Por Siden*
No cotidiano do cumprimento das tarefas de trabalho, não apenas árduo como também gratificante dos educadores, a vida desses profissionais é sempre permeada de inúmeras surpresas. Algumas desoladoras, outras extremamente auspiciosas... Como o educador sempre tem "alma de menino(a)" que pergunta: e depois? os desencantos vão ficando para trás, enquanto os sonhos continuam à frente. Na consciência do educador sempre prevalece a esperança que a conquista da busca de dias melhores para todos é possível...
Assim, na semana passada, ao acessar o site do CPERS/Sindicato fiquei gratificado, extremamente esperançoso, ao ler a nota que a entidade sindical publicou num jornal da capital. Era um sinal de alerta de como esse Sindicato, independente de que partido governe o Estado, manteria sua conduta de árduo defensor dos interesses dos trabalhadores em Educação.
Inequivocamente, temos uma representação da categoria em nível de sindicato, grande conhecedor das mazelas que envolvem a educação, que se preocupa com a qualidade da mesma, que luta com inestimável coragem e discernimento, para evitar que certos paradigmas equivocados venham a se perpetuar nas entranhas educacionais.
Acertada tem sido sua luta contra a meritocracia, que não resolve os problemas educacionais e que, além de mascarar a exclusão social, também cria ilusões e disfarça a falta de política salarial aos educadores.
Esse "puxão de orelha" inicial ao governo Tarso demonstra, flagrantemente, que a categoria não renunciará a sua pauta de reivindicações e, que é necessário que o Governo eleito coloque em prática, com urgência logo que assumir em 2011, suas promessas de campanha.
O cumprimento dessas promessas à categoria, como o pagamento do Piso Salarial para professores e funcionários, é exigência e necessidade que não poderá ser palavras ao vento, sob pena do Governo que inicia em Janeiro, enfrentar manifestações de grande indignação em frente ao Piratini, já no início do ano letivo.
Na certeza de que essa será a postura de uma categoria que não renuncia a sua dignidade profissional e na defesa dessa, pois já enfrentou com coragem e determinação a administração autoritária e truculenta que se encerra em 2010.
Neste período em que se aponta em nível estadual e nacional com generosidades salariais a quem já percebe bons salários, chega o momento de contemplar uma categoria há anos massacrada, considerada alicerce da sociedade, principalmente nos programas e palanques eleitorais. É indispensável, que os governos eleitos tomem consciência que os Trabalhadores em Educação estão decididos e que não permitirão que o discurso da educação, como prioridade, continue sendo falácia eleitoral.
Oxalá, os 120% de reajuste concedidos aos futuros coordenadores de educação, seja uma demonstração da política com que o futuro governo tratará a questão salarial dos professores e funcionários, que vivem há um decênio em penúria, devido a sua miserabilidade salarial.
Finalmente, se o sinal de alerta já foi dado ao novo governo, entretanto cabe ressaltar que somente a união e mobilização da categoria garantirá as conquistas por ela almejada e que virá, indubitavelmente, já tardiamente.
*Siden Francesch do Amaral é Professor, Escritor e Diretor no 14º Núcleo.
Nota do Tio Noé: Este Artigo está publicado também no Site do CPERS e do 15º Nucleo, bem como o Artigo anterior, intitulado Conselhos Estranhos, que encontramos, inclusive, no Jornal Gazeta do Sul, que seguidamente nos prestigia, diferentemente do Grupo Sinos e do Grupo RBS. Por que será?
Parabéns Siden e Joana!
