Sem respostas às acusações de corrupção, Yeda partidariza a polícia
13/08/2009
13/08/2009
A notícia mais estarrecedora dos jornais de hoje não se refere, diretamente, à montanha de denúncias de corrupção que pesam sobre o governo tucano de Yeda Crusius. Não, a notícia mais absurda que li hoje dá conta do indiciamento, pela Polícia Civil, da presidente do CPERS-Sindicato, Rejane de Oliveira, da vice, Neida Oliveira, e da vereadora Fernanda Melchionna, por conta do protesto realizado em frente à mansão da governadora Yeda no último dia 16 de julho.Acompanhei muito de perto este episódio. Estive na Área Judiciária do Palácio da Polícia naquela manhã chuvosa do dia 16 e constatei que a professora Rejane tinha hematomas pelo corpo e que, inclusive, teve um dente quebrado pela ação truculenta, arbitrária e discricionária da Brigada Militar. Este é, portanto, mais um caso em que a vítima vira bandido, coisa que está virando rotina neste governo atolado em corrupção e que envergonha a história do Rio Grande do Sul.O indiciamento das sindicalistas e da vereadora depõe contra toda a corporação da Polícia Civil gaúcha porque torna evidente o uso político do órgão de segurança do Estado. Trata-se, a bem da verdade, de um atentado à liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal.Mas não me surpreende que o governo tucano esteja agindo assim. Coisa semelhante foi feita no episódio em que o Chefe de Gabinete da Governadora, acompanhado de um delegado do Denarc e de um diretor da Superintendência de Serviços Penitenciários, atuaram como informantes do tráfico (caso Buchmann).E por falar no Chefe de Gabinete da Governadora, sua permanência no coração do Poder Executivo é uma das provas do quanto este governo despreza valores como ética, moralidade; de como falta um mínimo de sensatez e respeito de Yeda pelo povo gaúcho.Este mesmo senhor, já foi flagrado praticando espionagem política a partir da violação do Sistema Integrado de Consultas da Segurança Pública. Sobre isso, nenhum indiciamento, nenhuma punição.Já para os sindicalistas e a vereadora que, pacificamente, demonstraram ao povo gaúcho a discrepância entre a vida nababesca de Yeda e as escolas de lata a que ela submete a comunidade escolar gaúcha, sobrou um inaceitável indiciamento.Manifesto aqui o meu mais profundo repúdio ao "resultado" deste inquérito. Trata-se de mais uma ação descabida deste governo que há muito perdeu a moral. A governadora Yeda está sendo acusada, oficialmente, de fazer parte de uma quadrilha e sua resposta é: - Indiciem os sindicalistas.Já disse e repito: não passa semana que este governo não produza um escândalo. E a governadora sempre que é chamada a responder as acusações que lhe fazem, produz falas inadequadas, insatisfatórias, patéticas.Yeda não tem a mínima condição de permanecer à frente do Poder Executivo. E tenho certeza de que os professores e demais funcionários públicos, vítimas preferenciais de seu governo destruidor de serviços, não se calarão, não se deixarão intimidar e continuarão na vanguarda da reação a toda a bandalha proporcionada pelo governo tucano.*Elvino Bohn Gass é deputado estadual
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