente das outras. Estamos com um eixo claro que é a lei do piso nacional e a defesa do ensino médio’’, afirmou ela, que ainda não sabe como recuperar as aulas perdidas. “O aluno nunca foi prejudicado em nenhuma greve e isso também não acontecerá agora. Assim que atingirmos o objetivo, construiremos o calendário de recuperação conforme a lei.”
[...]
http://www.jornalnh.com.br/educacao/358043/seis-escolas-da-cidade-aderem-ao-primeiro-dia-de-greve-veja.html

Greve de coerência
Por Juremir - 22.11.11
A greve do magistério do Rio Grande do Sul é um caso de escola para se analisar as contradições da política. Ou dos políticos? Tenho certeza de que se estivesse sobrando muito dinheiro o governador Tarso Genro pagaria o Piso na hora. O problema é que só quatro estados brasileiros (Minas Gerais, Pará, Bahia e Rio Grande do Sul) não o pagam. E a Bahia garante que paga, sim. Como é que conseguem? Outro ponto é o tempo para preparação de aulas garantido pela nova lei: 17 estados não o respeitam. Mas, quanto ao salário, só três ou quatro. No "Esfera Pública", na Rádio Guaíba, o senador petista Paulo Paim botou o governo numa saia justa. Lembrou que durante a sua campanha, em 2010, fartou-se, assim como seus companheiros de partido, de atacar a governadora Yeda Crusius por não querer pagar o Piso. Como mudar de discurso agora? Como passar do duro "Yeda não paga porque quer" para o mole "Tarso não paga porque não pode?"

Sou testemunha de que Tarso Genro não prometeu pagar o Piso imediatamente. No mesmo "Esfera Pública", durante a campanha eleitoral, comprometeu-se a fazê-lo ao longo do seu mandato. Mas isso não poderia ser no apagar das luzes ou a conta ficaria para o governo seguinte, que poderá ser o dele mesmo ou de outro. A contradição volta: por que os petistas cobravam pagamento imediato de Yeda e querem pagar a médio ou longo prazo? A única explicação é a tradicional: uma coisa é ser oposição, outra é ser situação. Como diz o sábio, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. O problema do governador Tarso Genro com os professores, sobre o Piso, é o que o seu partido disse antes, como opositor, sobre o mesmo assunto. Situação agravada pelo fato de que a maioria esmagadora dos estados brasileiros paga o Piso. Por fim, esperava-se que o Cpers fosse correia de transmissão do governo e desse mole nessa questão. Alguns criticavam o Cpers por antecipação. A surpresa está aí. Sem dó nem fidelidade.

Em linguagem dura, o Rio Grande do Sul está fora da lei. Paulo Paim foi mais longe: como aceitar que o seu office boy no Senado ganhe o dobro do Piso de um professor? A política está atolada em contradições. Cada partido tem o seu mensalão. Atacados, todos criticam o financiamento privado de campanha. Assim: dado que existe a necessidade de pedir dinheiro às empresas privadas, que fazem negócios com o Estado, é inevitável um troca-troca. Nalguns casos, empresas dão propinas para ter licitações aprovadas. Em outros, devolvem parte do orçamento superfaturado. Coro: só o financiamento público resolve.

Não será uma maneira de aproveitar o pepino para fazer uma boa limonada? Não ter mais de correr atrás de dinheiro para campanha? A impressão é de que toda afirmação de um político é estratégica: fortalecer seu interesse ou o do seu partido. O governo do Rio Grande do Sul parece só ter uma medida a tomar para acabar com a greve do magistério e sair da contradição: apresentar um cronograma de pagamento do Piso. E aprender uma lição: é preciso tomar cuidado com o que se diz. O último problema é que essa lei do Piso foi concebida por Tarso Genro. Se não pagar agora, vai ter custo nas eleições de 2012.

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br
Por Miriam Andrea Vivi Kuhn, Professora Estadual.

Abandono, reprovação e ensino médio politécnico
José Celmar Roir da Silva* - 21.11.11

Correio do Povo - 22.11.11
Qualquer pessoa que tenha alguma capacidade de observação percebe a precariedade das escolas públicas estaduais. Quantas escolas estaduais têm um ginásio coberto para as práticas esportivas? Quantas têm laboratórios de informática? Quando tem o laboratório, falta o técnico responsável pela sua manutenção. Quantas têm bibliotecas atualizadas e com funcionários responsáveis? Quantas estão em locais de difícil acesso, onde o poder público não oferece um transporte coletivo eficiente?

Paralelo com isso, temos um quadro decadente com professores desmotivados, fazendo de conta que ensinam e alunos fazendo de conta que estudam. Professores fazendo jus a um salário absurdamente aviltante. Qual o percentual de alunos que quer ser professor? Os alunos qualificados que emergem desse caos não querem ser professor. A não ser como uma atividade complementar. A sociedade como um todo também não valoriza o trabalho do professor. Alguns ainda pensam que não é trabalho e ainda tem três meses de férias. Quando leio que nós professores somos os responsáveis pelos altos índices de reprovação e abandono escolar, é estarrecedor. O professor que procura fazer seu trabalho apesar de tudo isso, que passa conteúdos fazendo avaliações e cobrando de seus alunos esses conteúdos, esse professor muitas vezes é responsabilizado por esses índices.

A proposta do atual Secretário de Educação do Estado para o ensino médio nas escolas públicas estaduais está na contramão de nossa realidade. Porque veio praticamente pronta de cima para baixo, com pouca ou nenhuma possibilidade de alteração. Porque está centrada nessa premissa de que o professor é o responsável pelo desinteresse do aluno. Não é a falta de infraestrutura nas escolas e nem a desvalorização dos professores que causa todo esse descaso! Porque aumenta a carga horária de aulas, o que seria em si a parte positiva da proposta, mesmo com toda essa precariedade. O problema é que a metade desse tempo é para a chamada "parte diversificada", fazendo com que o aluno no 3 ano tenha apenas um período de Matemática por semana. O aluno tem que ter atividades culturais e práticas para a inserção no mercado de trabalho, mas isso poderia ser, no máximo, 25% dessa carga horária.

Os alunos estão com muitas dificuldades, principalmente em Português e Matemática. Eles são cada vez mais empurrados para a série seguinte para não aumentar esses índices. A nossa realidade está exigindo profissionais cada vez mais qualificados. Os nossos alunos precisam aprender a ler e escrever corretamente, a dominar as operações fundamentais da Matemática, a equacionar e resolver os problemas.

Não precisa inventar um ensino "politécnico" com 50% de "diversos" em escolas sem laboratórios e salas de aula adequadas. Basta melhorar a infraestrutura, oferecer um melhor transporte coletivo e, principalmente, valorizar o trabalho do professor e dos funcionários de escolas que a melhora nos índices de abandono e reprovação escolar será automática.

*José Celmar Roir da Silva é Professor.
http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=52&Caderno=0&Editoria=108&Noticia=362767
Por Lauci Lemes, Professor no Vale do Sinos
.

Nenhum comentário: