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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Banco Mundial diz que Brasil precisa melhorar qualificação de professores

Estudo divulgado pelo Banco Mundial diz que as quatro prioridades do país para a próxima década devem ser a melhoria da qualificação dos professores, o fortalecimento da educação infantil, mais qualidade no ensino médio e mais eficiência no gasto público com educação
Amanda Cieglinski - Repórter da Agência Brasil - 13/12/2010, 19:39h
Brasília – Para melhorar a qualidade da educação na próxima década, o Brasil precisa atrair para a carreira docentes os jovens mais talentosos do ensino médio, garantindo profissionais mais qualificados nas salas de aula. É o que aponta um estudo divulgado ontem(13) pelo Banco Mundial. Entretanto, diz a instituição, nos últimos anos cresceram muitos os gastos com professores no país, sem um retorno desse investimento.

Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, não é possível melhorar a qualidade do ensino oferecido sem aumentar significativamente a remuneração do docente. Segundo ele, hoje um professor ganha 40% menos do que outros profissionais de nível superior. Ainda que as melhorias salariais sejam feitas, levará tempo até que a carreira volte a ser atraente para a juventude, afirmou.

“Na Alemanha, eles aumentaram o salário dos professores nos anos 50 e os jovens levaram quase dez anos para perceber. A sociedade levou quase uma década para assimilar que algumas coisa estava acontecendo. Ainda pagamos 60% do que deveríamos pagar, o salário médio do professor não pode ser inferior ao salário das demais profissões. Isso é uma posição cristalizada do MEC.”

O coordenador de Desenvolvimento do Banco Mundial no Brasil, Michele Gragnolati, disse que a questão do professor é um problema “complexo”, que não se resolve apenas com salário. O relatório do Banco Mundial também coloca como exemplo de experiências bem-sucedidas o pagamento de bônus a professores por bom desempenho, com base no resultado dos alunos nas avaliações. Essa política é adotada em alguns estados, como São Paulo e Minas Gerais, e muito criticada pela categoria.

Haddad ressaltou que a fórmula não pode ser replicada em todas as unidades da Federação, mas evitou se manifestar contra ou a favor de tal modelo. “O que funciona em um estado não funciona em outro. Todo professor quer ser avaliado por mérito. A pergunta é: como aferir o mérito do professor. Alguns entendem que deve ser pelo desempenho dos alunos em testes padronizados, outros por avaliação didático-pedagógica. Não podemos passar uma receita de bolo”, disse.

O ministro lembrou também projeto lançado este ano para criar o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, uma espécie de Enem dos professores. Os participantes poderiam usar a nota obtida na prova para ingressar em diferentes redes de ensino. A primeira edição seria em 2011. “É preciso combinar a melhoria das condições salariais com um ingresso mais criterioso na carreira. Não há critério muito adequado, os concursos são mal feitos, temos muito professores temporários trabalhando”, citou.

Edição: Nádia Franco
http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao;jsessionid=14C4FDFC79675FCAB3C32DD1A94A5741?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=1120962

Inter começa luta pelo bi mundial contra o Mazembe
Colorado entra em campo nesta terça-feira, às 14h, no Estádio Mohammed Bin Zayed

LANCEPRESS! - Publicada em 13/12/2010 às 21:04
O Internacional começa nesta terça-feira contra o Mazembe, às 14h (de Brasília), no Estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dhabi (EAU), com transmissão em tempo real no LANCENET!, a luta pelo bicampeonato do Mundial de Clubes da Fifa.

Os jogadores treinaram nesta segunda-feira pela primeira vez no perfeito gramado do Estádio Mohammed bin Zayed,  palco da estreia. Em campo, nada de novo. O técnico Celso Roth comandou apenas uma atividade em campo reduzido e um aperfeiçoamento de cruzamentos e conclusões a gol.

- Temos que estar 100% atentos. Não haverá depois. É aqui e agora em torneio eliminatório, ainda mais em Mundial - comentou Roth sobre os 90 minutos que separam o Colorado da final da competição.
[...]
http://msn.lancenet.com.br/internacional/Inter-comeca-luta-mundial-Mazembe_0_389361241.html

Agenda

14/12 - Aniversário da Presidenta Dilma
15/12 - Plenária Regional do 14º Núcleo, às 14 h, na nova Sede.

