27/01/2012 15:55
Foto: Cristiano Estrela |
A Direção do CPERS/Sindicato, reunida logo após a audiência com o Governo, informa o que segue:
1. A proposta apresentada pelo Governo não significa nenhum passo para honrar o seu compromisso de pagar o PSPN.
2. Orientamos que os Núcleos divulguem amplamente a mesma para a categoria e também para a sociedade, pois ela “por si só” é a demonstração da falta de compromisso do Governo Tarso Genro com a valorização dos Trabalhadores em Educação.
O Governo depois de 1 (um) ano do seu mandato, está apresentando um reajuste pior do que o pago em 2011.
3. Quanto ao calendário para pagamento do Piso, proposta apresentada pelo Sindicato e reiterada em todas as audiências, o Governo usou as mesmas desculpas para não atendê-la: espera o resultado dos embargos para saber a partir de quando o piso está valendo e também a decisão sobre a forma de reajuste do mesmo.
4. Além de todos os pontos levantados, vale salientar que o Governo apresentou uma proposta apenas para os professores. A Direção na própria audiência reafirmou o posicionamento do CPERS/Sindicato de que qualquer negociação terá que ser para toda a categoria.
Neste sentido, o Governo se comprometeu de encaminhar um adendo, incluindo os funcionários de escola na proposta.
5. Estamos encaminhando, para subsidiar o debate, a seguinte explicação do DIEESE:
mai/12 | |||||
C/N | Básico | Abono | Total | 9,84% | Reajuste efetivo |
A1 | R$ 395,54 | R$ 38,91 | R$ 434,45 | R$ 434,45 | 0,00% |
A2 | R$ 454,87 | R$ 38,91 | R$ 493,78 | R$ 499,63 | 1,18% |
A3 | R$ 514,20 | R$ 38,91 | R$ 553,11 | R$ 564,80 | 2,11% |
A4 | R$ 593,31 | R$ 38,91 | R$ 632,22 | R$ 651,69 | 3,08% |
A5 | R$ 731,75 | R$ 38,91 | R$ 770,66 | R$ 803,75 | 4,29% |
A6 | R$ 791,08 | R$ 38,91 | R$ 829,99 | R$ 868,92 | 4,69% |
Obs.: Sobre o salário dos funcionários de escola não foi calculado, pois, como já informamos, o Governo, até o momento, não apresentou proposta para a categoria.
6. Por fim, informar que o abono e o pagamento dos dias da greve foi mais uma vez colocado como pauta central de qualquer processo de negociação pelo CPERS/Sindicato. No entanto, o Governo, depois de tentar criar condicionantes para a negociação do mesmo, o que foi repudiado pela Direção, respondeu que informará a posição do Governo sobre esse tema.
Ao finalizar, reafirmamos a necessidade da implementação das propostas que aprovamos no último Conselho Geral, pois a audiência com o Governo demonstrou que somente uma grande mobilização pode arrancar conquistas e impedir ataques.
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=3122
Cpers afirma que proposta do governo é insuficiente
27.01.12 16:10
A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, disse nesta sexta-feira que a proposta do governo para 2012 é de aumento de apenas 6,8% já que, quando há incorporação do abono no básico, o valor dos rendimentos é recalculado, incluindo triênio e as vantagens do plano de carreira. O Executivo apresentou proposta de 23,5% de reajuste a ser pago em três parcelas sobre o básico da categoria, que é de R$ 395,00 mensais para 20 horas semanais. A primeira parte seria paga em maio, com valor de 9,84%, a segunda de 6,08%, em novembro deste ano, e a última, de 6%, em fevereiro de 2013.Rejane declarou, que o reajuste oferecido pelo governo é insignificante, pois exclui o abono de R$ 38 que se incorporará ao básico. Ela lembrou que a incorporação do abono sempre foi reivindicação do Cpers, mas agora essa vantagem desaparece.
Sobre o calendário do piso, Rejane esclareceu que, como o piso nacional será reajustado a cada ano, será difícil apresentar uma estimativa em termos de calendário hoje. Ela ressaltou, no entanto, que o Cpers quer uma previsão de pagamento com base nos valores de hoje do salário básico dos professores e o piso nacional.
[...]
http://www.jornalcorreiodenoticias.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3577:cpers-afirma-que-proposta-do-governo-e-insuficiente&catid=5:geral&Itemid=11
Comentários:
Anônimo disse...
O sindicato vai aceitar esse desaforo? O momento de lutar é esse. Vamos aceitar ou vamos reivindicar nossos direitos? Aceitar essa proposta ridícula é como concordar com o sucateamento da educação pública, que convenhamos, só não é uma total calamidade, pelo esforço de nós professores que mesmo com um salário miserável, continuamos firmes no nosso propósito; mas o piso, além de pouco pelo que fazemos pelo nosso país, é lei e, está mais do que na hora de ser cumprido.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012 22h29min00s BRST
Carlos disse...
