Por Siden*
No desenvolvimento de nossas atividades somos surpreendidos por situações paradoxais. E o paradoxo, às vezes, é tão gritante que passamos por ele sem examiná-lo, descrentes de uma possível decodificação.
Ao ler um texto com sugestões do Banco Mundial para melhorar a qualidade da educação no Brasil, começaram a surgir, intuitivamente, algumas interrogações.
Em primeiro lugar, fatos que sempre achei inconcebíveis são setores, constituídos por indivíduos que nunca ministraram uma aula, sem nenhuma ideia das inúmeras variáveis que permeiam a educação, sugerirem mudanças para melhorá-la.
Invariavelmente apontam metas e critérios da atividade privada como forma de revolução, de melhora. Esses senhores, que dizem entender de tudo, que defendem a meritocracia aplicada nos diversos setores da economia privada, esquecem de um dado: quando suas fórmulas mágicas não funcionam no setor privado, procuram salvação no dinheiro público.
É irônico o fato de instituições bancárias, financeiras, acharem-se portadoras de competência para sugerir fórmulas para melhorar a educação. Uma pergunta que não quer calar: Por que não aplicam seus conhecimentos no setor em que desenvolvem suas atividades?
Por que com todas suas competências, metas a serem atingidas, instituições financeiras continuam a falir?
Em novembro passado, acompanhamos o caso de uma instituição onde foi descoberto um rombo de bilhões. Peritos examinaram os números da instituição e parece mesmo que o caso foi de “maquiagem de balancetes”.
Pois essas instituições que maquiam números, que no ano passado provocaram grande colapso na economia mundial, vivendo da exploração inescrupulosa do capital sobre o trabalho, que cobram juros astronômicos de países pobres e que visam apenas o lucro e obtenção da mão de obra barata, se julgam no direito de opinar sobre a educação. Não é um paradoxo?
Lembro bem do comentário do escritor português José Saramago, Nobel de Literatura, ao comentar a crise mundial provocada pelos bancos no ano passado: “É coisa de bandidos, criminosos, deveriam ser julgados por crimes contra a humanidade...” Onde estavam os peritos do Banco Mundial no momento de evitar o colapso financeiro internacional?
Outra pergunta que não pode silenciar: Por que com tanta competência, com tantas metas cumpridas, precisam tantas vezes se socorrer do dinheiro público? Aliás, dinheiro público que deveria ser aplicado na educação, saúde e segurança.
E a questão derradeira: Será que bancos são fontes fidedignas para sugerir melhorias na educação? Talvez... Poderíamos aprender com eles a tal meritocracia, que traria consigo ensinamentos de como atingir metas e fazer malabarismos numéricos para esconder a realidade educacional.
* O Prof.Siden Francesch do Amaral é Diretor e Representante 1/1000 do 14º Núcleo - CPERS/Sindicato
Ao ler um texto com sugestões do Banco Mundial para melhorar a qualidade da educação no Brasil, começaram a surgir, intuitivamente, algumas interrogações.
Em primeiro lugar, fatos que sempre achei inconcebíveis são setores, constituídos por indivíduos que nunca ministraram uma aula, sem nenhuma ideia das inúmeras variáveis que permeiam a educação, sugerirem mudanças para melhorá-la.
Invariavelmente apontam metas e critérios da atividade privada como forma de revolução, de melhora. Esses senhores, que dizem entender de tudo, que defendem a meritocracia aplicada nos diversos setores da economia privada, esquecem de um dado: quando suas fórmulas mágicas não funcionam no setor privado, procuram salvação no dinheiro público.
É irônico o fato de instituições bancárias, financeiras, acharem-se portadoras de competência para sugerir fórmulas para melhorar a educação. Uma pergunta que não quer calar: Por que não aplicam seus conhecimentos no setor em que desenvolvem suas atividades?
Por que com todas suas competências, metas a serem atingidas, instituições financeiras continuam a falir?
Em novembro passado, acompanhamos o caso de uma instituição onde foi descoberto um rombo de bilhões. Peritos examinaram os números da instituição e parece mesmo que o caso foi de “maquiagem de balancetes”.
Pois essas instituições que maquiam números, que no ano passado provocaram grande colapso na economia mundial, vivendo da exploração inescrupulosa do capital sobre o trabalho, que cobram juros astronômicos de países pobres e que visam apenas o lucro e obtenção da mão de obra barata, se julgam no direito de opinar sobre a educação. Não é um paradoxo?
Lembro bem do comentário do escritor português José Saramago, Nobel de Literatura, ao comentar a crise mundial provocada pelos bancos no ano passado: “É coisa de bandidos, criminosos, deveriam ser julgados por crimes contra a humanidade...” Onde estavam os peritos do Banco Mundial no momento de evitar o colapso financeiro internacional?