Por Joana Flávia Scherer, Assistente do Núcleo.

Aprovada criação de 42 cargos e 71 funções para o Ministério da Educação
Relator analisou a constitucionalidade, juridicidade e a técnica legislativa da proposta.
Agência Câmara - Jornal VS - 13 de dezembro de 2010 - 19h53
Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 5915/09, do Executivo, que cria 29 cargos em comissão do grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS) no Ministério da Educação, 6 na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CapesA Capes é uma fundação, vinculada ao Ministério da Educação, que investe no desenvolvimento da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), com o objetivo de qualificar quadros para a pesquisa e o ensino universitário. A fundação é responsável por mais da metade das bolsas de pós-graduação no País. Além disso, avalia periodicamente os cursos de mestrado e doutorado e financia a produção e a cooperação científica. A Capes também edita a Revista Brasileira de Pós-Graduação para divulgar artigos científicos de professores e alunos e realiza o Prêmio Capes de Teses.) e 7 no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Também serão criadas 71 funções comissionadas para o FNDE, a serem ocupadas por servidores de carreira. As novas funções seguem os moldes adotados para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e estão divididas em três níveis: R$ 1.269,44; R$ 1.616,82; e R$ 2.425,24. De acordo com o Executivo, a proposta terá impacto de R$ 2,11 milhões no orçamento de 2010 (de julho a dezembro) e de R$ 4,9 milhões nos anos seguintes.

O relator, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que analisou apenas a constitucionalidade, a juridicidade e a técnica legislativa da proposta, sem avaliação do mérito, apresentou parecer favorável ao texto e a uma emenda de redação da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. O projeto seguirá para análise do Senado, caso não haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

Reforço
O governo argumenta que, tendo em vista as profundas mudanças promovidas no modelo de gestão das políticas educacionais, o Ministério da Educação necessita de um reforço em sua estrutura organizacional. O objetivo é criar condições adequadas ao acompanhamento da implementação dos recursos disponibilizados, das obras em andamento e dos próprios resultados das ações no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

De acordo com o governo, a atual estrutura do FNDE é insuficiente para abrigar todas as suas responsabilidades, que abrangem os programas de alimentação escolar; livro didático; saúde na escola; formação continuada a distância; biblioteca da escola; dinheiro direto na escola; transporte escolar; Brasil profissionalizado; escola aberta; e educação de jovens e adultos.

Tramitação
O projeto já havia sido aprovado em maio deste ano pela Comissão de Finanças e Tributação, em abril pela Comissão de Trabalho, e em novembro do ano passado na Comissão de Educação e Cultura.

http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-506,cd-296850.htm

Petrobras compra fatia da Repsol na Refap
Com o negócio, deve ser aberto o caminho para investimento de R$ 1,6 bilhão na unidade de hidrotratamento
Marta Sfredo  |  marta.sfredo@zerohora.com.br - 13/12/2010 20h18min
A direção da Petrobras informou no início da noite desta segunda-feira ao deputado estadual Raul Pont (PT) que comprou a fatia de 30% da Repsol na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) de Canoas. Com o negócio, deve ser aberto o caminho para investimento de R$ 1,6 bilhão na unidade de hidrotratamento, que retira enxofre do óleo diesel. Pont liderava uma frente parlamentar que defendia a retomada do controle pleno da Petrobras sobre a Refinaria Alberto Pasqualini.