Endereço do Jornal de Santa Cruz: http://www.gaz.com.br/gazetadosul/noticia/253725-conselhos_estranhos/edicao:2010-12-21.html
Maioria dos deputados aprova reajuste que eleva vencimentos para R$ 20 mil
A proposta da bancada do PT, que garantia um reajuste nos vencimentos dos deputados equivalente ao do salário mínimo nos últimos quatro anos, sequer foi votada pelos parlamentares na tarde desta terça-feira (21). A maioria optou por um reajuste que coloca a remuneração no patamar dos 75% do subsídio dos deputados federais, recentemente reajustado para o teto do serviço público. Dessa forma, o vencimento dos deputados estaduais ficará em R$ 20.042,34, alcançando um índice de reajuste de 73%.A emenda petista, que previa uma remuneração de R$ 15.521,06, foi prejudicada pela apresentação de um substitutivo da própria Mesa ao seu Projeto original. O substitutivo contou com 36 votos favoráveis. Apenas a bancada do PT e o deputado Cassiá Carpes, do PTB, votaram contra a proposta de reajuste, somando 11 votos contrários.
Da tribuna, o deputado Adão Villaverde, do PT, sustentou que a proposição petista não era de oportunidade, mas de convicção. “Temos consciência que é necessário um reajuste nos vencimentos dos deputados, que estão defasados. Mas é preciso estabelecer um índice que respeite às condições das finanças e que tenha consistência. A equivalência com o salário mínimo nos parece o melhor critério”, sustentou.
Raul Pont, do PT, também ocupou a tribuna para argumentar a favor da emenda petista. Segundo o deputado, não é correto estabelecer o teto, que é um limite, como um indexador para os vencimentos dos parlamentares. “O reajuste deve levar em conta a média dos reajustes dos servidores e a realidade das finanças. O teto não foi criado para servir de indexador. Essa conduta gera um efeito negativo que atrapalha até mesmo as finanças das prefeituras”, argumentou.
http://www.al.rs.gov.br/ag/noticias.asp?txtIdMateria=254800
Sindicato ingressa com ação na Justiça contra edital da RS-010
Secretário estadual de Infraestrutura e Logística reafirma que projeto tem aval da comunidade.Da Redação - 21 de dezembro de 2010 - 09h15
Porto Alegre - Os diretores do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs) ingressaram na Justiça, na última sexta-feira, com uma Ação Popular apontando as imperfeições do edital da RS-010, a Rodovia do Progresso.O ex-ministro dos Transportes, Cloraldino Severo, também entrou com ofício de impugnação do edital, junto ao Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (Daer). A ação solicita que seja deferida medida liminar, com urgência, para determinar a suspensão da concorrência Internacional n.º 002/2010. A abertura das propostas para a licitação da rodovia ocorrerá na quinta-feira. Em recente entrevista, o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, reafirmou que o projeto, que foi debatido por mais de três anos, tem o aval da comunidade.
http://www.jornalnh.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-197,cd-298066.htm
Censo Escolar: rede pública de ensino do Estado tem 41 mil alunos a menos em 2010
21.12.10 - 18:06
Dados do Censo Escolar 2010 elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, apontam uma diminuição no número de alunos na rede estadual gaúcha. De acordo com o levantamento, as escolas estaduais atendem hoje 1.158.483 estudantes matriculados. Em 2009, o mesmo levantamento apontou um total de 1.199.995 alunos, com uma diminuição de 41 mil matrículas em todo o Estado.Para o secretário estadual da Educação, Ervino Deon, a tendência de queda no ingresso nas séries iniciais, nos últimos anos, pode ser explicado pela redução das taxas demográficas do Rio Grande do Sul verificadas pelo IBGE. No Ensino Fundamental, a diminuição atingiu 26,6 mil matrículas na comparação com o ano anterior. No nível Médio, a redução ficou em 4,4 mil. Na Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos (EJA) a queda ficou, respectivamente, em 1,8 mil e 4,8 mil. A diminuição também foi observada na Educação Especial, com 231 alunos a menos.
[...]
