Por Siden*
Pois, após a candidatura "demotucana" apostar todas as suas fichas no denuncismo com apoio da grande midia partidária, agora, procura numa última cartada apostar na candidata verde, Marina Silva, como forma de ter êxito na obtenção de um segundo turno.
Descobriram, tardiamente, que a candidatura Serra estacionou...
Na verdade, não me surpreende a adesão de Pedro Simon à candidatura Verde. Afinal, Pedro Simon sempre apoiou o Governo YEDA.
É importante, salientar, que o dito ponto perdido de Dilma está contido dentro da margem de erro. Isso significa, que a candidata petista, na verdade, pode não ter perdido ponto algum.
Enquanto isso, aqui no Estado, a candidatura de Tarso Genro vai tomando configuração de que poderá ser vitoriosa no primeiro turno.
O ex-presidente FHC admite em entrevista a derrota tucana. Destaco, a seguir, parte da reportagem.
"O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu em entrevista ao jornal britânico Financial Times que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, deverá sair vitoriosa das eleições marcadas para o próximo dia 3 de outubro.O ex-presidente não escondeu sua frustração ao falar sobre as próximas eleições. "
Fonte: Correio do Povo
*Siden Francesch do Amaral é Professor Estadual e Escritor.
Lei da Ficha Limpa está em pleno vigor, diz Lewandowski
Daniella Jinkings - Repórter da Agência BrasilBrasília – Diante da indecisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, afirmou que a lei está em pleno vigor e será aplicada “com rigor” pela Justiça Eleitoral.
Na última quinta-feira (23), o STF julgou o recurso do então candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) contra decisão do TSE, que manteve o indeferimento do registro de candidatura dele. Como o julgamento foi interrompido após um empate por 5 votos a 5, a discussão será retomada na próxima quarta-feira (29).
Durante visita ao Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), na sexta-feira (24), Lewandowski, que também é ministro do STF, disse que seriam necessários seis votos contrários para derrubar a Lei da Ficha Limpa. Como houve empate, o magistrado disse que deveria prevalecer a decisão do TSE, uma vez que a lei não foi declarada inconstitucional.
Menos de sete horas após a suspensão do julgamento do STF, Joaquim Roriz desistiu da candidatura e anunciou que a mulher, Weslian Roriz (PSC), o substituirá na disputa eleitoral. A notícia surpreendeu eleitores de Brasília e criou incertezas quanto a aplicação da Lei da Ficha Limpa. Porém, para Lewandowski, casos de desistência de candidatura durante o processo eleitoral são normais e estão previstos na legislação.
O ministro afirmou que, com a desistência de Roriz, o julgamento do recurso do ex-candidato pode ser prejudicado. No entanto, segundo ele, a grande repercussão do assunto pode tornar a análise do caso mais ampla e fazer com que os efeitos não fiquem restritos às partes do processo. De acordo com Lewandowski, o STF terá que decidir, agora, se é possível o julgamento do recurso de Joaquim Roriz ser encerrado por desistência.
* Agência Brasil
http://www.pop.com.br/popnews/noticias/politica/396118-Lei_da_Ficha_Limpa_esta_em_pleno_vigor__diz_Lewandowski.html
Servidores estaduais da educação fazem greve em Minas
Os trabalhadores da rede pública estadual de educação de Minas Gerais iniciaram sexta-feira uma paralisação dos serviços com previsão para continuar no sábado. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), a mobilização atingiu pelo menos metade do total de funcionários no Estado.
A greve é uma resposta da categoria aos problemas que ocasionaram prejuízo a milhares de servidores no reposicionamento por tempo de serviço. Além disso, eles reclamam da ausência de concurso para as áreas de filosofia, sociologia e ensino religioso e a não contagem do tempo de serviço de efetivados e designados para o concurso público.
Os trabalhadores fizeram às 15 horas de sexta uma assembleia estadual, na Praça da Assembleia Legislativa mineira, seguida de uma manifestação, de acordo com o sindicato.
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2605
DILMA mantém vantagem de 27 pontos sobre Serra
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, manteve a vantagem de 27 pontos percentuais sobre o tucano José Serra, segundo pesquisa Vox Populi/ Band/iG divulgada nesta quinta-feira (23).
Desde abril, Dilma cresceu 18 pontos percentuais. Ela passou de 33% em abril para 38% em maio, 40% em junho, 41% no mês seguinte, 45% em agosto e para os 51% atuais.