Em 2000, uma troca de ativos entre Repsol e Petrobras deu à companhia hispano-argentina uma fatia no controle da refinaria gaúcha, que se transformou em Refap SA. No negócio, a Petrobras também cedeu à empresa internacional parcelas de participação em concessões para exploração de petróleo e absorveu uma rede de distribuição de combustíveis na Argentina.

http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/zhdinheiro/19,0,3140962,Petrobras-compra-fatia-da-Repsol-na-Refap.html

Tremor causa evacuação do prédio do Foro Central na Capital
14.12.2010
As pessoas que estavam no interior do prédio do Foro Central de Porto Alegre na tarde ontem passaram por momentos de medo e até de pânico. Por alguns instantes, a estrutura, localizada na rua Marcio Veras Vidor, no bairro Praia de Belas, tremeu, fazendo com que a direção do foro decidisse evacuar completamente o prédio e cancelar os trabalhos no dia de ontem. Ainda durante a tarde, por volta das 17h, o prédio foi reaberto em regime de plantão.

Pequenos tremores já vinham sendo sentidos, devido à abertura de uma rua ao lado. O ocorrido na tarde de ontem, porém, foi mais intenso. Conforme o diretor do órgão, juiz Alberto Delgado Neto, cerca de dez mil pessoas deviam estar no local no momento do abalo. O prédio foi concluído e aberto ao público em 1989.
[...]
Segundo pessoas que trabalham no prédio, depois do início das obras para a abertura da via, com a utilização de máquinas para a compactação do solo, os pequenos tremores são comuns. Ontem, porém, a estrutura balançou mais forte, assustando a todos. Técnicos do Departamento de Engenharia, Arquitetura e Manutenção do Tribunal de Justiça estiveram no local, confirmaram que a vibração decorreu do trabalho da máquina compactadora de solo e liberaram o prédio.

Com a evacuação do local, o trânsito na região ficou complicado, sendo necessária a presença de agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). O Foro Central deve funcionar normalmente hoje.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=49269

Prezadas e Prezados:
 Nessa quarta-feira, 15, às 19h, 33 jovens do Guajuviras se tornarão os primeiros jornalistas-cidadãos de Canoas. Os jovens receberão certificados pela participação nas sete oficinas oferecidas pela Agência da Notícia Guajuviras (ABNG) com formação em: comunicação cidadã, webdocumentário, webTv, radioWeb, Internet, fotografia  e prática jornalística. A primeira turma de jornalistas-cidadãos do Guajuviras e de Canoas trabalhou ao longo de quatro meses conceitos de comunicação cidadã com uso da técnica e da tecnologia para produzir e disseminar conteúdos que articulem redes juvenis capazes de potencializar a comunicação e valorizar a cultura local.

Hora: 19h
Data:15/12/2010, quarta-feira
Local: EMEF Erna Würth (CAIC)
Endereço: Rua 17 de Abril, s/nº - Guajuviras


Contamos com a presença de vcs!!
 Att. Andrea de Freitas,
Coodenadora Agência da Boa Notícia Guajuviras (ABNG),
Observatório de Comunicação Cidadã de Canoas,
Rua Boqueirão, 3367 - Guajuviras - Canoas,
Fone: 34 63 77 97,
Cel: 81 94 00 68.

CONVITE: LANÇAMENTO – Segurança e cidadania: memórias do Pronasci
Dia 14 de Dezembro
19 horas
Local: Santander Cultural
Rua Sete de Setembro, 1028
Porto Alegre


Redes sociais do tráfico, UPPs, armamento não letal, Mulheres da Paz. A segurança pública – assunto que está mais em pauta do que nunca, com o acirramento da guerra travada entre polícia e traficantes no Rio de Janeiro nos últimos dias – é o tema do mais novo lançamento da Editora FGV. O livro Segurança e cidadania: memórias do Pronasci traz 28 depoimentos de personagens-chave na luta contra a violência no Brasil, como Tarso Genro, José Mariano Beltrame (secretário estadual de Segurança do RJ),  Leonardo Zuma (capitão da Polícia Militar e coordenador das UPPs da Zona Sul), Luiz Fernando Corrêa (diretor-geral da Polícia Federal) e o músico e escritor MV Bill (confira trechos das entrevistas abaixo).

A obra resgata memórias do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), iniciativa do Ministério da Justiça que articula políticas de desenvolvimento social no combate à violência. O programa é comentado tanto pelos que o formularam como por quem foi por ele beneficiado – caso de Ana Manco (Mulher da Paz) e de jovens que participam de projetos sociais em favelas, como no emocionante depoimento de André Lopes, que quase morreu nas mãos dos traficantes.

