- Porque não aceitei o prêmio do PNBE:
Na segunda (4),o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) entregou o prêmio "Brasileiros de Valor 2011". O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Na segunda (4),o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) entregou o prêmio "Brasileiros de Valor 2011". O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem "amigas da escola".
Amanda
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Natal, 2 de julho de 2011
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel
http://professoraamandagurgel.blogspot.com/2011/07/porque-nao-aceitei-o-premio-do-pnbe.html
Por Nei Sena, Professor e Diretor no CPERS-Sindicato.
Sargento denunciado por espionagem no governo Yeda será julgado
Militar teria exigido vantagens ilícitas para proteger um empresário do jogo do bicho.06/07/2011 - 18:33
Porto Alegre - O Juízo da 3ª Vara Criminal de Canoas decidiu que não cabe àquela Unidade Judicial o julgamento do processo movido pelo Ministério Público contra o sargento César Rodrigues de Carvalho, Ricardo Luís Lied (ex-chefe de gabinete da ex-Governadora do Estado Yeda Crusius) e Frederico Bretschneider Filho (Tenente-Coronel da reserva e ex-assessor de gabinete da ex-Governadora), no caso que ficou conhecido como arapongagem no Piratini por envolver espionagem durante o governo Yeda.A decisão foi proferida em razão de exceção de incompetência deduzida pelo Sargento César. Em 13/5, o Juiz de Direito Fernando Alberto Corrêa Henning, da 3ª Vara Criminal de Canoas, havia recebido a denúncia oferecida pelo Ministério Público em janeiro deste ano.
Com base na decisão, a acusação de que o sargento César teria exigido vantagens ilícitas para proteger um empresário do jogo do bicho será remetida para exame da Justiça Militar.
A acusação restante, de uso indevido do Sistema Consultas Integradas por parte de Carvalho e dos demais réus, será remetida para o Fórum de Porto Alegre, onde será julgada.
http://www.jornalvs.com.br/estado/330183/sargento-denunciado-por-espionagem-no-governo-yeda-sera-julgado.html
Operação Cartola: Tribunal de Contas analisará documentos apreendidos nesta manhã
Ação da polícia apontou que teriam sido desviados, desde 2008, cerca de R$ 30 milhões
06/07/2011 - 13h01min
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) analisará os documentos apreendidos durante a Operação Cartola, deflagrada na manhã desta quarta-feira pela Polícia Civil. Segundo a assessoria do órgão, 16 auditores participam da ação — dois servidores em cada uma das oito cidades envolvidas.
A ação da polícia apontou que teriam sido desviados dos cofres públicos, desde 2008, cerca de R$ 30 milhões. Os principais alvos da investigação são empresas de publicidade e propaganda que financiariam campanhas eleitorais em troca de favorecimento em licitações.
A Operação é coordenada pela Polícia Civil em parceria com o TCE, Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas. São investigadas irregularidades nas prefeituras de Tramandaí, Osório, Parobé, Canela, Alvorada, Guaíba, Viamão e São Sebastião do Caí.
Os documentos apreendidos serão levados para a sede da Polícia Civil, onde serão analisados pelos auditores do TCE.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3378097.xml
A ação da polícia apontou que teriam sido desviados dos cofres públicos, desde 2008, cerca de R$ 30 milhões. Os principais alvos da investigação são empresas de publicidade e propaganda que financiariam campanhas eleitorais em troca de favorecimento em licitações.
A Operação é coordenada pela Polícia Civil em parceria com o TCE, Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas. São investigadas irregularidades nas prefeituras de Tramandaí, Osório, Parobé, Canela, Alvorada, Guaíba, Viamão e São Sebastião do Caí.
Os documentos apreendidos serão levados para a sede da Polícia Civil, onde serão analisados pelos auditores do TCE.
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