Baixo nível e promessas demagógicas: eis os ingredientes eleitorais de Serra
Os resultados de todas as pesquisas de intenções de voto apontam a candidata do presidente Lula, a ex-ministra Dilma Rousseff, como favorita para vencer as eleições presidenciais já no primeiro turno. E isso tem feito com que o principal candidato de oposição baixe o nível do debate político - com o apoio da mídia conservadora e elitista - e passe a adotar estratégia explicitamente demagógica calcada em um fundamento tão caro a seu próprio partido político: a estabilidade fiscal.
Não bastassem os ataques contra a candidata Dilma, sobre a qual se tenta imputar todas as supostas denúncias alardeadas pelos veículos de comunicação - os mesmos, inclusive, que promovem descaradamente a candidatura serrista e que não observam o direito constitucional ao contraditório nas reportagens tidas como “investigativas” sobre Dilma - o candidato das elites tenta novamente, dada a situação de desespero, se passar por pai dos pobres, dos oprimidos e dos trabalhadores, em mais um gesto grosseiro de preconceito de classe.
Esquecendo-se de que seu correligionário FHC esteve à frente da Presidência da República por 8 anos - o mesmo tempo de Lula - e que nada fez no sentido de elevar o Salário Mínimo para além dos US$ 64,00 (correspondendo a R$ 112,00 atualmente) - Serra abandona o slogan do “choque de gestão” e promete, demagogicamente, elevar o mínimo e as aposentadorias do INSS ao mesmo patamar já em 2011 (R$ 600,00 ou US$ 342,85, sendo que o governo Lula alcançou a marca de US$ 292,57), bem como estender o número de beneficiários do Bolsa Família e a criar o 13º salário para seus usuários, sem dizer de onde tirará o dinheiro para tais benesses.
Em matéria publicada quarta (22) no jornal Correio Braziliense, o jornalista Josie Jeronimo expôs a conta de quanto custaria honrar as promessas do desespero: quase R$ 50 bilhões! De onde sairia tamanha quantia? Isso nem o candidato tampouco sua assessoria econômica conseguiram explicar de forma convincente.
Em editoriais anteriores, a CNTE revelou a disposição do movimento dos trabalhadores da educação básica pública do Brasil em apoiar candidatos com histórico de luta em defesa da qualidade social da escola pública. Na mesma ocasião, fomos claros em identificar o candidato Serra como antagonista dessa demanda social, razão pela qual não apoiamos sua candidatura a nenhum cargo eletivo. Para citar um exemplo que nos conduziu a tal posição, o então ex-governador de SP, depois de muita luta do magistério paulista, aceitou incorporar uma das gratificações que integram a remuneração da categoria num prazo de três anos! Isso em nome da responsabilidade fiscal, a mesma que, agora, o candidato à presidência joga pelos ares de forma oportunista.
Em tempo: a exitosa mobilização da CNTE, na última semana, abriu caminho para que o mérito da Adin do Piso Salarial do Magistério seja julgado pelo STF. Neste sentido, a Confederação já está em processo de remarcação de audiências com todos os ministros do Tribunal, a fim de convencê-los da importância da constitucionalidade de todos os preceitos da Lei 11.738. Pedimos às afiliadas que se mantenham em estado de alerta, uma vez que a matéria pode entrar em pauta a qualquer momento no plenário do STF.
Fonte: CNTE
Comentário:
Vale lembrar que a governadora YEDA, que pertence ao mesmo partido de Serra, concedeu em seus quatro anos de (des)governo o reajuste miserável de 6% aos trabalhadores em educação, parcelado em 2 vezes. Aliás, não concedeu nada ainda, pois a primeira parcela (4%) vai aparecer nos salários apenas em setembro.
Quem não conhece as prioridades do partido tucano acredita nas promessas demagógicas de Serra.
Quanto ao julgamento do mérito da Adin do Piso Salarial do Magistério pelo STF é importante relembrar que a governadora YEDA liderou essa ação contra conquistas dos trabalhadores em educação. Não esquecendo que o PMDB de Fogaça, de Rigotto e de Simon foi avalista do (des) governo YEDA. E o que o PP da candidata Ana Amélia apoia a reeleição de YEDA.