Organizado pela diretora da Editora FGV, Marieta de Moraes Ferreira, e pela professora Ângela Britto, o livro é resultado do programa de História Oral do CPDOC da Fundação Getulio Vargas.

Confira alguns trechos dos depoimentos:

Tarso Genro
“A questão de segurança pública é uma questão policial; mas, se for tratada exclusivamente como uma questão policial, não é uma boa política de segurança pública. É necessário renovar o conceito, com o relacionamento entre polícia e comunidade. É necessário mudar a cultura do aparato policial e dotar as prefeituras de meios para produzir políticas preventivas”.

“O Pronasci passa a ser uma política-chave. Porque a fragmentação, as zonas de anomia e a insegurança generalizada tornam os oprimidos duplamente oprimidos: oprimidos por exclusão social, pela ausência de um Estado benfeitor, e também oprimidos pelos seus pares na disputa pela sobrevivência”.

Leonardo Zuma
“O tráfico forma redes sociais, que incluem mercadorias políticas, corrupção, ameaças. Criam-se novas legitimidades, novas sociabilidades, novas identidades. O traficante vira um herói, um modelo de masculinidade”.

“Com a UPP, o Estado consegue retomar o território, reprimir a ingerência do tráfico nas dinâmicas sociais”.

José Mariano Beltrame
“O Pronasci é a única maneira de se fazer segurança. Porque segurança pública não é uma ação exclusivamente policial. O que vai nos trazer dias melhores é o exercício da cidadania. O embate da polícia com bandidos tem que existir, mas são as políticas públicas de prevenção e de atendimento das demandas da população que vão ganhar essa luta. É preciso acontecer um tsunami de ações”.

Luiz Fernando Corrêa
“Se o Brasil está melhor economicamente, isso não faz dele um império. É muito fácil dizer que quem produz a cocaína é a Colômbia, o Peru, a Bolívia. Mas ninguém, a partir da folha de coca, chega à droga sem os insumos químicos. Então, o Brasil tem que ter um programa de controle desses insumos. Vão erradicar a coca na Bolívia? Não, pois ela faz parte da cultura. Aquilo que é excedente, que está fora da licitude é que nós temos que ajudar a combater. Respeitando a cultura boliviana. Porque, senão, eu faço daquele país um país bandido”.

“A repressão já foi um palavrão. Hoje, o Estado tem que ter coragem de dizer que é o detentor do poder do emprego da força. A repressão é fundamental, mas eu preciso ter uma capacidade operacional com menor letalidade”.

MV Bill
“Tive uma infância que eu costumo chamar de infância padronizada, para quem é preto e favelado, um padrão que permite somente o estudo até uma parte e, depois, tem que conciliar estudo e trabalho”.

“O problema que não será resolvido na conseqüência, ou seja, com uma polícia mais armada, mais violenta, com aparato policial maior, e sim nas causas”.

André Lopes
“Quando eu atingi meus dezoito anos, fui parar na Rocinha. Lá, conheci muita gente boa, muita gente ruim também. Comecei beber todo dia, fumar E, pela primeira vez, conheci de perto algo que eu só pela televisão: a cocaína. Aí foi quando tudo começou a escurecer para o meu lado”.

“A droga age na sua fraqueza. Cada estudioso conta de um jeito; mas eu acho que só sabe quem usa”.

“No início, o Protejo (projeto social) era cada um por si e Deus por todos. Hoje, a gente fala que é uma família. Se eu caísse agora, seria por falta de vergonha na cara. Safadeza. Porque agora eu tenho apoio. Tenho com quem contar”.