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=253780
Geometria com canudos
Germano Lechner*Neste artigo descrevo o desenvolvimento e a aplicação de uma atividade prática utilizando material concreto no estudo do conteúdo de geometria, mais especificamente a estimativa da área de um cubo. O trabalho foi realizado com uma turma da 5ª série do ensino fundamental de uma escola da rede estadual de Novo Hamburgo. A partir da atividade desenvolvida, teve-se o objetivo de promover a interação entre os alunos e entre alunos e professor, visando, desta forma, a construção do conhecimento e a superação de eventuais dificuldades encontradas pelos alunos em torno deste conteúdo.
Utilizando como referência minha experiência docente e relatos de colegas professores, constatou-se que os alunos apresentam dificuldades quanto ao estudo de Poliedros.
Para ilustrar estas dificuldades encontradas pelos alunos, elaborei um questionário que foi respondido em sala de aula, individualmente e sem consulta de material didático focando o ensino do conteúdo de geometria plana. O questionário foi respondido por alunos das 6ª e 7ª séries do ensino fundamental de duas escolas públicas.
Após aplicar o questionário e analisar as respostas dos alunos, foi possível concluir que há uma déficit de aprendizagem quanto ao estudo de um Poliedro, confirmando hipótese lançada anteriormente, sugerindo assim mudanças no método de ensino.
Objetivo Geral e Justificativa
O trabalho irá abordar o conteúdo de Geometria, focando a construção e a estimativa da área total de um Poliedro com faces quadrangulares a partir dos conceitos da área de um quadrado. O trabalho traz como questão: Como à utilização de material concreto nas construções de sólidos geométricos favorecerá o estudo do conteúdo de Geometria?
Partindo do pressuposto que o ensino do conteúdo de Geometria é falho, realizei ao longo de duas semanas, uma pesquisa em duas escolas, com alunos das 6ª e 7ª séries do ensino fundamental. A pesquisa consistia num questionário que focava o conteúdo de Geometria. Analisando as respostas dos alunos, pude comprovar que há falhas no método de ensino adotado.
Logo, procurando encontrar uma forma atrativa de ensinar e que promova a construção do conhecimento, pretendo através deste trabalho apresentar outra possibilidade de ensino, objetivando sanar dúvidas e dificuldades freqüentes encontradas pelos alunos referentes ao conteúdo de Geometria.
Hipóteses / Pressupostos
Para possibilitar o desenvolvimento das atividades propostas no presente trabalho, é importante que os alunos possuam algumas habilidades e conhecimentos específicos. Quanto aos conhecimentos prévios apresento as seguintes hipóteses:
Hipótese 1: Pressupõe-se que os alunos consigam planificar uma figura geométrica;
Hipótese 2: Pressupõe-se que os alunos consigam identificar e reconhecer uma reta e um segmento de reta;
Hipótese 3: Pressupõe-se que os alunos consigam calcular a área de um retângulo qualquer.
Para trazer à tona os conhecimentos dos alunos e verificar se estes possuem as habilidades e conhecimentos prévios necessários para desenvolverem a atividade proposta, elaborei um questionário (anexo 3). Este questionário será respondido pelos alunos antes da aplicação do plano pedagógico.
Após realizarem as atividades propostas neste trabalho, os alunos deverão ter adquirido conhecimentos e habilidades referentes ao estudo dos Poliedros. Em torno das expectativas criadas a partir do plano pedagógico, lanço a seguinte hipótese:
Hipótese 4: Pressupõe-se que os alunos conseguirão calcular a área total do Poliedro;
Para auxiliar os alunos na identificação dos vértices e arestas, serão construídas figuras geométricas vazadas. A atividade com papel quadriculado irá auxiliar na estimativa da área do Poliedro construído.
Após desenvolver as atividades propostas neste trabalho, pretendo através de um questionário fazer uma reflexão em torno das respostas dadas pelos alunos referentes às atividades. As respostas apresentadas pelos alunos que realizaram a atividade prática serão comparadas com as respostas dos alunos das 6ª e 7ª séries. A partir desta comparação, farei uma análise detalhada quanto ao desempenho dos alunos e assim validar as hipóteses lançadas.
