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sábado, 12 de março de 2011

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

Prezados(as):
Com o objetivo de realizarmos o III Encontro com a  Comunidade do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID-UNISINOS - "Universidade e Escola na qualificação da docência na Educação Básica",  convidamos para uma atividade entre a Direção das Escolas, professores supervisores, demais professores das escolas conveniadas, alunos bolsistas, coordenadores dos Subprojetos e coordenações dos Cursos de Licenciatura da Unisinos.

O encontro ocorrerá no dia 19 de março (sábado), a partir das 8h 30min, no Auditório Central da Unisinos.

Sua participação é de fundamental importância para o bom andamento das atividades do Programa e sucesso na qualificação das atividades desenvolvidas nas Escolas.

Informações e inscrições no site:
http://www.unisinos.br/eventos/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=116&modulo=verCurso&class_nbr=7388&strm=0595&tipo=NAO
ou presencialmente  no Atendimento Unisinos
- Atividade n. 104596 - turma n. 7388

OBS.: Válido para o cômputo de 04 horas

Programação:
8h 30min * Exposição de pôsteres e credenciamento
9h * Abertura 
9h  15min *  Palestra "Um desafio sempre a enfrentar na docência: as relações interpessoais" -  Profa. Ms. Janira Aparecida da Silva/Unisinos

9h 45min *  Abertura dos debates sobre o tema da palestra
10h 20min *  Apresentação de dados do relatório de 2010
10h 35min * Apresentação do Planejamento das Áreas para o ano de 2011
12h * Encerramento

Atenciosamente,
Profa. Dra. Eli Terezinha Henn Fabris, Coordenadora Institucional PIBID-UNISINOS

MEU CORPO
(SERGIO AUGUSTO WEBER)
SOBRE QUATRO RODAS CAMINHO PELA CIDADE, PASSO EM FRENTE A CASA DOS AMIGOS.
É TARDE E AINDA NÃO TOMEI BANHO.
E EM SUAS CASAS TODOS RECEBEM VISITAS.
VEJO POR ENTRE JANELAS SOMENTE LUZES, 
E EM MEU CORPO CARREGO O SUOR,
DA PARTIDA DE VÔLEI MAL JOGADA.
E O FUSCA SEGUE SOB MEU COMANDO,
DESVIA DE BURACOS, ENTRA EM OUTROS,
DOBRA À ESQUERDA, À DIREITA.
E POR ÚLTIMO ELE ENCONTRA A SUA MORADA:
DESLIGO O MOTOR E A MÁQUINA REPOUSA.
COMO A CANETA AQUI PARA DE ESCREVER,
DANDO DESCANSO AO MEU CORPO.

MULHER
(SERGIO AUGUSTO WEBER)
NA NOITE CEGA,
NÃO PUDE SENTIR O TEU CORPO AMIGO,
NU DESPOJADO.
NATUREZA SUAVE,
NELE É QUE DESPERTO EM PAIXÕES,
NÍTIDOS DESEJOS DE ACARICIAR TEUS CABELOS.
NÃO, NÃO CONDENE O HOMEM QUE
NAMORA A NATUREZA,
NELA A MULHER, QUE FAÇO OBJETO.
NENHUM VAZIO EXISTENCIAL É NEGADO.
NADA DE FALSOS BRILHOS ACORRENTADOS.
NELA EU ENCONTRO O TODO: CABEÇA E CORPO.

ORIGINALMENTE PUBLICADA EM 1986 - VALE NEON - ANTOLOGIA LITERÁRIA DO VALE DO SINOS

Cruzeiro vence o Grêmio 2 a 0
12.03.11 - 18:01
Carlos Alberto era a principal arma do time de reseresvas do Grêmio, neste sábado, contra o Cruzeiro-RS. Mas bastou a bola rolar para o trunfo virar problema. Com atuação apagada no primeiro tempo e expulsão no segundo, o camisa 19 viu a equipe perder por 2 a 0. Renato Gaúcho invadiu o campo na segunda etapa, aplaudiu ironicamente o árbito e também teve que se retirar. Do outro lado, Diego Torres, ditou o ritmo dos visitantes, que poderiam ter aplicado nova goleada não fosse as defesas de Matheus.

O resultado coloca o Cruzeiro como líder isolado do grupo 2, com 6 pontos e saldo 10. O elevado número de gols (10) é fundamental para a equipe e se deve à goleada por 8 a 0 na estreia. Enquanto isso, sem pontuar, o Grêmio ocupa o 7º lugar. Na próxima rodada do segundo turno, o Grêmio enfrenta o Porto Alegre, fora de casa, domingo, às 16h. Já o Cruzeiro-RS enfrenta o Juventude, no estádio Alfredo Jaconi, também domingo às 16h.
[...]
http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=265664

R$ 40 milhões serão investidos em projetos do PAC Arroio Manteiga e Cerquinha
Luiz Fernando Heylmann*
São Leopoldo - O prefeito municipal de São Leopoldo Ary Vanazzi assinou no final da manhã de quinta-feira, 10, a ordem de início para elaboração de projetos para reassentamento de 194 famílias que vivem às margens do Arroio Cerquinha.