Outra pergunta que não pode silenciar: Por que com tanta competência, com tantas metas cumpridas, precisam tantas vezes se socorrer do dinheiro público? Aliás, dinheiro público que deveria ser aplicado na educação, saúde e segurança.
E a questão derradeira: Será que bancos são fontes fidedignas para sugerir melhorias na educação? Talvez... Poderíamos aprender com eles a tal meritocracia, que traria consigo ensinamentos de como atingir metas e fazer malabarismos numéricos para esconder a realidade educacional.
* O Prof.Siden Francesch do Amaral é Diretor e Representante 1/1000 do 14º Núcleo - CPERS/Sindicato
CPERS questiona reajuste de mais de 120% para futuros coordenadores de educação
O CPERS/Sindicato publicou nota no jornal Correio do Povo desta sexta-feira 17 mostrando inconformidade com o reajuste de mais de 120% nos vencimentos dos futuros coordenadores de educação.
Para o sindicato, não é justo aumentar os salários de cargos em confiança enquanto professores e funcionários recebem míseros salários, convivem com uma desumana sobrecarga de trabalho e nas escolas faltam recursos humanos e materiais. Sobre esses e outros problemas, o governador não apresentou nenhuma proposta.
A nota é concluída com dois questionamentos: É justo aumentar os salários dos cargos de confiança antes de pagar o Piso Salarial para professores e funcionários? E os compromissos de campanha?
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2720
Férias coletivas
Prezados Senhores:
Informamos que, em virtude de Férias Coletivas, não haverá expediente em nosso escritório a partir do dia 23 de dezembro do corrente ano.
Estaremos retornando às nossas atividades no dia 03 de janeiro de 2011.
Colhemos o ensejo para desejar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
BUCHABQUI E PINHEIRO MACHADO - ADVOGADOS ASSOCIADOS
Informamos que, em virtude de Férias Coletivas, não haverá expediente em nosso escritório a partir do dia 23 de dezembro do corrente ano.
Estaremos retornando às nossas atividades no dia 03 de janeiro de 2011.
Colhemos o ensejo para desejar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
BUCHABQUI E PINHEIRO MACHADO - ADVOGADOS ASSOCIADOS
Por Joana Flávia Scherer - Assistente de Núcleo
Yeda Crusius é uma mulher de hábitos caros. Aprecia grandes casas, móveis e roupas de grife e carros conversíveis. Defensora do déficit zero para as finanças do Estado, a austeridade não é exatamente uma marca de sua vida privada. Ao apagar das luzes do seu governo, Yeda pode, finalmente, realizar um desejo que já alimentava há algum tempo.
“Há muito eu pedia para substituir as cerimônias formais de inauguração por uma celebração”, escreveu no twitter. Ela estava feliz da vida com a inauguração da RST 741, estrada que liga o Norte do Estado ao porto de Rio Grande. Resolveu extravasar: ao som de Eric Clapton e B.B. King, Yeda dirigiu um Mercedes conversível. A “celebração” virou um clip publicado no site do governo do Estado, onde Yeda finalmente pode encenar seu road movie. “Merecemos. Que estrada, que dia!”, tuitou ainda Yeda.
O novo clip é uma boa síntese do governo tucano que vai chegando ao fim. Amargando elevados índices de impopularidade e rejeitado por mais de 75% do eleitorado gaúcho, Yeda desfila feliz em um Mercedes conversível e apresenta a cena como uma visão de um “novo eixo de desenvolvimento”. A governadora tem todo o direito a comemorar o que bem entender do jeito que quiser. Prefere o estilo “nova rica”, como mostra o vídeo em questão. É o que tem para mostrar no final de sua gestão.
Um governo que não implementou políticas sociais, que sucateou setores importantes do Estado, que tratou os sindicatos e os movimentos sociais como criminosos e que carrega consigo, entre outras marcas, o assassinato covarde do sem terra Elton Brum da Silva, morto com um tiro de espingarda pelas costas por um integrante da Brigada Militar que ainda não foi a julgamento.
Acusada pelo Ministério Público Federal de integrar uma quadrilha criminosa instalada no aparelho de Estado, Yeda Crusius deixa o Palácio Piratini apresentando-se como vítima de uma odiosa perseguição. Chegou a se comparar à iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada a morte por apedrejamento.
Yeda não foi apedrejada. Quem sofreu agressões, de fato, em seu governo, foram professores, estudantes, agricultores sem-terra e outros setores da sociedade que saíram às ruas para protestar contra o “novo jeito de governar”.
Quem foi executado em público com um tiro pelas costas foi o sem terra Eltom. E quem foi atingido pelo sucateamento do Estado foi a população pobre que mais precisa de serviços públicos de qualidade.