SEGURANÇA E CIDADANIA: MEMÓRIAS DO PRONASCI

Organizadoras: Ângela Britto e Marieta de Moraes Ferreira

Preço: R$ 59
Editora FGV

Jovens trocam livros por 'leitura digital'
12/12/2010 | Redação O Estado de S. Paulo
Gerações anteriores só liam as obras cobradas pela escola; agora, a prática é diferente: são sites, redes sociais, SMS e e-mails

No bolso do jeans, um BlackBerry. Na escrivaninha do quarto, um laptop. Dentro da mochila da escola, um iPod Touch com conexão wireless. Tudo ao redor dos jovens de hoje oferece conexão 24 horas por dia nas mais diversas redes sociais. Como deixar de lado todas as infinitas possibilidades que o mundo digital oferece e se dedicar à leitura de um livro, com suas centenas de páginas, cheias de palavras e letras inertes, exigindo concentração para serem decifradas?

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgados nesta semana afirmam que a leitura não está entre as prioridades dos jovens de 15 anos. Nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 46% dos estudantes afirmam que leem apenas para obter as informações que precisam; 41% só leem se forem obrigados; e 24% acham que ler é um desperdício de tempo. Apenas um terço disse que a leitura é um dos hobbies favoritos.

Apesar dos dados do Pisa, especialistas em educação e tecnologia discordam da ideia de que o jovem de hoje lê menos. Muito pelo contrário: afirmam que os adolescentes nunca leram tanto. A diferença é que, agora, não são só os livros que são "lidos", mas vídeos, sites, SMS, e-mails e uma gama imensa de informações.

"O adolescente lê e escreve muito, comunica-se muito mais por escrito. As gerações anteriores liam só os livros da escola. Os jovens de hoje não: estão sempre se informando dentro dessa vida social digitalizada", diz Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP.

O que perdeu espaço na vida dos jovens não é o hábito de ler, mas a leitura formal que os livros, por exemplo, oferecem. "O texto existe, só que de outras formas, e agora oferece acesso amplo e irrestrito. A leitura digital é mais lúdica e interessante porque não é linear e permite uma liberdade multimidiática", explica Claudemir Viana, pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Segundo Viana, trocar SMS com os amigos, postar no Twitter e ver recados no Facebook são atividades mais prazerosas que ler um clássico literário porque dão mais autonomia. "Se cansar do site em que está navegando, é só abrir um outro link. Não precisa mais ler página por página, na ordem. Por isso, o que o jovem está perdendo é a paciência, não a concentração."

O maior desafio do jovem é lidar com a diversidade de estímulos que recebe de todos os lados - o que não significa que ele esteja mais distraído, afirmam especialistas. "O adolescente tem de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo. Ele é multifocal e deve se dividir por vários canais", diz a psicóloga Ivete Palange, da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).

Dar atenção a várias mídias sem perder o interesse no conteúdo de cada uma delas é o que acontece na casa da empresária Hermina Ejzenmesser, de 44 anos. Além do computador da família, de uso comum, seu marido e cada um de seus três filhos têm um notebook. Renato, de 16 anos, é o mais antenado: tem iPhone e usa diversos programas em seu laptop. "Antes, eu até gostava mais de ler livros, mas fui perdendo o estímulo. Gosto de jornal, mas se você for pegar para ler no fim da manhã, já está tudo velho", diz Gustavo.

Para Hermina, o gosto de Renato por tecnologia é positivo. "Ele faz trabalhos em vídeo, edita e coloca áudio. E estuda muito com os amigos via Skype."

Aptidões perdidas. Para os educadores, a falta de interesse pela leitura formal pode levar à perda da habilidade de se concentrar quando necessário. "O jovem não consegue mais ler um texto inteiro. Ele não cria essa habilidade porque não precisa mais dela", explica Teresa Ferreira, psicopedagoga da Unifesp.

Ainda é cedo para afirmar o quanto isso pode ser prejudicial no futuro. Mas os especialistas alertam: ler apenas o essencial e aquilo que interessa pode levar à perda da aptidão para analisar situações com mais profundidade. "O jovem sabe de tudo o que acontece, mas não aprofunda o conhecimento dos fatos", destaca a psicóloga Dora Sampaio Góes, do Programa de Dependência da Internet do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (Amiti), da USP. "A dúvida é: até que ponto essa abordagem generalista é benéfica?"