A previsão é de que estes projetos estejam concluídos em três meses. O início das obras, que perfazem um investimento de R$ 40 milhões na região norte da cidade, deve acontecer em julho. Os projetos fazem parte das obras do PAC Arroio Manteiga e Cerquinha.

Em função das tragédias ocasionadas pelas chuvas no mês de fevereiro, o prefeito enfatizou a necessidade de oferecer aos ribeirinhos uma moradia digna.  “As pessoas que moram perto dos arroios vivem em condições de risco e é nosso dever oferecer uma melhor qualidade de vida para elas”, disse Vanazzi.

Aline Gollmann, representante dos beneficiados da comissão de moradores, confessou a ansiedade para o início das obras. “Nós estamos ansiosos. Quando chove, sentimos medo, não sabemos o que pode acontecer. Estamos bem esperançosos”, comemorou.

A solenidade aconteceu no gabinete do prefeito e contou com as presenças do secretário municipal de Planejamento e Coordenação, Paulo Borba, da secretária interina de Projetos Especiais, Ângela Maria Müller, da gerente geral da Caixa Econômica Federal, Marilene Tumellero, entre outros.

*Luiz Fernando Heylmann é Assessor de Imprensa da PMSL
msn: lfh1313@hotmail.com
twitter: @lfheylmann
51 9666 0813
Boa Luta!



Tragédias naturais expõem perda da noção de limite
Por Marco Aurélio Weissheimer - 12.03.11
No dia 1° de novembro de 1775, Lisboa foi devastada por um terremoto seguido de um tsunami. A partir de estudos geológicos e arqueológicos, estima-se hoje que o sismo atingiu 9 graus na escala Richter e as ondas do tsunami chegaram a 20 metros de altura. De uma população de 275 mil habitantes, calcula-se que cerca de 20 mil morreram. Além de atingir grande parte do litoral do Algarve, o terremoto e o tsunami também atingiram o norte da África. Apesar da precariedade dos meios de comunicação de então, a tragédia teve um grande impacto na Europa e foi objeto de reflexão por pensadores como Kant, Rousseau, Goethe e Voltaire. A sociedade europeia vivia então o florescimento do Iluminismo, da Revolução Industrial e do Capitalismo. Havia uma atmosfera de grande confiança nas possibilidades da razão e do progresso científico.
No Poème sur le desastre de Lisbonne, (“Poema sobre o desastre de Lisboa”), Voltaire satiriza a ideia de Leibniz, segundo a qual este seria “o melhor dos mundos possíveis”. “O terremoto de Lisboa foi suficiente para Voltaire refutar a teodiceia de Leibniz”, ironizou Theodor Adorno. “Filósofos iludidos que gritam, ‘Tudo está bem’, apressados, contemplam estas ruínas tremendas” – escreveu Voltaire, acrescentando: “Que crimes cometeram estas crianças, esmagadas e ensanguentadas no colo de suas mães?” Rousseau não gostou da leitura de Voltaire e responsabilizou a ação do homem que estaria “corrompendo a harmonia da criação”. “Há que convir… que a natureza não reuniu em Lisboa 20.000 casas de seis ou sete andares, e que se os habitantes dessa grande cidade se tivessem dispersado mais uniformemente e construído de modo mais ligeiro, os estragos teriam sido muito menores, talvez nulos”, escreveu.

Já Kant procurou entender o fenômeno e suas causas no domínio da ordem natural. O terremoto de Lisboa, entre outras coisas, acabará inspirando seus estudos sobre a ideia do sublime. Para Kant, “o Homem ao tentar compreender a enormidade das grandes catástrofes, confronta-se com a Natureza numa escala de dimensão e força transumanas que embora tome mais evidente a sua fragilidade física, fortifica a consciência da superioridade do seu espírito face à Natureza, mesmo quando esta o ameaça”.

A tragédia que se abateu sobre Lisboa, portanto, para além das perdas humanas, materiais e econômicas, impactou a imaginação do seu tempo e inspirou reflexões sobre a relação do homem com a natureza e sobre o estado do mundo na época. Uma época, cabe lembrar, onde os meios de comunicação resumiam-se basicamente a algumas poucas, e caras, publicações impressas, e à transmissão oral de informações, versões e opiniões sobre os acontecimentos. Nas catástrofes atuais, parece que vivemos um paradoxo: se, por um lado, temos um desenvolvimento vertiginoso dos meios de comunicação, por outro, a qualidade da reflexão sobre tais acontecimentos parece ter empobrecido, se comparamos com o tipo de debate gerado pelo terremoto de Lisboa.