Nada disso, obviamente, preocupa a sra. Yeda Crusius. Ela acredita que fez um ótimo governo, vítima de uma conspiração e mal compreendido pela população. Quer celebrar! Tem lá seus motivos. Sobreviveu a sucessivos escândalos e a um processo de impeachment. E chegou a dezembro de 2010 dirigindo um Mercedes conversível ao som de Eric Clapton e B.B.King. Que governo! Que quatro anos! Merecemos!
http://rsurgente.opsblog.org/
Fundopem/RS aprova cerca de R$ 1 bilhão em novos investimentos
Da Redação - 17 de dezembro de 2010 - 17h33
Porto Alegre - O governo do Estado aprovou, nesta sexta-feira, a concessão de incentivos para investimentos fixos da ordem de R$ 919,9 milhões durante a última reunião de 2010 do Conselho Diretor do Fundo Operação Empresa (Fundopem/RS).
[...]
http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-505,cd-297627.htm
[...]
http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-505,cd-297627.htm
Que governo! Que 4 anos! O road movie de Yeda
Dec 16th, 2010
by Marco Aurélio Weissheimer.
Assistir ao vídeo mais idiota que poderia existir: http://www.youtube.com/watch?v=JYN_-ady5zs&feature=player_embeddedby Marco Aurélio Weissheimer.
Yeda Crusius é uma mulher de hábitos caros. Aprecia grandes casas, móveis e roupas de grife e carros conversíveis. Defensora do déficit zero para as finanças do Estado, a austeridade não é exatamente uma marca de sua vida privada. Ao apagar das luzes do seu governo, Yeda pode, finalmente, realizar um desejo que já alimentava há algum tempo.
“Há muito eu pedia para substituir as cerimônias formais de inauguração por uma celebração”, escreveu no twitter. Ela estava feliz da vida com a inauguração da RST 741, estrada que liga o Norte do Estado ao porto de Rio Grande. Resolveu extravasar: ao som de Eric Clapton e B.B. King, Yeda dirigiu um Mercedes conversível. A “celebração” virou um clip publicado no site do governo do Estado, onde Yeda finalmente pode encenar seu road movie. “Merecemos. Que estrada, que dia!”, tuitou ainda Yeda.
O novo clip é uma boa síntese do governo tucano que vai chegando ao fim. Amargando elevados índices de impopularidade e rejeitado por mais de 75% do eleitorado gaúcho, Yeda desfila feliz em um Mercedes conversível e apresenta a cena como uma visão de um “novo eixo de desenvolvimento”. A governadora tem todo o direito a comemorar o que bem entender do jeito que quiser. Prefere o estilo “nova rica”, como mostra o vídeo em questão. É o que tem para mostrar no final de sua gestão.
Um governo que não implementou políticas sociais, que sucateou setores importantes do Estado, que tratou os sindicatos e os movimentos sociais como criminosos e que carrega consigo, entre outras marcas, o assassinato covarde do sem terra Elton Brum da Silva, morto com um tiro de espingarda pelas costas por um integrante da Brigada Militar que ainda não foi a julgamento.
Acusada pelo Ministério Público Federal de integrar uma quadrilha criminosa instalada no aparelho de Estado, Yeda Crusius deixa o Palácio Piratini apresentando-se como vítima de uma odiosa perseguição. Chegou a se comparar à iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada a morte por apedrejamento.
Yeda não foi apedrejada. Quem sofreu agressões, de fato, em seu governo, foram professores, estudantes, agricultores sem-terra e outros setores da sociedade que saíram às ruas para protestar contra o “novo jeito de governar”.
Quem foi executado em público com um tiro pelas costas foi o sem terra Eltom. E quem foi atingido pelo sucateamento do Estado foi a população pobre que mais precisa de serviços públicos de qualidade.
Nada disso, obviamente, preocupa a sra. Yeda Crusius. Ela acredita que fez um ótimo governo, vítima de uma conspiração e mal compreendido pela população. Quer celebrar! Tem lá seus motivos. Sobreviveu a sucessivos escândalos e a um processo de impeachment. E chegou a dezembro de 2010 dirigindo um Mercedes conversível ao som de Eric Clapton e B.B.King. Que governo! Que quatro anos! Merecemos!
http://rsurgente.opsblog.org/
Um comentário:
YEDA já vai tarde! Se não fossem alguns "acordos" não teria sobrevivido ao Impeachment.
Enquanto isso Tarso parece iniciar mal. 120% de reajuste aos futuros coordenadores de educação. E os salários de professores e funcionários que são miseráveis receberão qual percentual? 120% é um bom índice para iniciar a negociação salarial dos educadores.
Está dada a sugestão.
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