Pressão dos servidores impõe derrota ao governo

“Foi uma vitória do conjunto dos servidores públicos.” Repetida várias vezes, essa frase sintetizou o sentimento de cada um dos trabalhadores presentes na grande manifestação realizada nesta terça-feira 22 em Porto Alegre. Pressionado, sem força política e na eminência de uma derrota histórica, o governo Yeda se viu obrigado a recuar e retirar os projetos que atacavam direitos e destruíam as carreiras dos servidores da Educação e da Brigada Militar.

Sob um clima de muita emoção, os servidores deram-se as mãos e cantaram o hino rio-grandense, celebrando uma vitória conquistada com muito sacrifício. “Quantas vezes arrumamos as malas, deixamos nossas famílias para, aqui, lutarmos pela nossa dignidade, pela dignidade dos servidores e do povo gaúcho”, lembrou a presidente do CPERS/Sindicato Rejane de Oliveira. Essa foi, segundo Leonel Lucas, presidente da Abamf, “uma vitória da unidade, que no próximo ano precisa ser mantida.”

Impedir alterações nos planos de carreira pautou a luta do CPERS/Sindicato neste ano. Mudanças que sempre estiveram no horizonte do governo. E a mobilização foi fundamental para barrar esse ataque. A força da categoria pode ser medida pela queda da ex-secretária Mariza Abreu, que saiu do governo pela porta dos fundos, sem conseguir por em prática seus planos nefastos para a educação pública e para os educadores. A passagem de Mariza pela Secretaria da Educação ficou marcada enturmação, multisseriação e pelas escolas de lata. 

Ao longo deste ano, os servidores, reunidos no Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, construíram a fragilidade do governo. Foram questionados quando lançaram o “Fora Yeda”, mas a campanha tinha um objetivo: impedir ações do governo voltadas a atacar conquistas históricas. Foi essa campanha que colocou o governo na defensiva. O “Fora Yeda” foi fundamental para que o governo chegasse neste momento sem a mínima sustentação política. Essa luta teve respaldo da sociedade gaúcha.

João dos Santos e Silva
http://www.cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2307

Após cumprir objetivo, greve é encerrada

Realizada numa conjuntura adversa, a greve decidida em assembleia geral realizada no dia 9 de dezembro cumpriu seu objetivo. Iniciada no último dia 15, a paralisação forçou a retirada dos projetos que atacavam direitos e destruíam as carreiras dos servidores. Foram oito dias de intensa mobilização e pressão pela retirada ou rejeição do pacote.

Somada a outras ações dos servidores, a greve foi fundamental para salvar os planos de carreira. No início da tarde, depois de confirmada a retirada dos projetos, na própria Praça da Matriz os educadores encerraram a paralisação.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Caco Argemi

Secretários Márcio Biolchi e Marco Alba, do PMDB, reassumiram mandato na Assembleia para votar projetos da Brigada Militar

Sairam os suplentes Sandro Boka a favor das propostas e Alvaro Boessio contra.

http://www.camera2.com.br/noticia_ler.php?id=196860

Nota: A última cartada do governo não deu certo. Retirou os suplentes que ameaçavam a votação a seu favor. Yeda totalmente derrotada. Em janeiro, mais cabeças vão rolar, nesse governo corrupto!

Tarso: PF intensificará operações em 2010

Ministro elogia inquérito sobre mensalão do DEM e diz que policiais não buscam mais holofotes

De Bernardo Mello Franco

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou ontem que a Polícia Federal vai reforçar as ações de combate ao desvio de dinheiro público em 2010, ano eleitoral. Ele reconheceu a sensação popular de que a corrupção cresceu no país, mas atribuiu a mudança ao aumento das operações contra políticos corruptos e criminosos de colarinho branco. Ele também elogiou a Operação Caixa de Pandora, que investiga o mensalão do DEM no Distrito Federal.

— As pessoas podem ter a impressão de que a corrupção aumentou, mas é porque ela esteve por muito tempo no país embaixo do tapete. Quanto mais ela é combatida, mais aparece. E ano que vem, independentemente de ser ano eleitoral, esse trabalho vai continuar, cada vez mais profundo e mais respeitado — afirmou Tarso.
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