VANTAGENS E DESVANTAGENS
Leitura formal
Para os educadores, ler os livros clássicos faz com que as crianças e os jovens consigam formar referências culturais e, portanto, sejam capazes de aprofundar o conhecimento sobre o mundo e analisar os fatos de modo mais profundo. No entanto, a leitura dos materiais impressos, como também são os jornais e as revistas, são arbitrárias e não permitem a interação do leitor com a informação, que é sempre linear.

Leitura digital
Para os educadores, a possibilidade de ter contato com várias mídias ao mesmo tempo (como vídeo, áudio, imagem e texto) é o grande trunfo das novas tecnologias. O jovem consegue se comunicar de diversas formas e, por essa razão, nunca leu e escreveu tanto. Porém, ao dividir a atenção entre tantas mídias, o adolescente pode perder a capacidade de focar seu interesse em uma só coisa, prejudicando a concentração.


PRESTE ATENÇÃO...

1. Jornais. Assinar jornais é uma opção para motivar a leitura. Educadores sugerem que os pais comentem reportagens interessantes com as crianças.

2. Revistas. Comprar revistas para adolescentes, com temas do interesse dos jovens, pode ser um bom começo para exercitar a concentração.

3. Revistas em quadrinhos. Gibis são uma boa ideia para incentivar crianças muito pequenas a ler, porque contêm imagens e mensagens curtas.

4. Livros clássicos. Os pais devem dar o exemplo aos filhos, lendo bons livros e sempre deixando à vista, em casa, os clássicos da literatura.

5. Livros para adolescentes. Obras de ficção e de ação - inclusive best sellers - são de fácil leitura e costumam agradar crianças de todas as idades.

6. Sites. É ideal que os pais acompanhem o conteúdo das páginas em que os filhos navegam, para evitar a exposição a crimes virtuais.

http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=630879
Por Sergio Augusto Weber, Professor Estadual.

Cadê a liberdade de expressão, de imprensa e a do escambau-a-quatro?
por Antonio Luiz M. C. Costa, em CartaCapital
Entre as muitas ironias que produziu, uma das mais saborosas do caso WikiLeaks é ter dado oportunidade ao jornal russo Pravda de zombar do sistema legal e da censura nos EUA.

Depois de comentar mensagens do WikiLeaks que mostram o governo Obama pressionando Alemanha e Espanha para encobrir torturas praticadas pela CIA no governo anterior, o colunista e editor legal David Hoffman tripudia: “Agora, dado que o fundador do WikiLeaks Julian Assange enfrenta acusações criminais na Suécia, fica também evidente que os EUA têm o governo sueco e a Interpol no bolso. Claro que não sei se Assange cometeu o crime do qual é acusado. Sei é que para o ‘sistema’ legal dos EUA a verdade é irrelevante. No minuto em que Assange revelou a extensão dos crimes dos EUA e seu encobrimento para o mundo, tornou-se um homem marcado.”

Aproveita também para apontar a hipocrisia de conservadores e seus porta-vozes na imprensa, que querem as penas mais rigorosas possíveis para o WikiLeaks, mas não tiveram dúvidas em expor a agente dos EUA Valerie Plame quando o governo Bush júnior quis punir seu marido, o ex-embaixador Joseph Wilson, por denunciar provas forjadas para justificar a invasão do Iraque.

A coluna tem data de 3 de dezembro. O cerco começara com a ordem de captura internacional do governo sueco que colocou o australiano Assange na lista de “alerta vermelho”, os mais procurados da Interpol, a serem monitorados a cada passo. Com um pretexto inusitado para uma operação desse porte, se não surreal: o fundador do WikiLeaks teria continuado a fazer sexo com uma sueca depois da ruptura de seu preservativo e se recusado a usá-lo com outra. Não há sequer um indiciamento formal e as duas acusadoras, Sofia Wilén e Anna Ardin enviaram mensagens por SMS e Twitter, alardeando seus encontros com Assange logo após o fato, falando deles em tom elogioso e festivo. A segunda é nascida em Cuba e escreveu artigos para uma publicação anticastrista, sugerindo que pode haver o dedo da CIA no caso.