Reajuste - Essa proposta de reajuste do Governo do Estado é um vexame.
Tarso enrola e não cumpre a Lei.
Não esqueçam que quando a 2ª parcela proposta for paga, em novembro, a inflação já deve ter devorado grande parte...
sábado, 28 de janeiro de 2012 01h24min00s BRST
Anônimo disse...
Proposta? Só pode ser piada de péssimo gosto. Meu Deus,o Governador reajusta salários dos que historicamente ganham bem, como os CCs, em 45%, 100% e até 180% e oferece ao Magistério isso. Que falta de respeito com nossa categoria! E os Deputados? E o Ministério Público? E o Supremo? Não colocam um fim nessa clara tentativa de burlar a Lei?
Que vergonha!
domingo, 29 de janeiro de 2012 22h18min00s BRST
A economia gaúcha em 2011
Por Paulo Muzell - 28.01.12
A Carta de Conjuntura da Fundação de Economia e Estatística (FEE/RS) do mês de janeiro traz importantes informações sobre o desempenho da economia gaúcha no ano passado. Como se trata de uma publicação especializada, destinada a um público restrito, achei oportuno trazer alguns números e informações para os leitores do RS URGENTE.A taxa de crescimento do PIB/RS 2011 atingiu 5,7%, bem acima dos 2,9% do PIB brasileiro. É verdade que menor do que a taxa do ano anterior, 2010, que foi de 7,8%. A observação importante é que o expressivo crescimento de 2010 se deu em cima de um péssimo desempenho do ano anterior (2009), quando ocorreu uma retração de 0,4%. O incremento de 5,7% do ano passado é significativo por ter ocorrido sobre uma base elevada. Registre-se, também que essa taxa está bem acima da taxa média anual do quadriênio anterior – governo Yeda Crusius (2007/2010) – que foi de apenas 4,0%
Os técnicos da FEE destacam o fato de setor agropecuário gaúcho representar 11,8% da agropecuária nacional, ocupando a posição de segundo estado agrícola mais importante no ranking do país. O setor primário representa 9,9% do valor agregado bruto estadual, muito acima da média brasileira, de 5,6%. Numa perspectiva sistêmica a agropecuária e a cadeia do complexo agroindustrial devem representar algo em torno de um terço do nosso PIB. Assim, nos seis anos em que o setor primário teve bom desempenho a economia gaúcha foi bem: 2001, 2003, 2006, 2007, 2010 e 2011. Ao contrário, nos anos em que a produção agropecuária decresceu, a economia do estado foi mal: 2002, 2004, 2005 e 2008. Já 2009 foi o único ano atípico porque a crise internacional eclodida no do final de 2008 afetou muito negativamente o desempenho da indústria gaúcha no ano seguinte.
O comércio teve também um bom desempenho, cresceu 7,7% em 2011, taxa bem acima do crescimento do PIB estadual. Este expressivo crescimento do setor foi fortemente sustentado pela venda de materiais de construção (mais 23,8%) e de móveis e eletrodomésticos (mais 16,6%), atividades intrinsecamente associadas ao ótimo desempenho da construção civil.
Outra informação importante da Carta de Conjuntura da Fundação é o último dado disponível – de novembro de 2011 – sobre o desempenho do mercado de trabalho na Região Metropolitana de P. Alegre, da pesquisa PED/DIEEESE/FEE. Foram criados em novembro passado 58 mil novas ocupações na Região Metropolitana. Considerando-se os primeiros 11 meses (período de janeiro a novembro/2011), a taxa média de desemprego, de 7,5%, é a menor registrada para esse período de toda série da pesquisa, iniciada em 1992 e que no mês de junho próximo completará 20 anos de existência.
by Marco Aurélio Weissheimer - http://rsurgente.opsblog.org/
3 comentários:
O sindicato vai aceitar esse desaforo? O momento de lutar é esse. Vamos aceitar ou vamos reivindicar nossos direitos? Aceitar essa proposta ridícula é como concordar com o sucateamento da educação pública, que convenhamos só não é uma total calamidade pelo esforço de nós professores que mesmo com um salário miserável continuamos firme no nosso propósito; mas o piso além de pouco pelo que fazemos pelo nosso paía é lei, e está mais que na hora de ser cumprido.
Reajuste-
Essa proposta de reajuste do Governo do Estado é um vexame.
Tarso enrola e não cumpre a Lei.
Não esqueçam que quando a 2ª parcela proposta for paga, em novembro, a inflação já deve ter devorado grande parte...
Proposta?
Só pode ser piada de péssimo gosto. Meu Deus,o Governador reajusta salários dos que históricamente ganham bem em 45%, 100% e até 180%, como os CCs,e oferece ao Magistério isso. Que falta de respeito com nossa categoria. E os Deputados? E o Ministério Público? E o Supremo que não coloca um fim nessa clara tentativa de burlar a Lei?
Que vergonha!
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