Em maio de 2010, em uma entrevista à revista Adverso (da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), o geólogo Rualdo Menegat, professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituo de Geociências da UFRGS, criticou o modo como a mídia cobre, de modo geral, esse tipo de fenômeno.

“Ela espetaculariza essas tragédias de uma maneira que não ajuda as pessoas entenderem que há uma manifestação das forças naturais aí e que nós precisamos saber nos precaver. A maneira como a grande imprensa trata estes acontecimentos (como vulcões, terremotos e enchentes), ao invés de provocar uma reflexão sobre o nosso lugar na natureza, traz apenas as imagens de algo que veio interromper o que não poderia ser interrompido, a saber, a nossa rotina urbana. Essa percepção de que nosso dia a dia não pode ser interrompido pelas manifestação das forças naturais está ligada à ideia de que somos sobrenaturais, de que estamos para além da natureza”.

Para Menegat, uma das principais lacunas nestas coberturas é a ausência de uma reflexão sobre a ideia de limite. É bem conhecida a imagem medieval de uma Terra plana, cujos mares acabariam em um abismo. Como ficou provado mais tarde, a imagem estava errada, mas ela trazia uma noção de limite que acabou se perdendo. “Embora a imagem estivesse errada na sua forma, ela estava correta no seu conteúdo. Nós temos limites evidentes de ocupação no planeta Terra. Não podemos ocupar o fundo dos mares, não podemos ocupar arcos vulcânicos, não podemos ocupar de forma intensiva bordas de placas tectônicas ativas, como o Japão, o Chile, a borda andina, a borda do oeste americano, como Anatólia, na Turquia”, observa o geólogo.

Não podemos, mas ocupamos, de maneira cada vez mais destemida. O que está acontecendo agora com as usinas nucleares japonesas atingidas pelo grande terremoto do dia 11 de março é mais um alarmante indicativo do tipo de tragédia que pode atingir o mundo globalmente. O que esses eventos nos mostram, enfatiza Menegat, é a progressiva cegueira da civilização humana contemporânea em relação à natureza. A humanidade está bordejando todos os limites perigosos do planeta Terra e se aproxima cada vez mais de áreas de riscos, como bordas de vulcões e regiões altamente sísmicas. “Estamos ocupando locais que, há 50 anos atrás, não ocupávamos. Como as nossas cidades estão ficando gigantes e cegas, elas não enxergam o tamanho do precipício, a proporção do perigo desses locais que elas ocupam”, diz ainda o geólogo, que resume assim a natureza do problema:

“Estamos falando de 6 bilhões e 700 milhões de habitantes, dos quais mais da metade, cerca de 3,7 bilhões, vive em cidades. Isso aumenta a percepção da tragédia como algo assustador. Como as nossas cidades estão ficando muito gigantes e as pessoas estão cegas, elas não se dão conta do tamanho do precipício e do tamanho do perigo desses locais onde estão instaladas. Isso faz também com que tenhamos uma visão dessas catástrofes como algo surpreendente”.


Como disse Rousseau, no século XVIII, não foi a natureza que reuniu, em Lisboa, 20.000 casas de seis ou sete andares. Diante de tragédias como a que vemos agora no Japão, não faltam aqueles que falam em “fúria da natureza” ou, pior, “vingança da natureza”. Se há alguma vingança se manifestando neste tipo de evento catastrófico, é a da lógica contra a irracionalidade. Como diz Menegat, a Terra e a natureza não são prioridades para a sociedade contemporânea. Propagandas de bancos, operadoras de cartões de crédito e empresas telefônicas fazem a apologia do mundo sem limites e sem fronteiras, do consumidor que pode tudo.

As reflexões de Kant sobre o terremoto de Lisboa não são, é claro, o carro-chefe de sua obra. A maior contribuição do filósofo alemão ao pensamento humano foi impor uma espécie de regra de finitude ao conhecimento humano: somos seres corporais, cuja possibilidade de conhecimento se dá em limites espaço-temporais. Esses limites estabelecidos por Kant na Crítica da Razão Pura não diminuem em nada a razão humana. Pelo contrário, a engrandecem ao livrá-la de tentações megalomaníacas que sonham em levar o pensamento humano a alturas irrespiráveis. Assim como a razão, o mundo tem limites. Pensar o contrário e conceber um mundo ilimitado, onde podemos tudo, é alimentar uma espécie de metafísica da destruição que parece estar bem assentada no planeta. Feliz ou infelizmente, a natureza está aí sempre pronta a nos despertar deste sono dogmático.

(*) Artigo publicado na Carta Maior

 http://rsurgente.opsblog.org/

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