Análise das hipóteses
Este espaço dedico à análise das hipóteses e pressupostos lançados em torno da prática realizada.
Antes de realizar a atividade prática, lancei hipóteses quanto aos conhecimentos prévios dos alunos referentes ao conteúdo de Geometria. Para validar estas hipóteses, utilizei como ferramenta o questionário avaliativo, que foi respondido pelos alunos individualmente antes da formulação do plano de estudo.
A primeira questão do questionário avaliativo solicitava a desenho planificado de um cubo, dos alunos que responderam o questionário, 27 conseguiram concluir esta atividade, índice satisfatório para realização da atividade. Na figura 1.4, os alunos deveriam identificar todos os segmentos de retas presentes, dos 29 alunos, 90% conseguiram identificar todos os segmentos de retas. No questionário foi solicitado um exemplo de reta, 100% dos alunos conseguiram realizar esta atividade, validando a hipótese 3.
A última questão apresentava duas figuras planas onde os alunos deveriam calcular a área. O índice de acerto desta questão foi igual a 86%, validando a hipótese 4.
Analisando o desempenho dos alunos, verificamos que 45% dos alunos conseguiram encontrar da área total do Poliedro construído. Comparando com o percentual de acerto dos alunos das 6ª e 7ª séries, percebemos um melhor desempenho dos alunos desta turma.
A primeira questão da prova solicitava aos alunos que identificassem os elementos que compõem um poliedro. O índice de acerto do primeiro item desta questão foi igual a 86%, do segundo item 68% e terceiro item 55%.
A partir dos trabalhos apresentados pelos alunos e considerando o desempenho final desta turma na atividade proposta, concluo que a atividade atendeu as expectativas e que houve a construção do conhecimento.
Conclusões e reflexões pessoais
Nesta prática tive contato com uma nova ferramenta didática, os vídeos educacionais, que abriram uma nova possibilidade de ensino. A utilização de material concreto contribuiu para uma melhor compreensão do conteúdo, através das construções realizadas pelos alunos percebi outras formas e possibilidades de tratar do estudo dos poliedros.
Bilac e Santos retratam em suas dissertações as dificuldades encontradas pelos alunos quando trabalhado o conteúdo de Geometria. A autora destaca o aprimoramento do vocabulário matemático por parte dos alunos, além da importância dos alunos realizarem a atividade em dupla.
Ao longo da minha prática, percebi a importância do trabalho em grupo, como os alunos interagiram e contribuíram assim para a construção do conhecimento. Durante a realização das atividades, percebi uma evolução no vocabulário matemático dos alunos, aprimoramento e amadurecimento matemático importante que auxiliam os alunos na compreensão e abstração de novos conhecimentos.
Na minha prática, utilizei o recurso da pavimentação para estimar a área de um poliedro, quando os alunos mediram o comprimento dos canudos que representavam as arestas dos poliedros construídos e representaram estas medidas num papel quadriculado, auxiliando na estimativa a área de uma figura geométrica plana.
O desenvolvimento do cálculo da área total do Poliedro exigiu dos alunos raciocínio lógico e aplicação de conhecimentos matemáticos, o senso de trabalho em grupo e coordenação na realização das construções. A possibilidade de utilizar uma nova ferramenta de ensino, o vídeo educacional, e a aplicação de material concreto na matemática foram fatores que contribuíram para a construção do conhecimento. Houve interação entre os grupos e trocas de conhecimentos, na resolução dos exercícios e na realização das construções dos Poliedros.
Após analisar os dados coletados pertinentes ao desenvolvimento e resolução das atividades propostas nesta prática, concluo que os resultados foram satisfatórios. Os resultados apresentados pelos alunos neste relatório demonstram que houve evolução e construção do conhecimento.
As mídias e materiais concretos se apresentam como ferramentas pedagógicas eficazes, mas não substituem a importância do educador na sala de aula, a construção do conhecimento se deve através da interação entre aluno e professor com uma metodologia dinâmica e mutável que busca o contínuo aperfeiçoamento tanto do educando quanto do educador.