O levantamento do Vox Populi em abril apontava Serra com 38%, na liderança da disputa presidencial. Ele caiu para 35% em maio, manteve o percentual em junho, passou para 33% em julho, 29% em agosto, atingindo 24% em 17 de agosto, índice mantido no levantamento atual. A queda foi de 14 pontos no período.
Marina Silva, por sua vez, aparecia com 7% no levantamento de abril.
Desde maio, registrava 8%, mas subiu dois pontos na pesquisa divulgada nesta quinta.
Traking Vox Populi/e-Band aponta para os mesmos resultados
Tarso Genro lidera no Rio Grande do Sul, aponta Datafolha
Da Redação e-Band
brasil@eband.com.br
O candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, lidera a corrida eleitoral no Estado com 46% das intenções de voto, de acordo com levantamento do Datafolha divulgado nesta quinta-feira.brasil@eband.com.br
Em segundo lugar, aparece José Fogaça (PMDB), com 23%, Yeda Crusius (PSDB), com 15%, e Pedro Ruas (PSOL), com 1%. Os demais candidatos não pontuaram.
O percentual dos que afirmaram votar em branco ou nulo soma 3%, e os indecisos são 10%. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
O instituto ouviu 1.332 eleitores gaúchos entre 21 e 22 de setembro. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 31.376/2010
Boa Luta.
Luiz Fernando Heylmann
51 9666 0813
msn: lfh1313@hotmail.com
twitter: @lfheylmann
À NAÇÃO – Manifesto de artistas e intelectuais pela democracia e pelo povo
Em uma democracia nenhum poder é soberano.
Soberano é o povo.
É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.
Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.
Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaça de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.
O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.
Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.
O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.
Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão.
A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.
É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa.
Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo.
Mesmo quando acusaram sem provas.
Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta.
Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.
A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos.
Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade.
Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante.
O Brasil passou por uma grande transformação.
Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.
Ninguém nos afastará desse caminho.
Viva o povo brasileiro.
Ao final do encontro foi divulgado um manifesto à nação, que estará recebendo assinaturas de adesão nos próximos dias. Para assinar o manifesto: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7080
http://rsurgente.opsblog.org/
RIGOTTO vs. JORNAL JÁ
Desculpa para calar a opinião
OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
Por Luiz Cláudio Cunha em 22/9/2010
Por Luiz Cláudio Cunha em 22/9/2010
Eu não frequento clubes que me aceitem como sócio (Groucho Marx, 1890-1977, comediante, EUA).
O respeitado Clube de Editores e Jornalistas de Opinião do Rio Grande do Sul, que reúne duas dezenas dos mais importantes colunistas e blogueiros do Estado, tomou uma grave decisão na semana passada. Por escassa maioria, numa reunião virtual feita pela internet, o Clube de Opinião decidiu "não opinar" sobre o inclemente processo que a família do ex-governador gaúcho Germano Rigotto move contra um pequeno jornal de Porto Alegre, o JÁ.
A ação judicial, que completa dez anos, está matando financeiramente o jornal de cinco mil exemplares editado há 25 anos pelo jornalista Elmar Bones, que em agosto passado teve suas contas pessoais bloqueadas pelos advogados dos Rigotto. A valente opção não opinativa do Clube de Opinião teve uma bela desculpa: "evitar qualquer conotação política-eleitoral" antes do pleito de 3 de outubro, já que Germano Rigotto é candidato ao Senado pelo PMDB gaúcho. Num sereno, mas contundente editorial publicado no domingo (19) no site do jornal e reproduzido neste OI, Elmar Bones respondeu, batendo no osso da questão:
"Pode ser uma maneira cômoda de contornar uma situação espinhosa, mas essa interpretação não encontra base nos fatos e contraria a lógica da democracia. O processo eleitoral, que exige verdade e cobra opinião do eleitor, não pode ser usado como pretexto para a omissão, o silêncio e a desinformação".
Bones, que como Groucho não é sócio do clube, poderia usar o raciocínio que o comediante Marx usava para definir "inteligência militar": "Clube de Opinião sem opinião é uma contradição em termos". A infeliz decisão da entidade gaúcha carteliza e uniformiza, por baixo, o que deveria ser livre e múltiplo: o pensamento. É o fundo do poço de uma incômoda questão que constrange, envergonha e deprime a imprensa do Rio Grande do Sul, um celeiro de bravos profissionais que iluminaram o jornalismo brasileiro nos momentos mais duros de sua história, quando era necessária muita opinião, muita coragem, muita resistência. Elmar Bones é um sobrevivente daqueles tempos, quando então comandava o CooJornal, uma das legendas da valente imprensa nanica que afrontava os generais da ditadura de 1964.