*Siden Francesch do Amaral é Professor Estadual.
Os resultados de todas as pesquisas de intenções de voto apontam a candidata do presidente Lula, a ex-ministra Dilma Rousseff, como favorita para vencer as eleições presidenciais já no primeiro turno. E isso tem feito com que o principal candidato de oposição baixe o nível do debate político - com o apoio da mídia conservadora e elitista - e passe a adotar estratégia explicitamente demagógica calcada em um fundamento tão caro a seu próprio partido político: a estabilidade fiscal.
Não bastassem os ataques contra a candidata Dilma, sobre a qual se tenta imputar todas as supostas denúncias alardeadas pelos veículos de comunicação - os mesmos, inclusive, que promovem descaradamente a candidatura serrista e que não observam o direito constitucional ao contraditório nas reportagens tidas como “investigativas” sobre Dilma - o candidato das elites tenta novamente, dada a situação de desespero, se passar por pai dos pobres, dos oprimidos e dos trabalhadores, em mais um gesto grosseiro de preconceito de classe.
Esquecendo-se de que seu correligionário FHC esteve à frente da Presidência da República por 8 anos - o mesmo tempo de Lula - e que nada fez no sentido de elevar o Salário Mínimo para além dos US$ 64,00 (correspondendo a R$ 112,00 atualmente) - Serra abandona o slogan do “choque de gestão” e promete, demagogicamente, elevar o mínimo e as aposentadorias do INSS ao mesmo patamar já em 2011 (R$ 600,00 ou US$ 342,85, sendo que o governo Lula alcançou a marca de US$ 292,57), bem como estender o número de beneficiários do Bolsa Família e a criar o 13º salário para seus usuários, sem dizer de onde tirará o dinheiro para tais benesses.
Em matéria publicada quarta (22) no jornal Correio Braziliense, o jornalista Josie Jeronimo expôs a conta de quanto custaria honrar as promessas do desespero: quase R$ 50 bilhões! De onde sairia tamanha quantia? Isso nem o candidato tampouco sua assessoria econômica conseguiram explicar de forma convincente.
Em editoriais anteriores, a CNTE revelou a disposição do movimento dos trabalhadores da educação básica pública do Brasil em apoiar candidatos com histórico de luta em defesa da qualidade social da escola pública. Na mesma ocasião, fomos claros em identificar o candidato Serra como antagonista dessa demanda social, razão pela qual não apoiamos sua candidatura a nenhum cargo eletivo. Para citar um exemplo que nos conduziu a tal posição, o então ex-governador de SP, depois de muita luta do magistério paulista, aceitou incorporar uma das gratificações que integram a remuneração da categoria num prazo de três anos! Isso em nome da responsabilidade fiscal, a mesma que, agora, o candidato à presidência joga pelos ares de forma oportunista.
Em tempo: a exitosa mobilização da CNTE, na última semana, abriu caminho para que o mérito da Adin do Piso Salarial do Magistério seja julgado pelo STF. Neste sentido, a Confederação já está em processo de remarcação de audiências com todos os ministros do Tribunal, a fim de convencê-los da importância da constitucionalidade de todos os preceitos da Lei 11.738. Pedimos às afiliadas que se mantenham em estado de alerta, uma vez que a matéria pode entrar em pauta a qualquer momento no plenário do STF.
Fonte: CNTE
Comentário:
Vale lembrar que a governadora YEDA, que pertence ao mesmo partido de Serra, concedeu em seus quatro anos de (des)governo o reajuste miserável de 6% aos trabalhadores em educação, parcelado em 2 vezes. Aliás, não concedeu nada ainda, pois a primeira parcela (4%) vai aparecer nos salários apenas em setembro.
Quem não conhece as prioridades do partido tucano acredita nas promessas demagógicas de Serra.
Quanto ao julgamento do mérito da Adin do Piso Salarial do Magistério pelo STF é importante relembrar que a governadora YEDA liderou essa ação contra conquistas dos trabalhadores em educação. Não esquecendo que o PMDB de Fogaça, de Rigotto e de Simon foi avalista do (des) governo YEDA. E o que o PP da candidata Ana Amélia apoia a reeleição de YEDA.
*Siden Francesch do Amaral é Professor Estadual.
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