*Germano Lechner é Professor Estadual em NH.
Utilizando como referência minha experiência docente e relatos de colegas professores, constatou-se que os alunos apresentam dificuldades quanto ao estudo de Poliedros.
Para ilustrar estas dificuldades encontradas pelos alunos, elaborei um questionário que foi respondido em sala de aula, individualmente e sem consulta de material didático focando o ensino do conteúdo de geometria plana. O questionário foi respondido por alunos das 6ª e 7ª séries do ensino fundamental de duas escolas públicas.
Após aplicar o questionário e analisar as respostas dos alunos, foi possível concluir que há uma déficit de aprendizagem quanto ao estudo de um Poliedro, confirmando hipótese lançada anteriormente, sugerindo assim mudanças no método de ensino.
Objetivo Geral e Justificativa
O trabalho irá abordar o conteúdo de Geometria, focando a construção e a estimativa da área total de um Poliedro com faces quadrangulares a partir dos conceitos da área de um quadrado. O trabalho traz como questão: Como à utilização de material concreto nas construções de sólidos geométricos favorecerá o estudo do conteúdo de Geometria?
Partindo do pressuposto que o ensino do conteúdo de Geometria é falho, realizei ao longo de duas semanas, uma pesquisa em duas escolas, com alunos das 6ª e 7ª séries do ensino fundamental. A pesquisa consistia num questionário que focava o conteúdo de Geometria. Analisando as respostas dos alunos, pude comprovar que há falhas no método de ensino adotado.
Logo, procurando encontrar uma forma atrativa de ensinar e que promova a construção do conhecimento, pretendo através deste trabalho apresentar outra possibilidade de ensino, objetivando sanar dúvidas e dificuldades freqüentes encontradas pelos alunos referentes ao conteúdo de Geometria.
Hipóteses / Pressupostos
Para possibilitar o desenvolvimento das atividades propostas no presente trabalho, é importante que os alunos possuam algumas habilidades e conhecimentos específicos. Quanto aos conhecimentos prévios apresento as seguintes hipóteses:
Hipótese 1: Pressupõe-se que os alunos consigam planificar uma figura geométrica;
Hipótese 2: Pressupõe-se que os alunos consigam identificar e reconhecer uma reta e um segmento de reta;
Hipótese 3: Pressupõe-se que os alunos consigam calcular a área de um retângulo qualquer.
Para trazer à tona os conhecimentos dos alunos e verificar se estes possuem as habilidades e conhecimentos prévios necessários para desenvolverem a atividade proposta, elaborei um questionário (anexo 3). Este questionário será respondido pelos alunos antes da aplicação do plano pedagógico.
Após realizarem as atividades propostas neste trabalho, os alunos deverão ter adquirido conhecimentos e habilidades referentes ao estudo dos Poliedros. Em torno das expectativas criadas a partir do plano pedagógico, lanço a seguinte hipótese:
Hipótese 4: Pressupõe-se que os alunos conseguirão calcular a área total do Poliedro;
Para auxiliar os alunos na identificação dos vértices e arestas, serão construídas figuras geométricas vazadas. A atividade com papel quadriculado irá auxiliar na estimativa da área do Poliedro construído.
Após desenvolver as atividades propostas neste trabalho, pretendo através de um questionário fazer uma reflexão em torno das respostas dadas pelos alunos referentes às atividades. As respostas apresentadas pelos alunos que realizaram a atividade prática serão comparadas com as respostas dos alunos das 6ª e 7ª séries. A partir desta comparação, farei uma análise detalhada quanto ao desempenho dos alunos e assim validar as hipóteses lançadas.
Análise das hipóteses
Este espaço dedico à análise das hipóteses e pressupostos lançados em torno da prática realizada.