[...]
A fresta
Apesar das dificuldades, aos poucos o espírito guerreiro de Elmar Bones se afirma e se impõe, furando a bolha de silêncio, como aconteceu com o pioneiro Juremir, na Guaíba. O Estado de S.Paulo publicou uma matéria (11/9), enquanto notas esclarecedoras brotam em blogs influentes e solidários, como os de Carlos Brickmann, Cláudio Humberto e Ricardo Noblat. Dias atrás, o blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, abriu espaço para um inédito pingue-pongue com Elmar Bones, de enorme repercussão na internet pela história que parecia novidade, mas que já tem dez anos de agonia e resistência. Inédito, no caso, era a disposição do repórter de ouvir o réu de uma das mais longas ações da justiça contra a liberdade de expressão.
Parece improvável que Germano Rigotto e seus amigos consigam estancar o vazamento crescente de uma epopéia que não pode ser silenciada, não deve ser escondida e não pode ser tolerada. A verdade flui sempre pelas frestas cada vez mais largas de um sistema multimídia que confronta a mentira e desafia o silêncio – e torna caricata a figura anacrônica do "jornalista com rabo preso". Na eleição de 2006, um pequeno instituto de pesquisas de Porto Alegre, o Methodus, desafiou o ridículo ao apostar na vitória do azarão Yeda Crusius contra os favoritos Germano Rigotto e Olívio Dutra. Deu no que deu.
Na semana passada, o Methodus publicou sua segunda pesquisa, encomendada pelo Correio do Povo para a corrida ao Senado no sul. Em relação ao levantamento do mês anterior, Ana Amélia Lemos (PP) subiu 12,4 pontos percentuais, chegando à liderança com 51,8%. Paulo Paim (PT) vinha em segundo, com 47,7%. Germano Rigotto (PMDB) caiu 6,8 pontos percentuais em relação à primeira pesquisa, ficando agora com 40,9%.
Pelo silêncio da grande mídia, não se sabe até que ponto a queda abrupta de Rigotto pode ser atribuída à verdade latejante do JÁ e ao potencial corrosivo do escândalo da CEEE.
O bravo Clube de Opinião também não opinou sobre esta possibilidade.
Luiz Cláudio Cunha é jornalista
Por Sérgio Weber, Professor Estadual.
As muitas armações de José Serra
É claro que isso não vai aparecer no JN ..... não interessa à Rede Globo .....Mula-sem-cabeça, João turututu, saci-pererê, foram criados para assustar as crianças e faze-las dormir ou comer direito ou serem boazinhas, etc mas são apenas fábulas. Agora, vampiros realmente existem. As provas estão fartamente detalhadas aí embaixo.
Posso imaginar o que será do Brasil nas mãos dessa cambada de frustrados golpistas...
Felizmente, estão mostrando quem são. Só não vê quem não quer.
Depois de ler o texto -- que é apenas a "Introdução" ao livro "Os porões da privataria", a ser lançado no ano que vem -- do jornalista investigativo Amaury Ribeiro Jr., entendi o porquê de toda essa algazarra, levantada pelo PSDB e, particularmente, por José Serra , em torno desses "vazamentos de declações" ,de autoria complicadamente desconhecida, ocorridos na Receita Federal....
Leiam e entendam esse porquê. Muito interessante.
O Brasil precisa saber quem são, de verdade, José Serra e os tucanos.
Em tempo: não se trata de palavras de ordem, como as mensagens falaciosas, sem provas, joias do "achismo" nacional, que a campanha de Serra enfia na web e que a gente recebe diariamente.
Esta minha mensagem demonstra tudo que diz. Argumenta, conclui. Gente que vota na Dilma, ao contrário dos eleitores de Serra, pensa. Cá estou, prova viva disso... hehehe.
Vocês certamente se lembram de quando Roseana Sarney candidatou-se à presidência e disparou na dianteira das intenções de voto, não é mesmo? Também se lembram de que ela abandonou a candidatura quando alguns milhares de dólares, dinheiro vivo, foram encontrados com seu marido, gerando todo tipo de boatos. Era armação de Serra, que, antes atrás de Roseana nas pesquisas, passou à frente dela. Mas depois perderia para Lula. Para recordar o caso: www.advivo.com.br/blog/luisnassif/como-serra-armou-o-caso-lunus.