Na véspera, a Amazon expulsara o site WikiLeaks.org de seus servidores. No mesmo dia 3, o próprio endereço foi deletado pelo provedor estadunidense everydns.com. Foi rapidamente transferido para um domínio registrado na Suíça, wikileaks.ch, mas com parte dos arquivos hospedados no provedor francês OVH que, ameaçado com “consequências” pelo ministro francês da Indústria Eric Besson, entrou na justiça com uma consulta sobre a legalidade da ação.

No dia 4, a Switch, provedor suíço do novo endereço, disse que não atenderia às pressões estadunidenses e francesas para deletá-lo, mas o sistema PayPal de pagamentos via internet, uma subsidiária do eBay, cancelou a transferência de doações ao WikiLeaks. No dia seguinte, a OVH saiu da rede e os arquivos passaram a ser hospedados pelo Partido Pirata Sueco e passou a sofrer ataques de hackers, mas centenas de “espelhos” do site se multiplicaram pelo mundo. O WikiLeaks também distribuiu a todos os interessados uma cópia encriptada do arquivo completo, cuja chave será distribuída caso algo aconteça com o site ou seu fundador.

Nos dias 6 e 7, as redes Mastercard e Visa também cancelaram as doações ao WikiLeaks – embora, como tenha notado o editor de tecnologia do Guardian, nenhuma delas tenha problemas com encaminhar doações ao Ku-Klux-Klan. Além disso, o banco suíço PostFinance encerrou a conta de Assange com o pretexto de que ele “mentiu” ao fornecer endereço no país – também ridículo, pois ele seguiu a praxe e deu o endereço de um advogado em Genebra. Com essas operações, o WikiLeaks perdeu cerca de US$133 mil. Ainda no dia 7, Assange apresentou-se à Scotland Yard e foi preso sem direito a fiança.

Toda essa farsa foi levada ao palco porque as atividades de Julian Assange e do WikiLeaks não são realmente ilegais. Várias decisões jurídicas dos EUA, notadamente a decisão de 1971 que deu ao New York Times o direito de publicar os “Papéis do Pentágono”, concordaram em que a liberdade de imprensa garantida pela Constituição se sobrepõe à reivindicação de segredo do Executivo. O funcionário que vazou os arquivos oficiais pode, em princípio, ser processado, não a organização que aceitou o material e a publicou.

O fato é que Julian Assange é hoje um preso político, detido sob o mesmo tipo de falso pretexto que é devidamente ridicularizado quando usado para se deter um dissidente russo, chinês ou iraniano. Fosse os segredos de algum desses países que tivesse revelado, o fundador do WikiLeaks seria candidato automático a um Nobel da Paz.

Ao serem os segredos dos EUA os que o australiano se dispõe a divulgar – e o que pode vir a ser ainda pior, de seus grandes bancos e empresas (a começar, provavelmente, pelo Bank of America), como anunciou em entrevista à Forbes –, políticos e jornalistas de Washington e de seus aliados do Ocidente passam a considerar justo e aceitável que seja perseguido e preso pela Interpol sob acusações que matariam de rir os responsáveis pelos Processos de Moscou da era stalinista.

O Ocidente tem dificuldade cada vez maior em conviver com os direitos e garantias em nome dos quais julga ter o dever de impor sua vontade ao resto do mundo. Sente cada vez mais a necessidade de leis de exceção e estados de exceção, que pouco a pouco viram regra. O mundo vai descobrindo que é ilusório confiar na Internet como garantia de liberdade de informação.

Antonio Luiz M. C. Costa é editor de internacional de CartaCapital e também escreve sobre ciência e ficção científica.
Por Sergio Weber.

Um comentário:

carlos disse...

Banco Mundial- Bancos não são instituições credenciadas para opinar sobre educação. Eles não entendem nem do setor deles. Graças as instituições financeiras no ano passado o mundo viveu a maior crise depois de l929. Muitos bancos saíram do vermelho, graças ao dinheiro público. Dinheiro público que deveria ser aplicado em educação e saúde. Como querem agora ter a pretensão de ensinar alguma coisa?