Antes de realizar a atividade prática, lancei hipóteses quanto aos conhecimentos prévios dos alunos referentes ao conteúdo de Geometria. Para validar estas hipóteses, utilizei como ferramenta o questionário avaliativo, que foi respondido pelos alunos individualmente antes da formulação do plano de estudo.
A primeira questão do questionário avaliativo solicitava a desenho planificado de um cubo, dos alunos que responderam o questionário, 27 conseguiram concluir esta atividade, índice satisfatório para realização da atividade. Na figura 1.4, os alunos deveriam identificar todos os segmentos de retas presentes, dos 29 alunos, 90% conseguiram identificar todos os segmentos de retas. No questionário foi solicitado um exemplo de reta, 100% dos alunos conseguiram realizar esta atividade, validando a hipótese 3.
Figura 1.4: Questão 3 da prova |
A última questão apresentava duas figuras planas onde os alunos deveriam calcular a área. O índice de acerto desta questão foi igual a 86%, validando a hipótese 4.
Analisando o desempenho dos alunos, verificamos que 45% dos alunos conseguiram encontrar da área total do Poliedro construído. Comparando com o percentual de acerto dos alunos das 6ª e 7ª séries, percebemos um melhor desempenho dos alunos desta turma.
A primeira questão da prova solicitava aos alunos que identificassem os elementos que compõem um poliedro. O índice de acerto do primeiro item desta questão foi igual a 86%, do segundo item 68% e terceiro item 55%.
A partir dos trabalhos apresentados pelos alunos e considerando o desempenho final desta turma na atividade proposta, concluo que a atividade atendeu as expectativas e que houve a construção do conhecimento.
Conclusões e reflexões pessoais
Nesta prática tive contato com uma nova ferramenta didática, os vídeos educacionais, que abriram uma nova possibilidade de ensino. A utilização de material concreto contribuiu para uma melhor compreensão do conteúdo, através das construções realizadas pelos alunos percebi outras formas e possibilidades de tratar do estudo dos poliedros.
Bilac e Santos retratam em suas dissertações as dificuldades encontradas pelos alunos quando trabalhado o conteúdo de Geometria. A autora destaca o aprimoramento do vocabulário matemático por parte dos alunos, além da importância dos alunos realizarem a atividade em dupla.
Ao longo da minha prática, percebi a importância do trabalho em grupo, como os alunos interagiram e contribuíram assim para a construção do conhecimento. Durante a realização das atividades, percebi uma evolução no vocabulário matemático dos alunos, aprimoramento e amadurecimento matemático importante que auxiliam os alunos na compreensão e abstração de novos conhecimentos.
Na minha prática, utilizei o recurso da pavimentação para estimar a área de um poliedro, quando os alunos mediram o comprimento dos canudos que representavam as arestas dos poliedros construídos e representaram estas medidas num papel quadriculado, auxiliando na estimativa a área de uma figura geométrica plana.
O desenvolvimento do cálculo da área total do Poliedro exigiu dos alunos raciocínio lógico e aplicação de conhecimentos matemáticos, o senso de trabalho em grupo e coordenação na realização das construções. A possibilidade de utilizar uma nova ferramenta de ensino, o vídeo educacional, e a aplicação de material concreto na matemática foram fatores que contribuíram para a construção do conhecimento. Houve interação entre os grupos e trocas de conhecimentos, na resolução dos exercícios e na realização das construções dos Poliedros.
Após analisar os dados coletados pertinentes ao desenvolvimento e resolução das atividades propostas nesta prática, concluo que os resultados foram satisfatórios. Os resultados apresentados pelos alunos neste relatório demonstram que houve evolução e construção do conhecimento.
As mídias e materiais concretos se apresentam como ferramentas pedagógicas eficazes, mas não substituem a importância do educador na sala de aula, a construção do conhecimento se deve através da interação entre aluno e professor com uma metodologia dinâmica e mutável que busca o contínuo aperfeiçoamento tanto do educando quanto do educador.
*Germano Lechner é Professor Estadual em NH.
Nenhum comentário:
Postar um comentário