Vocês também se lembram dos tais dólares dos assim chamados aloprados, exibidos pela TV Globo em horário nobre e fotografados pelos jornalões para incriminar Lula e o PT. Raymundo Rodrigues Pereira, um dos mais renomados jornalistas do país, recebeu a denúncia de que essas "provas" para incriminar o PT eram armação e foi atrás da história. Desvendou-a, numa das mais espetaculares investigações do jornalismo brasileiro, provando que a armação fora gestada no PSDB de Serra. A mídia corporativa não deu, claro. Saiu na mídia independente do grande capital.
Agora, Serra transforma o PT e Dilma em algozes de sua filha, cujo sigilo fiscal foi quebrado pela Receita. O candidato afirmou à Globo, ontem à noite, que informações retiradas da vida fiscal de Verônica Serra circulavam em blogues ligados a Lula e à campanha de Dilma. Pois hoje os blogueiros deram a resposta: nunca veicularam essas informações. Desafiaram Serra a encontrá-las na blogosfera e em suas postagens. Denunciaram que as acusações de Serra são falsas. Leia a íntegra da carta dos blogueiros aqui: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/09/serra-abre-fogo-contra-nosso-blog-mas.html.
Serra não cita o contador responsável pela quebra do sigilo fiscal de Verônica: Ademir Estevam Cabral, FILIADO AO PV, PARTIDO ALIADO AO PSDB HÁ MUITOS ANOS. Em outras palavras: essa quebra de sigilo é o chamado "fogo amigo". Vem do próprio PSDB.
Motivo: desespero pelas descobertas do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que reuniu todos os documentos oficiais da festa do tucanato durante a privatização, uma história cabeluda que ele conta no livro Os porões da privataria, que será lançado em 2011 porque Amaury não quer influenciar, com suas descobertas, a eleição. (Nem precisava: Serra se enrolou por conta própria. Dilma subiu por mérito e pela aprovação dos brasileiros ao governo mais popular da história deste país.)
Toda a história urdida por Serra -- dossiês, quebra do sigilo fiscal de Verônica e de Eduardo Jorge etc. -- é a tentativa não apenas de melar as eleições, tirando Dilma do páreo no tapetão (felizmente o TSE não mordeu a isca), mas também de embolar o meio do campo para depois safar-se das acusações contidas no livro de Amaury.
Nós, eleitores precisamos, de uma vez por todas, pôr de lado a ingenuidade. Estamos lidando com uma mafiazinha sem caráter (desculpem a redundância), que desviou a grana conseguida com as privatizações para o paraíso fiscal das Ilhas Virgens britânicas, mais especificamente ao escritório de lavagem de dinheiro Citco Building. Foram milhões de dólares depositados nas contas do alto tucanato, Serra incluído. E com a colaboração de quem? Do orelhudo: Daniel Dantas. Leia mais aqui: www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/09/03/serra-pirou-com-livro-do-amaury/.
Os últimos acontecimentos que abalaram a política brasileira começam a fazer sentido? Percebe-se por que Gilmar Mendes, indicado ao STF por Fernando Henrique Cardoso, concedeu habeas corpus a Daniel Dantas, atropelando as instâncias pelas quais o pedido de HC deveria ter passado? Entenderam os "dossiês", o "mensalão", Marcos Valério, CPIs?
Pois é. Leiam, a seguir, a introdução do livro de Amaury, retirada do sítio Vi o Mundo, de Luiz Azenha (www.viomundo.com.br/voce-escreve/os-poroes-da-privataria.html). É de arrepiar.
Eleitores de Serra: leiam com atenção. Ainda é tempo de repensar a quem vocês darão seu voto. Não querem a Dilma? OK. Temos a Marina Silva e o valente Plínio de Arruda Sampaio, que do alto de seus 80 anos bem vividos, sempre em prol da democracia e da justiça social, encontra vitalidade para trazer ao debate político as propostas mais interessantes desta eleição.
Os porões da privataria
Amaury Ribeiro Jr.
Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do País, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três de seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, têm o que explicar ao Brasil.
Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marin Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marin. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como Marin é conhecido, precisa explicar onde obteve US$3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos de 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra, e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil…
Atrás da máxima “siga o dinheiro!”, Ribeiro Jr perseguiu o caminho de ida e volta dos valores movimentados por políticos e empresários entre o Brasil e os paraísos fiscais do Caribe, mais especificamente as Ilhas Virgens Britânicas, descoberta por Cristóvão Colombo em 1493 e por muitos brasileiros espertos depois disso. Nestas ilhas, uma empresa equivale a uma caixa postal, as contas bancárias ocultam o nome do titular e a população de pessoas jurídicas é maior do que a de pessoas de carne e osso. Não é por acaso que todo dinheiro de origem suspeita busca refúgio nos paraísos fiscais, onde também são purificados os recursos do narcotráfico, do contrabando, do tráfico de mulheres, do terrorismo e da corrupção.
A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República, mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista, nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$448 milhões(1)para irrisórios R$4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC. (Ricardo Sérgio é aquele do “estamos no limite da irresponsabilidade. Se der m…”, o momento Péricles de Atenas do Governo do Farol – PHA)
Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico(2).
O que é mais inexplicável, segundo o autor, é que o primo de Serra, imerso em dívidas, tenha depositado US$3,2 milhões no exterior por meio da chamada conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova Iorque. É o que revelam documentos inéditos obtidos dos registros da própria Beacon Hill em poder de Ribeiro Jr. E mais importante ainda é que a bolada tenha beneficiado a Franton Interprises. Coincidentemente, a mesma empresa que recebeu depósitos do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, de seu sócio Ronaldo de Souza e da empresa de ambos, a Consultatun. A Franton, segundo Ribeiro, pertence a Ricardo Sérgio.
A documentação da Beacon Hill levantada pelo repórter investigativo radiografa uma notável movimentação bancária nos Estados Unidos realizada pelo primo supostamente arruinado do ex-governador. Os comprovantes detalham que a dinheirama depositada pelo parente do candidato tucano à Presidência na Franton oscila de US$17 mil (3 de outubro de 2001) até US$375 mil (10 de outubro de 2002). Os lançamentos presentes na base de dados da Beacon Hill se referem a três anos. E indicam que Preciado lidou com enormes somas em dois anos eleitorais – 1998 e 2002 – e em outro pré-eleitoral – 2001. Seu período mais prolífico foi 2002, quando o primo disputou a Presidência contra Lula. A soma depositada bateu em US$1,5 milhão.
O maior depósito do endividado primo de Serra na Beacon Hill, porém, ocorreu em 25 de setembro de 2001. Foi quando destinou à offshore Rigler o montante de US$404 mil. A Rigler, aberta no Uruguai, outro paraíso fiscal, pertenceria ao doleiro carioca Dario Messer, figurinha fácil desse universo de transações subterrâneas. Na operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, desfechada no ano passado, o Ministério Público Federal apontou Messer como um dos autores do ilusionismo financeiro que movimentou, por intermédio de contas no exterior, US$20 milhões derivados de fraudes praticadas por três empresários em licitações do Ministério da Saúde.
O esquema Beacon Hill enredou vários famosos, dentre eles o banqueiro Daniel Dantas. Investigada no Brasil e nos Estados Unidos, a Beacon Hill foi condenada pela justiça norte-americana, em 2004, por operar contra a lei.
Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do País para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresaDecidir.com.br, em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC.
Financiada pelo Banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas têm o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação.
Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$7,5 milhões em ações da Superbird.com.br que depois muda de nome para Iconexa S.A. Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro.
De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante ao Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no País. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia pelos sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no País.
Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações – que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade”, conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” –, foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e às contas sigilosas da América Central ainda nos anos de 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenci
Ribeiro Jr. promete outras revelações. Uma delas diz respeito a um dos maiores empresários brasileiros, suspeito de pagar propina durante o leilão das estatais, o que sempre desmentiu. Agora, porém, existe evidência, também obtida na conta Beacon Hill, do pagamento da US$410 mil por parte da empresa offshore Infinity Trading, pertencente ao empresário, à Franton Interprises, ligada a Ricardo Sérgio.
(1) A dívida de Preciado com o Banco do Brasil foi estimada em US$140 milhões, segundo declarou o próprio devedor. Esta quantia foi convertida em reais tendo-se como base a cotação cambial do período de aproximadamente R$3,2 por um dólar.
(2) As empresas arrematadas foram a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.
--
Baby Siqueira Abrão
(11) 4614-5918 e (11) 8247-6252
http://parallaksis.blogspot.com
http://parallaksismundo.blogspot.com
Por Sérgio Weber, Professor Estadual.
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