Por Siden*
Pela janela contemplo,
o vento a acariciar
as folhas da palmeira,
preguiçosamente, a balançar...
Lembro dos sonhos embalados,
acariciados pela brisa doce,
de amor longínquo que se perdeu,
num tsunami de paixão tragados...
Recordo das noites à beira mar,
de sua voz rouca e alucinante,
seus lábios, aos meus a procurar,
falando na vida, do mundo a divagar...
E ao suave murmúrio do mar,
como cantiga a embalar sonhos,
não construíamos castelos,
nem arquitetávamos desvairados planos...
O nosso encontro misterioso,
despertou curiosidade e intriga,
enquanto nos divertíamos,
em nosso devaneio amoroso..
Um arrepio percorre o corpo,
das lembranças que ainda tenho,
da explosiva e louca paixão,
não havia temor, só coração...
Hoje, ao recordar tanto tempo...
Não sobrou mágoa, nem dor,
Dó apenas tenho, daqueles que,
não curtiram delirante amor...
Como incurável sonhador, o coração,
à paixão arrebatadora quer voltar,
não importa qual dor a suportar,
só a renúncia ao sonho, não terá perdão...
Vai, não acovarda, arrebenta coração,
se traído por ingrata sedução,
se derrotado, no primeiro e segundo tempo,
não capitula, pulsa e exige prorrogação...
Siden Francesch do Amaral - Professor Estadual.
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